Os seres humanos possuem sete corpos, os
quais são nossos veículos para todos os sete planos de existência que existem
no universo manifestado. São todos veículos daquilo que os hindus denominam
Jivatman, nosso Eu verdadeiro, a Centelha Divina que é a essência divina do
verdadeiro ser, o “Eu Sou” filosófico, através do qual somos tudo em todos.
Estes três corpos são: o físico; duplo etérico (mediador plástico entre o corpo
físico e o corpo astral), o corpo astral, o mental concreto (ou mental
inferior), o mental abstrato (ou mental superior), o Búdhico e o Átmico.
Esta divisão setenária, é por muitas
escolas esotéricas divididas em uma conceituação ternária. Sendo o corpo,
construído pelo corpo físico e etérico; a alma, pelo astral e pelo mental inferior;
e o espírito constituído pelo mental superior, Búdhico e Átmico.
O Ahamkara é a noção do Eu, que se
apresenta como o Jivatman, que dá a vida a todos os corpos, pois nele está
nosso “Eu Sou”, a essência de nosso próprio ser, que percebe, conhece e possui
a noção plena da própria existência. A partir do momento em que o Jivatman se
identifica com o Átmico, a noção de individualidade se expande , sentindo-se em
todos os seres e em todas as coisas. Não é um rio que deságua no oceano na
aniquilação do próprio ser individual, como pensam erroneamente muitos adeptos
de varias escolas esotérica, mas se torna o próprio oceano, na grandeza da sua
aglutinação com o Todo.
A tríade superior, mental abstrato,
Búdhico e Átmico constituem a chamada Alma, ou corpo causal, onde todas as
sementes kármicas são “guardadas”, e se constituem a porção espiritual que
direciona o destino do individuo. O vínculo da Alma (corpo astral e mental
concreto) com o Espírito (mental abstrato, Búdhico e Átmico) é o “fio” energético
chamado Antakarana. A ponte da alma e do espírito.
Sua terminologia deriva de duas palavras
sânscritas, “Antara”, cujo significado é interno, e “Karana”, que significa
causa. O Antakarana é, pois, o Caminho, o Fio Condutor, através do qual a nossa
mente, ou intelecto, nos leva a níveis mais altos de consciência e de
percepção. É a Ponte entre a mente com nossa natureza interna, com aquilo que se
denomina Espírito.
Antakarana liga, portanto o corpo mental
inferior e o corpo mental superior. Os animais possuem até o corpo astral, e um
rudimento do plano mental concreto, não possuindo este fio energético originado
através de milhões de anos de evolução. Antakarana é uma parte daquilo que
poderíamos chamar anatomia espiritual humana.
Muitos seres humanos possuem
apenas rudimentos da tríade superior, que ainda está em evolução, segundo a
evolução espiritual, contudo, segundo helena Petrovna Blavatsky, em sua grande
obra “A Doutrina Secreta”, se refere ao “rompimento” desta ponte, em indivíduos
extremamente atrasados, cuja evolução torna-se comprometida com a alta
densificação de seus corpos astrais e mentais inferiores. É aquilo que a
tradição passou a chamar de “pessoas sem alma”. Não que careçam do Jivatman,
mas que necessitam de muito mais tempo de evolução para que seja constituído os
corpos superiores, reestabelecendo a partir do Antakarana todo direcionamento à
evolução espiritual.
Antakarana
vem ser a ligação para aqueles que desejam uma elevação espiritual, cujo símbolo
que trago anexo possui em si o poder de sua ativação, desde que mentalizado
durante as meditações e concentrações, nos estágios de Dharana e Dhiyana, do
Raja Yoga respectivamente.
O símbolo do Antakarana é além de um
amigo símbolo de meditação, um poderoso instrumento de e cura, que tem sido
usado na China e no Tibete por milhares de anos. Ele é um símbolo poderoso e
apenas tendo em sua presença ele criará um efeito positivo na Aura e nos
Chakras, pois traz em si toda a ancoragem psíquica e espiritual dos grandes
Avataras, que passaram por nossa esfera ensinando toda a grande sabedoria
existente nos mundos superiores.
Este símbolo possui a sua própria
“consciência”, que é a projeção espiritual deixada pelos grandes mestres, como um
legado de sabedoria e poder. Por ser
dirigido para Eu Superior, ele sempre tem um efeito benéfico, sendo incapaz de
ser utilizado, até mesmo pelos Magos Negros para canalizar efeitos além
daqueles que os mestres assinalaram.
Tal símbolo pode ser colocado nos
altares, nos santuários próprios familiares ou individuais. É também muito útil
tê-lo na casa, no ambiente de trabalho, principalmente onde são realizadas
atividades referentes à saúde e a cura, como em consultórios médicos e
holísticos, casas de assistência mediúnica espiritual, e até mesmo, em caso que
considero particularmente especial, em consultórios odontológicos, onde se
acumulam muitas energias de pânico e tensão emocional. Intensifica, portanto,
todos os trabalhos referentes à terapêutica.
