O CHAKRA VIBHUTI
É o pequeno Chakra de “Oito Pétalas
Douradas”, quase não mencionado na literatura esotérica, situado quase que
imediatamente inferior ao Chakra Anahata, o Chakra Cardíaco (A Lótus das Doze
Pétalas), com o qual forma um sistema. Apresenta-se conectado ao Anahata de
maneira pendular, formando o que os grandes mestres Yogues denominam “Pêndulo
Místico”. Apresenta suas dimensões cerca
de quatro vezes menos que o Anahata. Tal sistema, constituído por estes dois
Chakras, vibram na similitude do pêndulo de um relógio, cujo efeito vibratório
estabelece uma ligação energética entre o coração e o timo. Tal conexão faz com
que este sistema seja aquele que estabelece a lei das afinidades. Por esta
razão também é chamado “O Chakra dos Mestres”, pois promove o relacionamento
entre o mestre e o discípulo.
Seguindo a designação hindu de “Chakra
dos Mestres”, é importante salientar que o Vibhuti é, na verdade, o “Chakra das
Afinidades”, isto fez com que o desenho de um coração fosse o símbolo de
afinidade de amor entre os seres humanos, seja com um parente ou amigo querido,
seja com a pessoa amada, seja como a expressão de simpatia a um idealismo, seja
também com a Grande Afinidade com o Divino.
Vibhuti
significa “Expressão da Glória Divina”, e de tal expressão deriva o poder e
todo o esplendor inserido nesta mais sagrada significação. No Bhagavad Gita,
Krishna, a encarnação de Vishnu, após mostrar ao guerreiro Arjuna o poder volitivo
impulsionador de toda criação, disse-lhe: “Tudo isto é o meu Vibhuti, o qual é
infinito”.
Considero o Vibuth, pois, como Daath, a
oculta Sephiroth da Cabala, que simboliza um estado místico onde todas as
outras Sephiroth se identificam, como um reflexo da luz divina inundando a
natureza humana. Portanto são de suas oito “pétalas” ou raios energéticos que os
“poderes do Mestre” se direcionam ao discípulo, cada uma delas conferindo a
transcendência inerente ao Plano Átmico, indiferenciado e cósmico. Cada uma
delas são as “pontes” correspondentes aos “poderes” dos Mestres Superiores
latentes na “centelha divina” de cada ser humano.
Tais poderes dos quais os Mahatmas são
possuidores são descritos no clássico manual do Hatha Yoga “Gheranda Samhita”,
no qual o mestre Gheranda ensina seu discípulo Chanda Kápali os fundamentos do
Yoga, assim como a descrição e classificação do estado de Samádhi, ou comunhão
plena com o universo. Nesta obra são descritas a ordenação destas “Pétalas”
segundo as correspondências dos poderes do adepto iluminado. São estas:
“Laghima”, que confere o poder na anulação da gravidade; “Manana”, a alteração
da estrutura aparente; “Vashuta”, o domínio das ilusões, que também é o da
cura; “Animan”, a projeção da consciência para qualquer ponto; “Prapti”, o
poder de transferir esssa consciência ( aqui está o poder de criar o “Tulku”);
“Prakamya”, o poder absoluto da vontade (Kriyashakty); “Ishita”, o domínio
sobre todos os seres; “Kama-Vashayta”, o domínio e a aniquilação dos desejos.
O Vibhuti, como sequencia do Anahata,
assemelha-se a um canal por onde fluem as energias essenciais, seja com o
alinhamento de todos os Chakras, seja como a conexão com as energias dos
mestres. O mais elevado Chakra, o Sahashara ou Brahmaranda, faz a conexão com o
Todo Universal, o Vibhuti, acompanhando o desenvolvimento dos demais Chakras
faz conexão com os Mestres Universais. É o pequeno Chakra que se engrandece na
união, o “Chakra das Afinidades” que promove a união fraterna entre os homens,
a conexão sagrada com os estados superiores de consciência, e a expansão das
dimensionalidades extra-físicas.
namastê
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