quarta-feira, 17 de agosto de 2016
ATIVAÇÃO DOS CHAKRAS
Os chakras são centros de energias, que ligam o corpo físico do ser humano aos seus correspondentes etéreos, astral , interligando também, todos estes, às forças sutis da natureza que dão vida, forma, sustentação a toda manifestação presente no universo.
Eles se localizam no duplo-etérico do ser humano e também no corpo astral . Os principais chakras são em número de sete, porém existem muitos outros chakras de menor significação.
O corpo etérico é chamado no oriente por prana-maya-koshe , cujo significado é corpo ilusório onde circula o prana. Pois a função deste corpo é de receber e distribuir a energia prânica ao corpo físico denso.
Juntamente o corpo físico o etérico constituem o stulo-upadi , que é o suporte inferior do Atman , ou seja, é o veículo inferior do "Eu" real.
Os chakras são, portanto, os vórtices do duplo etérico que recebem e distribuem o prana. O prana recebido nos chakras circula através do corpo etérico através de condutos , também etéricos, conhecidos no oriente pelo nome de Nâdis. Estes são em número elevado, porém os principais são três : Sushuma , que corre no interior da coluna vertebral desde sua região apical até o alto do crânio; Píngala , que nasce na narina direita e desce sinuosamente até o cóccix; E , finalmente Ida , que nasce na narina esquerda , e que, assim como Píngala , desce sinuosamente até o mesmo ponto apical da coluna. Os Nâdis funcionam como uma correia energética que contornam os chakras fazendo-os girar em sentido horário e anti-horário ativando suas potencialidades em movimentos circulares. (Chakra em sânscrito significa roda).
O primeiro chakra , localizado junto às regiões genitais possui o nome de Muladhara, e é voltado para trás. No oriente os chakras são associados à flor do lótus, e seus segmentos internos associados às suas pétalas. O Muladhara é pois conhecido como a lótus de quatro pétalas, duas das quais apresentam a coloração vermelha e as outras duas vermelho acobreado. É importante salientar que as colorações , no plano etéreo, vem impregnada de subjetividade; o que é vermelho acobreado aos olhos de um vidente , pode não ser a mesma tonalidade aos olhos de outro.
O Muladhara possui duas principais funções. As energias que através dele se infundem são responsáveis pelas funções genésicas do corpi humano, e também pela circulação sanguínea. Nesse chacra , contudo, apresenta a singularidade de ser a residência de uma força cósmica especial: a Kundalini , que dormita neste centro, e que , uma vez despertada , ascende através do Shushuma até a região encefálica onde se localiza a glândula pineal, conferindo uma iluminação plena àqueles que desenvolvem e subjugam esta força. No oriente esta força é também chamada "serpente ígnea", e pode ser despertada através do "Tântra yoga", contudo, sem uma base moral e espiritual muito forte tal domínio pode ser extremamente perigoso , tanto para seu possuidor quanto para aqueles que o cercam.
Na região umbilical existe o segundo chakra , denominado Swadhistâna , o qual apresenta-se voltado para a frente dispondo-se sob a forma floral de sete pétalas, uma central rósea, e as outras seis contorneando-a sob as gradações azul , verde , amarelo, laranja e vermelha. Sua função é a de receber as energias vitais da atmosfera e distribuí-las aos demais chakras, justamente por estar no ponto do equilíbrio geométrico do corpo humano. As energias penetram pela pétala central e se distribuem aos demais chácaras através de seus segmentos ou pétalas.
Acima do segundo chakra, no plexo solar , localiza-se o Manipura, ou lótus das dez pétalas. Sua coloração se dispõe, alternadamente, em pétalas verdes e vermelhas, cuja função é receber e distribuir as forças necessárias à digestão e à excreção. Possui também ligação íntima com as atividades astrais, através de sua contraparte astral. Nele se localiza a "tela bhúdica", que é a porta para o plano de "Kama"(plano astral), esta que uma vez "aberta" confere a mediunidade, cujo gral é diretamente proporcional à tal "abertura", a qual pode ser inata (dependendo da situação pode até se constituir em grave problema de ordem psíquica) ou desenvolvida através de critérios que não convém aqui definir a proficuidade.
