sábado, 6 de abril de 2019

NOSSAS FORÇAS MENTAIS


                                                                



       É comum inserir em inúmeros tópicos esotéricos e metafísicos a designação de "poder mental", "força mental" ou "puder da mente".
       Mas, qual a definição de mente?
       A definição de mente pode ir muito mais além daquilo que preconiza a ciência oficial.
       A mente não é simplesmente o conjunto de reações químicas e físicas das sinapses neuronais e toda sua gama de correspondências sistêmicas.
       Definir a mente é algo muito mais complexo que a definição da própria alma, do próprio espírito humano e do universo físico. Simplesmente porque a mente é e interseção entre corpo e espírito, entre a complexidade da contraparte física e sua coligação espiritual intrínseca às variações energéticas do meio e a subjetividade emocional.
       O corpo físico possui a densidade da matéria densa e seus sistemas complexos e integrados, associado a um "mediador plástico", que é o corpo etérico, formado de energia prânica onde se delineiam os Chakras.
       Os Chakras são vórtices de energia que interligam o corpo astral ou emocional, ao físico, através de seus plexos correspondentes.
       No caso da mente, que é a projeção espiritual no mundo físico , efetuada através das circunvoluções cerebrais,  se faz a conexão, com a qual o corpo se torna um veículo de um princípio superior e imaterial, que chamaremos de Espírito.


       A mente é, pois, o espírito veiculado à matéria, que tem o cérebro como veículo de expressão para se adequar ao mundo e todo seu equacionamento circunstancial.
       Os antigos costumavam denominar a hipófise , situada na sela túrcica do osso esfenoide, no crânio, como a "sede da alma", e sua ligação com a pineal, no interior do crânio , como a sincronia espiritual que determinava a consciência superior.
       A hipófise está ligada ao Chakra Ajnã, que é a "visão" em todos os seus sentidos. A pineal está relacionada com a consciência em seus aspectos elevados, que determinam o grau evolutivo de cada ser, ligado ao Chakra Sahashara.
       Mas a pergunta: essas glândulas e seus Chakras correspondentes, integrados ao cérebro em perfeita harmonia, são aquilo que chamamos "mente"?
       Poderemos convencionar que "mente" é o fluxo de energia que permeia todo este complexo, e este fluxo de energia define aquilo que chamamos "pensamento", o qual estrutura a chamada "consciência", em seus diferentes níveis de elevação na desenvoltura espiritual.
       Definimos, portanto, a mente, e, por conseguinte, concluímos que, através dela, se efetua o vínculo com o corpo físico e toda sua interação com o ambiente promovendo a efetiva forma de se interagir com o mundo no qual estamos inseridos, e esta, no atual estágio da evolução natural, fez do homem o senhor da natureza, superior às outras espécies animais da escala zoológica.
       Mas, além da perfeita integração com a natureza e o mundo que nos rodeia, a mente possui mais algum atributo além do raciocínio e da  inteligência?
       Certamente que sim. E vai muito mais além da "faculdade de pensar" e se adequar às circunstâncias que confluem em seu meio.
       A mente, como já referimos anteriormente, é o elo entre o corpo e o espírito. O corpo é o veículo de manifestação física. E o espírito?
       O espírito adentra no mundo das energias, as energias invisíveis que estruturam e dão conformidade a tudo aquilo que é visível.
       O espírito humano é integrado às energias de graus de sutileza, cada vez mais elevado, e por esta razão possui correspondência com as "energias primordiais".
        ... E o que são energias primordiais?
       São as energias que forjaram tudo aquilo que consideramos como universo manifestado. A força divina de aglutinação que deu origem ao universo, a vida e a própria existência.


       Se a mente possui toda essa ligação com tais energias, ela é dotada do "poder criador" inerente à própria essência desta energia?
       Certamente que sim, pois segundo o princípio Hermético da Correspondência tudo aquilo que está em cima está em baixo, e se o princípio criador é onipresente sua onipresença dinamiza o magno poder da co-criação e este é o grande poder que sintoniza a essência volitiva com o poder divino que permeia e interpenetra todo o universo.
       Seguindo o raciocínio exposto nos parágrafos acima, chegamos à conclusão que a mente possui a potencialidade da co-criação, o poder divino herdado através de sua própria natureza intrínseca.
       Se o Homem possui a potencialidade porque então não consegue dispor deste atributo fantástico presente em seu próprio ser ?
       Justamente porque o homem ainda está se descobrindo através dos milhões de anos de evolução.
E este processo de auto descobrimento é perceptível através do acompanhamento da própria história da humanidade.
       Tudo se inicia no pensamento. O pensamento cria a ideia, a ideia toma forma na consciência e a consciência cria as conformações astrais, que plasmam a "realidade" física.
       Observemos. As casas nasceram de um esboço, de uma planta inserida em uma escala de medições, que depois tomaram forma. Foram materializadas, forjadas a partir do pensamento, a partir de uma ideia.
       Observemos os automóveis, os aviões, todos os mais sofisticados dispositivos tecnológicos. Todos eles nasceram do pensamento e foram transformados na concretude física, palpável e visível.
       Se a mente possui essa capacidade criadora a partir das ideias, possui ela também a capacidade de criar novos destinos, de operar a cura, de promover milagres?
       Se a mente se alicerça na essência divina, ela possui todo o poder divino dentro de si mesmo. E, como supracitado, o homem necessita se auto descobrir e esse auto descobrimento se inicia na compreensão de um princípio essencial, que é o Princípio da Atração.
       Tornamo-nos aquilo em que acreditamos.


