segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

RONDAS CÓSMICAS E CADEIAS PLANETÁRIAS


                               



                                  RONDAS CÓSMICAS E CADEIAS PLANETÁRIAS

       Lancemos nossas redes às águas mais profundas; conosco está a consciência que nos concede o entendimento, na eterna novidade da existência.



       Esta talvez seja a área do ocultismo na qual os neófitos sentem maior dificuldade de entendimento, e, mesmo entre os grandes autores, não existe uma unanimidade em seus conceitos.
       Disse certa vez um velho mestre: "Todo assunto, por maior complexidade que lhe seja pertinente, se tornará fácil, desde que explanado de maneira simples por alguém que o tenha compreendido, e saiba compartilhar esta compreensão".
       Muitos são aqueles que têm grande conhecimento, porém, desejando ostentar erudição, não se deixam entender. Um texto que trata de assuntos tão vastos e complexos quanto às rondas cósmicas e as cadeias planetárias, deverá se estabelecer através de palavras simples, sem as linguagens abstrusas da maioria dos livros esotéricos.
       Este conhecimento nós chegou através da Teosofia, das obras de Blsvatsky, mais precisamente no volume um da Doutrina Secreta, a Cosmogênese. Um velho mestre teosofista também disse certa vez: "Nunca se prenda totalmente à doutrina de uma determinada escola esotérica; prenda-se à concepção da consciência de um  eterno buscador da verdade, um aprendiz do infinito conhecimento e da eterna sabedoria. Aquele que se prende a conceitos e dogmas imutáveis fecha seus olhos para os horizontes expandidos e impõe limites à sua consciência. O maior dos mestres está dentro de cada um de nós".
       Sejamos, pois, gratos aos antigos mestres do conhecimento, sem esquecer que, se estes fossem presos a antigos dogmas, tais conhecimentos não chegariam até nós. Sejamos gratos também à abertura de suas mentes às novas ideias e às novas concepções.




                                     O LADO ESPIRITUAL DO SISTEMA SOLAR.



