quinta-feira, 14 de março de 2019

CABALA , A TRADUÇÃO DO INDEFINÍVEL


                            


                            
                                          CABALA , A TRADUÇÃO DO INDEFINÍVEL



       O que é a Cabala? Poderia dizer: é a tradição esotérica do ocidente; a alma da lei hebraica; a essência dos Sepher Yesirah ou Sepher ha Zohar (respectivamente “O Livro da Formação” e “O Livro do Esplendor”), ou até mesmo o prisma hebraico que Moisés colheu nos grandes mistérios da sabedoria do antigo Egito.
       Mas qualquer designação seria insuficiente para definir justamente aquilo que tenta dar definição ao indefinível.
       Tanto que além de Kether, Chokmah e Binah, que são as Sephiroth superiores, o Aziluth onde Yahveh atua diretamente, está o Ain Soph, que é o incognoscível. Compreender a partir deste "degrau da grande escada arquetípica”, está muito além daquilo que a concepção humana pode vislumbrar.
       A Cabala é a melhor tradução daquilo que é intraduzível. É a tradução da "respiração divina”, a manifestação do indefinível.

       Seria temerária qualquer assertiva onde se estabelecesse a Cabala como a única tradução do real sentido e da real essência de tudo aquilo que é manifestado no universo. Os hindus possuem também sua metafísica transmitindo a equação universal , assim como os Chineses , os Tibetanos e outras culturas. Porém a Cabala possui a codificação que dá magia as letras, que enumera cada palavra a partir da unidade manifestada no lógico dimensionamento da "cadeia existencial".
       A Cabala traduz e enumera o grande equacionamento que sintetiza o "ser" e o "estar", assim como também a ilusória percepção da descontinuidade.
       Ela mostra que tudo permanece Um, mesmo diante dos infinitos aspectos das diferenciações, e que mesmo aquilo que definimos por "tempo" está estabelecido em um "momento" no qual se plasma a eternidade. E demonstra também que o "infinito" se consubstancia na própria relatividade que este "momento" determina.
       Podemos "sentir" aquilo que a Cabala descortina diante da sapiente expectação humana. Mas "sentir" sempre será um verbo substitutivo à ideia de "compreender”.
       A "Respiração Divina" gera as vibrações das quais derivam tudo aquilo que definimos "Vida". A Cabala traduz a "voz da divindade" para que tenhamos a percepção da incomensurável dimensionalidade de sua "Obra". Ela é um presente de Deus para todos aqueles que desejam ser participantes na sua busca. "Ela é a janela para o infinito e o portal para a eternidade”.
Namastê
Om tat sat

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