O
DUPLO ETÉRICO E SEUS CHAKRAS
O corpo físico subdivide-se em duas
partes distintas: a densa e a sutil.
A parte densa é a conhecida pela ciência
oficial, cuja conformação de dispõe nos estados sólido, líquido e gasoso.
A contra parte sutil é o corpo etéreo,
ou o que se convencionou denominar ,
"Duplo-Etérico", que não deixa de ser corpo físico, embora envolvido
na sutileza da matéria em sutilização. Em sânscrito seu nome vem ser
Prâna-Maya-Kosha, cuja significação é "Corpo Ilusório formado pelo
Prana". Tal como seu nome, ele distribui a energia prânica ao corpo físico
denso.
Algumas obras teosóficas costumam
confundir o duplo etérico com o corpo astral, porém, o corpo astral, como
veremos futuramente, pertence a uma ordem ainda mais sutil que sobrevive por
muito mais tempo à morte do corpo físico.
O corpo etérico é chamado de
"duplo" pois possui características quase que exatamente iguais às do
corpo físico, porém se extravasa pouco além dos limites do mesmo. Ultrapassando
as dimensões do corpo físico denso por cerca de três centímetros, cuja
conformação é chamada de "aura etérica".
Os grandes mestres videntes costumam
verificar a saúde, a evolução espiritual, a pureza dos pensamentos e muitas
outras características individuais através da observação da "aura".
Esta possui uma gradação de cor e luminosidade que permite avaliar
perfeitamente a energia vital do indivíduo. A saúde do corpo etérico acompanha
a saúde do corpo físico denso, e, do mesmo modo a saúde do corpo físico denso
acompanha a saúde do corpo etéreo, pois a conexão entre ambos é plena
fazendo-se dependentes um do outro.
É difícil estabelecer uma cor exata para
o duplo etérico dentro da normalidade, pois envolve a subjetividade da visão
espiritual de cada mestre, assim como também a evolução espiritual de cada
indivíduo. Via de regra, segundo a observação dos videntes, costuma ter a
tonalidade azul esbranquiçada, e sua contextura pode ter densidades sutis ou
mais grosserias de acordo com o estado evolutivo de cada um. Como ele distribui
o Prana ao corpo físico denso, e o Prana é uma energia cósmica, ele é o
mediador plástico entre o corpo físico denso e o astral, sendo a primeira
porção de canalização entre a mente cerebral, ou física, com a consciência das
realidades em níveis superiores.
O corpo físico denso e o duplo etérico
constituem o veículo inferior do Jivatmam, sendo o estado de consciência do
nível de menor amplitude, onde se limita, na maioria das pessoas, aos sentidos
procedentes da materialidade. Este nível de consciência limitado aos sentidos,
no entanto, pode ser expandido, assim que o Homem Real, existente dentro de
nós, for galgando degraus mais elevados no caminho da espiritualidade.
Quando na morte do indivíduo, o corpo
astral se desenlaça tanto do corpo físico denso quanto do etéreo. Contudo,
dentro da materialista cultura ocidental, o astral se identifica com o duplo
etérico, e por esta razão muitas são as pessoas que permanecem junto ao próprio
cadáver após sua morte, pois o duplo etérico permanece ligado ao corpo físico
denso pelo espaço de uma lua, ou sete dias. Os clarividentes podem muitas vezes
visualizar o corpo astral junto ao duplo etérico sobre as sepulturas recentes.
O duplo etérico começa a se desfazer
conforme ocorre a decomposição do corpo físico, contudo ele se preserva da
mesma maneira que pode ser preservado o corpo físico nos embalsamamentos ou
estados de criogenia.
Uma curiosidade, digna de ser
ressaltada, é a da prática de mumificação no antigo Egito.
Os altos sacerdotes percebendo a
preservação do duplo etérico, através da prática da mumificação, faziam a
invocação do duplo etérico dos mortos, para que os parentes dos falecidos
cressem que a alma dos tais necessitassem de favores sacerdotais, para que fossem
amparados na vida após a morte. Este mau uso da alta magia elevou enormemente o
prestígio da classe sacerdotal, mas também acumulou um terrível karma sobre toda a nação. Sendo o
Egito totalmente destruído pelos invasores persas, posteriormente pelos gregos,
romanos e árabes. Esses últimos representam hoje quase a totalidade da
composição étnica egípcia atual.