       Existe um lado espiritual sobre todos os planetas e sistemas, o universo em si. Nada existe isoladamente, tudo se conecta, se interage dentro de sistemas em diferentes níveis de complexidade.
       O sistema solar consiste no Sol e seu conjunto de planetas que orbitam em torno de sua esfera. Surgiu esta palavra: "esfera", e não foi por acaso. Nada é por acaso no universo. Olhemos para o Sol, para a Lua, satélite único do planeta Terra; observemos os planetas... E qual o formato que nossos olhos captam?
       Certamente o formato esférico. E a razão desta disposição vem ser o fato de que a esfera é  a forma que a matéria assume mantendo a equanimidade das forças agentes no dinamismo cósmico. Vejamos na Lei das Correspondências, as esferas existem desde a formação das pequenas bolinhas de sabão, desde as disposições atômicas até  os níveis de planetas e estrelas, pois toda a dinâmica universal se equaciona através de ciclos. Os astros tendem à conformação esférica seguindo este padrão celeste sob a pressão que provém deste dinamismo. Tudo no universo se manifesta em ciclos:  translação e a  rotação de planetas e estrelas; o dia, a noite, as estações, a vida física manifestada e sua dissolução, seu contínuo ciclo de manifestação e repouso, os Manvântaras e os Pralayas. (Manifestação e Repouso, do sânscrito).
       Todas as coisas estão inseridas em um sistema infinito, resguardados por uma Consciência Suprema que rege desde as mais distantes galáxias, até a mais profunda da intimidade atômica.
       Assim como o universo é infinito em suas distâncias incomensuráveis, o mundo microscópico é infinito em sua divisibilidade.
       Há uma eternidade a partir do hoje, e há também uma eternidade anterior ao momento presente. Estamos entre duas eternidades entre dois infinitos. A divindade é imanente, e somos parte dessa sublime imanência.
       O ser humano, e todos os demais seres que existem, é engendrado através de uma gama infindável de combinações de matéria e energia (sem esquecer que a matéria nada mais é que energia condensada), de todos os níveis de ordem e densificação. E que cada uma  dessas combinações e padrões  são representativos do mesmo sequenciamento dos níveis de energia em escala cósmica. O homem é o microcosmo dentro do macrocosmo, tudo aquilo que lhe é inerente também está presente em toda manifestação universal.
          Através do estudo das rondas e cadeias planetárias, poderemos enxergar onde estamos, no longo caminho da evolução, onde a cronologia se perde nas incomensuráveis eras.
       O sol é um milhão de vezes maior do que o Planeta Terra, e representa noventa e nove por cento do sistema solar, e a nuvem de energia que formou o sol adveio das plêiades, pois as estrelas estão, como tudo no universo, em conexão umas às outras. Como referi anteriormente, há o Sol visível e o Sol espiritual, o Logos, o verbo, cujo significado é vibração. O Sol fecundou todo o sistema, sua essência espiritual modificou o Mulaprakriti (energia fundamental, do sânscrito: "raiz da matéria”, advinda do Fohat, a energia pura, que fecunda Koilon, o espaço puro. Mulaprakriti também pode ser chamada Matéria Essencial). A matéria formadora do nosso sistema é a condensação gradativa dessa energia, sob a regência do Sol Espiritual e sua consciência. Consciência esta que está por trás de cada planeta, que são os Sete Espíritos Planetários, os sete planetas do ocultismo, os grandes centros de consciência.
           O universo visível representa cinco por cento da totalidade, enquanto que o invisível, noventa e cinco por cento, portanto, indetectável. A consciência tem a matéria como veículo, e por trás de cada astro existe uma consciência que lhe é inerente. Os Sete Espíritos Planetários são representados pelo Menorá judaico, o candelabro com sete velas, uma no centro e três outras para cada lado, o Sol seria a sua luz, e, segundo a Lei Hermética da Correspondência, são também os sete Chakras.  O Menorá era feito originalmente de ouro, o metal correspondente ao sol, representa as sete primeiras palavras do Sepher Bereshit (Gênesis), os sete olhos que são os sete espíritos de Deus.
       Poderá surgir uma dúvida: se são sete espíritos Planetários por que há mais de sete planetas no sistema solar?
       Um espírito planetário pode animar mais de um planeta. Na cadeia da Terra existem três planetas físicos: a Terra, Mercúrio e Marte. Seu centro de consciência anima três planetas. Os autores Charles Leadbeater e Annie Besant afirmam isso em suas obras. Blavatsky, entretanto, afirma que há uma consciência para cada planeta. Particularmente apoio a renovadora ideia de Leadbeater e Annie Besant.
       Os planetas, assim como todos os seres, evoluem através de manifestações periódicas. Sendo que existem planetas invisíveis no sistema solar. E, para cada planeta físico, existem seis outras contra partes que o acompanham, como veremos a seguir. São conjuntos de planetas visíveis e invisíveis em diferentes lugares do espaço.



                                                               CADEIA PLANETÁRIA.





         Cadeia é o ciclo de evolução de um corpo cósmico.
       Na figura acima temos os globos manifestados ou Kama-Dathu. Há também nos três planos superiores, os não-manifestados, os quais denominados em sânscrito como Rapa-Dathu, que serão vistos nos esquemas adiante, acima do Mental Inferior.

 (Parte das ilustrações deste texto foram tiradas de um antigo caderno de ocultismo, no qual esquematizei, de maneira simples, aquilo que nos livros parecia muito difícil de assimilar).
        Como podemos ver, os planetas não existem de maneira isolada, eles formam um conjunto de sete globos interligados que constituem aquilo que convencionou-se chamar "cadeia".
       Cada globo, localizado nos planos acima, não são percebidos pelos que estão abaixo, porém, percebem todos os que estão localizados nos planos inferiores.


       Observando a figura, notamos a enumeração de A até G. Para cada letra temos diferentes níveis de sutileza e densidade, sendo que, do globo A até o globo D ocorre um declive nos níveis mais densos, e do globo D ao G uma elevação aos níveis de maior sutileza.
       O globo D, onde se localiza nosso Planeta Terra representa o ponto de maior densificação, o fim do mergulho na densidade material, e por conseguinte, o ponto de retorno para as elevações mais sutis. O globo D representa, portanto,  equilíbrio das energias descendentes e ascendentes, o campo de batalha mais violento entre a materialidade e a espiritualidade.



