Primeiramente é
necessário esclarecer que o conceito de raças no esoterismo nada tem a ver com
os conceitos de raças padronizados pela humanidade, que gerou ao longo dos
milênios todas as errôneas conceituações de diferenças e separatividade. As
raças raízes são padrões específicos das etapas em que as essências espirituais
de um planeta se adequam a determinados períodos cíclicos da história da
humanidade. Este assunto é largamente abordado tanto na Teosofia quanto na
Gnose, logicamente com algumas pequenas diferenças comuns entre as diferentes escolas
esotéricas.
No texto
anterior sobre Rondas Cósmicas e Cadeias Planetárias pudemos notar que, assim
como o caráter evolutivo individual, existe também a evolução de toda a Alma
Planetária, de todo o conjunto de vida que segue seu encadeamento na sequência
de um constante aprimoramento, direcionado através da equação do dinamismo
cósmico. Um ser reencarna, seguindo a "Roda do Samsara" em sua
jornada evolutiva, a vida ou alma planetária também, passa de um planeta a
outro de acordo com este sequenciamento das energias cósmicas, dentro das
"cadeias planetárias".
Estamos na quarta cadeia do esquema evolutivo,
a terceira foi a cadeia lunar, visto anteriormente, e seguimos a cadeia
terrestre, na qual estamos na quarta ronda (assunto totalmente abordado no
texto anterior).
E é em cada
ronda planetária que existem sete períodos, nos quais se formam as então
denominadas Raças Raízes. Estamos na quarta ronda da cadeia planetária
terrestre no período correspondente à Quinta Raça Raíz, que veremos logos mais
juntamente com as quatro iniciais.
Cada ronda
planetária é formada por sete períodos ou sete ciclos cósmicos, e, em cada um destes
períodos há uma determinada raça raiz.
Seguindo o
esquema da cadeia planetária terrestre, veremos que nos encontramos no globo D,
que, como citado acima, corresponde à quarta Ronda, onde se iniciou todo o
esquema evolutivo neste planeta. Sabemos que a evolução se processou desde as
formas mais rudimentares de vida. Como citada no texto da Cosmogênese, tudo se
iniciou através das primeiras moléculas de carbono se agrupando em uma
constante graduação de menor para maiores complexidades. Formando os hidrocarbonetos,
posteriormente os aminoácidos e, sob a sequência evolutiva, os primeiros
organismos unicelulares. Estes, por sua vez, através dos milhões de anos, cuja
cronologia exata nem mesmo a ciência pode se aproximar, foram se aglutinando em
organismos cada vez maiores e mais complexos. É importante que seja guardada
esta simples palavra: "aglutinação", pois nela estão estabelecidas
todas as perspectivas da evolução em todos os mundos. Pois a ideia de seres individuais e isolados
é uma mera ilusão, um conceito adquirido através das crenças limitantes
desprovido de realidade. A própria física quântica tem demonstrado que o
universo não é um turbilhão formado por objetos físicos, mas um encadeamento de
relações de diferentes formas transitórias de um todo unificado. Nós mesmo
somos a aglutinação de infindáveis pequenos seres, formatados através das
infindáveis linhas temporais, e seremos, futuramente, a aglutinação de inúmeros
seres, assim como somos hoje, em uma constante busca da unidade, até nos transformarmos
novamente no grande oceano infinito e eterno. Lembremos que qualquer oceano é a
aglutinação de um número quase infinito de moléculas de água, as quais formaram
gotas, grotas, riachos, grandes rios até desaguarem no oceano, sem jamais
perderem, ainda por um segundo, o sentido vivo da própria existência.
Mas, voltando à
evolução... Tais organismos foram formando os menores animais da escala
zoológica, formando os seres aquáticos, os anfíbios, os répteis, os mais
variados seres, os mamíferos até chegarem aos primatas, dos quais derivou o
homem dotado de uma consciência superior ao restante dos animais, cujos níveis
deverão se ascender, cada vez mais, até que sua frequência esteja compatível
com os novos ciclos das futuras emanações.
Seguindo os
princípios esotéricos, advindos principalmente da Teosofia, adentraremos nas
particularidades de cada raça raiz. Antes, porém, é aconselhável estarmos
desprendidos da "crença", pois toda crença limita, e a "busca da
verdade jamais poderá estar limitada a conceitos de quaisquer escolas
Esotéricas, sejam quais forem. Nem limitadas a este texto, pois qualquer ideia
jamais deverá conter a essência da verdade, mas sim ser um instrumento
esclarecedor para que a verdade seja gradualmente descortinada à luz da razão e
dos evolutivos níveis de consciência aos quais chegaremos nos futuros ciclos
com suas frequências compatíveis.
