domingo, 29 de dezembro de 2019

AS SOMBRAS E A LUZ

                                              
 
 
                                                         AS SOMBRAS E A LUZ

       A vida tem um sentido. Todas as coisas tem um sentido, nada é por acaso no universo. O sentido da vida é o retorno à própria origem da vida, o "Filho Pródigo" que retorna aos braços do "Pai" após vivenciar o aprendizado através da dor. A vida é o grande aprendizado. Porém não falo da vida circunscrita entre o nascimento e a morte física, mas na vida que se  desenvolve desde a energia do átomo primordial até o caminho das estrelas. É a grande escola onde elevamos através dos erros e aprendemos através das dúvidas.
       Deus é luz? Sim. Mas as sombras derivam também de sua magnitude imanente. As sombras são nossos erros e nossas dúvidas, e sem os erros e dúvidas estaríamos imersos na grande luz, tão cegos quanto inseridos nas mais densas trevas. O universo é uma dicotomia de luz e sombra, e só poderemos conhecer, tipificar e valorizar a luz através das sombras. Sem as trevas estaríamos na luz mas não saberíamos o que ela é nem o que ela significa sem que a sombra não nos ensinasse a sua essência. Todas as filosofias apregoam a onipresença divina, ela é tudo em todos, a energia primordial que estrutura o universo. Na Sephirah Cabalística mais inferior , Malkuth, está inserida também a Sephirah superior, Kether, sem a qual nada teria existência.
       Disse certa vez um velho sábio após ser picado por um escorpião: "O Mal é um Bem que ainda não compreendemos". Talvez seja esta uma das frases mais perfeitas que externa o sentido da existência. Sem o mal como eu compreenderia o bem? Sem o mal, qual o valor que eu daria ao bem?
       Disse o sábio poeta árabe Gibran Khalil Gibran: "Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores."



       Não podemos nos esquecer que onde existe a luz também existem as sombras, onde existem as sombras também terá que existir a luz, uma depende da outra para que cada uma possa ser visível.

      Quando estudamos a árvore da vida, na Cabala, que são as Sephiroth, nosso estudo só será completo se estudarmos, também, as Qliphoth, ou seja, a "Árvore da Morte", o lado inverso da árvore do conhecimento, a "Otz Daath". Esta árvore, como citada acima, é a Qliphoth, que vem ser o plural de "Qlipha", antítese da "Sephirah" e que tem como significado "casca" ou "concha".
Sem o conhecimento da sombra, da penumbra, dificilmente compreenderemos o poder da luz. Pois tanto a luz quanto a sombra se manifestam, ao mesmo tempo, na presença de uma e de outra. Nenhuma energia pode ser destruída no universo, isto é uma premissa da própria física. As energias são transformadas, seguem o princípio universal da transformação.
       "Não resistais ao mal", já disse o grande mestre, pois conhecia este princípio fundamental da transmutação. Conhecendo o mal e sua essência, saberemos como anulamos suas ações, transformando sua essência através da neutralização. Aqui está a aplicação do grande princípio hermético da polaridade.


       Há uma antiga história sobre um príncipe da Média, em cujo palácio todas as portas de abriam após pressionar uma alavanca para baixo.
Em seu palácio havia muitos gatos e ele resolveu fazer uma experiência com seus animais de estimação. Na hora de alimentá-los, colocava seu alimento no interior de uma caixa de madeira, a qual tinha uma grade lateral que era aberta acionando uma pequena alavanca adjacente à própria grade.
       Para cada gato existia uma caixa de madeira nas mesmas conformações. Os gatos viam a comida, sentiam o cheiro dela e miavam. Ele então pressionava a alavanca e a portinhola se abria. Os gatos então poderiam entrar e saborear seu delicioso alimento.
        Passado alguns dias ele simplesmente deixou de pressionar a alavanca, os gatos viam o alimento e sentiam seu cheiro, miavam e arranhavam a grade. Os servos do príncipe não se conformavam com a fome e o sofrimento dos animais, até que notaram algo. Rapidamente os gatos aprenderam a acionar as alavancas. Pulavam sobre elas e corriam para seus pratos.


       Passado algum tempo os gatos conseguiam abrir todas as portas do palácio e ir onde desejassem.
       O que parecia mal era, na verdade, um aprendizado.
       Uma criança que desobedece as ordens de seus pais e toma um choque ao brincar com a tomada de eletricidade, sofrerá uma dor terrível, porém nunca mais enfiará qualquer objeto nos orifícios da mesma. Será muito mais cuidadosa que outra criança que, obediente a seus pais, não sabe o que é um choque elétrico.
       O mal que o mundo nos faz é um aprendizado, o mal que fazemos no mundo gera o Karma, e o karma é uma lição. Há uma diferença entre aprendizados e lições. As lições são frutos colhidos de nosso plantio, o aprendizado é o conhecimento adquirido através das imperfeições do mundo, indicando-nos os caminhos para que nos distanciemos, cada vez mais, do enlaçamento da materialidade.
       São através dos erros que alcançamos os acertos, e das dúvidas que vislumbramos as convicções.


