terça-feira, 23 de agosto de 2022

COMPREENDENDO A ASTROLOGIA Parte Quatro

 

 


 

                                                      As Fases da Lua na Astrologia.

 

        A Lua possui na verdade oito fases, diferentemente do que se supõe como apenas 4 fases distintas entre si. Cada uma dessas oito fases tem um tempo de 3 dias e meio, influenciando nas marés, e, em nosso próprio corpo, pois somos 70% água, e tal como a maré baixa e alta, influencia fortemente nosso lado emocional, e, certamente também o fisiológico, pois este também depende dos fatores emocionais.

        As 8 fases da Lua são: 1. Lua Nova; 2. Lua crescente; 3. Quarto crescente; 4. Lua Gibosa; 5. Lua cheia; 6. Lua disseminante; 7. Quarto minguante ou Lua balsâmica; 8. Lua Minguante.

 


1.       Lua Nova — vem ser o início do ciclo das fases lunares, a primeira estação do "Circuito de Selene" no seu sagrado casamento com o Sol. São os três dias nos quais Lua desaparece aos olhos humanos. É o período astrológico de conjunção entre Sol e Lua, situando-se no mesmo grau de longitude no caminho da elíptica.

        A Lua Nova representa o renascimento, o novo momento de começos e recomeços, o período de início das mudanças e das transformações. No cuido da terra é o período da semeadura, pois a sua luz gradativamente se amplifica, e as plantas seguem esta graduação da qual deriva seu crescimento, se intensificando conforme a Lua faz sua expansão do pavilhão celeste.

 

        2. Lua Crescente — ocorre quando a Lua se adianta 45° em relação ao Astro Rei.  Este é o momento em que a luz se torna visível e explicita seu contínuo crescimento expandindo-se como uma flor desabrochando em seus momentos iniciais. Emocionalmente, correspondente às ideias se aflorando nas perspectivas humanas. O momento em que os sonhos e esperanças inspiram as ideias surgidas com o renascimento da luz. É também o momento em que afloram os primeiros obstáculos, onde a perspectiva se lança em desafio às dificuldades insurgentes.

        No cuido da terra é o período de irrigar, regra a terra hidratando os brotos que irrompem a procura da claridade. É a vida se insurgindo acima do solo conclamando a manifestação da sua própria essência.

        Este momento se intensifica quando a Lua transita pelos signos de grande fertilidade do elemento água — , e , e, em menor grau os signos férteis do fogo, , e da terra, .

 

        3. Quarto Crescente ou 1° Quarto — nesta nova configuração, a Lua se adianta ao Sol em uma angulação de 90°. Neste novo cenário surgem-se os obstáculos que se interpõem à realização da meta, o desafio que conclama o enfrentamento.

        No cuido da terra é o período anterior à segunda semana do ciclo lunar, o momento no qual as peculiaridades das plantas se evidenciam, fazendo com que possamos identificá-las segundo cada particularidade de seu próprio gênero e espécie.

 

        4. Lua Gibosa — aqui a Lua se distancia do Sol além dos 135°, e seu aspecto, sob os olhares humanos é quase que inteiramente esférico, faltando para isso um mínimo segmento que será completado no plenilúnio. É onde as metas se definem com maior clareza na conflagração de seus resultados. Configura-se, pois, no período onde muitos desafios já foram suplantados, restando ajustes, correções e alinhamentos.

        No cuido da terra é o período sequencial da observação, da vigilância e dos retoques. Passa-se do 10° dia da semeadura, as plantas ganham volume e expõem a sua expansão, chamando à perseverança.

 

        5. Lua Cheia — É a fase do plenilúnio, a Lua plena, na esfera luminosa que consagra sua plenitude de força e luminosidade. Está a 180° ao Sol, na firme oposição onde a Terra se posiciona no seu meio. O resultado do plantio se experimenta revelando seu sucesso e realização, ou o fracasso e suas consecutivas frustrações. Na similitude da Lua Nova, 14 dias antes, não deixa de ser um momento de reinícios, de ressignificações, não mais de maneira ingênua e virginal, mas dentro de uma atmosfera confiante, eivada de maturidade e experiência.

        No cuido da terra é o período limítrofe entre a ascensão e o desvanecimento, o momento em que vicejam todas as energias que encetaram a expansão. Não é mais o momento de plantio ou visualizações expectativas, é o instante da messe.

 

        6. Lua Disseminante — O ciclo, a partir deste momento, inicia seu trajeto de retorno. Após pouco mais de três dias inicia esta fase cujo nome, disseminante, se refere ao sentido de espargir, espalhar, esparramar. Inicia um processo de mitigação da força e intensidade de expansão e crescimento. Começa agora a fenecer tudo aquilo que cresceu e se expandiu.

        No cuido da terra é o período é o período de deitar adubo sobre o solo na preparação da próxima semeadura, pois a energia da Lua está recolhida no subsolo, em um processo de hibernação e armazenamento para as etapas futuras.