A PRIMEIRA RAÇA RAIZ OU
ADÂMICA
Também conhecida como raça
protoplasmática.
Evito colocar
tempos cronológicos, pois, é neste quesito onde se adentra no âmbito sombrio
das conjecturas. Pois se nem as datas corretas dos mestres de pouco mais de
dois mil anos conhecemos perfeitamente (as vezes até suas próprias existências
históricas), como poderemos cifrar períodos acima de milhões de anos?
Segundo fontes
antigas esta raça (observem bem o conceito de raça segundo os padrões
Esotéricos) não era física, alguns autores falam em etérica ou semi física,
contudo era, na verdade uma raça de "preparação" do planeta para o
início da quarta Ronda, pelo fato de ser preexistente toda esta evolução
Planetária, como citarei mais adiante.
Segundo textos
esotéricos, esta raça vivia nas terras de Asgard, a lendária Thule, também
denominada Ilha de Cristal. Ainda segundo textos antigos, a terra estava ainda
em estado etérico quando esta raça estava aqui, e, como não possuíram origem
nesta ronda, eram os catalisadores da formação evolutiva deste planeta que
ainda estava para acontecer. Dessa maneira não pertenciam, definitivamente, a
este ciclo, sendo que alguns seres não alcançaram a tônica necessária para
seguir na evolução junto aos seus semelhantes, sendo mantidos neste orbe como
um efeito kármico a resgatar suas missões não cumpridas em suas rondas
próprias. E, deixados neste planeta a fim de serem auxiliares da evolução
nascente, e foram os antigos mestres da humanidade, também conhecidos como os
Filhos dos Deuses. Embora inaptos a prosseguir seus caminhos, eram
infinitamente superiores à humanidade que ainda iria se formar ao longo da
escalada evolutiva. Por isto chamada Adâmica, pois foram excluídas do seu mundo
glorioso e resplandecente. Alguns autores falam em reprodução desta primeira
raça raíz, porém esta não era envolta em qualquer nível de materialidade, e,
seus corpos etéreos eram simplesmente regenerados após um longínquo período de
tempo, seriam como o estado de Jinas dos grandes mestres que alcançaram seu
estado de luz. Outros autores falam que estes eram perfeitos, porém se fossem
perfeitos não estariam inseridos na sequência evolutiva das rondas e cadeias
planetárias. Portanto não eram protótipos da perfeição, embora fossem altamente
evoluídos em relação à humanidade nascente, assim como também a humanidade em
seu estágio atual. O mundo como conhecemos ainda estava em processo de
materialização, e dessa forma autores que falam sobre suas vestimentas ou sobre
sua flutuação nos ares, deveriam lembrar que seres etéreos podem apresentar com
vestimenta apenas para se fazer notáveis aos humanos, assim como assumir
determinadas formas aparentemente tangíveis, e, por não serem dotados de massa
física certamente sua dimensionalidade está muito além da sutileza do ar e até
mesmo do espaço visível, e seria uma redundância falar em suas peculiaridades
"flutuantes".
Blavatsky
denomina a primeira raça como os "nascidos por si mesmo", ou os
"sem mente". Isto denota justamente sua condição extrafísica, assim
como também sua origem anterior à nossa ronda.
Segundo alguns
mestres, sua "Ilha de Cristal" existe no Astral Superior, ou em
estado de Jinas, e as lendas de Avalon estão intimamente relacionadas com as
antiguíssimas tradições advindas dos antigos mestres da humanidade.
Muitos destes
mestres seguem a humanidade guiando seus passos no caminho evolutivo, outros,
porém, tiveram que seguir a jornada evolutiva junto à própria humanidade. Da
mesma maneira que aqueles, que serão completamente reprovados nesta ronda,
terão que seguir toda uma nova sequência evolutiva. Esta é a "segunda
morte" como se refere o Livro do Apocalipse, o qual poucos conseguem
entender sua linguagem cifrada.
