sábado, 28 de março de 2020

AS RAÇAS RAÍZES


                                 
                                  

                                          

        Primeiramente é necessário esclarecer que o conceito de raças no esoterismo nada tem a ver com os conceitos de raças padronizados pela humanidade, que gerou ao longo dos milênios todas as errôneas conceituações de diferenças e separatividade. As raças raízes são padrões específicos das etapas em que as essências espirituais de um planeta se adequam a determinados períodos cíclicos da história da humanidade. Este assunto é largamente abordado tanto na Teosofia quanto na Gnose, logicamente com algumas pequenas diferenças comuns entre as diferentes escolas esotéricas.
        No texto anterior sobre Rondas Cósmicas e Cadeias Planetárias pudemos notar que, assim como o caráter evolutivo individual, existe também a evolução de toda a Alma Planetária, de todo o conjunto de vida que segue seu encadeamento na sequência de um constante aprimoramento, direcionado através da equação do dinamismo cósmico. Um ser reencarna, seguindo a "Roda do Samsara" em sua jornada evolutiva, a vida ou alma planetária também, passa de um planeta a outro de acordo com este sequenciamento das energias cósmicas, dentro das "cadeias planetárias".
        Estamos na quarta cadeia do esquema evolutivo, a terceira foi a cadeia lunar, visto anteriormente, e seguimos a cadeia terrestre, na qual estamos na quarta ronda (assunto totalmente abordado no texto anterior).
        E é em cada ronda planetária que existem sete períodos, nos quais se formam as então denominadas Raças Raízes. Estamos na quarta ronda da cadeia planetária terrestre no período correspondente à Quinta Raça Raíz, que veremos logos mais juntamente com as quatro iniciais.
        Cada ronda planetária é formada por sete períodos ou sete ciclos cósmicos, e, em cada um destes períodos há uma determinada raça raiz.
        Seguindo o esquema da cadeia planetária terrestre, veremos que nos encontramos no globo D, que, como citado acima, corresponde à quarta Ronda, onde se iniciou todo o esquema evolutivo neste planeta. Sabemos que a evolução se processou desde as formas mais rudimentares de vida. Como citada no texto da Cosmogênese, tudo se iniciou através das primeiras moléculas de carbono se agrupando em uma constante graduação de menor para maiores complexidades. Formando os hidrocarbonetos, posteriormente os aminoácidos e, sob a sequência evolutiva, os primeiros organismos unicelulares. Estes, por sua vez, através dos milhões de anos, cuja cronologia exata nem mesmo a ciência pode se aproximar, foram se aglutinando em organismos cada vez maiores e mais complexos. É importante que seja guardada esta simples palavra: "aglutinação", pois nela estão estabelecidas todas as perspectivas da evolução em todos os mundos.  Pois a ideia de seres individuais e isolados é uma mera ilusão, um conceito adquirido através das crenças limitantes desprovido de realidade. A própria física quântica tem demonstrado que o universo não é um turbilhão formado por objetos físicos, mas um encadeamento de relações de diferentes formas transitórias de um todo unificado. Nós mesmo somos a aglutinação de infindáveis pequenos seres, formatados através das infindáveis linhas temporais, e seremos, futuramente, a aglutinação de inúmeros seres, assim como somos hoje, em uma constante busca da unidade, até nos transformarmos novamente no grande oceano infinito e eterno. Lembremos que qualquer oceano é a aglutinação de um número quase infinito de moléculas de água, as quais formaram gotas, grotas, riachos, grandes rios até desaguarem no oceano, sem jamais perderem, ainda por um segundo, o sentido vivo da própria existência.
        Mas, voltando à evolução... Tais organismos foram formando os menores animais da escala zoológica, formando os seres aquáticos, os anfíbios, os répteis, os mais variados seres, os mamíferos até chegarem aos primatas, dos quais derivou o homem dotado de uma consciência superior ao restante dos animais, cujos níveis deverão se ascender, cada vez mais, até que sua frequência esteja compatível com os novos ciclos das futuras emanações.
       Seguindo os princípios esotéricos, advindos principalmente da Teosofia, adentraremos nas particularidades de cada raça raiz. Antes, porém, é aconselhável estarmos desprendidos da "crença", pois toda crença limita, e a "busca da verdade jamais poderá estar limitada a conceitos de quaisquer escolas Esotéricas, sejam quais forem. Nem limitadas a este texto, pois qualquer ideia jamais deverá conter a essência da verdade, mas sim ser um instrumento esclarecedor para que a verdade seja gradualmente descortinada à luz da razão e dos evolutivos níveis de consciência aos quais chegaremos nos futuros ciclos com suas frequências compatíveis. 