       As sombras são necessárias para que possamos caminhar  até acostumarmos com uma luz mais forte. E esta luz mais forte só é evidenciada quando pudermos sair do aprisionamento em nosso próprio ego.
       É o nosso próprio ego que nos limita entre tempos e espaços. Fora de nosso ego seremos o Eu aglutinado ao Todo.
       Imaginemos que estamos dentro de  uma torre imensa de 50 andares. E, cansativamente, estamos no vigésimo quinto andar, passamos pelos 24 andares iniciais e conhecemos cada um deles, porém esquecemos muitos de seus detalhes. Dos outros 25 andares acima, nada conhecemos. Os vinte e quatro andares de baixo representam nosso passado, o andar que estamos o instante presente, e os vinte e cinco acima o nosso futuro. A partir do momento em que suprimimos o nosso ego poderemos ver a torre, não mais de dentro, mas do lado de fora. Não há mais passado nem futuro, pois estaremos vivenciando a eternidade.

       Nosso maior adversário é o ego. Porém, sem a experiência do ego jamais chegaríamos à "Grande Realização do Eu". Se fôssemos criados "perfeitos" sem passar pelos árduos caminhos da imperfeição humana, essa "perfeição" não seria "alcançada", mas "doada".
Rabino Yehuda Berg, em seu livro O Poder da Cabala, denomina o "pão da vergonha", aquilo que se recebe sem merecimento, como uma esmola dada a uma pessoa que, desesperadamente, deseja sustentar a si próprio.


       A experiência do ego é o caminho à plenitude.
       Aquele que não mergulhar nos infernos espirituais jamais chegará aos páramos celestes reservados ao "ouro provado a fogo".
       Tudo é divino, nenhuma experiência é em vão, nenhum sofrimento é a toa, nada é por acaso.

        "Bendita seja a crise que te faz crescer, a queda que te faz olhar para o Céu, o problema que te faz buscar a Deus". Disse certa vez um velho sacerdote chamado Pio.


terça-feira, 24 de setembro de 2019

O EQUACIONAMENTO CÓSMICO

       

        Todas as coisas possuem uma origem. Chamemos esta origem de causa. Toda causa engendra consequências e suas derivações, toda derivação segue direcionamentos infindáveis seguindo a lei cósmica da transformação. Imaginemos uma mesa de madeira. Ela tem sua origem na parte lenhosa das arvores, cada árvore é o resultado de milhões de anos de evolução, de transformação, a partir das mais simples moléculas de aminoácidos formados através das reações químicas a partir das combinações do átomo de carbono com inúmeros outros elementos. Voltemos novamente à mesa e sigamos as outras interações além de sua matéria prima; esta ganhou forma sob o laborioso trabalho das mãos humanas, seguindo técnicas e maquinários desenvolvidos desde a aurora da humanidade aprimorando-se desde o período paleolítico. Adentremos no período paleolítico, que compreende um segmento de mais de dois milhões de anos até dez mil anos atrás, conhecidos também como período da “pedra-lascada”, quando os hominídeos começaram a empreender seus primeiros artefatos. Os hominídeos são os ancestrais do homo sapiens, seres humanos atuais, que surgiram por volta de 300 mil anos atrás, e estes ancestrais humanos também são o resultado de milhões de anos de evolução de espécies, cada vez mais simples, também formadas a partir dos mesmos aminoácidos dos quais se formaram os mesmos espécimes vegetais mencionados logo acima. Este é o ponto de convergência entre o homem, fabricante e modelador da mesa, e a matéria prima, a madeira, proveniente das árvores que seguiram sua linha evolutiva paralela à linha evolutiva humanoide. Anterior aos aminoácidos os elementos se combinaram em uma gradual sequencia de complexidade, e, em algum momento, ainda num ambiente onde o oxigênio ainda era inexistente, os primeiros organismos teriam surgido na forma de seres unicelulares heterótrofos, nutrindo-se de matéria orgânica. 


       Não devemos esquecer que a Terra possui mais de quatro bilhões de anos. Da formação do planeta terra, até toda a diferenciação que conhecemos, poderemos dar o nome de sequenciamento. Se formos seguindo à contra mão da cronologia veremos que a terra se formou a partir da aglomeração contínua de massas devido à atração gravitacional. O Sistema Solar, por sua vez, foi formado a partir de uma nuvem de poeira e gás. Esta é conhecida como Nebulosa Solar Primitiva, à qual após o fim do equilíbrio gravitacional, ocorreu a contração, dando inicio ao Sistema Solar. Não é o objetivo aqui, contudo, detalhar cientificamente cada etapa da formação das galáxias, ou mesmo do universo que, segundo a teoria cosmológica, se formou a partir de um momento, de um ponto, o qual se denominou “Big Bang” há cerca de catorze bilhões de anos. 


