"A análise de qualquer crença não consiste somente naquilo que
alguém crê, mas também naquilo que ele crê que possa acontecer a alguém que não
crê naquilo que ele crê. Pois se ele crê que quem crê naquilo que ele não crê
não mereça descrédito, então o que ele crê pode ser algo que talvez se possa
crer". (Antigo Pensamento do Oriente).
Apresento aqui
dois hebreus, com uma significativa diferença de alguns milênios entre suas
estadias no nosso mundo. Um se chama Moisés, da sacerdotal tribo de Levi. Outro
Albert Einstein, possivelmente da tribo de Judá. Considero cada um deles
representante de uma mesma verdade, escritas sob óticas bem distintas.
Moisés foi o grande mestre da Cabala,
Einstein o precursor das peculiaridades físicas até então jamais demonstraras
pelo gênero humano. O mundo físico e o mundo espiritual se sintonizam sob a
representatividade destes dois insignes hebreus, que desvendaram ao mundo os
grandes mistérios da própria noção da existência.
O mundo físico é
um espelho do mundo espiritual.
A Cabala
descortina a essência na qual todas as coisas estão assentadas, na qual o
Grande Espírito se descortina como a unidade subjacente a todos os tipos de
energia que dispõem a estrutura universal.
As dez Sephiroth
da Cabala são as emanações dos atributos desta Plena Força Una. São elas a
estrutura do cosmo, e através das quais todas as emanações procedem. A Arvore
das Sephiroth tem início em Kether, a mais sutil das emanações, e densifica-se
até Malkuth, o nosso mundo material. Da mesma maneira a Ciência oficial, que se
inicia naquilo que hoje se denomina Cordas Vibratórias (energias sutis), até a
concretude da matéria visível.
As Sephiroth se
originam da manifestação da Grande Consciência, unidade absoluta. E são elas
que definem o caminho até o ser infinito. São, pois os estados de vibrações que
dão forma e estrutura a todas as coisas. Desde a solidez daquilo que é paupável
às mais sutis de todas as energias. Todos partilham de uma mesma origem que são
estas dez emanações, as quais são como frutos da Grabde Árvore da Vida que
nasce do Uno Superior. Emanam de Deus, que é incognoscível: O "Ain
Soph", mais pleno mistério cabalístico, que a tudo transcende.
Einstein, embora
não fosse um judeu inserido na tradição da ortodoxia, possivelmente conhecia,
através dos conceitos peculiares à sua própria cultura, uma unidade subjacente
à própria criação. E buscou aquilo que havia de mais abstrato entre os
conceitos da física, culminando com a demonstração da relatividade entre o
espaço é o tempo.
Tentou sempre
demonstrar a sua "Teoria do Campo Unificado”, que permitiria fundir a
gravidade e o Eletromagnetismo em uma única teoria sobre as forças da natureza:
todas as forças fundamentais descritas em um único campo.
A inquietação de
Einstein era a incompatibilidade entre sua "teoria da relatividade
geral", relevante aos corpos visíveis como os astros, com a Mecânica Quântica,
denominação utilizada pelos físicos para tratar do mundo atômico e suas
partículas integrantes. Pois tais partículas se comportam de uma maneira que
foge aos conceitos Newtonianos.
Alguns dos
mistérios, resultantes destas teorias em conflito, incluem o da Gravidade ser
tão fraca em relação a outras forças fundamentais como o Eletromagnetismo, e a
razão pelo universo se dispor na sua imensurável magnitude.
Hoje, tal
magnitude do universo é explicada pela, ainda não totalmente provida de
esclarecimento, Energia Escura, que se distribui por todo espaço, e que promove
e acelera a expansão universal; separando as galáxias, no interior das quais a
força de gravidade a anula. E, sua natureza permanece um desafio, tanto na
cosmologia quanto na física.
Na década de 80, a Teoria das Cordas, uma
versão moderna da dualidade partícula-onda, que busca descrever as partículas
elementares como ondas harmônicas de cordas vibrantes, cujo objetivo final
seria combinar a Física Quântica com a Teoria da Relatividade de Einstein, para
explicar as quatro forças fundamentais: gravidade, força forte, força fraca e
eletromagnetismo em um único arcabouço conceitual.
Envolvendo
complexos cálculos matemáticos, a Teoria das Cordas é um ramo paralelo da
Física Quântica desenvolvendo um método para resolver processos quânticos
gravitacionais em termos de ondas em cordas multidimensionais em vez de
partículas providas de solidez. Oferecendo nova perspectiva sobre os
componentes fundamentais da matéria. As tais seriam como filamentos vibrantes
semelhantes a cordas, onde as diferentes vibrações produziriam diversos tipos
de partículas. Uma dessas vibrações produziria aquilo que hipoteticamente se
convencionou como Gráviton, unificando a Gravidade à Mecânica Quântica. O que
solucionaria a incompatibilidade entre esta e a Teoria da Relatividade Geral.
Esta teoria
engloba não apenas o que é matéria, mas também as forças (energias) que formam
a própria matéria.
As partículas de
força são associadas a padrões específicos de vibrações de cordas. Tudo é vibração.
Tudo é energia. Tudo isto explica a, até então inexplicável, característica da
partícula-onda, onde uma única partícula poderia passar ao mesmo tempo por dois
orifícios. Isto porque as cordas como uma gota de mercúrio, se desassociam e
associam sequencialmente.
A teoria das cordas é a base da Teoria do Tudo. Explicam-se
as diferentes vibrações que fazem com que se interajam e se influenciem umas às
outras. Tudo aquilo que existe é uma relação entre as partículas fundamentais,
e estas são as vibrações das mais sutis formas de energia.
Allan Kardec ,
em 1857, já fez referência a tais substratos da matéria como Fluido Cósmico Universal,
em seu famoso Livro dos Espíritos, um dos pilares da doutrina espírita,
amplamente estabelecida nós dias atuais.
Alegam alguns
cientistas para que as cordas constituam o universo como este é estabelecido,
estas deverão vibrar em onze dimensões. Todos podem observar três dimensões
espaciais e uma temporal; modelos da física acrescentam, entretanto, outras
sete dimensões. Ora, sabemos que além das dez Sephiroth conhecidas existe
também a décima primeira: a misteriosa Daath.
As Sephiroth e a
Teoria das Cordas expõem uma mesma noção sob diferentes formas de expressão. A
Teoria das Cordas é a descoberta científica que os cabalistas já conheciam há milênios.
Um físico, que analisa a Teoria das Cordas, estuda a Cabala, pelo prisma da
ciência oficial.
Reza o
misticismo hebraico que, no vazio de sua presença, Deus estabeleceu o universo,
que o fez através da emanação de sua luz, e desta emanaram as Sephiroth, as
quais continuamente engendram tudo aquilo que tem plasmada sua existência.
As Sephiroth, pois são estados vibratórios assim como as cordas,
que doam vida ao Universo. Tudo é vida e movimento: vibrações . Portanto desde
a mais ínfima das sutilezas a mais profusa densidade; desde Kether até Malkuth;
desde o Fluido Cósmico Universal de Kardec até as Supernovas , tudo possui a
similitude vibracional . Tudo um dia já foi explanado, porém a descrença
costuma sempre buscar a crença através de seus caminhos, ainda que morosos.
Namastê.