                                                                     Ronda Planetária.



       Quando ocorre a ronda completa do globo A ao globo G, ocorreu um Kalpa ou Manvântara. A vida gira sete vezes nestes sete planetas. Cada mudança de globo, isto é, por exemplo, do Globo C para o Globo D, chama-se Ronda Planetária. A Ronda Completa é o giro completo na cadeia, isto é, do Globo A ao Globo G.
       A Terra, no Globo D, onde estamos, pulula de vida, porque a tensão do Logos Planetário está sobre ela. Assim que muda a tensão passa para outro globo. Como podemos ver, antes era Marte, e, assim que passar para outro nível, será Mercúrio. A vida se manifesta, dessa forma, em um globo de cada vez, de acordo com a tensão do Logos Planetário,  seguindo a sequência do globo A ao G da cadeia planetária. A cada tensão do Logos em um globo denomina-se período global ou mundial.
       Para cada ronda planetária existem um total de sete Raças Raízes. Estamos na quarta ronda e na quinta raça raiz, das quais falaremos futuramente em um texto específico.



                                           ESQUEMA EVOLUTIVO TERRESTRE.




         O Esquema Evolutivo é composto por sete cadeias.
       Ao final de cada ronda que se dá quando a tensão do Logos atinge o Globo G e termina sua Ronda Planetária, inaugura-se uma nova ronda com a ativação do globo A em uma nova cadeia, como poderemos observar na figura acima.
       É importante salientar que, após cada período de cada raça raiz, em uma ronda planetária, existem os seres que não atingem a frequência da nova tônica do novo ciclo, tornando-se incompatíveis com a permanência neste globo, os quais terão que reiniciar seu ciclo em outra orbe compatível com sua frequência vibratória; na mudança para uma nova cadeia também ocorre o mesmo, os ciclos são como períodos escolares , onde existem os aprovados, que poderão seguir adiante seu sequenciamento, e os reprovados, que reiniciarão tudo aquilo que não conseguiram alcançar. A cada final de cadeia, portanto, há aquilo que as religiões denominam Juízo Final.
       As sete cadeias, do Esquema Evolutivo Terrestre, possuem 49 rondas planetárias, cada ronda planetária com sete Raças Raízes e cada uma delas com sete sub raças.
       Poderemos observar na figura o  conjunto das sete cadeias manifestadas sucessivamente, notando que estamos na quarta ronda da quarta cadeia, dentro de um esquema evolutivo (= 7 períodos de cadeia = 49 rondas = 343 períodos globais, para cada raça raiz).
       Observemos que, a partir da cadeia I, há um mergulho gradativo na matéria até a quarta cadeia, onde estamos, e, a partir desta cadeia, um retorno aos planos de mais elevada sutileza, seguindo a gradualidade.
       Notemos agora a cadeia III, a Cadeia lunar, que é a cadeia que nos precedeu da qual especificarei seu mistério relevante no ocultismo.




       Cada cadeia é o Manvântara, o período de manifestação do Logos em sua imanência. Há um Pralaya entre cada uma das cadeias, que é o período de repouso. Na analogia que fiz anteriormente sobre os alunos aprovados e reprovados, o Pralaya seria à semelhança das férias escolares após cada período letivo.

       A cadeia número I é aquela que os ocultistas denominam Cadeia Ancestral, como o próprio nome indica, a mais antiga. E, seria conjectura  tentar situar cronologicamente seu período. Segundo alguns mestres, cada cadeia teria duração aproximada de quatro bilhões e meio de anos. A cronologia brâmane é extremamente complexa, e, como disse muitas vezes um velho mestre, jamais devemos nos prender às cronologias, pois "até os tempos se deformam nos caminhos da eternidade". Nesta cadeia os veículos de consciência ainda se assemelhavam ao reino mineral.
       Poderá surgir aqui uma dúvida: por que o verbo "assemelhar" ao "reino animal" e não "estar" no "reino animal"?
       Observemos: o Globo D da cadeia ancestral se localiza no plano mental inferior, onde inexiste a matéria; havia ainda a descida na densificação. Sendo assim não existia o reino mineral. O veículo de consciência estava em estado de dormência. Pois, segundo um antigo poema hindu, "a alma dorme na pedra, sonha no vegetal, se agita no animal e desperta no homem".