       Big Bang é uma expressão incrivelmente pobre para se tentar descrever aquilo que é quase intraduzível à linguagem humana. Adentrando no campo metafisico, poderemos dizer que o Big Bang é o Fohat, a força de interação entre a Ideação Cósmica e a Substância Cósmica, ou seja, a energia pura que fecunda o espaço puro, dando origem ao Mulaprakriti, que significa raiz da matéria. A matéria é, portanto, formada à partir de Fohat, a energia primordial que se densifica formando a matéria densa que conhecemos. A matéria nada mais é que uma ilusão. Voltemos à mesa de madeira: ela é formada por celulose, a celulose por inúmeros átomos cujo elemento principal é o carbono. Poderemos adentrar em qualquer outro átomo, mas visualizemos esquematicamente o carbono, seu essencial formador. O núcleo do carbono é formado por seis prótons e seis nêutrons, cada um destes elementos, tanto o próton quanto o nêutron, são formados por quarks, interagidos por glúons. Estas subpartículas atômicas são nada mais, que conglomerados de energias, formadas sempre da conjugação de outras energias mais sutis até chegarmos à energia primordial, que estrutura a essência do universo. Esta energia primordial é a onipresença divina, o Fohat é a força ativa da própria divindade, em sua imanência, em sua manifestação. Todas as coisas se fazem presentes e existentes alicerçadas nesta energia primordial, tudo se equaciona a partir desta energia primordial. Tudo se origina na sutileza e se densifica. A mecânica celeste, a expansão do universo, os ciclos dos elementos, a formação da terra, seus seres, suas historias, tudo é um sequenciamento onde está presente a sua própria energia formadora. Somos a poeira das estrelas. Em cada um de nós há átomos que se renovam aos milhões a cada dia. Uma pessoa que vemos agora daqui a uma semana não será a mesma, pois terão seus átomos totalmente renovados na constante transformação da matéria. Pode haver em nosso corpo, em um determinado momento, átomos que já fizeram parte do corpo de um Moisés, de um Eliseu, de um simples pardal ou da árvore cuja madeira fora transformada na mesa, tão importante no presente texto.


       Todas as coisas se reciclam sob as leis da transformação que se dá através do dinamismo e do equacionamento da energia primordial. A vida é um fluxo constante das incomensuráveis trajetórias das diferenciações. Compreender a fundo este equacionamento é discernir os propósitos da existência, discernir seus detalhes é aquilo que se chama sabedoria. Sabemos a sua origem e seu destino, pois tanto sua origem quanto o seu destino estão contidos na própria essência das energias. Viemos desta energia primordial e caminhamos novamente para ela. O segredo da existência é a descida à matéria densa e seu retorno à energia sutil. Viemos de deus e regressaremos novamente ao seio da divindade. Posso dizer até algo mais: nunca deixamos o seio da divindade, pois a energia primordial está em nós, estruturando tudo aquilo que somos, vemos e sentimos. A verdadeira alegria não está condicionada a um futuro retorno ao seio da divindade, mas a noção e a certeza que estamos inseridos nele, e que Deus está presente em nós e em todas as coisas a todo o momento, aqui e agora. 



       Um simples esquema cabalístico como a Árvore da Vida demonstra tudo o que  fiz referencia neste texto. As energias nascem em Kether, derivam através de sua descida até chegar à densidade de Malkuth, o mundo material. Ela tanto desce quanto sobe, e sua via dupla representa o caminho do retorno, sem jamais deixar de esquecer que a energia de Kether está presente em todas as nove esferas subsequentes. Tudo se resume em uma Respiração Divina, o Manvântara e o Pralaya da teosofia, o dia e a noite de Brahmna. O infinito e a eternidade estão presentes no hoje, no momento que se perpetua através desta energia divina, onde o espaço se integra na sua  inescrutável  dimensionalidade, onde o tempo se anula no ponto em que todos os momentos se encontram.

Namastê




segunda-feira, 19 de agosto de 2019

AS SIMPLES PALAVRAS DO GRANDE MESTRE BABAJI





                AS SIMPLES PALAVRAS DO GRANDE MESTRE BABAJI

                                   SEJA GENTIL, SIMPLESMENTE

       O grande mestre Babaji vive. Vive neste plano físico de vibração, pois atingiu o Estado de Jinas,  sublimando a própria materialidade de seu corpo físico.
Disse ele: "Ame toda a humanidade, ajude todos os seres vivos. Seja feliz, seja gentil, seja uma fonte inesgotável de alegria. Em cada rosto reconheça o bem, em cada rosto reconheça Deus".

