Conforme muitas pessoas devem ter conhecimento, a Cabala vem
ser a tradição esotérica do povo hebreu. E a codificação e a estruturação deste
vasto manancial de sabedoria, foi elaborado por Moisés (Mosheh). O que nem
todos sabem, porém, é de onde Moisés retirou tais ensinamentos , que concebe ,
translitera e explana toda a Magia Divina da Criação, tanto do universo, quanto
dos seres que nele habitam seu estado, seu passado e seu caminho rumo ao incognoscível.
O insigne libertador
do povo de Israel, tomado como filho adotivo da filha do Faraó do Egito, não só
teve acesso aos segredos de seus santuários, como também fora um iniciado na
mais secreta sabedoria da classe sacerdotal deste antigo país.
Toda a sabedoria
do Egito, que até os dias de hoje deixa perplexos cientistas e arqueólogos, não
possuía apenas quatro mil anos de existência, como supõe a ciência oficial, mas
remonta há mais de 12 mil anos, desde que recebeu os sobreviventes do último
resquício do Continente de Atlântida.
A sabedoria do
povo atlante engendrou toda sabedoria, que alicerçou o conhecimento técnico,
científico e tecnológico do antigo Egito. Tanto que o conhecimento sobre a
Atlântida só foi possível devido ao relato que os sacerdotes egípcios de Saís fizeram
com o sábio grego Sólon, e este legou este conhecimento a Platão, que codificou
a posteridade.
Moisés, portanto,
amplo conhecedor da mais plena sabedoria dos egípcios escreveu seus livros, o
Pentateuco (Sepher Mosheh) em estilo simbólico, servindo-se da língua egípcia,
e seus avançadíssimos caracteres, que haviam chegado a um elevado grau de perfeição.
Ciente de que a pureza original desta língua era impossível de permanecer nas
mãos rudes de um povo nômade, como eram os antigos hebreus, Moisés confiou a
chave desta sabedoria nas mãos de homens seguros, criando a classe sacerdotal Levítica,
aos quais passou a Lei Oral, a "Qabbalah", que provém do verbo
transitivo direto hebraico: "transmitir". E assim transmitiu toda a
sabedoria aos sacerdotes levitas, deixando-os cientes da grande representação
alegórica codificadas no Sepher Bereshit, ou o Livro do Gêneses (Sepher
significa livro na língua hebraica).
Segundo os
grandes sábios judeus, todo esse conhecimento adquirido por Moisés possuía uma
predestinação Kármica, pois o patriarca Henoch , possuía o mesmo conhecimento
dos atlantes , assim como também o possuía , já em menor grau , o patriarca
Abraão .
De geração em
geração todo este conhecimento se preservou vivo no seio do povo hebreu,
conhecendo também a sua origem nos arquivos sacerdotais do templo de Tebas, e
sua relação com a raça vermelha atlante.
Moisés, além deste conhecimento acessado no Egito, colheu
também maiores informações ou explicações no templo de Jetro, um dos últimos
hierofantes da antiga raça da Atlântida.
Inicialmente toda
a Torah (livro da lei), era escrito nos antigos caracteres "Vattam",
sendo substituídos pelo hebraico por Esdras, no século VI antes de Cristo, nos
quais se encontram atualmente.
A classe
sacerdotal Levítica preservou este conhecimento, os quais também chegaram aos
profetas de outras tribos hebraicas, até se formarem também a seita dos
Essênios, que possuíam , estudavam e vivenciavam toda essa sabedoria. Entre os
quais pertenceu Joshuah Ben Youssef, conhecido entre os cristãos por Jesus.
Para conservar os
textos inalterados os escribas observavam certas regras de ler e escrever,
constituindo uma significativa parte da tradição conhecida por Massorah. Tanto
que como no alfabeto hebraico existem apenas as "vogais fortes", as
demais vogais são transcritas por determinadas pontuações, as quais se
denominam "pontos massoréticos”.
Os comentários que
se faziam da Torah, mais tarde foram compilados, e explicados, e tais
compilações constituíram um novo livro sagrado, o Thalmud.
A Massorah (palavra
escrita que para os cristãos constitui o Velho Testamento) forma, para os
judeus o Corpo da Tradição; o Thalmud forma a Vida da tradição; e a Cabala ou a
secreta doutrina hebraica forma a alma da tradição, sua parte religiosa e filosófica.
O ensinamento
tradicional judaico sempre foi trino, ao mesmo tempo histórico, místico e moral,
sendo suas escrituras divididas no sentido histórico ou literal (a única
herdado pelo cristianismo) que é o "Pashut", correspondente ao átrio
do templo; o moral ou "Derush", que pertence ao Lugar Santo do
Templo; e o místico ou "Sod", que representa o Local Santíssimo do
Templo. E esse sentido místico é justamente a Cabala. A qual era, com exceção
do sentido Alegórico (Remmez), inserido no Sepher Bereshit (Gêneses )
fundamentava-se na Lei Oral.
Contudo, após o
ano 70 d.c. , quando o general romano Tito Vespasiano destruiu Jerusalém ,
ocorrendo a diáspora judaica pelo mundo , viu-se a necessidade de ser compilada
a Cabala, surgindo então as duas obras máximas cabalistas , o Sepher Yetsirah (
Livro da Formação), cuja autoria até hoje é incerta, e que explica a gênese de
todos os seres e todas as coisas; e o Sepher-ha-Zohar ou o Livro de Esplendor ,
que trata dos atributos da divindade ( As 10 Sephiroth), dos mundos , da alma ,
do bem e do mal. Escrito por Simeon Ben Jochai , quando a tradição se tornou
impossível de ser perpetuada.
O célebre Rabino
Simeon Ben Jochai, recebeu a "iluminação”, e a tarefa ímpar da elaboração
deste livro, tarefa na qual os judeus comentam que houve uma grande reunião dos
maiores rabinos, encarnados e desencarnados, para participarem junto à obra
deste maior mestre da Cabala depois de Moisés.
A Cabala, alma da lei para o povo judeu, vem exercendo cada
vez mais fascínio e estudo por número cada vez maior de pessoas de todos os povos,
celebridades e anônimos. Todas as pessoas que buscam a sabedoria e o
conhecimento do sentido existencial, revelando-se não ser apenas o antigo
conhecimento herdado de eras e povos antiquíssimos, mas uma sabedoria viva,
atual, e acima de tudo, eterna. Cuja acessibilidade, antes tão difícil, hoje se
faz visível através de inúmeros meios de acesso; como um presente divino
àqueles que buscam algo maior que tudo aquilo que nunca foi bem explicado.
Namastê
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