       Na cadeia Número II, denominada Cadeia Pré- Lunar, os veículos de manifestação se assemelham aos vegetais, se processando o caminho da densificação, onde o Globo D já se localiza no astral, onde são plasmadas todas as coisas que terão existência física.

       A Cadeia Número 3 é a chamada Cadeia Lunar. Nesta cadeia nossos veículos de consciência eram animais. Esta cadeia já se localiza no plano físico, porém etéreo. A Lua era um planeta muitas vezes maior que o que restou dela e é agora um satélite terrestre. Hoje a Lua é apenas um cadáver astral, carregado das energias que não conseguiram evoluir para a atual cadeia, por isso a Lua Nova, onde não se faz visível, é a lua de banimento na alta magia.
       Na dissolução da cadeia, aquilo que chamamos como lua, não foi dissolvido, sendo agarrada pela gravidade terrestre, e está cada vez mais se afastando da Terra, até se perder no espaço e entrar em dissolução.
       Todo este conhecimento adveio dos grandes mestres, os Yogues Perfeitos da Grande Fraternidade, que conseguiram acessar o Registro Acáxico, o grande e indelével arquivo cósmico. Buda, ou precisamente Sidarta Gautama, se lembrava de todas as suas encarnações, inclusive aquelas quando seus veículos estavam ainda no sequenciamento animal da escala zoológica inferior.
       Poderá surgir outra dúvida: Por que a utilização da palavra "veículos" no plural?
       Aqui está um grande mistério da escalada evolutiva dos seres, que é a aglutinação. As mônadas não surgem prontas a partir da efusão do segundo aspecto do Segundo Logos. Tudo no universo segue o princípio da gradualidade em busca da Unidade. Somos hoje aglutinação de infindáveis energias, advindas de seres em suas graduais esferas de complexidades, e assim seremos no futuro. Como gotas d'água que formam os pequenos cursos, que formam os pequenos rios, que deságuam nas grandes bacias que desembocam no oceano. Somos hoje os pequenos rios, algum dia seremos o oceano. Tendemos à unidade. Somos Um.
       É fundamental, portanto, todo amor aos animais, pois são as pequenas chispas divinas que chegarão ao nível de humanidade nas futuras rondas. São o que já fomos, serão aquilo que somos.

       A Cadeia Número IV, chamada Cadeia Terrestre, onde situamos em nossos atuais veículos de consciência. Aqui há a onda de vida hominal, o ponto máximo de descida à materialidade, onde se inicia a evolução para as cadeias do Retorno, a encruzilhada dos tempos e espaços. Aqui a inteligência material deu formação ao Ego, a mente física que bloqueia a ação do Espírito. Este é o grande problema da evolução, o Armagedom encarniçado das consciências. Aqui chegamos cada vez mais próximo da "porta estreita". Nem todos atingirão a frequência necessária para o prosseguimento da Caminhada. Somos consciência e não Ego, enquanto separados da consciência não se conclui a evolução humana. A nova frequência exige o enfraquecimento do Ego, solidamente constituído nesta quarta ronda, e o fortalecimento do Espírito, a predominância do "nosso" sobre o "meu", do "nós" sobre o "eu".
       Não há outro caminho.

       A V Cadeia é a chamada Cadeia do Futuro Imediato, ou Cadeia Futura Imediata. É o término da evolução enquanto humanos. Aqui atingiremos um estágio acima daquilo que hoje consideramos como humanidade. Quando nos tornamos unos com a nossa consciência expandida, nos constituímos como Mestres da Sabedoria, por isso a necessidade da amplificação dos ensinamentos nos dias atuais. A única coisa que levamos do mundo é a sabedoria. É preciso se libertar das crenças limitantes e retrógradas para que níveis maiores de consciência possam ser estabelecidos. O ego possui religiões, a consciência espiritualidade.

       A VI Cadeia é a denominada Cadeia Futura Média, nesta a atual humanidade que não se perdeu no caminho estará em um nível muito superior àquele que nossa percepção atual pode imaginar.