       Se você adentrou nos caminhos da iluminação, certamente desvencilhou-se das muitas trevas que envolviam sua alma. Se vc conseguiu visualizar a luz, ainda que distante, sabe diferenciá-la da penumbra. Não mais se justifica permanecer conscientemente preso nos velhos erros que você já sabe que são trevas.
       Você já tem a consciência que "todos somos um", na unidade suprema que chamamos Deus. Por isso "ame toda a humanidade, assim como cada ser, cada manifestação de vida, desde as mais simples cuja insignificância, aos nossos olhos, possui relevância plena aos olhos divinos, portanto tornemos nossos olhos divinos, olhando as coisas sob o prisma do amor.

       Você sentiu a luz, e, mesmo que pareça distante, ela está em seu próprio ser. Deixe ela permear seu coração. Um coração iluminado dissipará toda tristeza da alma. Na luz todos vivem, todos se identificam, todos se integram. Seja, portanto, "feliz" neste eterno amanhecer da divindade interior. Tudo é simples diante do verdadeiro amor. E este é a fonte das águas cristalinas da alegria do avivamento em Deus. Distribua essas águas a todos aqueles que caminham na solidão das eras.

       Aquele que muito aprendeu e desconhece a gentileza, possui apenas a presunção do conhecimento, e não a sabedoria, pois esta é eivada de amor, e sua essência é descobrir Deus em cada ser imanente no universo. A paz reside na consagração das mais simples coisas da vida. E a verdadeira vida se sustenta na paz que reflete a essência de Deus.

       Babaji acrescenta: "Nenhum santo existe sem passado, e nenhum pecador sem futuro".
Aquele que é santo também caminhou pela escuridão, e aquele que está na escuridão um dia se descortinará para a luz. Respeite a ambos. E ame a todos. Amar o bom é sempre fácil, e quase todos assim fazem. Amar o mau é a chave para a salvação do mundo, pois, o verdadeiro inimigo é nosso próprio ego que ama apenas os que o amam.
"Toda sabedoria já se encontra em você,"— finaliza o mestre— "Dê-a de presente ao mundo".

Om Tat Sat


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

PRECE DO RENASCIMENTO




A partir de um novo amanhecer na consciência, modifico, transmuto e restabeleço todos os antigos paradigmas, padrões, conceitos e concepções intrínsecos, e abro as janelas de minha alma, os portais de meu espírito, a essência de meu ser, à luz divina imanente na dinâmica da vida, para que interpenetre os recônditos de minhas conformações, permeie minha adjacência e recrie o verdadeiro amor nas perspectivas de minha existência.


Estabeleço-me como um novo ser, impregnado da luz que ilumina todos os caminhos, da força que supera qualquer obstáculo, e da bênção que promulga um novo momento de plena ascensão.
Expandida está a minha consciência, eivada dos propósitos de um ideal coletivo, onde posso irradiar ao mundo o perfume celeste que conclama à redenção. Através deste renascimento, torno-me um veículo de amor, saúde, paz, luz e sabedoria, expandindo as cintilações de um novo ciclo cósmico.


Recebo a força.
Restauro-me no amor.
Reconcilio-me na paz.
E renasço na Luz.
Sou merecedor da vida, sou aglutinador do conhecimento. Sou o arauto da esperança. Sou dispensador da fé.
A luz renasce dentro de meu ser, sacrário da divina centelha que comunga a divindade. Deixo de ser um ego e mergulho no sublime pensamento que equaciona o universo.


Eu sou o momento oportuno da bem-aventurança, renascido no Espírito Crístico que reconfigura a razão de ser e de existir. Sou Um com o Todo, sou Um com Todos, em Deus que santifica tempos e espaços, no eterno dinamismo das virtudes celestiais.
Bênçãos de paz, amor e prosperidade a todos os seres sob a égide do Amor infinito e eterno.

Bijam


quarta-feira, 31 de julho de 2019

O MENSAGEIRO DOS VENTOS





Também conhecido como Sino dos Ventos ou Senhor dos Ventos, o Mensageiro dos Ventos consiste em um curioso objeto composto por vários dispositivos suspensos, unidos em uma peça superior, a qual é dependurada em algum suporte, que produz os maus variados sons quando o vento sopra uns contra os outros.

Originário do oriente, a partir da China, sua história se perde nos milênios da própria civilização. Acredita-se que os primeiros exemplares tenham sido confeccionados com bambú ou ossos de animais. Popularizou-se no ocidente mais acentuadamente no decorrer do século vinte.
Segundo o Feng Shui, repele as energias negativas e atrai as positivas, e, dependendo do material, além do aspecto decorativo, possui algumas peculiaridades específicas. O bambú, estimula a introspecção; a madeira a paz interior; o metal a atividade mental; o vidro (que inclui  pedras e porcelanas) despertam o inconsciente e promovem a tranquilidade.