                     



                   A PRIMEIRA RAÇA RAIZ OU ADÂMICA

         Também conhecida como raça protoplasmática.
        Evito colocar tempos cronológicos, pois, é neste quesito onde se adentra no âmbito sombrio das conjecturas. Pois se nem as datas corretas dos mestres de pouco mais de dois mil anos conhecemos perfeitamente (as vezes até suas próprias existências históricas), como poderemos cifrar períodos acima de milhões de anos?
       Segundo fontes antigas esta raça (observem bem o conceito de raça segundo os padrões Esotéricos) não era física, alguns autores falam em etérica ou semi física, contudo era, na verdade uma raça de "preparação" do planeta para o início da quarta Ronda, pelo fato de ser preexistente toda esta evolução Planetária, como citarei mais adiante.
        Segundo textos esotéricos, esta raça vivia nas terras de Asgard, a lendária Thule, também denominada Ilha de Cristal. Ainda segundo textos antigos, a terra estava ainda em estado etérico quando esta raça estava aqui, e, como não possuíram origem nesta ronda, eram os catalisadores da formação evolutiva deste planeta que ainda estava para acontecer. Dessa maneira não pertenciam, definitivamente, a este ciclo, sendo que alguns seres não alcançaram a tônica necessária para seguir na evolução junto aos seus semelhantes, sendo mantidos neste orbe como um efeito kármico a resgatar suas missões não cumpridas em suas rondas próprias. E, deixados neste planeta a fim de serem auxiliares da evolução nascente, e foram os antigos mestres da humanidade, também conhecidos como os Filhos dos Deuses. Embora inaptos a prosseguir seus caminhos, eram infinitamente superiores à humanidade que ainda iria se formar ao longo da escalada evolutiva. Por isto chamada Adâmica, pois foram excluídas do seu mundo glorioso e resplandecente. Alguns autores falam em reprodução desta primeira raça raíz, porém esta não era envolta em qualquer nível de materialidade, e, seus corpos etéreos eram simplesmente regenerados após um longínquo período de tempo, seriam como o estado de Jinas dos grandes mestres que alcançaram seu estado de luz. Outros autores falam que estes eram perfeitos, porém se fossem perfeitos não estariam inseridos na sequência evolutiva das rondas e cadeias planetárias. Portanto não eram protótipos da perfeição, embora fossem altamente evoluídos em relação à humanidade nascente, assim como também a humanidade em seu estágio atual. O mundo como conhecemos ainda estava em processo de materialização, e dessa forma autores que falam sobre suas vestimentas ou sobre sua flutuação nos ares, deveriam lembrar que seres etéreos podem apresentar com vestimenta apenas para se fazer notáveis aos humanos, assim como assumir determinadas formas aparentemente tangíveis, e, por não serem dotados de massa física certamente sua dimensionalidade está muito além da sutileza do ar e até mesmo do espaço visível, e seria uma redundância falar em suas peculiaridades "flutuantes".
        Blavatsky denomina a primeira raça como os "nascidos por si mesmo", ou os "sem mente". Isto denota justamente sua condição extrafísica, assim como também sua origem anterior à nossa ronda.
        Segundo alguns mestres, sua "Ilha de Cristal" existe no Astral Superior, ou em estado de Jinas, e as lendas de Avalon estão intimamente relacionadas com as antiguíssimas tradições advindas dos antigos mestres da humanidade.
        Muitos destes mestres seguem a humanidade guiando seus passos no caminho evolutivo, outros, porém, tiveram que seguir a jornada evolutiva junto à própria humanidade. Da mesma maneira que aqueles, que serão completamente reprovados nesta ronda, terão que seguir toda uma nova sequência evolutiva. Esta é a "segunda morte" como se refere o Livro do Apocalipse, o qual poucos conseguem entender sua linguagem cifrada. 