       Na VII Cadeia, ou Cadeia Futura Longínqua teremos a consciência das mônadas divinas, artífices da criação de mundos. Unos em essência com a divindade manifesta.

       E os atuais grandes seres de luz, onde estão, visto que as cadeias de retorno ainda serão plasmadas em um tempo futuro?

       Estão fora do Esquema Evolutivo Terrestre, especialmente no esquema venusiano, que veremos a seguir.



                           OS DEZ ESQUEMAS EVOLUTIVOS DO SISTEMA SOLAR





      
        O nosso Logos Solar possui em  seu sistema 10 esquemas evolutivos, os quais, como podemos ver figura acima,  se dispõem sob diversos estágios de evolução, sendo o Planeta Vênus aquele que se encontra em maior adiantamento, na quinta cadeia, sendo que a Terra e Netuno se encontram na quarta cadeia. Segundo alguns mestres, Vênus está na sétima ronda planetária da quinta cadeia, e por esta razão, é impossível detectar vida neste planeta.
       Em escala cósmica, os sete planos do sistema solar, nos quais dão seguimento os esquemas evolutivos, correspondem só sub plano físico. E isto permite antever a evolução nos sub planos sutis em escala cósmica. Dessa forma, quando todos os dez esquemas evolutivos tiverem sido completados, ou seja, quando todas as sétimas cadeias tiverem passados pelas suas sétimas e últimas rondas, o logos solar entrará em um período de repouso, o Pralaya Solar, até que em um novo Manvântara, o Sol ressurja em mais um diferente nível de consciência. E, segundo vários mestres, esta é a segunda manifestação do Logos Solar, porém este é um assunto que deverá ser abordado em um momento oportuno, futuramente, onde poderemos explanar sobre o Maha-manvântara universal.
       Notemos algo mais na figura acima, consta um planeta, para nós, desconhecido, cujo nome é Vulcano. Longe de ser a casa do Primeiro Oficial Spock da antiga série Jornada nas Estrelas, este planeta, o mais próximo do Sol, é fisicamente invisível, impossível de ser detectado.
       Os 10 esquemas evolutivos fazem correspondência com as 10 Sephiroth da Árvore da Vida da Cabala, mais uma vez explicitando a Lei Hermética da Correspondência.
       Mas o que diremos se, como citado anteriormente, há sete Logos Planetários e dez esquemas de evolução do Logos Solar, há então um acréscimo de mais três Logos não mencionados?
       Como podemos ver, existem três esquemas inominados, os quais, segundo antigos mestres, são regidos diretamente pelo Logos Solar, a Grande Mente que rege cada um dos sete Logos. O mundo é Mental, segundo outro Princípio Hermético.



                                 NOÇÃO DO LOGOS EM SEUS TRÊS ASPECTOS.



       Terceiro Aspecto do Logos:
       A formação da Cadeia.
       É a primeira efusão, onde se processa a formação da vida-energia, ou a vida atômica do universo. Sua efusão engendra os sete planos de diferentes energias. Sua força atuante é o Fohat, advinda de Brahman, que os mestres hindus também denominam Ishwara.

       Segundo Aspecto do Logos:
       A Descida, onde transcorrerá a conformação biológica, a  conformação da materialidade. É a etapa da densificação, da condensação das energias; é a energia se densificando e vivificando os planos e sub-planos; a energia densificada é aquilo que se convencionou chamar "matéria". Na verdade não existe esta dicotomia matéria-energia, todas as coisas provêm de uma mesma energia essencial ou primordial. A força do Segundo Aspecto é o Prana, e a deidade representativa é Vishnu.

        Primeiro Aspecto do Logos:
       É o Retorno. Onde tem ocorrência a formação da  humanidade e seu "retorno a Deus". A força efetiva desta etapa é a Kundalini, a força telúrica que impulsiona a evolução pelo "fogo serpentino", o Espírito da florescência na Centelha Divina presente na mais recôndita intimidade de cada ser. A Kundalini está presente no Chakra Mûlâdhâra, mais conhecido entre os ocidentais como Chakra Raiz.

