segunda-feira, 11 de março de 2019

A PONTE DE ANTAKARANA E SEU SÍMBOLO DE PODER


                                 

                         
                         A PONTE DE ANTAKARANA E SEU SÍMBOLO DE PODER

       Os seres humanos possuem sete corpos, os quais são nossos veículos para todos os sete planos de existência que existem no universo manifestado. São todos veículos daquilo que os hindus denominam Jivatman, nosso Eu verdadeiro, a Centelha Divina que é a essência divina do verdadeiro ser, o “Eu Sou” filosófico, através do qual somos tudo em todos. Estes três corpos são: o físico; duplo etérico (mediador plástico entre o corpo físico e o corpo astral), o corpo astral, o mental concreto (ou mental inferior), o mental abstrato (ou mental superior), o Búdhico e o Átmico.
       Esta divisão setenária, é por muitas escolas esotéricas divididas em uma conceituação ternária. Sendo o corpo, construído pelo corpo físico e etérico; a alma, pelo astral e pelo mental inferior; e o espírito constituído pelo mental superior, Búdhico e Átmico.
       O Ahamkara é a noção do Eu, que se apresenta como o Jivatman, que dá a vida a todos os corpos, pois nele está nosso “Eu Sou”, a essência de nosso próprio ser, que percebe, conhece e possui a noção plena da própria existência. A partir do momento em que o Jivatman se identifica com o Átmico, a noção de individualidade se expande , sentindo-se em todos os seres e em todas as coisas. Não é um rio que deságua no oceano na aniquilação do próprio ser individual, como pensam erroneamente muitos adeptos de varias escolas esotérica, mas se torna o próprio oceano, na grandeza da sua aglutinação com o Todo.
       A tríade superior, mental abstrato, Búdhico e Átmico constituem a chamada Alma, ou corpo causal, onde todas as sementes kármicas são “guardadas”, e se constituem a porção espiritual que direciona o destino do individuo. O vínculo da Alma (corpo astral e mental concreto) com o Espírito (mental abstrato, Búdhico e Átmico) é o “fio” energético chamado Antakarana. A ponte da alma e do espírito.
       Sua terminologia deriva de duas palavras sânscritas, “Antara”, cujo significado é interno, e “Karana”, que significa causa. O Antakarana é, pois, o Caminho, o Fio Condutor, através do qual a nossa mente, ou intelecto, nos leva a níveis mais altos de consciência e de percepção. É a Ponte entre a mente com  nossa natureza interna, com aquilo que se denomina Espírito.
       Antakarana liga, portanto o corpo mental inferior e o corpo mental superior. Os animais possuem até o corpo astral, e um rudimento do plano mental concreto, não possuindo este fio energético originado através de milhões de anos de evolução. Antakarana é uma parte daquilo que poderíamos chamar anatomia espiritual humana.
       Muitos seres humanos possuem apenas rudimentos da tríade superior, que ainda está em evolução, segundo a evolução espiritual, contudo, segundo helena Petrovna Blavatsky, em sua grande obra “A Doutrina Secreta”, se refere ao “rompimento” desta ponte, em indivíduos extremamente atrasados, cuja evolução torna-se comprometida com a alta densificação de seus corpos astrais e mentais inferiores. É aquilo que a tradição passou a chamar de “pessoas sem alma”. Não que careçam do Jivatman, mas que necessitam de muito mais tempo de evolução para que seja constituído os corpos superiores, reestabelecendo a partir do Antakarana todo direcionamento à evolução espiritual.
        Antakarana vem ser a ligação para aqueles que desejam uma elevação espiritual, cujo símbolo que trago anexo possui em si o poder de sua ativação, desde que mentalizado durante as meditações e concentrações, nos estágios de Dharana e Dhiyana, do Raja Yoga respectivamente.



           O símbolo do Antakarana é além de um amigo símbolo de meditação, um poderoso instrumento de e cura, que tem sido usado na China e no Tibete por milhares de anos. Ele é um símbolo poderoso e apenas tendo em sua presença ele criará um efeito positivo na Aura e nos Chakras, pois traz em si toda a ancoragem psíquica e espiritual dos grandes Avataras, que passaram por nossa esfera ensinando toda a grande sabedoria existente nos mundos superiores.


         Este símbolo possui a sua própria “consciência”, que é a projeção espiritual deixada pelos grandes mestres, como um legado de sabedoria e poder.    Por ser dirigido para Eu Superior, ele sempre tem um efeito benéfico, sendo incapaz de ser utilizado, até mesmo pelos Magos Negros para canalizar efeitos além daqueles que os mestres assinalaram.

       Tal símbolo pode ser colocado nos altares, nos santuários próprios familiares ou individuais. É também muito útil tê-lo na casa, no ambiente de trabalho, principalmente onde são realizadas atividades referentes à saúde e a cura, como em consultórios médicos e holísticos, casas de assistência mediúnica espiritual, e até mesmo, em caso que considero particularmente especial, em consultórios odontológicos, onde se acumulam muitas energias de pânico e tensão emocional. Intensifica, portanto, todos os trabalhos referentes à terapêutica.