                       
                    
                  A SEGUNDA RAÇA RAIZ OU HIPERBÓREA

        Blavatsky também chama esta raça de "nascidos pelo suor". Também etérea adveio da densificação da primeira raça, e, por ter maior densidade, é chamada por muitos autores, tanto gnósticos quanto teosóficos, de semi-etérica. Segundo textos esotéricos, esta habitou toda a região da calota polar boreal. Assim como a primeira raça se estabeleceu na "descida à materialidade", não participando do sistema evolutivo das espécies propriamente materiais. Conforme explanado no texto anterior, esta raça estava consubstanciada na Segunda Efusão do Segundo Logos.
Nesta etapa já havia a densificação do planeta, os vegetais e as primeiras formas de vida animal. Por ser semi etérica esta raça se reproduzia, era, contudo, andrógena. Esta raça acompanhou toda a evolução animal e a formação, através da aglutinação, dos primeiros hominídeos. Diferente da primeira raça que tinha o intuito da "preparação", esta, por ser mais próxima à materialidade, tinha o intuito de acentuar ou acelerar o lento caminho evolutivo do homem ainda simiesco, modificando o genoma do hominídeo transformando-o no atual ser humano. A própria ciência atesta uma brusca transformação que ocorreu a partir do homo erectus, transformando-o em homo sapiens, em um período relativamente curto, cerca de trezentos mil anos, em comparação ao anterior australopiteco, que para chegar ao homo erectus levou mais de dois milhões de anos. Dessa forma a raça hiperbórea, acabou por integrar-se na nova raça nascente, a terceira raça, definitivamente humana, da qual falaremos a seguir.
         Houve ainda uma segunda intervenção efetuada pelos grandes mestres: "os filhos dos deuses" teriam, à partir do homo sapiens, feito uma modificação, criando uma raça de gigantes, iniciada no período da terceira raça.
        Vejamos o que diz a Bíblia: "Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”. (Gênesis 6:2) E novamente: "Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama". (Gênesis 6:4)
        Moisés relata, no Sepher Bereshit, aquilo que lhe foi ensinado nas antigas tradições no alvorecer do gênero humano.




                    A TERCEIRA RAÇA RAIZ OU LEMURIANA.

       Floresceu no Grande Continente de Mu, ou Lemúria, a terra vulcânica que se estendia desde o pacífico até onde se situa a ilha de Madagascar. Era um período de constantes instabilidades no planeta, repletas de abalos sísmicos. Convém aqui acrescentar noções fantasiosas sobre a raça lemuriana, como homens com guelras e reprodução hermafrodita.
        Em cada raça raiz há períodos de sete sub-raças de cada qual, e uma destas era a dos gigantes, os quais subsistiram por um longo período na história da humanidade. Com o desaparecimento da Lemúria, o que foi ocasionado de forma lenta e gradual, suas populações foram migrando para outros continentes e ilhas que afloraram, desta forma, povoando a Austrália, a África e grande parte das ilhas próximas à atual Polinésia.
        O clima da Lemúria era quente ao extremo, por isso seus habitantes se adaptaram facilmente nas regiões meridionais do planeta.
        Na Lemúria havia grandes magos, que herdaram a sabedoria dos grandes mestres etéreos, porém, posteriormente seguiu-se uma era de degeneração, que se derivou do mau uso da magia e pelo crescente materialismo do seu povo.
        É interessante notar que em quase todas as civilizações há um grande apogeu da sabedoria, das artes, da ciência e do conhecimento transcendente, e, após atingir seu ápice inicia-se o declínio, como veremos na quarta raça, a atlante, , na quinta, a ariana, como estamos vendo, e também no Egito, um legado da raça atlante em meio aos povos semitas. Observemos o Egito, pois é até onde a história oficial alcança: possuíam uma imensa sabedoria, legado dos remanescentes da última ilha da Atlântida, construíram templos e espalhou sua ciência por toda sua adjacência. Contudo, assim como muito anteriormente a Lemúria, o materialismo grassou, ao ponto de acreditarem em ressurreição de seus corpos. Suas múmias eram enterradas com tesouros para que deles gozassem em sua vida futura, e, até mesmo o casamento era feito, muito comumente, entre irmãos para que não fossem divididas as riquezas das famílias. Hoje o povo original egípcio, de origem atlante-lemuriana desapareceu, em seu lugar habitam os árabes que ali se estabeleceram após sucessivas invasões.
        Voltando à degradação da Lemúria, após seu continente desaparecer, se estabeleceram principalmente na África, de onde iniciou todo o povoamento do mundo conhecido, (a ciência constatou isto através da confirmação da descendência matrilinear de todos os seres – a Eva Mitocondrial) assim como o da desconhecida Atlântida, da qual falaremos a seguir.