Acima do terceiro chakra , na altura do coração, há o Anahatta, ou a lótus dourada das doze pétalas, todas as doze em amarelo ouro. Este chakra está ligado à atividade cardíaca e respiratória, nele se distribuem as energias que comandam toda a dinâmica presente no corpo físico. Os irmãos magnetizadores dispensam passes de energia sobre este chakra para a cura de problemas respiratórios e cardíacos. ( Sobre todos os chakras podem ser dispensados passes magnéticos, para a cura dos respectivos órgãos que eles estão ligados. A magnetização é um assunto deveras importante para ser tratado).
Acima do Anahatta , os demais chakras mantêm relações além das físicas, com as áreas mais elevadas.
Sobre a glândula tireóide enconta-se o Vishudha, lótus das dezesseis pétalas cujas cores são difíceis de serem descritas , posso aventurar a dizer que seriam da tonalidade do céu sob os primeiros raios da alvorada. Sua atividade esta ligada fisicamente às funções da glândula tireóide e o timo. Possui este chakra funções astrais como a clariaudiência, uma vez desenvolvida pode-se ouvir os sons do plano de Kama, assim também quanto ao enorme potencial que confere ao próprio ouvido físico.
Entre as sombrancelhas têm-se o Ajnan , ou lótus das cem pétalas, que , na verdade , são noventa e seis; quarenta e oito róseas e quarenta e outro violetas. Este chakra está na direção da hipófise, centro multi regulador do corpo humano, e está também ligado à vidência dos planos superiores ao físico, conferindo também uma capacidade visual além do limite humano.(este chacra é conhecido no oriente como olho de Shiva)
No alto da cabeça, associado à glândula pineal, com o disco voltado para cima , localiza-se o Brahmaranda, ou a lótus das mil pétalas. Com novecentos e sessenta pétalas de cor púrpura, tendo no seu centro uma miniatura do chakra Anahatta, com doze pétalas douradas, possuindo, portanto, novecentos e setenta e duas pétalas. Os videntes qualificam seu brilho como indescritível, representado como o capuz de Budha e também a auréola brilhante que circunda, nos ícones ortodoxos , a cabeça dos santos.
A kundalini despertada no Muladhara sobe pelo nadi Shushuma e se aloja no Brahmaranda, dando a condição de ser iluminado àquele que alcança tal estado, ficando este dotado de consciência cósmica, livre da condição terrena que aprisiona o ser humano.
Todos os chakras desempenham seu papel dentro da normalidade através da respiração. Isto em todos os seres, pois não são um privilégio único do gênero humano. Os animais possuem chakras assim como nós, diferindo em grau e substância. Os vórtices energético existem disseminados por toda a natureza sob as mais diversas formas e sob as mais diversificadas matizes.
Para desenvolver os chakras é necessário, antes de mais nada, estabelecer padrões morais compatíveis com aqueles que buscam a espiritualidade, os quais seria inoportuna uma extensão sobre padrões sobre o que se considera como correto ou incorreto. Alguns princípios, no entanto , devem ser pelo menos perseguidos, como a abstensão do álcool, do fumo e das demais drogas nocivas a todo complexo físico e psíquico. Há também um princípio do yoga denominado ahinssa, cujo significado é "não matar", mas em uma maior abrangência, incluindo a não ingestão de carne. Contudo, estabelecer uma interdição como esta no mundo ocidental é algo de difícil aceitação. O que se espera , porém , é que se inicie uma consciência, para que possa ser semeado um conceito futuro, nesta ou em outra vida.
A respiração, como citado anteriormente, é a força motriz que alimenta os vórtices de energia, através do prana que infunde na constituição etérea. É fundamental que seja modificada a forma comum de se respirar. Pois a grande maioria dos ocidentais respira superficialmente, inflando apenas a porção superior dos pulmões. Para que haja aproveitamento pleno dos pulmões é necessário que se faça uma respiração lenta e profunda, inflando os pulmões em cada inalação , mantendo o ar por alguns segundos e exalando plenamente esse ar, para que isso se torne um hábito de se respirar bem.