De acordo com o material, sejam bambus, tubos de metal, conchas, etc... Poderão ser feitos através de diferentes calibres ou dimensões, o que permite uma gradação da sonoridade, como diferentes notas musicais.
Alguns místicos explicam os sons, quase sempre extremamente agradáveis, devido a energia dos Silfos, os magníficos elementais do ar que fluem festivamente através das aragens.


Podem ser pendurados em corredores, portas, varandas, janelas ou saguões, onde exista a circulação de vento, desde que a incidência não seja muito forte.
Além do embelezamento do ambiente seu som possui um efeito agradável ao espírito humano, sendo este principal motivo de sua utilização.
Pode-se aumentar ou diminuir o número de seus dispositivos suspensos, de acordo com a gradação sonora que se deseja.
Tudo vai de acordo com a preferência pessoal ou da família residente na habitação.
Na atualidade o Mensageiro dos Ventos é um acessório fundamental principalmente nas residências de místicos e espiritualistas.

Namastê


quarta-feira, 24 de julho de 2019

A VITALIZAÇÃO DA ÁGUA ATRAVÉS DO PRANA





        Na verdade este é um processo efetivo de energização da água.
       Sabemos que o Prana, no  idioma sânscrito, falado na antiga Índia, significa "sopro de vida", ou "energia vital" , segundo os Upanishad. É a sutil energia que interpenetra todo o universo, a qual chega aos seres vivos carregada pelo ar que estes respiram. A noção chinesa do "Qi", distinguida no Tao faz correspondência com esta energia, que estrutura tudo aquilo que conhecemos como "vida".

       Através da Respiração Profunda, a qual se faz utilizando toda a capacidade dos pulmões,  carregamos a água com uma intensificação da energia prânica.
Erroneamente muitas dissertações sobre o tema sugerem "carregar a água de Prana. Porém a água já contém o Prana; o que fazemos é a potencialização ou a intensificação desta energia na água; da mesma maneira que o Pranayama intensifica nosso corpo etéreo com o Prana, o qual já existe e compõe o corpo etéreo.


       A energização se faz da seguinte maneira: segura-se um recipiente (este deve ser de vidro ou de cerâmica, jamais de plástico ou metal) cujo conteúdo esteja pleno de água límpida, filtrada em filtros de barro, preferencialmente. Com a mão esquerda ao fundo e a direita no corpo do recipiente estabelece um leve movimento circular, em sentido horário, respirando profundamente, inflando ao máximo os pulmões, lentamente; retendo o ar por pouquíssimos segundos, e esvaziando lentamente o ar na mesma velocidade da inspiração, até que os pulmões estejam completamente vazios; reiniciando novamente a inspiração.
       O movimento circular que se faz com a água deverá  estar em sincronia com o ritmo da própria respiração.
       Faz-se este procedimento entre dez a vinte respirações (o ideal preconizado pelos antigos mestres seria em número de catorze).
       Em seguida desloca-se a mão direita do corpo (lateral) do recipiente para sua embocadura, a qual não pode estar tampada, mesmo que seja uma garrafa. Sem que ocorra o mínimo toque na água prossegue o movimento circular, em Respiração Profunda, sentindo o fluxo do Prana através do Chakra das palmas das mãos. Faz este procedimento seguindo o mesmo número de respirações feitas anteriormente.
       Suspende o movimento circular e mantém o mesmo número de respirações.
Para finalizar, segura o corpo do recipiente com as duas mãos, ambas na lateral, e o suspende até a altura do Chakra Ajnã. Faz então a metade do número das respirações anteriores (segundo os mestres um total de 49 respirações em todo o período de energização), sempre respirando profundamente.


       Esta água amplamente carregada de Prana é de grande importância para o restabelecimento de pessoas com a saúde debilitada, para enfermos em geral, para pessoas que estão sofrendo grande carga de stress, e também para pessoas que irão passar por algum teste, alguma prova ou coisa semelhante, para que possam usufruir de uma soma substancial de energias que ampliarão muito sua chance de sucesso.
Esta água também é utilizada em rituais de limpezas espirituais em casas e em pessoas.
Um detalhe essencial é que a pessoa, com a qual a água vai ser energizada, possua um nível elevado de consciência, pureza espiritual e esteja gozando de boa saúde física, para que efetivamente possa canalizar energias altamente favoráveis.