      






       A QUARTA RAÇA RAIZ TAMBÉM CHAMADA ATLANTE.


        A partir dos lemurianos todas as raças derivam de suas predecessoras. Os antigos habitantes da Lemúria, em sua dispersão pelo mundo, formaram novas civilizações, e, sobre o cenário geológico que existia onde é hoje o oceano atlântico, fez florescer aquela que se denominou Atlante.
        Este continente abrangia todo o espaço do atlântico norte, estendendo-se até às regiões mais ao sul. Seus conhecimentos abrangiam os processos alquímicos, a alta magia, os mais elevados princípios metafísicos, assim como o domínio das energias mais sutis e sua aplicação prática nas situações mais comuns.
        Dominavam também o princípio da gravidade, através do conhecimento do lendário "Vrill", a energia da estruturação do Universo.
        Ao final das sete sub-raças atlantes iniciou-se a sua degeneração, a magia negra tomou lugar da magia de luz, e o crescente individualismo se exacerbou até adquirir proporções inimagináveis. Uma das sub-raças atlantes, cujos caracteres herdaram dos gigantes lemurianos se degenerou até o ponto de tomar o poder em todo o continente, deflagrando um período promíscuo eivado de toda espécie de perversidade.
        O que nos chegou a respeito da Atlântida veio-nos através da obra do grande filósofo Platão, "Timeu e Criteas", na qual relata a visita de Sólon ao Egito, onde teria recebido as informações durante os relatos dos sacerdotes de Saís, com os quais manteve amplo contato.
       A imersão deste continente foi ocasionada em etapas, e sugada pela fúria do oceano, novas terras emergiam, surgindo o continente que hoje chamamos América, para o qual foram gradualmente migrando os atlantes, assim como também para o extremo leste da Ásia.
        Restou, porém, uma última ilha, após o longínquo período de tempo de submersão, e esta submergiu finalmente há cerca de 10 mil anos, da qual seus sobreviventes fundaram a nascente civilização egípcia, junto aos antigos lemurianos. Desta última leva Atlante nasceu a Epopeia de Gilgamesh, onde relata o "grande dilúvio", que nos chegou através das escritas cuneiformes da Mesopotâmia, dois mil anos mais antiga que Noé, do Sepher Bereshit, cuja narrativa certamente adveio da mesma antiga tradição.
        Levas anteriores, como a citada anteriormente, onde os sobreviventes atlantes chegaram à Ásia, formaram, em sua região central, o núcleo daquela que seria da futura quinta raça raiz, a Ariana.
        É interessante frisar aqui que, esta leva que atingiu a Ásia, se fez enquanto eram formadas as placas do continente americano.
        As levas atlantes, que se fizeram pela rota ocidental, formaram as civilizações dos povos amarelos da Ásia, assim como também os povos índios da América, a qual também recebeu sucessivas levas das rotas asiáticas nos períodos em que ambos os continentes ainda eram coligados ao norte.
        Na América os toltecas e outros povos atlantes de levas mais recentes, herdaram grande parte do conhecimento de seu antigo continente. Observemos as construções dos incas na América do Sul, assim como as pirâmides da América Central, e notemos a incrível semelhança com as pirâmides do Egito, onde recebeu a última leva após o desaparecimento completo do último resquício da antiga Atlântida.
        Até hoje a ciência não consegue explicar a incrível tecnologia de seus construtores nas obras, tanto no Egito quanto nas Américas, as quais se contrastam com tudo aquilo referente à época de tais edificações.








                      A QUINTA RAÇA RAIZ — A RAÇA ARIANA.  