       No esquema acima poderemos mais facilmente compreender a ação dos três aspectos do Logos, testificando que tudo no universo segue o divino sequenciamento da dinâmica universal. Como disse Helena Petrovna Blavatsky: "Não existe um ponto no universo no qual não manifeste a Consciência". A Consciência utiliza a matéria como veículo, ou seja, as energias sutis utilizam-se das densidades como veículo para o seu aprimoramento. Nada é por acaso.
       Tudo é Divino.



                                            REVISÃO DA CADEIA PLANETÁRIA.


       Na figura acima vemos o esquema evolutivo da Terra.



       Antes de cada Pralaya, entre duas cadeias, existe aquilo que convencionou-se chamar Juízo Final, na qual os espíritos que não alcançaram a frequência necessária para a nova cadeia, terão que reiniciar sua sequência em uma nova orbe que lhes seja compatível.
       Tudo é análogo no universo. Manvântara é o período da manifestação, Pralaya do obscurecimento, como o sono e o despertar, o repouso necessário para o restabelecimento das forças para uma nova sequência de dinâmica. O Pralaya pode ser estabelecido na meditação, no princípio do esvaziamento da mente, no Raja-Yoga chamado de Pratiahara, fundamental para os subsequentes passos ao caminho do Samadhi.



       A cada mudança de ciclo há, portanto, um selecionamento na humanidade, seguindo as novas tônicas peculiares a cada um desses ciclos. Aqueles que tiverem as frequências compatíveis prosseguirão nos caminhos evolutivos.



       De um globo a outro é uma cadeia planetária. De A a G é uma ronda completa, quando a onda de vida passa de A a G, completando uma cadeia.
       No globo D estão hoje trabalhando as ondas de vida. Estamos na quinta raça, em um total de sete civilizações, ou raças raízes em um globo.

       O conhecimento das rondas e cadeias planetárias vem ser uma das bases para o entendimento no Ocultismo, pois amplia nossos horizontes e eleva nossos níveis de consciência para reprogramarmos nossa concepção da jornada evolutiva, e consequentemente, da própria Vida. Vida esta que não se restringe ao ciclo físico de um corpo transitório. Tudo no universo vibra. Toda vibração é vida. Vibramos   seguindo os ciclos da sagrada equação que dinamiza o cosmo; tudo está conectado; somos as pequenas celulas de um corpo infinito que nos  doa a sua eternidade, somos ínfimas partículas de uma suprema consciência que nos doa sua sabedoria; somos o microcosmo inserido no macrocosmo na sublime imanência que nos doa a sua divindade.

       Namastê
       Om Tat Sat.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

A GRANDE FRATERNIDADE BRANCA E OS MESTRES CÓSMICOS


      

       O conceito da Grande Fraternidade Branca foi fundamentado na Teosofia, codificado através das revelações de Helena Petrovna Blavatsky, a qual teve orientações do Mestre Kuthumi. Contudo vejamos o que disse certa vez um mestre ascensionado: "Não tenho nome, não necessito mais de designações, porque fomos rios que já desaguaram no grande oceano, expresso-me como uma gota d'água, para que seja possível um contato. Somos Um, assim como todos vocês serão em nós, jamais regressaremos à individualidade. Somos a mesma água de um mesmo manancial, da qual você poderá encher seu cântaro e saciar sua sede, na incessante busca dos caminhos eternos".
Sim. A ascensão representa o fim da individualidade. Todos os grandes mestres que atingiram o Plano Monádico se aglutinaram ao Todo, à suprema consciência, e se tornaram "Princípio Ativo da Divindade Imanente".