Namastê
Om Tat Sat




terça-feira, 23 de julho de 2019

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE ANCORAGEM NO OCULTISMO




       É muito comum ouvirmos a palavra "ancoragem" em trabalhos espirituais, orações, e ritualísticas associadas a inúmeros sistemas mágicos. O verdadeiro significado em esoterismo muitas vezes, porém, tem sido desfigurado através dos anos e do advento de muitas ideias fantasiosas surgidas a partir da má interpretação de profundos conceitos teosóficos.
      Sem deixar de lado a grandeza da Teosofia, o entendimento da ancoragem psíquica e espiritual deve seguir os simples caminhos de sua própria etimologia.
       Ancorar é a ação de se lançar uma ou várias âncoras, artefato pontiagudo de considerável peso que, unido a cordas ou correntes, eram lançadas ao mar para que as naus se estabilizassem em determinado ponto, afim de que não defletissem ao sabor das correntes marítimas.
       O navio ancorado estava posicionado em uma localização desejável. Estabilizado dentro dos padrões necessários para que fossem cumpridas as tarefas específicas à sua função mercantil, ou mesmo bélicas.

       Baseado na correspondência do efeito da ancoragem em sua aplicação náutica poderia perguntar: Qual a maior "ancoragem" para o espírito humano?
       Um sensato estudante de qualquer escola esotérica certamente iria me responder: "a Fé".
       E sua resposta estaria correta. Mais correta impossível.
       "Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível”. —Disse Jesus.
       Quantas pessoas conhecemos que conseguem movimentar uma montanha, ou mesmo um simples pedregulho com o poder de "sua fé"?
       Contudo está frase, transcrita do Evangelho Canônico de Matheus, está longe de ser uma quimera, uma metáfora ou mesmo uma alegoria bíblica.
       Se acreditamos que existe Deus, e este se faz  onipresente, e está dentro de nós representado pela centelha divina, existe este poder latente intrínseco ao nosso ser.
       Esta frase está longe de ser uma mentira, e talvez a maior verdade do grande mistério do universo.


       Há, dentro de nós, o poder divino, ou seja, a própria divindade. "Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"—Disse Paulo em sua primeira carta aos coríntios.
       Existe, portanto, todo o poder inerente ao nosso ser, e este poder é acionado pela fé. A fé que não temos e que não alcançamos pela própria condição humana, atrelada ao ego, e toda sua ignorância em relação à verdadeira realidade, suplantada pelo mundo das ilusões.
       Não possuímos, portanto, a mais perfeita ancoragem para fazermos uso do poder divino dentro de nós.
       Desprovido da fé o ser humano buscou o poder espiritual através de diversas ancoragens que fortalecessem seu rudimento de fé. São essas ancoragens que conhecemos, e que usamos como um recurso, ainda que precário, para alcançarmos o domínio da Espiritualidade. Não falo domínio das forças espirituais, mas o nosso domínio interior capaz de canalizar e direcionar as energias que sempre estiveram à nossa disposição.

       ...Mas quais são essas ancoragens que fortalecessem nossos rudimentos de fé?
       Vamos começar falando da magia, dos rituais, de todas as estruturações que estabelecem um sistema mágico, com seus sigilos, símbolos e indumentárias.
       Toda simbologia e ritualística potencializa a fé para que sejam alcançadas as canalizações que conferem o poder aos inúmeros e variados sistemas.
       São necessárias todas as prescrições para a eficácia da canalização?
       Para o homem comum, sim. Para o homem que possui um grau mais elevado no conhecimento de seu próprio poder inerente, não. Esse poder se chama fé, e é mais forte que qualquer ritual de qualquer sistema ou de qualquer civilização.
       Mas e as magias poderosas existem?
       Certamente. Pois representam o próprio rudimento de fé potencializado em diferentes níveis em conformidade com o amadurecimento espiritual de cada ser.
       Ritualísticas, símbolos, orações e todos os caminhos que o ser humano desembaraça na concepção de Deus, são as ancoragens. Não podemos esquecer o detalhe que Deus está dentro de nós, imanente e não transcende como muitos acreditam ser.
       A ancoragem é tão psíquica quanto espiritual, pois a fé é a essência da espiritualidade, e, para que seja potencializada, é necessário que utilizemos as ferramentas psíquicas, as únicas capazes de descortinar a virtude de "crer". Essas ferramentas são os graus de consciência, cuja elevação suplanta a dúvida, a grande pedra de tropeço para a auto-realização.

       Existem relíquias milagrosas em quase todas as religiões do mundo. Muitas delas extremamente poderosas com histórico de milagres inexplicáveis à ciência oficial.
       Mas vejamos: uma relíquia cristã não tem valor algum para um budista, e, consequentemente não terá também poder algum. Do mesmo modo, poderosos símbolos da alta magia Cabalística não terá poder algum para um cristão, especialmente se, para este é um símbolo negativo em seu conjunto de crenças.
       Cada símbolo, relíquia, imagem, possui poder dentro de seu próprio aspecto de crença. Dessa maneira é simples concluir que são "potencializadores" da fé de cada um. O poder está na fé e não na relíquia em si. São todos,  pois, ancoragens, instrumentos para a realização do poder divino dentro de cada ser.
       Essa é a fé que remove montanhas e que, infelizmente, necessita de "pontes" para suprir nossa condição humana impregnada de dúvidas e incertezas.
       A oração talvez seja a mais acessível das ancoragens, e muitas vezes mais forte que ritualísticas de inúmeros sistemas mágicos. Tudo dependerá da maturidade espiritual, da capacidade de crer no grande poder intrínseco da centelha divina.