         Cabe aqui um prévio esclarecimento sobre um conceito errôneo que, até hoje, está na mente da maioria das pessoas. A raiz dos povos arianos não é, de modo algum, os povos nórdicos ou germânicos do norte da Europa, estes são ramos, os sub raças do grupo ariano que se formou na Ásia Central, e que, posteriormente se fixou no norte da Índia, sendo que uma outra parcela se dirigiu ao ocidente, formando, posteriormente, os povos  do continente europeu.
        A primeira sub-raça ariana floresceu próximo ao Tibete, onde desenvolveu uma civilização ricamente impregnada dos mais profundos conhecimentos esotéricos. Grandes deslocamentos em massa formaram na Índia o grande berço dispersor de sabedoria Ariano, desde o período pré-védico, que perdura até hoje no grande conhecimento brâmane, preservada através dos Rishis, herdeiros dos antigos arcanos das civilizações pretéritas.
       Levas arianas partiram da Índia para a antiga Pérsia, tanto que o nome do país, Iran, provém de Ária, que compreende toda sua ancestralidade.
       Os arianos atingiram a Caldéia e a região que atualmente se denomina Curdistão, mesclando-se ao sul com os povos, também de origem mista, atlante-lemuriana, dando origem aos cananeus, e todos os demais povos semitas nos quais se incluem os árabes e judeus. Outras sub-raças arianas formaram os povos que imigraram para o oeste, dando origem aos europeus, entre os quais os gregos e romanos herdaram também grande conhecimento de seus antigos predecessores.
        Um detalhe importante de ser mencionado vem ser a extinção dos povos gigantes, que ocorreu no período ariano. Podemos observar no livro dos Juízes e nos livros dos Reis na Bíblia que há relatos de homens de enorme estatura nestes textos. Estes foram declinando em número a partir da última glaciação, devido à escassez de víveres neste período, e, posteriormente assimilados pelos demais povos. Nas guerras,  também, se tornaram mais vulneráveis devido às novas espécies de armamentos e a própria lentidão comum à própria estatura.
        Segundo alguns autores, estamos vivendo o período da quinta sub-raça ariana, porém é só analisarmos toda a história recente da humanidade para notarmos que tal conceituação não procede. Pois está claro que estamos já saindo do período da raça ariana, e adentrando no período da sexta raça raíz.
        E poderão me perguntar: qual a base para se determinar o final de um período de uma raça raiz?
        Vejamos algo que é claramente compreensível para estabelecermos esta conclusão. As raças raízes não são extintas para que seja formada uma nova raça raiz, é só observarmos que subsistem na África, Ásia, Europa e Índia os troncos Lemuriano, Atlante e Ariano, respectivamente. E, desde a integração entre os povos, que teve início na idade moderna, vêm se misturando, inicialmente na América, e gradativamente em todo o mundo. Por isso a América, o novo continente será o berço da sexta raça raiz, onde todos os povos do planeta se reúnem e se aglutinam no amalgamento que se faz através dos séculos. Na América ficou demonstrado aquilo que todos os mestres já diziam que não existem povos superiores ou inferiores, o que existem são explorados e exploradores, o segundo em detrimento da vantagem do primeiro, determinando aquilo que hoje chamamos países ricos e países pobres, e dentro de cada país, parcelas privilegiadas com acesso à cultura, e parcelas marginalizadas frustradas de direitos essenciais. Contudo, é só observarmos a evolução dos tempos e da própria sociedade, para que possamos constatar que a evolução social também avança com a evolução espiritual, ainda que lenta. Há pouco mais de cem anos, observávamos o absurdo dos regimes escravocratas, das monarquias absolutistas, do despotismo, das oligarquias e da escassez de direitos democráticos e sociais. O esclarecimento está surgindo aos poucos, a nefasta ideia do racismo, e de toda forma de preconceito e intolerância, já é algo abominável na maioria das mentes esclarecidas. O despertar para novos níveis de consciência, mesmo que moroso, é algo real e efetivo quando olhamos para a história. Estamos no limiar de um Ciclo Cósmico, e, seguindo os princípios esotéricos, sempre no início de um novo ciclo surge uma nova raça raiz, e vemos esta surgir, alicerçada sob uma nova consciência e em uma nova concepção de valores, pois as três estão se unindo para que seja formada a sexta.
        Saímos da era instintiva  para entrarmos na era da sobrevivência; saímos da era da sobrevivência para entramos na era da crença; estamos saindo da era da crença para entrarmos na era do conhecimento. Onde existe conhecimento é plasmada a sabedoria, e esta concebe a verdade, que é a chave da verdadeira libertação.

        Om Tat Sat 🕉️


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