FUNÇÕES
FUNDAMENTAIS DO DUPLO ETÉRICO
O corpo etérico ou duplo etérico não é
um veículo de consciência, como o corpo físico denso, o corpo astral e os
demais corpos que se fazem veículos do Jivatmam, mencionado em textos
anteriores. Ele é fundamentalmente o elo entre os corpos Astral e Físico, cujas
funções principais são:
1. Servir de mediador plástico entre
ambos os corpos supracitados, conferindo à consciência física a recepção das
sensações e impressões advindas do mundo astral e seu respectivo corpo.
2. Conferir, captar e distribuir, para o
corpo físico denso, a energia Prânica, que dá vida e essência a todos os
plexos, sistemas e órgãos físicos.
OS CHAKRAS
A captação, a recepção e a
distribuição do Prana são efetuadas, no duplo etérico, através de centros
especiais que são denominados Chakras. Estes se situam externamente ao duplo
etérico, e são ligados, cada um deles, através de um canal ao ducto eletromagnético
no interior da medula espinal. Chakra em sânscrito significa roda, e possuem,
em média, sete centímetros de diâmetro nos indivíduos adultos, aumentando
conforme a evolução espiritual de cada um. Sua superfície é sempre dividida em
setores, aos quais chamamos "pétalas", e estas apresentam tonalidades
peculiares a cada um deles.
O Prâna chega no duplo etérico através
de canais etéreos chamados "Nâdis". Ele vem através da respiração, e
é recebido pelos Nâdis nasais que são dois: o Píngala e Ida. Há uma infinidade
de Nâdis no duplo etérico, e são os meridianos utilizados na medicina
tradicional chinesa. O Nâdi medial que corre no interior da coluna vertebral é
o Sushuma, por onde sobe a Kundalini quando ativada.
O Píngala tem origem na narina direita,
ou solar, o Ida nasce na narina esquerda, ou lunar, nos indivíduos do sexo
masculino. No sexo feminino ocorre o inverso, o Píngala surge na narina
esquerda e o Ida tem sua origem na narina direita. Ambos correm sinuosamente
até o Chakra Muladhara, ou Chakra Raiz, situado no cóccix. Descem
alternadamente à esquerda e direita dos Chakras em seu caminho de descida,
assemelhando-se ao símbolo Caduceu de Mercúrio.
1. Chakra Muladhara
Este Chakra situa-se no cóccix, é
voltado para trás, e possui apenas quatro pétalas, ambas são de tonalidade
vermelha, duas antagonistas vermelho rubro, e as outras duas antagonistas
vermelho suave. Nele dorme a Kundalini, que é a grande força imanente ao homem,
que sobe pelo Nâdi Sushuma conferindo a autorização espiritual. Este Chakra
regula as funções da reprodução da espécie e também as funções do aparelho
circulatório. No livro simbólico do Apocalipse faz correspondência à Igreja de
Éfeso.
2.
Chakra Swadhistana
Situa-se entre o umbigo e a região
pubiana. Está ligado à próstata no homem e ao ovário na mulher. É o Chakra das
seis pétalas, com as seguintes cores: azul, verde, amarelo, laranja, vermelho e
violeta. Além de ser estreitamente ligado à próstata e aos ovários, este Chakra
distribui o Prana por todos os Nadis especiais (Gandari, Hastijihva, Pusha,
Yashasvini, Alambushi, Kahu e Shankini); e estes a todos os demais Nâdis do
duplo etérico, que carrega todo este de energia. Está relacionado à Igreja de
Smirna no Livro do Apocalipse.
3. Chakra Manipura
Localiza-se no Plexo Solar, logo acima
do umbigo. É a Lótus das Dez Pétalas (todos os Chakras são também denominados
Lótus com seu número correspondente de pétalas). O Manipura apresenta suas
pétalas em alternância, de esverdeadas e avermelhadas. Este Chakra distribui as
energias que promovem o funcionamento do aparelho digestivo assim como também
toda excreção. Sua peculiaridade, porém, reside em sua ligação com o plano
astral, com o qual possui vínculos energéticos, recebendo as frequências
advindas deste plano. É o Chakra receptor, pois, das energias kamásicas. Sua
própria localização denota a "porta de entrada" para o duplo etérico,
e, consequentemente, ao corpo físico denso, pois nesta região se localizava o
cordão umbilical, o receptor de nutrientes responsável pela manutenção da vida
fetal, configurando-se como entrada de energias.