Ele plasma aquilo que os mestres Taoístas denominam “grande orbitado
microcosmo”, onde os fluxos de energia estabelecem uma corrente telúrica a
partir dos pés , ativando o Chakra Muladhara, como se fosse um exercício de
Pranayama, direcionando ao Chakra Brahmaranda ou Sahashara, formando um fluxo
de energia que se assemelha totalmente à ativação dos Chakras do raja Yoga.
O símbolo do Antakarana também
neutraliza as energias negativas advindas de trabalhos de magia negra, assim como
objetos que necessitam consagração.
Este símbolo possui multidimensionalidade,
e atua em diferentes planos. Constituído de três números sete em uma superfície
plana. Os três números sete representam os sete Chacras, as sete cores do
arco-íris, as sete notas da escala musical. Os três números sete também representa
os dias da semana, e tantas outras conotações setenárias históricas,
filosóficas e religiosas.
Sua energia movimenta e ascende, através
das dimensões invisíveis, até a dimensão do Eu Superior, que, como citei acima,
representa a tríade do espírito, onde o Jivatman atua em sua maior e mais plena
consonância.
Alguns yogues dizem que este símbolo foi
trazido à Terra no período em que a Lemúria ainda se fazia existente antes de
ser submersa pelas águas, outros falam que foi no período Atlante. O que
importa porem é que foi trazida por mestres muito superiores à nossa própria
concepção de evolução espiritual.
O
Antahkarana tem sido guardado por milhares de anos, sendo conhecido e usado por
poucos. Contudo a partir do inicio da nova era, este segredo passou a ser
revelado amplamente ao mundo, para acelerar a ascensão vibratória deste
planeta.
A Cruz Cósmica, formada por este símbolo,
contém sete símbolos intercalados. Representa os sete Chakras, e possui como
finalidade a purificação das energias do ambiente, e ativa o Chakra Anahata, o Chakra
conhecido pelos ocidentais como o Chakra do Coração.
Os
diversos tipos de símbolos que podem ser desenvolvidos a partir do original.
Antahkarana Múltiplo: possui
efeito harmonizador. Com ele torna-se possível acelerar a conexão com a tríade
superior, os já citados corpos a partir do mental abstrato.
Normalmente
é utilizado na sua forma artística, desenhada a mão, segundo a capacidade
cognitiva daquele que deseja usufruir de seus efeitos. Pode também ser
esculpido visando a sua tridimensionalidade.
Ele
vai potenciar os efeitos de qualquer tipo de concentração, meditação ou
exercícios diversos do Yoga, o bem estar espiritual advindo de sua simples
presença facilita os diversos métodos de magnetização e energização.
O Antahkarana simples – masculino e
feminino são usados para buscar o alinhamento e a canalização com o Poder
Superior. Pode utilizar o masculino se precisar de uma energia mais impactante.
E usar o feminino, se necessitar de uma energia mais sutil e compassiva.
O Antahkaranana forma de cruz, acima
mencionado, também possui semelhante finalidade, porém conotado por um maior
sentimento de sacralidade e elevação da espiritualidade.
O Antahkarana Múltiplo é de grande
eficácia para eliminar bloqueios energéticos, especialmente nos meridianos, ou
Nadis, que conduzem o Prana na ativação dos Chakras.
Embora a literatura desprovida de maior
aprofundamento nos mistérios do yoga preconize inúmeras técnicas, inúmeras
complicações e explanações exaustivas, tudo é muito simples. Seja qual for a
modalidade do símbolo, ele se constitui em um poderoso “Yantra”, ou seja, um
símbolo que está ancorado no grande poder oculto do Yoga, que é o Kriyashakty,
o qual já citei em textos anteriores. E seu poder de ancoragem psíquica e
espiritual reside na associação volitiva da mente humana com as grandes
energias sutis latentes na natureza.
Para
aqueles que duvidam da eficácia e da ligação dos símbolos com as grandes forças
sutis, basta que observem uma bandeira de seu país de origem, as letras de uma
sagrada escritura, o símbolo de uma ordem, e poderá sentir algo muito além
daquilo que um simples desenho poderia estabelecer conotação. Todas as coisas
são símbolos neste mundo de materialidade. O próprio corpo humano está
“desenhado” sob a sagrada geometria que dá forma a toda a natureza. A
matemática divina está presente na proporcionalidade que dá forma e aspecto em
todas as coisas, seja na simetria, seja na disposição harmônica, seja na
própria adaptação que os seres realizam na morfogenia que configura a
vida.
Antakarana não é apenas uma
ponte energética que une a alma e o espírito, é também a grande travessia que
todos teremos que fazer, para que possamos alcançar aquilo que não se vê
através das coisas que se veem, para que se expandam os horizontes onde plasmam
as energias cintilantes.
Namastê.
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