       Lembremos: Pedro andou sobre as águas. Fez isso pelo poder de Jesus? Claro que não. Pois quando teve medo caiu sobre o mar agitado. E caiu justamente porque temeu, esvaindo seu próprio poder cuja ancoragem era a imagem de seu Mestre.
       Os "decretos", tão beneficamente utilizados, sempre citam na doxologia a própria ancoragem. Mas os decretos são por si só, fortes ancoragens, assim como as orações quânticas.
       Todos dependem da fé que, embora fraca, pode se tornar forte, potencializada com a ancoragem compatível com a crença.
       “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado”—Disse o centurião de Cafarnaum.
       Sim. Uma só palavra, ancorada na verdadeira fé, transforma mundos e recria universos, pois dispensa dogmas, doutrinas, preceitos ou ritualísticas. É a ancoragem na certeza. Certeza de nossa  natureza divina, a espera de um novo nascimento.
Namastê
OM TAT SAT




sexta-feira, 12 de julho de 2019

O CORPO CAUSAL


                                            



       A denominação Corpo Causal vem ser a tríade superior formada pelo Corpo Mental Abstrato ou Corpo Mental Superior, o Corpo Búdhico e o Átmico. Comparando-o com os veículos restantes: Corpo Físico, Duplo Etérico, Astral e Mental Concreto ou Inferior, representa uma parte elevadíssima em nosso ser, no qual o Átmico vem ser a própria essência divina presente no homem. Sua representação se faz através do triângulo cujo vértice é voltado para o infinito, para o celestial, simbolizando o tríplice Logos estabelecido na criação.
       O Corpo Causal não possui uma forma da qual se possa descrever, certamente existe uma disposição com a qual os seres altamente evoluídos possam notar seu aspecto, mas esta é simplesmente intraduzível à concepção e à percepção humana nos padrões a nós definíveis.
       Iniciemos seu estudo a partir do seu componente Inferior, que é o Corpo Mental Abstrato. Este permite ao ser humano alcançar ideias que estão além da concretude da percepção física, ou seja, ideias que se plasmam na abstração, de onde provém o seu nome. A formulação, a assimilação e a percepção de tais idéias, é um atributo deste corpo, cuja magnitude é compatível apenas com os seres de maior elevação espiritual. Muitos seres humanos possuem apenas um rudimento desta gradação da espiritualidade, assim como os animais, mais elevados na escala zoológica, possuem um rudimento do Corpo Mental Concreto.


       Rememorando o Corpo Mental Concreto, este estabelece a compreensão da concretude material na qual pensamos. Imaginemos um fogão a gás, no instante em que pensamos no fogão formam-se em nossa mente a imagem correspondente a este aparelho doméstico. Esta imagem, como vimos em textos anteriores, são chamadas "Vrittis" dentro do ocultismo, as quais possuem forma corresponde ao objeto que pode ter existência no plano físico. Contudo se, ao invés de pensarmos no fogão como "coisa", pensarmos na sua utilização como no ato da preparação dos alimentos, a "preparação" não possui uma correspondência quanto à forma. Dessa maneira estaremos formulando um pensamento sem um formato, utilizando o Corpo Mental Abstrato para sintetizar aquilo que não possui forma definida. É como se nosso Corpo Mental Concreto pensasse em um automóvel, e desejássemos fazer uma viagem com tal veículo. O automóvel teria sua concepção no Concreto, a viagem no Abstrato, pois a viagem está além daquilo representativo de uma forma palpável e concreta.


      
        Imediatamente superior ao Corpo Mental Abstrato está o Corpo Búdhico, e este é destinado ao homem à realização das elevadas formas de sentimento. Disse um grande mestre oriental: "Aquilo que não conseguimos muitas vezes compreender, algumas vezes poderemos sentir". E é este o atributo deste corpo elevado pertencente à tríade causal, intuir, mesmo quando a própria compreensão não possa ser alcançada. O próprio sentimento do Amor, não o amor paixão ou o amor condicionado aos interesses próprios do ego, mas o amor "ágape, incondicional à quaisquer circunstâncias ligadas aos interesses próprios, é uma plasmação do veículo Búdhico. O Corpo astral é o veículo intermediário dos corpos inferiores, o Búdhico o intermediário da tríade superior, esta situação de equivalência possui uma correspondência mística: o Astral é o veículo exclusivo da paixão, o Búdhico o veículo da dimensionalidade do Amor. O amor e a paixão estão, pois, na equidistância espiritual daquilo que é terreno e daquilo que é celeste. Sentir ao invés de compreender, seguramente é vivenciar com a alma tudo aquilo que a mente é incapaz de alcançar devido ao estado evolutivo próprio de cada ser. A divindade inerente ao ser humano, mesmo que a níveis incipientes, adentrando as percepções sobre as incompreensíveis formulações equacionadas nos planos arquetípicos.


