O Inverno proclama seu advento...
O Sol incide no ponto de maior inclinação na Terra, os dias se encurtam e a noite se expande em longas horas, referendando a peculiaridade de cada ciclo sagrado.
É o Inverno que ressurge interpenetrando a natureza, sacramentando um novo prisma de percepção
O arvoredo desprende suas folhas ressequidas a mãe terra as recebe, consagrando o novo momento de transformação, fertilizada pela essência sagrada da vida aparentemente morta.
Inseridos nos braços de Gaia, contemplando o dinamismo cíclico da nova perspectiva que desponta, confluímos à sagração deste instante cósmico, o qual nos convida a limpar excessos, desfazer supérfluos, renovar a vida.
O universo nos convida a abrir espaços, desembaraçar caminhos, e aguardar as luzes das equações celestes que descortinam a esperança de infinitos amanhãs.
Ressurge o momento de despojar das cascas, se despir das folhas mortas, lançar fora galhos ressequidos, a fim de que sejam adubados os substratos para um novo período de consagração.
O universo, através do murmúrio das aragens, apresenta-nos a necessidade de abrirmos velhas gavetas, antigos armários e empoeiradas estantes. A mãe terra clama pelas sementes renovadoras da existência.
Novas estações aguardam silenciosamente a plasmação de seu próprio momento.
Folhas caem; raízes permanecem nutrindo o tronco da existência presente. Tudo é cíclico, tudo é renovação no sagrado dinamismo que testifica a mão divina.
Renovemos nosso ser, recriemos nossa essência, reciclemos nossa alma. Pois a eternidade é uma respiração divina e o infinito o alcance de cada pensamento.
O inverno surge como um período de espera, de tolerância e introspecção.
É a consagração do instante de reverenciar o silêncio, perscrutar o invisível, consagrar a sabedoria.
Louvemos o Grande Espírito de Amor em cada uma de suas faces, nas fazes do mundo, na voz da natureza, na essência de nosso próprio ser consagrada às transformações.
Om Tat Sat
Namastê
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