VIVENCIANDO A CABALA
Quando estudamos profundamente a Cabala adentramos no conhecimento de D'us em sua manifestação. A partir de Kether observamos a descida à matéria substancial ao mundo de Malkuth, sempre obedecendo as gradações de cada Sephirah, em cada manifestação, em cada emanação. Mas a árvore da vida possui linha dupla, e, do mesmo modo que desce ela retorna. E vivemos este retorno. Todas as coisas precedem do incognoscível, e todas as coisas retornam à divindade.
Mas será que minhas palavras foram pobres?
Certamente que sim. Como poderemos voltar para algo que nunca nos deixou?
A Árvore da Vida indica que tudo se interpenetra, como o Bootstrap da física quântica, todas as coisas possuem subjacente o grande sustentáculo do universo.
E o que é o sustentáculo do universo subjacente e intrínseco a todas as coisas senão a mão do criador?
A cabala nos ensina muito mais que o próprio conhecimento. Ela nos dá a certeza e a própria conclusão da existência do criador manifestado em todo seu amor que agrega, conflui, congrega, alinha e direciona.
Conhecimento sem amor é presunção. Conhecimento consubstanciado no Amor é sabedoria. E é esta a grade lição da Cabala.
Compreender a Cabala é tomar consciência do Amor divino. É discernir as essências, é ver, sentir e vivenciar D'us presente em todas as coisas, e reverenciá-lo verdadeiramente através do respeito, da união, da fraternidade e do "desejo de doar", infinitamente maior que qualquer desejo de receber.
Aquele que conhece a Cabala e não vivencia o Amor, a luz, a paz, a perfeita harmonia na consagração da verdade, apenas leu, decorou, mas não concebeu a verdadeira perspectiva, a verdadeira meta do entendimento, atestada na assinatura de Deus, presente em toda sua obra.
A Cabala ensina muito mais que uma filosofia, abrange muito mais do que uma mística, adentra muito mais que qualquer designação de ocultismo.
Ela nos insere. E essa inserção possui muito maior amplitude que concepções e entendimentos, ela avança muito mais intensamente no grande caminho das abrangências.
"Sem Amor, eu nada seria". Disse certa vez um antigo cabalista.
Certamente a interpretação das forças universais transcritas nas Sephiroth tem muito maior amplitude que um estudo, muito mais visão que uma análise cientificista. Ela descortina a eterna e infinita união presente em todas as coisas, em todos os tempos e em cada recanto do universo. Quanto mais a estudamos vemos o quanto não sabíamos, e quanto mais nós sabemos vemos o quanto ainda teremos a aprender. Isso é uma lição verdadeira de humildade. Somos imensos em relação ao sequenciamento divino, somos rudimentos em relação ao Ego. Somos infinitos na concepção do Amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário