É comum inserir em inúmeros tópicos
esotéricos e metafísicos a designação de "poder mental", "força
mental" ou "puder da mente".
Mas, qual a definição de mente?
A definição de mente pode ir muito mais
além daquilo que preconiza a ciência oficial.
A mente não é simplesmente o conjunto de
reações químicas e físicas das sinapses neuronais e toda sua gama de
correspondências sistêmicas.
Definir a mente é algo muito mais
complexo que a definição da própria alma, do próprio espírito humano e do
universo físico. Simplesmente porque a mente é e interseção entre corpo e
espírito, entre a complexidade da contraparte física e sua coligação espiritual
intrínseca às variações energéticas do meio e a subjetividade emocional.
O corpo físico possui a densidade da
matéria densa e seus sistemas complexos e integrados, associado a um
"mediador plástico", que é o corpo etérico, formado de energia
prânica onde se delineiam os Chakras.
Os Chakras são vórtices de energia que
interligam o corpo astral ou emocional, ao físico, através de seus plexos
correspondentes.
No caso da mente, que é a projeção
espiritual no mundo físico , efetuada através das circunvoluções
cerebrais, se faz a conexão, com a qual
o corpo se torna um veículo de um princípio superior e imaterial, que
chamaremos de Espírito.
A mente é, pois, o espírito veiculado à
matéria, que tem o cérebro como veículo de expressão para se adequar ao mundo e
todo seu equacionamento circunstancial.
Os antigos costumavam denominar a
hipófise , situada na sela túrcica do osso esfenoide, no crânio, como a
"sede da alma", e sua ligação com a pineal, no interior do crânio ,
como a sincronia espiritual que determinava a consciência superior.
A hipófise está ligada ao Chakra Ajnã,
que é a "visão" em todos os seus sentidos. A pineal está relacionada
com a consciência em seus aspectos elevados, que determinam o grau evolutivo de
cada ser, ligado ao Chakra Sahashara.
Mas a pergunta: essas glândulas e seus
Chakras correspondentes, integrados ao cérebro em perfeita harmonia, são aquilo
que chamamos "mente"?
Poderemos convencionar que
"mente" é o fluxo de energia que permeia todo este complexo, e este
fluxo de energia define aquilo que chamamos "pensamento", o qual
estrutura a chamada "consciência", em seus diferentes níveis de elevação
na desenvoltura espiritual.
Definimos, portanto, a mente, e, por
conseguinte, concluímos que, através dela, se efetua o vínculo com o corpo
físico e toda sua interação com o ambiente promovendo a efetiva forma de se
interagir com o mundo no qual estamos inseridos, e esta, no atual estágio da
evolução natural, fez do homem o senhor da natureza, superior às outras
espécies animais da escala zoológica.
Mas, além da perfeita integração com a
natureza e o mundo que nos rodeia, a mente possui mais algum atributo além do
raciocínio e da inteligência?
Certamente que sim. E vai muito mais
além da "faculdade de pensar" e se adequar às circunstâncias que
confluem em seu meio.
A mente, como já referimos
anteriormente, é o elo entre o corpo e o espírito. O corpo é o veículo de
manifestação física. E o espírito?
O espírito adentra no mundo das
energias, as energias invisíveis que estruturam e dão conformidade a tudo
aquilo que é visível.
O espírito humano é integrado às
energias de graus de sutileza, cada vez mais elevado, e por esta razão possui
correspondência com as "energias primordiais".
...
E o que são energias primordiais?
São as energias que forjaram tudo aquilo
que consideramos como universo manifestado. A força divina de aglutinação que
deu origem ao universo, a vida e a própria existência.
Se a mente possui toda essa ligação com
tais energias, ela é dotada do "poder criador" inerente à própria
essência desta energia?
Certamente que sim, pois segundo o
princípio Hermético da Correspondência tudo aquilo que está em cima está em
baixo, e se o princípio criador é onipresente sua onipresença dinamiza o magno
poder da co-criação e este é o grande poder que sintoniza a essência volitiva
com o poder divino que permeia e interpenetra todo o universo.
Seguindo o raciocínio exposto nos
parágrafos acima, chegamos à conclusão que a mente possui a potencialidade da
co-criação, o poder divino herdado através de sua própria natureza intrínseca.
Se o Homem possui a potencialidade
porque então não consegue dispor deste atributo fantástico presente em seu
próprio ser ?
Justamente porque o homem ainda está se
descobrindo através dos milhões de anos de evolução.
E este processo de auto
descobrimento é perceptível através do acompanhamento da própria história da
humanidade.
Tudo se inicia no pensamento. O
pensamento cria a ideia, a ideia toma forma na consciência e a consciência cria
as conformações astrais, que plasmam a "realidade" física.
Observemos. As casas nasceram de um
esboço, de uma planta inserida em uma escala de medições, que depois tomaram
forma. Foram materializadas, forjadas a partir do pensamento, a partir de uma
ideia.
Observemos os automóveis, os aviões,
todos os mais sofisticados dispositivos tecnológicos. Todos eles nasceram do
pensamento e foram transformados na concretude física, palpável e visível.
Se a mente possui essa capacidade
criadora a partir das ideias, possui ela também a capacidade de criar novos
destinos, de operar a cura, de promover milagres?
Se a mente se alicerça na essência
divina, ela possui todo o poder divino dentro de si mesmo. E, como supracitado,
o homem necessita se auto descobrir e esse auto descobrimento se inicia na
compreensão de um princípio essencial, que é o Princípio da Atração.
Tornamo-nos aquilo em que acreditamos.
Se acreditarmos que podemos nos tornar
seres da mais elevada sabedoria, criamos as condições para que sejamos
altamente sábios.
Como a mente se coliga ao próprio
universo, este ressoa como um eco àquilo que acreditamos.
Como já foi referido em inúmeros livros,
a história do Gênio de Aladim, o qual quando lhe era feito um pedido este dizia:
"Seu desejo é uma ordem". E era atendido o pedido de Aladim.
O universo está respondendo à nossa mente,
ao equacionamento daquilo que acreditamos e nos diz: "Seu desejo é uma
ordem".
E
assim traçamos nosso destino através daquilo que acreditamos ser a nossa
realidade.
A realização está no poder do que
acreditamos, e este poder se chama fé.
A magia foi inventada para ser a
"muleta" do ser humano, para substituir sua falta de fé. Porque a fé
é a grande magia, é o grande poder, porém ainda está longe daqui que o ser
humano consegue plasmar e determinar para que seu poder divino tenha
realização.
Se você pensa ser um fracassado e
desconsidera todo potencial de sucesso, e só acredita no fracasso, o universo
dirá: o desejo de seu pensamento é uma ordem. E nada ocorrerá além de fracasso
e insucesso.
Atraímos o que acreditamos. Se tivermos
a plena convicção de sermos fadados à prosperidade, a liderança e ao sucesso, o
universo nos dará, pois nossa mente cria a realidade.
Somos o resultado daquilo que
verdadeiramente acreditarmos.
Mas e os prodígios, existem ou são meras
fantasias contadas em histórias mirabolantes?
Tudo é possível àquele que crê, já dizia
Jesus nos evangelhos.
Se acreditarmos que podemos curar e
transfundir essa certeza ao nosso alvo , a cura se estabelece, seja em nós mesmo
ou em outra pessoa, pois a mente é o
reflexo divino adormecido na incredulidade humana.
Por isso são muito utilizadas as
afirmações nas escolas esotéricas.
Na grande obra de Antônio O. Rodrigues,
fundador do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, "Curso de
Iniciação Esotérica", ele preconiza as afirmações como mecanismos de
transformação do destino humano. Em um exemplo semelhante a de seu livro, uma
afirmação pode ser da seguinte forma : "Sou o espírito Perfeito, santo e
harmonioso, nada pode deter-me ou tornar-me fraco ou doente. Manifesto agora
meu Eu real, e através dele nada se faz impossível".
A afirmação é o exercício de fé e co-criação.
Uma pessoa que constantemente reclama de
sua precária condição, cria condições energéticas para que se perpetue tal
condição, e só sairá de tal se elaborar uma nova concepção de vida, crença e
perspectiva. Através das afirmações poderá realizar a libertação das energias
de estagnação que ele mesmo, sem saber, construiu em sua volta.
Mas
e o Karma, não conta?
Claro que sim.
Mas através da fé poderão ser queimadas
as sementes kármicas.
A fé é o entendimento de nossa própria
condição divina, e não existe condição divina que não esteja consubstanciada no
amor. O amor pois é a libertação do karma e toda a vicissitude que tangencia a
lei da causa e efeito. Simplesmente porque o Karma não é o castigo de um mal
que foi feito em alguma ocasião. Não somos responsáveis pelo mal que fizemos,
mas pelo mal que carregamos, se estamos livres do mal intrínseco dentro de nós,
o amor tomou lugar em nossa Alma. E onde há amor não há Karma. O amor por si só
promove a reparação daquilo que foi um dia efetuado em nome da ignorância.
O poder da mente está consubstanciado na
divina natureza, na centelha divina intrínseca ao nosso âmago. O mistério da fé
é o próprio poder da atração, que vence o que é invencível, vê o invisível, crê
no incrível e faz o impossível.
Namastê
Om tat sat
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