Existem muitas pessoas que são
receptoras de energias negativas, as quais penetram através do Manipura. Tais
pessoas deverão fazer um bloqueio neste Chakra, cuja técnica será mencionada
futuramente.
Faz correspondência, no Apocalipse, à
Igreja de Pérgamo.
4. Chakra Anahata
Também chamado de Lótus das Doze
Pétalas, possui todas estas de coloração dourada. É o Chakra essencial à saúde
orgânica dos seres humanos, pois promove a distribuição de energias a todo o
aparelho respiratório, específico na captação do Prana, e também da atividade
cardiovascular, e, por conseguinte toda a circulação no corpo físico denso.
Este Chakra se estabelece como limite da
estruturação física, pois acima dele os demais Chakras estão relacionados com
funções além do corpo físico denso, fazendo correspondência com funções mais
elevadas.
Este é o Chakra emocional, da
emotividade, ligado à pureza e à grandeza dos sentimentos, por esta razão se
estabelece nos lindes entre as atividades fisiológicas e as psíquicas
espirituais.
É o último Chakra passível de bloqueio.
O que é recomendável àqueles que sofrem intensa carga de ordem emocional.
Corresponde à Igreja de Tiatira à qual o livro do Apocalipse faz referência.
5. Chakra Vishudha
Cognominado Lótus das Dezesseis Pétalas,
cujas cores se apresentam dotadas de uma coloração azul prateada semelhante à
transparência das nuvens sob o céu noturno iluminadas ao luar.
Localiza-se na garganta, mais
precisamente na laringe, na região da glândula tireóide.
Seu alinhamento e ativação permite ao homem
desenvolver a audição astral, atingindo
frequências cada vez mais elevadas à medida que se desenvolve, atingindo a
capacidade de ouvir a "música das esferas", as "vozes
celestiais".
Tem sua correspondência à Igreja de
Sardes.
6. Chakra Ajnã
É chamado Lótus das Cem Pétalas, as
quais na verdade são noventa e seis, metade destas, cor de rosa e, a outra
metade, violeta claro. Inúmeros videntes observam as duas metades com as duas
cores distintas, e têm a ilusão de se tratar de apenas duas grandes pétalas,
por isso alguns o chamam de Lótus das Duas Grandes Pétalas.
Situa-se na testa, logo acima do meio
entre as sobrancelhas, por isso também denominado o Olho de Shiva.
Está ligado à vidência espiritual, não
apenas do Plano Astral, mas em todos os planos do Mulaprakriti. A visão que se
refere neste Chakra diz respeito também à compreensão e ao discernimento, pois
esta é a verdadeira visão sob o ponto de vista arquetípico. Corresponde à
Igreja de Filadélfia, na respectiva sequência dos demais Chakras.
7. Chakra Sahashara (Brahmaranda)
É o chamado Lótus das Mil Pétalas, que à
semelhança do Ajnã, também não possui o número exato de sua denominação; sendo
na verdade novecentos e setenta e duas pétalas, novecentos e sessenta são de
tonalidade rosa púrpura, as doze restantes formam um botão em seu centro, todas
douradas.
Situa-se no alto da cabeça, com o
"disco" voltado para cima.
Corresponde à Igreja de Laodicéia, o
Centro Coronário.
As pinturas e desenhos de seres
iluminados os representam com um halo luminoso acima de suas cabeças, essa é a
ideia de iluminação corresponde a este Chakra.
A Kundalini, quando ativada, descreve
uma trajetória ascendente através do Nâdi Sushuma até adentrar no Sahashara, e
isto confere a grande e mais alta realização em todos os níveis além da esfera
física. É o grande estado de iluminação, a qual libera o ser da condição
humana, atingindo níveis de consciência na plenitude da realidade cósmica,
vivenciando a comunhão espiritual com o Todo. Deixa de ser um "rio",
e passa a ser o "Oceano".
Nenhum comentário:
Postar um comentário