       "Você vê um livro anônimo. — Disse um grande mestre — Normalmente são os melhores livros. Mas por que são anônimos? Justamente porque seu autor não necessita provar coisa alguma, seu ego já está suplantando. Vou mais além: Poderia falar aurores, só não falo porque a singularidade tornou-se o "plural" e a sublime pluralidade se conflui na Unidade, a grande luz onde todas as luzes se identificam como o Sol do meio dia".
A Grande Fraternidade Branca não são os mestres ascensionados, pois estes são os "diretores", a Grande Unidade da Luz Suprema.  A Grande Fraternidade Branca são aqueles que estão no alto caminho das cintilações, uma "ponte entre o divino e o humano", a ligação sublime da Unidade da Luz Suprema e a humanidade que ainda caminha pelas trevas.
Que são os sete raios: são eles as gradações de um único raio, o Fohat, a energia pura provinda da Divina Manifestação, Brahman, que fecunda o "espaço puro", Koylon, para gerar Mulaprakriti, a Raiz da Matéria. Os raios do Fohat são gradações da sutileza no caminho das densificações, a descida da "Escada de Jacó". E seu único senhor é o Grande Arquiteto do Universo, a unidade que se duplica para gerar Mulaprakriti, o princípio formador do dinamismo Cósmico.



       A Grande Fraternidade Branca vem ser os grandes luminares a guiar os caminhos da humanidade, as grandes Ordens que, através do Amor, sinalizam os caminhos da elevação dos níveis de consciência.
A Teosofia aponta os seres superiores como os Nirmanakayas, sem nomes, sem história, mas no estado supremo de consciência, os renascidos do Espírito. Mestre Jesus explicou certa vez: "O vento sopra onde quer, ouvem-se as suas vozes, mas não sabem de onde vem nem para onde vão, assim são os Renascidos do Espírito". Sim, sem nome, sem passado e sem futuro, mas por quê? Porque vivem na "eternidade", onde passado e futuro se anulam, onde prescindem as nomenclaturas, onde todos os tempos se encontram.



E Saint German, e os mestres ascensionados cuja vasta literatura tipifica, existem?
Certamente que sim, mas como figuras arquetípicas, onde os inúmeros mestres da Grande Fraternidade Branca se confluem, nas sagradas perspectivas da regeneração.
Saint German, por exemplo, foi um grande alquimista, que dirigia seus pensamentos à divindade única, o Grande Arquiteto eterno mestre da Grande Obra, Magnus Opus. É ascensionado, aglutinado à divindade, por isso sem nome, sem passado, sem futuro, confluído no "eterno momento" , princípio ativo de Deus, onde os egos são aniquilados.
É esta aniquilação que fala Blavatsky, mas não a morte espiritual, mas sua vida em plenitude. "Eu vim para que todos tenham vida e que todos a tenham em sua plenitude", disse o Grande Avatar da Era de Peixes.



A partir do momento no qual redescobrimos os verdadeiros prospectos da vida, a razão da existência, adentramos no caminho da ascensão espiritual, somos alunos dos que nos antecederam e guias daqueles que ainda não galgaram a níveis de consciência mais elevados. As mãos unidas representam a chave do grande portal da redenção humana.
"Somos a consciência das pedras, no despertar do sol regenerador. Somos as pedras do Templo, a catedral da alma onde resplandece a essência do Ser. Somos os rios, formados nas pequenas fontes, que atravessam os desertos, percorrendo longos caminhos, rumo ao mar do eterno acolhimento."— Disse um velho mestre.
"Estamos adormecidos diante do sagrado portal da vida eterna, o maior dos mestres não está longe, ele vive dentro de nós. Sua chama nunca se apaga, esperando o momento no qual despertemos do longo "sono dos séculos".— Acrescentou.

Om Tat Sat




terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO CABALÍSTICO







Uma vez alguém perguntou qual a diferença entre a Cabala Hermética e a Cabala Judaica. A resposta é simples, em termos da Cabala, propriamente dita, não existem diferenças. A Cabala é a tradição oculta do judaísmo, portanto existe apenas a Cabala Judaica. A Cabala Hermética, também de extremo valor e importância, pois é a mesma Cabala, tem aquilo que a própria Cabala judaica preconiza,  toda a correspondência com todos os ensinamentos, pois as sephiroth sintetizam a grande equação universal. A Cabala Hermética portanto, é a Cabala Judaica com toda sua correspondência no Hermetismo. É como se um engenheiro edificasse dois templos, e outro engenheiro pintasse as paredes do outro templo das cores que combinassem com seu gosto, seu costume, seu parecer. A estrutura de ambos os templos seriam as mesmas.
Vejamos através deste exemplo de harmonia que existe entre as derivações que podem ser aplicadas, a partir do conhecimento das Sephiroth, que as mais renomadas escolas iniciáticas também estudam profundamente a Cabala. A Ordem Hermética da Aurora Dourada, Golden Dawn, não só estudava a cabala como possuía os ensinamentos Cabalístico como preceitos fundamentais em seu aspecto doutrinário. Assim como a Ordem Rosacruz, a Gnose, Ordem Esotéricas  e, a própria Teosofia, onde Helena Petrovna Blavatsky faz inúmeras referências à Cabala reverenciando sua perfeita sabedoria. Era esta uma profunda conhecedora dos mistérios cabalísticos e cita os seus paralelos com a doutrina secreta Teosófica.