       É interessante salientar um paradoxo existente no próprio caminho evolutivo das espécies. Muitas vezes a intuição, própria do Búdhico, se faz quase instantaneamente, algo correspondente aos seres menos evoluídos. A intuição é, no entanto, uma voz celeste enquanto o instituto é uma voz anímica dos seres não desarmonizados com a natureza. Estar em harmonia com a natureza é um dom quase divino de integração ao Todo. Estar vivenciando o Corpo Búdhico também é estar adentrando na harmonização com o Todo. Um é o caminho anterior a queda do homem na dualidade, outro o caminho da redenção do homem após sua queda. O instituto é próprio daqueles que estão abaixo do bem e do mal, a intuição é o vôo além da perspectiva do vem e do mal. Ambos são caminhos que não passam pelo ego, a grande ilusão que transtorna os seres dentro da dualidade.

      
       O Corpo Átmico, ou veículo Átmico, o mais elevado e refinado componente do Corpo Causal é a verdadeira casa do Jivatmam presente no ser humano. O Jivatmam, conforme mencionado anteriormente, é a centelha ou a presença divina no ser humano, com a qual se conecta e se aglutina com a própria divindade. É o Eu maior, ou o Eu Superior presente no ser humano, através do qual suplanta o ego e se redireciona ao infinito e ao eterno. O Jivatmam aplicado em si mesmo atinge um estado além daquilo que é propriamente humano, é o Estado de Samadhi do Raja Yoga, a consciência cósmica, superior à condição humana. O Jivatmam habita no Corpo Átmico, e se aplica nos demais veículos a partir deste. Sua aplicação nos demais veículos perfaz a noção de individualidade, no Corpo Átmico se aplica com a plena nitidez gerando a divina consciência além dos limites da compreensão atual do estágio em que a humanidade se encontra.
       Estes três Corpos Superiores são denominados "Causal", e veremos o porque desta terminologia aplicada pelas principais escolas de ocultismo ligadas à Grande Fraternidade Branca. Pelo fato de ser menos propenso às transformações das sucessões de vidas, de nossas múltiplas existências, no Corpo Causal é que estão guardadas as "sementes kármicas" da roda das encarnações. Enquanto o homem preservar os desejos, anseios e perspectivas ligadas ao ego ele estará criando Karma, determinando as condições e circunstâncias que alinharão seu destino, ou, pelo menos, suas tendências para um renascimento futuro, ou talvez na própria vida presente, em uma contínua relação causa e efeito. Toda esta relação de causas ( daí o nome Causal), se faz através do "átomo primordial" de cada uma de suas existências terrestres, que se agrega à sua Tríade Superior, nascendo a partir daí todo um encadeamento de circunstâncias e possibilidades psíquicas e espirituais que condicionarão suas existências, em tantas vidas quanto forem necessárias para que seja suplantado o ego e cessar a "Roda do Samsara" (Ciclo das Reencarnações). Disse um velho sábio ocidental: "Há odores que permanecem impregnados em nossos corpos espirituais. Cada ação desprovida de amor desprende a mal cheirosa energia de morte, que se dissipa à medida que ascendermos na plenitude da vida".
       Guardamos, portanto, algo daquilo que fomos em vidas pretéritas, registradas no Corpo Causal determinantes de nossas tendências futuras.

       A queima das sementes Kármicas se faz através da eliminação desses "átomos primordiais" aderidos ao nosso Corpo Causal. E, como já dissemos, o Jivatmam é, nada mais que Deus em nós. Toda limpeza se faz do alto para baixo, imitando todas as impurezas. Deus é Amor. Somente através do Amor as sementes kármicas são eliminadas de nosso ser e atingiremos um novo plano superior de existência, muito além do ego, condicionado aos corpos inferiores. "Buscai as coisas do alto", como disse o antigo apóstolo. Este é o aspecto da grande transformação.
       A Tríade Superior é a o Espírito do Homem, sua parte imortal, que nos liga a Deus e nos faz sua semelhança. Aniquilando o ego, de modo algum estaremos deixando de existir. Estaremos adentrando no céu espiritual que é a verdadeira comunhão com a divindade suprema e única. Só assim seremos Um, na eterna consciência na qual confluem todos os caminhos.
       Namastê
       Om Tat Sat