quinta-feira, 9 de março de 2023

BIJAM

 


 

 

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                  *BIJAM*


Muitos já ouviram esta palavra expressa como uma saudação — "salve" — ou mesmo no final de algumas orações e mantras, à semelhança do "amém" das religiões cristãs.


Alguns sabem que se trata de uma palavra na antiga língua sânscrita — do tronco hindo ariano, utilizada na Índia no período védico — cujo significado literal é "semente".


No entanto, seu significado vai muito além da tradução de uma simples palavra ou designação. Ela tem seu valor quase que de uma promessa. Lembrando que as sementes são sempre uma promessa de vida. A promessa de viscejar um futuro, a esperança da messe, o brotamento da vida, a perspectiva da benesse.


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"A esperança está na semente" — reza o belíssimo lema da Eubiose: _"Spes messis in semine"._ A semente, pois, é o símbolo da esperança, "A esperança da messe futura".


Vamos até o Evangelho de Mateus, onde Jesus propõe a parábola de uma semente — a semente de mostarda — e sua mais profunda significação.


_"Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando dele, semeou no seu campo; a qual é a mais pequena de todas as sementes; mas crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se alinham nos seus ramos"._ (Mateus,13; 31 e 32).


Temos a mesma parábola no evangelho sinótico de Lucas (13; 18 e 19), e mais significativamente no evangelho sinótico de Marcos; 4; 30 a 32):


_"E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a mais pequena de todas as sementes que há na terra; Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo de sua sombra"._


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É através de uma pequena semente, e sua transformação em uma grande árvore que se dá a semelhança com o reino dos céus — para onfe se convergem os seres acolhidos à sua sombra.


As aves do céu são as mesmas que comem as "sementes jogadas ao longo do caminho", na Parábola do Semeador (Mateus, 13; 1 a 23. Marcos, 4; 1 a 20. Lucas 8; 4 a 15), onde uma parte das sementes caiu ao longo do caminho, onde vieram as "aves" e as comeram. O próprio Jesus explica que as sementes são "as palavras do reino", e as aves, que as arrebatam, se refere como o maligno.

Sabemos que o campo fértil onde desenvolve a semente é o coração humano. O maligno é o deus falso que tanto o homem comum idolatra — seu próprio ego — pelo qual luta, trabalha e mata, destruindo todas as sementes que ecoam os propósitos da união, da inserção e da convergência.


As mesmas sementes, deixadas germinar no terreno fértil, se transformam na árvore do acolhimento, a árvore da fraternidade universal, onde se aninham os espíritos consagrados na nova concepção crística.


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Bijam, pois é a palavra que se traduz, verdadeira, na esperança. Na consagração da messe futura da unidade, da convergência entre todos os seres que buscam seu refúgio na sombra das elevadas consciências. "O paraíso está à sombra das mãos unidas" — e o que vem ser o céu senão comungar o infinito e o eterno na unidade divina?


Bijam é um chamado. Um convite para que você venha a ser eu, para que eu venha ser você, no infinito abraço das sublimes potencialidades. Para que sejamos Um no Todo, na unidade do amor, na messe do regozijo da imortalidade em Deus.


S.F.


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