Formado por
matéria de muito maior sutileza que o Corpo Astral, (É necessário esclarecer
que aquilo que chamamos matéria nada mais é que energia densificada, portanto
não consideramos diferentes uma da outra, a não ser seu nível de condensação) o
corpo mental apresenta um refinamento inigualável aos olhos de um vidente, com
uma particularidade especial, pois há uma aura ovoide circundando o próprio
corpo em si.
Essa aura,
denominada aura mental difere em cada indivíduo, se apresentando com amplitudes
maiores na parte superior daqueles cujos pensamentos tendem a maior elevação,
ou amplitudes maiores nas região inferior, onde há a tendência de pensamentos
mais baixos em nível espiritual.
É interessante
adentrar no porquê de tal diferenciação, tão característica no mundo de Manas,
ou Plano Mental. Existe a energia de elevadíssima sutileza chamada Gráviton,
embora a ciência oficial ainda não tenha, até o presente momento (2019),
comprovado a sua existência. Está energia não é, porém, mais sutil que a
energia presente na matéria astral, e muito menos em relação à mental, fazendo
com que tanto o corpo astral, e o mental não estejam presos à gravidade quanto
o plano físico. Por esta razão tais corpos, em espíritos desprendidos da
materialidade, conseguem voar até longas altitudes nos subplanos sutis.
Contudo, não conseguem se livrar da ação da gravidade no planeta, e esta,
embora de maneira tênue, exerce sua influência sobre tais corpos. E esta
influência faz com que as energias manásicas ( do plano mental) sejam situadas
acima ou abaixo deste corpo, em conformidade com a elevação e sutileza de seus
pensamentos. Por isso, alguém ditado de uma visão espiritual de ampla
magnitude, consegue discernir, no Plano Mental, uma entidade elevada de outra
ainda nos estágios iniciais da evolução espiritual.
Através do Corpo
Mental, são exercidas as atividades
inerentes ao pensamento, como a memória, o raciocínio e todos os tipos de
conceituações que diferenciam o homem dos animais na cadeia evolutiva, sendo
que alguns destes possuem apenas o rudimento deste corpo, e outros nem mesmo
tais rudimentos, atingindo apenas formas astrais, peculiares aos animais
inferiores.
Devemos lembrar
que ainda temos uma natureza instintiva, e, negar que os animais não possuem
pensamento, seria como negar a própria individualidade própria dos animais em
degraus mais elevados na escala zoológica. Embora sejam extremamente
rudimentares e ativados principalmente através de sua natureza instintiva, há
um princípio pensante em cada ser, pois todos seguem o caminho evolutivo da
ascensão. Somos animais, não esqueçamos a relevância deste detalhe.
O Corpo Mental
possui uma divisão que se configura em dois veículos independentes: o Corpo
Mental Concreto, inferior, cuja denominação sânscrita é Manas-Rupa e o Corpo
Mental Abstrato, mais elevado, que em sânscrito se diz Manas-Arrupa.
Como o próprio
nome já designa, o inferior faz com que o homem possa exercer a formulação de
ideias simples, concretas ou triviais. O
Corpo Mental Abstrato, ou superior já permite ao homem estabelecer pensamentos
de ordem muito mais elevadas, atingindo os níveis de abstração, através dos
quais se possa compreender conceitos metafísicos ou filosóficos de alto grau de
complexidade.
Esta divisão,
apesar de ser estabelecida entre os corpos mentais, vem ser a grande divisão
espiritual dos seres humanos, pois o Corpo Mental Concreto é composto pelas
matérias, ou energias, dos quatro subplanos inferiores universais, e, o Corpo
Mental Abstrato constitui-se da energia (ou matéria) retiradas dos três
subplanos superiores do universo.
Foram mencionados
os animais no estudo destes corpos justamente para explicarmos o seguinte
ensinamento dos mestres superiores: os animais possuem o rudimento do Corpo
Mental Concreto, porém, uma grande fração da humanidade, possuem os rudimentos
do Corpo Mental Abstrato, assim como rudimentos ainda de maior insignificância
dos corpos ainda mais elevados. E estes possuem o Corpo Mental Concreto
fortemente aderido ao Corpo Astral, formando neste conjunto aquilo denominamos
Kama-Manas.
Nas altas
escolas esotéricas da Índia o Corpo Mental em si recebe a denominação de
Kamas-Maya-Kosha, cujo significado vem ser, literalmente, "corpo ilusório
feito de pensamentos".
A Polegada
Quadrada da Consagração.
Também chamada
"polegada quadrada sagrada", é a região situada logo a frente de
nossos olhos, no espaço da "aura mental". Neste local é que são
projetadas as imagens mentais emanadas através das regiões cerebrais, as quais
se sucedem em uma sequência célere e ininterrupta e são denominadas Vrittis. As
formas-pensamento criadas pelos grandes mestres originam-se a partir dos
Vrittis, ondas mentais sucessivas passíveis de canalização. Aí que está a origem do grande poder da mente
que o homem possui e desconhece. Controlar o turbilhão mental, focalizar o
pensamento desejado e direcioná-lo é algo muito difícil ao homem comum, que
ainda não é senhor de sua própria essência.