A SEGUNDA RAÇA RAIZ OU HIPERBÓREA
Blavatsky
também chama esta raça de "nascidos pelo suor". Também etérea adveio
da densificação da primeira raça, e, por ter maior densidade, é chamada por
muitos autores, tanto gnósticos quanto teosóficos, de semi-etérica. Segundo
textos esotéricos, esta habitou toda a região da calota polar boreal. Assim
como a primeira raça se estabeleceu na "descida à materialidade", não
participando do sistema evolutivo das espécies propriamente materiais. Conforme
explanado no texto anterior, esta raça estava consubstanciada na Segunda Efusão
do Segundo Logos.
Nesta etapa já havia a densificação do planeta, os vegetais e
as primeiras formas de vida animal. Por ser semi etérica esta raça se
reproduzia, era, contudo, andrógena. Esta raça acompanhou toda a evolução
animal e a formação, através da aglutinação, dos primeiros hominídeos.
Diferente da primeira raça que tinha o intuito da "preparação", esta,
por ser mais próxima à materialidade, tinha o intuito de acentuar ou acelerar o
lento caminho evolutivo do homem ainda simiesco, modificando o genoma do
hominídeo transformando-o no atual ser humano. A própria ciência atesta uma
brusca transformação que ocorreu a partir do homo erectus, transformando-o em homo
sapiens, em um período relativamente curto, cerca de trezentos mil anos, em
comparação ao anterior australopiteco, que para chegar ao homo erectus levou
mais de dois milhões de anos. Dessa forma a raça hiperbórea, acabou por
integrar-se na nova raça nascente, a terceira raça, definitivamente humana, da
qual falaremos a seguir.
Houve ainda uma segunda intervenção
efetuada pelos grandes mestres: "os filhos dos deuses" teriam, à
partir do homo sapiens, feito uma modificação, criando uma raça de gigantes,
iniciada no período da terceira raça.
Vejamos o que
diz a Bíblia: "Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram
formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”. (Gênesis 6:2)
E novamente: "Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois,
quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos;
estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama".
(Gênesis 6:4)
Moisés relata,
no Sepher Bereshit, aquilo que lhe foi ensinado nas antigas tradições no
alvorecer do gênero humano.
A TERCEIRA RAÇA RAIZ OU
LEMURIANA.
Floresceu no
Grande Continente de Mu, ou Lemúria, a terra vulcânica que se estendia desde o
pacífico até onde se situa a ilha de Madagascar. Era um período de constantes
instabilidades no planeta, repletas de abalos sísmicos. Convém aqui acrescentar
noções fantasiosas sobre a raça lemuriana, como homens com guelras e reprodução
hermafrodita.
Em cada raça
raiz há períodos de sete sub-raças de cada qual, e uma destas era a dos
gigantes, os quais subsistiram por um longo período na história da humanidade.
Com o desaparecimento da Lemúria, o que foi ocasionado de forma lenta e
gradual, suas populações foram migrando para outros continentes e ilhas que
afloraram, desta forma, povoando a Austrália, a África e grande parte das ilhas
próximas à atual Polinésia.
O clima da
Lemúria era quente ao extremo, por isso seus habitantes se adaptaram facilmente
nas regiões meridionais do planeta.
Na Lemúria
havia grandes magos, que herdaram a sabedoria dos grandes mestres etéreos,
porém, posteriormente seguiu-se uma era de degeneração, que se derivou do mau
uso da magia e pelo crescente materialismo do seu povo.
É interessante
notar que em quase todas as civilizações há um grande apogeu da sabedoria, das
artes, da ciência e do conhecimento transcendente, e, após atingir seu ápice
inicia-se o declínio, como veremos na quarta raça, a atlante, , na quinta, a
ariana, como estamos vendo, e também no Egito, um legado da raça atlante em
meio aos povos semitas. Observemos o Egito, pois é até onde a história oficial
alcança: possuíam uma imensa sabedoria, legado dos remanescentes da última ilha
da Atlântida, construíram templos e espalhou sua ciência por toda sua
adjacência. Contudo, assim como muito anteriormente a Lemúria, o materialismo
grassou, ao ponto de acreditarem em ressurreição de seus corpos. Suas múmias
eram enterradas com tesouros para que deles gozassem em sua vida futura, e, até
mesmo o casamento era feito, muito comumente, entre irmãos para que não fossem
divididas as riquezas das famílias. Hoje o povo original egípcio, de origem
atlante-lemuriana desapareceu, em seu lugar habitam os árabes que ali se
estabeleceram após sucessivas invasões.
