terça-feira, 28 de janeiro de 2020

NÚMEROS MÍSTICOS — SEQUÊNCIA DA CRIAÇÃO — A TERCEIRA FORÇA — O EQUILÍBRIO PERFEITO — A TERCEIRA MORTE



NÚMEROS MÍSTICOS — SEQUÊNCIA DA CRIAÇÃO — A TERCEIRA FORÇA — O EQUILÍBRIO PERFEITO — A TERCEIRA MORTE.

_Cartas do Velho Mestre_

        Todo princípio é uma unidade; ao criar, revela algo a alguma coisa, configurando aqui o dois e o três; é o ternário. Três  e um dão quatro, o quaternário, o começo e o fim, o quadrado perfeito (caixa hermética).
           As sequências são una e trina (1-3) e a soma dos números é 12 (1+3=4 +4 +1+3).
        Com o número da manifestação que é 3, soma-se 15, mais o da convergência (16) número chave, com o número múltiplo da trindade (9), resulta no número 25, convergência 26. Esses números são de grande importância mística, daí as ordens esotéricas realizarem suas reuniões de Comunhão Mental no dia 27.


        A trindade se fez Verbo e o verbo é o Cristo, princípio criador, começo e fim de toda criação universal.
        Deus - Princípio Uno, criou o mundo, mas, para quem ? Para Ele. Para apreciar a sua obra criou o homem à sua imagem e semelhança, e o Homem é o ponto de convergência da própria sequência da criação.
        Os três triângulos entrelaçados dão a sequência das três pirâmides, a simbolizar os três planos: Divino, Astral e Físico. O homem, na morte física, deixa o seu corpo que retorna à simplicidade dos elementos materiais, e o seu "espírito" passa para o plano Astral, com a mesma consciência com que caracterizou sua permanência no plano físico. Nesta sequência, morte física, renascimento, vai adquirindo conhecimento e experiência, e isso explica a diversidade de "inteligência" entre os homens: ignorâncias abismais ao lado de níveis elevadíssimos de conhecimentos intelectuais e científicos. O espírito do homem, mesmo nesses níveis altíssimos de progresso científico, nessa sequência, ainda está dualizado em sua consciência. Ele, que tinha o equilíbrio perfeito, vivendo em harmonia com os três planos, macrocosmo, mediocosmo e microcosmo, dualizou-se, fazendo uma trindade invertida, tornando-se joguete de uma terceira força, a que os espiritualistas chamam de encosto*, que é a atração dos planos dualizados, a luz astral, a sedutora universal.



        Para livrar-se desta força, que pode atirar ao verdadeiro inferno, o homem deve buscar a senda que conduz à ascensão, alma do mundo, consciência Unificada, da qual ele se distanciou. Nessa consciência, ele entra no seu estado de Perfeição, Andrógeno. Presume-se que tais conhecimentos sejam expostos ao vulgo de forma alegórica por inteligências sutis que não as querem reveladas àqueles que, vivendo nas trevas, ridiculizariam, ou deles fariam mal uso. Tal se vê em alguns contos folclóricos de alguns países, e mesmo em alguns filmes como "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa", em que, por analogia, pode-se desprender o simbolismo do estado uno, onde a lâmpada representa a luz que dá acesso ao reino da magia, através de uma bela mulher que simboliza a sequência da criação.



        Esse estado de dualização que sujeita o homem ás tentações instintivas do plano material, escravizando-o, é consequência de uma visão invertida das coisas, o Pentagrama Invertido (de cabeça para baixo), o homem de chifre, o único diabo admitido em filosofia.
        A ascensão do indivíduo leva-o à terceira morte. Esta pode ocorrer antes da primeira morte (morte física), daí o axioma: "É preciso saber morrer para renascer Imortal". A segunda morte ocorre quando na reencarnação, onde o espírito perde a sua personalidade anterior para assumir outra. A terceira morte está aqui, agora: morre-se na consciência dualizada, em vida, para renascer na unificada, que dá a vida eterna. Morre-se para as trevas e desperta-se na luz. Morre-se no espírito animal e alcança a ressurreição em Deus.



       *A palavra "encosto" certamente está inadequada ao contexto, talvez aqui ele quisesse dizer algo como o "entorpecimento material", e, mais adiante onde faz referência à luz astral, certamente queria expressar "força astral".



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