No decorrer da
formação do universo, as energias sutis ou primordiais se condensaram,
iniciando a descida à materialidade. Dessa forma o Plano Astral surgiu muito
depois da formação do Plano Mental, assim como o Plano Físico, surgira incontáveis
eras após a formação do Plano Astral. Todas as energias sutis formaram as
energias mais densas até que, finalmente, surgissem os primeiros aglomerados
que dariam origem às subpartículas atômicas. Nada poderia existir no plano
físico sem que, primeiramente, tenha existido nos planos espirituais, obedecendo à gradação das
sutilezas inerentes cada plano. Cada
matéria (ou energia) está estruturada em energias de maior sutileza.
É através do
estudo da natureza do corpo mental que adentramos na essência preconizada pelo
Yoga, pois o controle da mente, o abrandamento dos Vrittis é um de seus
objetivos. Como diziam os antigos mestres: "Yoga é a cessação das
modificações mentais".
Características das ondas vibratórias mentais.
São em número de
três, em conformidade com a correspondência trina de todas as forças
equacionadas no universo. São elas a intensidade (frequência), o alcance e a
duração, e estas três características se interpenetram e se associam seguindo
as características fundamentais de cada indivíduo ou ser.
A intensidade
depende do nível de pensamento emitido, quanto mais elevado for o nível de
pensamento, possui maior frequência, e consequentemente, maior intensidade.
O alcance da
onda mental já não depende do nível do pensamento, mas do nível espiritual do
indivíduo, pois o nível espiritual o condiciona a um determinado subplano do
mundo de Manas (Plano Mental), e, sendo este de um nível elevado, seu alcance
será maior que aqueles emitidos por outra entidade de nível inferior, pois a
propagação através das grosseiras camadas do Plano Mental dificulta o seu
alcance. Um exemplo deste aspecto seria que ondas mentais elevadas ou baixas,
emitidas de um ser mais evoluído (seres evoluídos podem emitir maus
pensamentos, pois evolução não é um sinônimo de perfeição), terá maior alcance
do que as ondas mentais emitidas por outro ser em nível menor de
desenvolvimento espiritual, mesmo que este ser possa, ainda que raramente,
emitir ondas mais elevadas. Quando a criação mental é vigorosa, e canalizada
através da alta magia, o alcance não alcançará limites, pois estará
tangenciando as energias de maior sutileza dos planos superiores.
A duração da
onda mental dependerá da clareza do pensamento, da idealização da imagem por
este formada, que impregnará a matéria astral. Pensamentos vagos se dissipam no
próprio plano mental, sem alcançar a condensação necessária para atingir o
Plano Astral e, consequentemente, o Físico.
Existem
tonalidades características às ondas mentais de cada pensamento, porém são
visíveis apenas no Plano Astral de Vibração, pois estão intimamente associadas
à ordem emocional tanto daquele que emite quanto daquele que visualiza.
Quando o emissor
fixa em determinado pensamento ou ideia fixa, os Vrittis permanecem junto à sua
aura mental, depois se desligam e permanecem por certo tempo derivando pelas
correntes do Plano de Manas. Algum indivíduo com uma ideia nascente, semelhante
a esta que está a deriva no mundo mental, pode captar estes Vrittis, e
estabelecer uma "apropriação" desta ideia já formulada neste plano.
Assim nascem as ideias repentinas, os plágios involuntários. Por esta razão,
muitas vezes uma mesma ideia pode "nascer" em vários locais e através
de diferentes indivíduos que elaboram metas e propósitos semelhantes.
Geralmente, em
uma meditação coletiva, uma mesma experiência é comum à grande maioria dos
participantes, e é através de fenômenos como este que são criados os seres
"elementares" ( não confundir com elementais que são seres dos
elementos da natureza), criados através da própria persistência mental que
ganham vida própria através das formas-pensamento.
Quando uma
forma-pensamento é criada através de um grupo de elevados pensamentos, funciona
como um protetor, atraindo, através de suas frequências, entidades reais que
com os tais se identificam. Esta congregação espiritual recebe o nome de
"egrégora", e vem ser uma força poderosa para o combate dos
infortúnios e forças negativas.
O Efeito da
Prece no Plano Mental.
Assim como a
formação da egrégora, a oração se faz por si só uma elevada emissão de
pensamentos, a qual poderá, dependendo da fé, que é a capacidade criadora, ter
grande intensidade, alcance e duração. Através de uma Ancoragem Espiritual a fé
se potencializa e canaliza energias sutis dos planos superiores que se
congregam no Plano Mental. Como citado no início do texto, as forças sutis são os
sustentáculos das forças mais densas, e as transformam através do poder
volitivo da palavra. Disse certa vez um sábio:
"Orações podem percorrer o infinito".
Poderemos
pressentir o Infinito através de nossas mentes. A própria concepção de Deus é
plasmada através de nossas ondas mentais. Se podemos conceber aquilo que por si
só é inconcebível, a ação de nossa mente pode ir muito além daquilo que
acreditamos possuir. Tudo é pensamento. Somos o pensamento de Deus.
Om Tat Sat.
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