       Se acreditarmos que podemos nos tornar seres da mais elevada sabedoria, criamos as condições para que sejamos altamente sábios.
       Como a mente se coliga ao próprio universo, este ressoa como um eco àquilo que acreditamos.
       Como já foi referido em inúmeros livros, a história do Gênio de Aladim, o qual quando lhe era feito um pedido este dizia: "Seu desejo é uma ordem". E era atendido o pedido de Aladim.
       O universo está respondendo à nossa mente, ao equacionamento daquilo que acreditamos e nos diz: "Seu desejo é uma ordem".
       E assim traçamos nosso destino através daquilo que acreditamos ser a nossa realidade.
       A realização está no poder do que acreditamos, e este poder se chama fé.
       A magia foi inventada para ser a "muleta" do ser humano, para substituir sua falta de fé. Porque a fé é a grande magia, é o grande poder, porém ainda está longe daqui que o ser humano consegue plasmar e determinar para que seu poder divino tenha realização.
       Se você pensa ser um fracassado e desconsidera todo potencial de sucesso, e só acredita no fracasso, o universo dirá: o desejo de seu pensamento é uma ordem. E nada ocorrerá além de fracasso e insucesso.
       Atraímos o que acreditamos. Se tivermos a plena convicção de sermos fadados à prosperidade, a liderança e ao sucesso, o universo nos dará, pois nossa mente cria a realidade.
       Somos o resultado daquilo que verdadeiramente acreditarmos.
       Mas e os prodígios, existem ou são meras fantasias contadas em histórias mirabolantes?
       Tudo é possível àquele que crê, já dizia Jesus nos evangelhos.
       Se acreditarmos que podemos curar e transfundir essa certeza ao nosso alvo , a cura se estabelece, seja em nós mesmo ou em outra pessoa, pois a mente é o reflexo divino adormecido na incredulidade humana.
       Por isso são muito utilizadas as afirmações nas escolas esotéricas.
       Na grande obra de Antônio O. Rodrigues, fundador do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, "Curso de Iniciação Esotérica", ele preconiza as afirmações como mecanismos de transformação do destino humano. Em um exemplo semelhante a de seu livro, uma afirmação pode ser da seguinte forma : "Sou o espírito Perfeito, santo e harmonioso, nada pode deter-me ou tornar-me fraco ou doente. Manifesto agora meu Eu real, e através dele nada se faz impossível".
       A afirmação é o exercício de fé e co-criação.
       Uma pessoa que constantemente reclama de sua precária condição, cria condições energéticas para que se perpetue tal condição, e só sairá de tal se elaborar uma nova concepção de vida, crença e perspectiva. Através das afirmações poderá realizar a libertação das energias de estagnação que ele mesmo, sem saber, construiu em sua volta.


       Mas e o Karma, não conta?
       Claro que sim.
       Mas através da fé poderão ser queimadas as sementes kármicas.
       A fé é o entendimento de nossa própria condição divina, e não existe condição divina que não esteja consubstanciada no amor. O amor pois é a libertação do karma e toda a vicissitude que tangencia a lei da causa e efeito. Simplesmente porque o Karma não é o castigo de um mal que foi feito em alguma ocasião. Não somos responsáveis pelo mal que fizemos, mas pelo mal que carregamos, se estamos livres do mal intrínseco dentro de nós, o amor tomou lugar em nossa Alma. E onde há amor não há Karma. O amor por si só promove a reparação daquilo que foi um dia efetuado em nome da ignorância.
        O poder da mente está consubstanciado na divina natureza, na centelha divina intrínseca ao nosso âmago. O mistério da fé é o próprio poder da atração, que vence o que é invencível, vê o invisível, crê no incrível e faz o impossível.

Namastê
Om tat sat


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