Voltando à
degradação da Lemúria, após seu continente desaparecer, se estabeleceram
principalmente na África, de onde iniciou todo o povoamento do mundo conhecido,
(a ciência constatou isto através da confirmação da descendência matrilinear de
todos os seres – a Eva Mitocondrial) assim como o da desconhecida Atlântida, da
qual falaremos a seguir.
A QUARTA RAÇA RAIZ TAMBÉM CHAMADA
ATLANTE.
A partir dos
lemurianos todas as raças derivam de suas predecessoras. Os antigos habitantes
da Lemúria, em sua dispersão pelo mundo, formaram novas civilizações, e, sobre
o cenário geológico que existia onde é hoje o oceano atlântico, fez florescer
aquela que se denominou Atlante.
Este continente
abrangia todo o espaço do atlântico norte, estendendo-se até às regiões mais ao
sul. Seus conhecimentos abrangiam os processos alquímicos, a alta magia, os
mais elevados princípios metafísicos, assim como o domínio das energias mais
sutis e sua aplicação prática nas situações mais comuns.
Dominavam
também o princípio da gravidade, através do conhecimento do lendário
"Vrill", a energia da estruturação do Universo.
Ao final das
sete sub-raças atlantes iniciou-se a sua degeneração, a magia negra tomou lugar
da magia de luz, e o crescente individualismo se exacerbou até adquirir
proporções inimagináveis. Uma das sub-raças atlantes, cujos caracteres herdaram
dos gigantes lemurianos se degenerou até o ponto de tomar o poder em todo o
continente, deflagrando um período promíscuo eivado de toda espécie de
perversidade.
O que nos
chegou a respeito da Atlântida veio-nos através da obra do grande filósofo
Platão, "Timeu e Criteas", na qual relata a visita de Sólon ao Egito,
onde teria recebido as informações durante os relatos dos sacerdotes de Saís,
com os quais manteve amplo contato.
A imersão deste
continente foi ocasionada em etapas, e sugada pela fúria do oceano, novas
terras emergiam, surgindo o continente que hoje chamamos América, para o qual
foram gradualmente migrando os atlantes, assim como também para o extremo leste
da Ásia.
Restou, porém,
uma última ilha, após o longínquo período de tempo de submersão, e esta
submergiu finalmente há cerca de 10 mil anos, da qual seus sobreviventes
fundaram a nascente civilização egípcia, junto aos antigos lemurianos. Desta
última leva Atlante nasceu a Epopeia de Gilgamesh, onde relata o "grande
dilúvio", que nos chegou através das escritas cuneiformes da Mesopotâmia,
dois mil anos mais antiga que Noé, do Sepher Bereshit, cuja narrativa
certamente adveio da mesma antiga tradição.
Levas
anteriores, como a citada anteriormente, onde os sobreviventes atlantes
chegaram à Ásia, formaram, em sua região central, o núcleo daquela que seria da
futura quinta raça raiz, a Ariana.
É interessante
frisar aqui que, esta leva que atingiu a Ásia, se fez enquanto eram formadas as
placas do continente americano.
As levas
atlantes, que se fizeram pela rota ocidental, formaram as civilizações dos
povos amarelos da Ásia, assim como também os povos índios da América, a qual
também recebeu sucessivas levas das rotas asiáticas nos períodos em que ambos
os continentes ainda eram coligados ao norte.
Na América os
toltecas e outros povos atlantes de levas mais recentes, herdaram grande parte
do conhecimento de seu antigo continente. Observemos as construções dos incas
na América do Sul, assim como as pirâmides da América Central, e notemos a
incrível semelhança com as pirâmides do Egito, onde recebeu a última leva após
o desaparecimento completo do último resquício da antiga Atlântida.
Até hoje a
ciência não consegue explicar a incrível tecnologia de seus construtores nas
obras, tanto no Egito quanto nas Américas, as quais se contrastam com tudo
aquilo referente à época de tais edificações.
A QUINTA RAÇA RAIZ — A RAÇA
ARIANA.
Cabe aqui um prévio esclarecimento
sobre um conceito errôneo que, até hoje, está na mente da maioria das pessoas.
A raiz dos povos arianos não é, de modo algum, os povos nórdicos ou germânicos
do norte da Europa, estes são ramos, os sub raças do grupo ariano que se formou
na Ásia Central, e que, posteriormente se fixou no norte da Índia, sendo que
uma outra parcela se dirigiu ao ocidente, formando, posteriormente, os
povos do continente europeu.