Os exercícios respiratórios não incluem a respiração profunda, pois esta deve ser um hábito exercido a todo momento possível. A ativação dos chakras se inicia com o domínio do prana, o Pranayama, que consiste na respiração alternada.
Para que a respiração alternada possa ser executada deve-se ter o conhecimento prévio de outro tipo de respiração , que é a "rítmica". Esta se consiste em estabelecer o ritmo próprio de cada um, seguindo a tônica de cada indivíduo. Primeiramente toma-se o pulso até sentir plenamente o ritmo das pulsações. Inspirar em tempo igual a quatro batimentos; reter o ar pelo tempo igual a três batimentos; e expirar o ar no tempo igual a sete batimentos. O tempo gasto ao expirar deve ser igual ao tempo de inspirar e reter: quatro , três e sete , inflando ao máximo os pulmões, sem esforçar, retendo em seguida e expirar esvaziando ao máximo, sem forçar; em seguida reiniciar os movimentos respiratórios. Treinando esse exercício dez a quinze minutos nas primeiras horas da manhã, que são as horas da renovação da natureza, em breve se estará propício iniciar a respiração alternada.
A respiração alternada é a única que dá ao indivíduo a possibilidade do domínio do prana, o Pranayama . Desconhecido da medicina ocidental é o ritmo natural da respiração humana, que a cada duas horas uma narina fica mais livre que a outra espontâneamente. Convido a que se repare neste detalhe na própria natureza humana, para que se constate que a cada duas horas uma das narinas fica sempre mais desobstruída que a outra. É sob este conhecimento que se dá a respiração alternada que acelerando o processo natural ativará todos os chakras. A respiração ternada consiste em respirar ora por uma narina , ora por outra, obstruindo a que deve permanecer inativa com o dedo da preferência de cada indivíduo. A posição não precisa ser uma Ásana da yoga, mas com o dorso erecto em uma posição que não seja desconfortável, e, se possível, nas horas do alvorecer. O ritmo é segundo o número das batidas do coração. Inicia-se pela narina da lua, a esquerda, fechando com o dedo a direita. Aspira o ar pela narina esquerda no tempo igual a 8 batidas. Mantém o ar preso por 32 batimentos , e exala o ar pela narina solar, da direita pelo tempo de 16 batimentos. O prana inspirado pela narina esquerda , desce pelo "Ida" até o Muladhara , e é inspirado pela narina direita , tendo percorrido todo o Nadi "Píngala . Em seguida inverte-se : inspira pela narina direita por 8 batimentos, fechando a narina esquerda, retém por 32 batimentos, fecha a narina direita e solta o ar pela esquerda por 16 batimentos. Reinicia novamente inalando pela ezquerda e fechando a direita, sempre alternando.
Temos dessa forma o ritmo completo do Pranayama : 8--32--16 , expresso na proporção 1--4---2 cuja soma equivale ao número sagrado 7.
O exercício da respiração alternada deve ser de aproximadamente dez minutos diários, podendo aumentar com o tempo.
É de grande ajuda mentalizar as cores , inicia-se mentalizando a inalação de azul índigo, retendo o ar de cor rósea e exalando de cor esverdeada. Mentalizar também os chakras ativados com as cores correspondentes às pétalas já citadas para cada um deles. Através da persistência destes exercícios os mundos espirituais irão se descortinando , o despertar da kundalini nos proporcionará enxergar os corpos espirituais de cada indivíduo, os quais poderão ser analisados determinando seu caráter, suas virtudes , defeitos e enfermidades, as quais poderão ser até sanadas mediante energização nos chakras correspondentes .
Alguém desperto através do kundalini passa ser um iluminado, e, quando isso ocorre, passa a ter o desejo sublime de compartilhar esta iluminação. Como um antigo provérbio diz : as mais densas sombras se desfazem diante de uma única luz.
As luzes verdadeiras nunca são unitárias, elas se aglutinam, se fundem, se tornam "um" , na unidade regeneradora onde a plenitude supre todas e quaisquer ausências.
Namastê.
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