       Ele plasma aquilo  que os  mestres Taoístas denominam “grande orbitado microcosmo”, onde os fluxos de energia estabelecem uma corrente telúrica a partir dos pés , ativando o Chakra Muladhara, como se fosse um exercício de Pranayama, direcionando ao Chakra Brahmaranda ou Sahashara, formando um fluxo de energia que se assemelha totalmente à ativação dos Chakras do raja Yoga.
       O símbolo do Antakarana também neutraliza as energias negativas advindas de trabalhos de magia negra, assim como objetos que necessitam consagração.
       Este símbolo possui multidimensionalidade, e atua em diferentes planos. Constituído de três números sete em uma superfície plana. Os três números sete representam os sete Chacras, as sete cores do arco-íris, as sete notas da escala musical. Os três números sete também representa os dias da semana, e tantas outras conotações setenárias históricas, filosóficas e religiosas.
       Sua energia movimenta e ascende, através das dimensões invisíveis, até a dimensão do Eu Superior, que, como citei acima, representa a tríade do espírito, onde o Jivatman atua em sua maior e mais plena consonância.


      Alguns yogues dizem que este símbolo foi trazido à Terra no período em que a Lemúria ainda se fazia existente antes de ser submersa pelas águas, outros falam que foi no período Atlante. O que importa porem é que foi trazida por mestres muito superiores à nossa própria concepção de evolução espiritual.

      O Antahkarana tem sido guardado por milhares de anos, sendo conhecido e usado por poucos. Contudo a partir do inicio da nova era, este segredo passou a ser revelado amplamente ao mundo, para acelerar a ascensão vibratória deste planeta.

      A Cruz Cósmica, formada por este símbolo, contém sete símbolos intercalados. Representa os sete Chakras, e possui como finalidade a purificação das energias do ambiente, e ativa o Chakra Anahata, o Chakra conhecido pelos ocidentais como o Chakra do Coração.


        Os diversos tipos de símbolos que podem ser desenvolvidos a partir do original.

       Antahkarana Múltiplo: possui efeito harmonizador. Com ele torna-se possível acelerar a conexão com a tríade superior, os já citados corpos a partir do mental abstrato.

   
      Normalmente é utilizado na sua forma artística, desenhada a mão, segundo a capacidade cognitiva daquele que deseja usufruir de seus efeitos. Pode também ser esculpido visando a sua tridimensionalidade.
    

       Ele vai potenciar os efeitos de qualquer tipo de concentração, meditação ou exercícios diversos do Yoga, o bem estar espiritual advindo de sua simples presença facilita os diversos métodos de magnetização e energização.
    

       O Antahkarana simples – masculino e feminino são usados para buscar o alinhamento e a canalização com o Poder Superior. Pode utilizar o masculino se precisar de uma energia mais impactante. E usar o feminino, se necessitar de uma energia mais sutil e compassiva.

           O Antahkaranana forma de cruz, acima mencionado, também possui semelhante finalidade, porém conotado por um maior sentimento de sacralidade e elevação da espiritualidade.
          O Antahkarana Múltiplo é de grande eficácia para eliminar bloqueios  energéticos, especialmente nos meridianos, ou Nadis, que conduzem o Prana na ativação dos Chakras.  
       Embora a literatura desprovida de maior aprofundamento nos mistérios do yoga preconize inúmeras técnicas, inúmeras complicações e explanações exaustivas, tudo é muito simples. Seja qual for a modalidade do símbolo, ele se constitui em um poderoso “Yantra”, ou seja, um símbolo que está ancorado no grande poder oculto do Yoga, que é o Kriyashakty, o qual já citei em textos anteriores. E seu poder de ancoragem psíquica e espiritual reside na associação volitiva da mente humana com as grandes energias sutis latentes na natureza.      
     Para aqueles que duvidam da eficácia e da ligação dos símbolos com as grandes forças sutis, basta que observem uma bandeira de seu país de origem, as letras de uma sagrada escritura, o símbolo de uma ordem, e poderá sentir algo muito além daquilo que um simples desenho poderia estabelecer conotação. Todas as coisas são símbolos neste mundo de materialidade. O próprio corpo humano está “desenhado” sob a sagrada geometria que dá forma a toda a natureza. A matemática divina está presente na proporcionalidade que dá forma e aspecto em todas as coisas, seja na simetria, seja na disposição harmônica, seja na própria adaptação que os seres realizam na morfogenia que configura a vida. 
       Antakarana não é apenas uma ponte energética que une a alma e o espírito, é também a grande travessia que todos teremos que fazer, para que possamos alcançar aquilo que não se vê através das coisas que se veem, para que se expandam os horizontes onde plasmam as energias cintilantes.

Namastê.  



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