Todos aqueles que trilham os longos caminhos do ocultismo não poderão jamais prescindir do conhecimento cabalístico, pois, mesmo que sua filosofia ou sistema mágico seja de origem diversa do Esoterismo judaico, será o fundamento essencial para equacionar seis preceitos, regras, dogmas e doutrinas. Todo e qualquer magista, dotado de amplos conhecimentos e sabedoria, são profundos conhecedores da Cabala, entre os quais, além de Blavatsky, poderemos citar Mestre Papus, Eliphas Levi, Mestre Saint German, Fulcanelli, MacGregor Mathers, Jacob de Boheme, Samael Aun Weor e, figuras até mesmo sinistras como Alister Crownley. Todos os grandes alquimistas que deixaram seus nomes na história do Ocultismo eram também, não apenas profundos conhecedores dos mistérios cabalisticos, mas verdadeiros mestres da Cabala.



Poderemos observar as mais visíveis correspondências da Árvore das Sephiroth, como a astrologia expressa em suas esferas, que correspondem aos planetas regentes de cada aspecto. Poderemos ver os arcanos maiores do tarô nos vinte e dois caminhos que interligam cada Sephirah. (Sephirah é o singular de Sephiroth). Cada Sephirah representa as emanações do plano divino, assim como também todos os planos de existência. Representam também os Chakras e seus Nadis, o corpo humano e todo universo visível e invisível. As dez Sephiroth mais a Sephirah oculta de Da'at fazem a correspondência com as onze dimensões da física quântica, expressa na denominada "Teoria das Cordas". O Ain Soph, ou o Incogniscível da Cabala é, na correspondência mística, o Parabrahman da Teosofia, ou o Tao, expresso por Lao Tsé no Tao Te Ching. Tudo se relaciona, as filosofias estão alicerçadas, como explana Blavatsky na Doutrina Secreta, em conceitos e considerações primordiais que possuem uma raiz comum, e a mesma verdade é explicitada através de diferentes palavras. Existe uma similitude em todas as filosofias que derivam de uma matriz primordial.




Sem o conhecimento Cabalístico da Qliphoth, a árvore da morte, a sombra da sephiroth, o magista terá dificuldade para repelir e transformar as mais negativas das energias. A Magia Teúrgica, que é o mais elevado dos sistemas mágicos, vem ser a expressão prática do conhecimento Cabalístico, não apenas na formulação dos pantáculos e demais "armas mágicas", mas também na Guematria, a Numerologia Cabalística que confere o grande Poder da Palavra, engendrado através dos números, na matemática divina.
Até mesmo o cristianismo, no qual seus livros sagrados perdem a essência, seu espírito vivificante, sem a essência Cabalística, pois a Cabala é a "Alma da Lei", sem a qual não passará de uma letra morta.
A cabala ensina que toda a matéria é a densificação das energias, desde a Sephirah de kether até a Sephirah de Malkuth, que é o nosso mundo físico. Todas as coisas visíveis são, na verdade, ilusões estruturadas nas invisíveis. Como já disse, certa vez, um cabalista judeu: "Atentai antes para as coisas invisíveis do que as visíveis, pois as visíveis são temporais e as invisíveis são as eternas".
Na árvore da vida está exposta a respiração divina, a descida e o retorno, de onde viemos, onde estamos e para onde vamos. Ouçamos pois a voz do silêncio, para que possamos traduzir a essência que desce do infinito, através da qual será possível ver o invisível e desvendar, ainda que gradativamente, os grandes segredos do universo.

Paz e luz