A primeira sub-raça
ariana floresceu próximo ao Tibete, onde desenvolveu uma civilização ricamente
impregnada dos mais profundos conhecimentos esotéricos. Grandes deslocamentos
em massa formaram na Índia o grande berço dispersor de sabedoria Ariano, desde
o período pré-védico, que perdura até hoje no grande conhecimento brâmane,
preservada através dos Rishis, herdeiros dos antigos arcanos das civilizações
pretéritas.
Levas arianas
partiram da Índia para a antiga Pérsia, tanto que o nome do país, Iran, provém
de Ária, que compreende toda sua ancestralidade.
Os arianos
atingiram a Caldéia e a região que atualmente se denomina Curdistão,
mesclando-se ao sul com os povos, também de origem mista, atlante-lemuriana,
dando origem aos cananeus, e todos os demais povos semitas nos quais se incluem
os árabes e judeus. Outras sub-raças arianas formaram os povos que imigraram
para o oeste, dando origem aos europeus, entre os quais os gregos e romanos
herdaram também grande conhecimento de seus antigos predecessores.
Um detalhe
importante de ser mencionado vem ser a extinção dos povos gigantes, que ocorreu
no período ariano. Podemos observar no livro dos Juízes e nos livros dos Reis
na Bíblia que há relatos de homens de enorme estatura nestes textos. Estes
foram declinando em número a partir da última glaciação, devido à escassez de
víveres neste período, e, posteriormente assimilados pelos demais povos. Nas
guerras, também, se tornaram mais
vulneráveis devido às novas espécies de armamentos e a própria lentidão comum à
própria estatura.
Segundo alguns
autores, estamos vivendo o período da quinta sub-raça ariana, porém é só
analisarmos toda a história recente da humanidade para notarmos que tal
conceituação não procede. Pois está claro que estamos já saindo do período da
raça ariana, e adentrando no período da sexta raça raíz.
E poderão me
perguntar: qual a base para se determinar o final de um período de uma raça raiz?
Vejamos algo
que é claramente compreensível para estabelecermos esta conclusão. As raças
raízes não são extintas para que seja formada uma nova raça raiz, é só
observarmos que subsistem na África, Ásia, Europa e Índia os troncos Lemuriano,
Atlante e Ariano, respectivamente. E, desde a integração entre os povos, que
teve início na idade moderna, vêm se misturando, inicialmente na América, e
gradativamente em todo o mundo. Por isso a América, o novo continente será o
berço da sexta raça raiz, onde todos os povos do planeta se reúnem e se
aglutinam no amalgamento que se faz através dos séculos. Na América ficou
demonstrado aquilo que todos os mestres já diziam que não existem povos
superiores ou inferiores, o que existem são explorados e exploradores, o
segundo em detrimento da vantagem do primeiro, determinando aquilo que hoje
chamamos países ricos e países pobres, e dentro de cada país, parcelas
privilegiadas com acesso à cultura, e parcelas marginalizadas frustradas de direitos
essenciais. Contudo, é só observarmos a evolução dos tempos e da própria
sociedade, para que possamos constatar que a evolução social também avança com
a evolução espiritual, ainda que lenta. Há pouco mais de cem anos, observávamos
o absurdo dos regimes escravocratas, das monarquias absolutistas, do
despotismo, das oligarquias e da escassez de direitos democráticos e sociais. O
esclarecimento está surgindo aos poucos, a nefasta ideia do racismo, e de toda
forma de preconceito e intolerância, já é algo abominável na maioria das mentes
esclarecidas. O despertar para novos níveis de consciência, mesmo que moroso, é
algo real e efetivo quando olhamos para a história. Estamos no limiar de um
Ciclo Cósmico, e, seguindo os princípios esotéricos, sempre no início de um
novo ciclo surge uma nova raça raiz, e vemos esta surgir, alicerçada sob uma
nova consciência e em uma nova concepção de valores, pois as três estão se
unindo para que seja formada a sexta.
Saímos da era instintiva para entrarmos na era da sobrevivência;
saímos da era da sobrevivência para entramos na era da crença; estamos saindo
da era da crença para entrarmos na era do conhecimento. Onde existe
conhecimento é plasmada a sabedoria, e esta concebe a verdade, que é a chave da
verdadeira libertação.
Om Tat Sat 🕉️
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