Observemos o espaço , essa imensidão que desafia a nossa pequenez . Galáxias e mais galáxias pontilhando o incomensurável, nos convidando a refletir , meditar , ou simplesmente contemplar sua grandeza que assombra nossas ideias e nossos pensamentos.
Disse certa vez um pensador : "A sabedoria é uma montanha assentada na altura de um poeta." Certamente aquilo que não conseguimos entender podemos , no entanto, sentir. Existem coisas que sentimos e que são intraduzíveis em palavras.
A mesma essência que compõe as estrelas também compõe os minúsculos grãos de areia que são levados pelo vento.
Cada átomo é composto por partículas e cada partícula é composta por partículas ainda menores , sempre divisíveis, até o momento em que nem mais poderão ser classificadas como "matéria". Mas ondas, energias dispostas em uma crescente graduação de sutileza, que comungam a arquitetura dos universos que não vemos, mas que , dispostos "na altitude de um poeta" conseguimos sentir, vibrar e vivenciar essa realidade invisível que tudo interpenetra.
Tudo aquilo que chamamos "matéria" nada mais é que energia densificada. Tudo aquilo que chamamos "energia" é a sutileza daquilo que nossos olhos físicos conseguem captar .
"A natureza aborrece o vazio", disse certa vez um douto. Sim. Não existe o vazio. Tudo está preenchido , não existe o nada. Nunca alguma coisa é destruída, tudo se transforma dentro da dinâmica cíclica que dá vida ao universo. Como uma "respiração divina" no transcurso do tempo remodelam-se os alicerces que dão forma a tudo aquilo que se estabelece no que se convencionou chamar de "existência".
Vivemos no minúsculo padrão de ser como indivíduo, mas somos compostos pela essência cósmica que tudo interpenetra , tudo permeia e tudo compõe. Dessa maneira temos dentro de nós um componente indelével, eterno como o universo e infinito como a sua essência. Este componente indelével que tudo transforma sem nada destruir é aquele que me permite dizer "eu sou". Que me permite eternizar a consciência que pode contemplar toda a "vida " e a "luz" que sempre me chama pelo "meu nome" e me convida a integrar à unidade infinita.
Este componente indelével se faz visível, tangível na cadeia vibratória que inaugura minha nova concepção da sua existência impregnada da plenitude. Prazerosamente o chamo de "Deus."
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