 

        7. Quarto Minguante — Este é o último quarto, o momento de visível retração ou fornecimento, o período em que se deve assumir os erros ante as circunstâncias que não se enquadraram na plena realização dos prospectos. A Lua está nesta fase a 90° atrás do Sol, um ângulo reto em diferente direcionamento do primeiro quarto. É a hora de deixar o novo alento da renovação suplantar todas as possíveis frustrações e seus consequentes quadros depressivos.

        No cuido da terra é o período em que se processa a colheita e remove as ervas daninhas, assim como tudo mais que possa ser prejudicial à futura messe.

 


        8. Lua Minguante ou Balsâmica — Está a 45° atrás do Sol, a três dias e meio da Lua Nova onde se reinicia todo o ciclo lunar. A energia lunar está, a partir de agora, restrita às sementes. É o momento de reflexão, onde são descortinados os procedimentos necessários para restabelecer as novas perspectivas. É, portanto, o momento em que são resolvidas as deficiências, as falhas e os vícios, a cura daquilo que estava debilitado, por isso o epíteto "Balsâmica", pois o bálsamo era o unguento destinado ao alívio das dores.

        No cuido da terra é o período de condicionar o solo pata o cultivo.

 

 

 

 


 

                                    O Cálculo das Horas Planetárias.

 

        Dias da semana e seis planetas correspondentes — Domingo — Sol.  Segunda-feira — Lua.

        Terça-feira — Marte. Quarta-feira — Mercúrio. Quinta-feira — Júpiter. Sexta-feira — Vênus. Sábado — Saturno.

        Para efetuarmos o cálculo de cada hora em sua correspondência planetária é imprescindível que se conheça a hora que o Sol nasce neste dia, assim como a hora do seu ocaso. A partir de então, deveremos fazer a soma de todos os seus minutos dividindo, na sequência, por 12, dessa maneira teremos os minutos correspondentes a cada hora do dia.

        Vamos tomar um exemplo no qual o Sol nasce na sua hora mais peculiar, às 6 horas da manhã, pondo-se às 19 horas da noite. Somando todos os minutos deste período de 13 horas teremos 13 x 60 minutos, resultando o número de 780 minutos, este, por sua vez, dividiremos por 12 de onde teremos o resultado de 65 minutos. Cada hora, portanto, ter a, neste dia, a duração de 65 minutos. Seja este dia domingo, presidido pelo Sol, sua primeira hora será solar, seguindo então a Ordem Caldaica no sequenciamento das demais: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua — que se dispõe do mais lento ao mais rápido. E, segundo esta disposição, teremos: Sol, na primeira hora, depois na segunda hora Vênus, seguida por Mercúrio, Lua, Saturno, Júpiter e Marte, repetindo depois novamente para o Sol.

        Para calcular as horas noturnas: neste cálculo faremos a subtração dos 65 minutos, obtidos no cálculo anterior, dos 120 minutos correspondentes a 2 horas normais, cujo resultado será 55 minutos, o tempo relativo à cada hora do período noturno.

        Com esses resultados teremos nas 12 horas do dia a seguinte sequência: Sol, Vênus, Mercúrio, Lua, Júpiter, Saturno, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio, Lua, Júpiter.

        E, das 19 horas da noite às 6 horas do dia seguinte teremos a seguinte sequência, começando após Saturno, que na Ordem Caldaica vem ser Júpiter: Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio, Lua, Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio.

 

        Utilização das Horas Planetárias: Sempre é preciso fazer uma interseção das energias advindas do astro que rege o dia como um todo com as energias advindas do astro que rege a hora. O astro do dia irá imprimir sua característica essencial de maneira mais difusa, mais genérica, já o astro da hora irá imprimir sua essência de maneira mais acentuada, mais incisiva.

        A ação dos planetas se dispõe segundo a essência fundamental de cada um como veremos a seguir: (Dispostos na Ordem Caldaica).

        Saturno — incita a introspecção. Enceta as reestruturações das ideias para forjar metas onde a disciplina se faz fundamental.

        Júpiter — Amplia os horizontes, expandindo as prospecções. Traz em si todo o eflúvio de inspirações e disponibilidades para moldar aquilo que se tem em mente.

        Marte — enceta a impetuosidade. Induz a canalização de força, de coragem e determinação próprias para o enfrentamento das circunstâncias que se insurgem em meio às empreitadas da vida.

        Sol — traz em si o fluxo das energias que se dispõem a forjar o autodomínio, a auto confiança, fazendo com que o indivíduo possa se sobressair nas inúmeras situações e eventualidades, se alçando na liderança e na evidenciação.

        Vênus — canaliza todo o eflúvio da harmonia, no aprimoramento, na busca pela perfeição onde a graça e a elegância se evidenciam, forjando relacionamentos e estimulando os desejos.

        Mercúrio — traz a inspiração aos estudos,  o diálogo, o intercâmbio e tudo aquilo que esteja relacionado à interação. Canaliza as energias que promove a comunicabilidade, fundamental em todos os tipos de relações humanas.

 

 

        Planeta Anareta: o termo "Anareta" provém da baixa idade média — Astrologia Medieval — que não se fez conhecido na atualidade, e dessa maneira, tal termo se faz estranho a muitos astrólogos baseados unicamente na Astrologia Moderna.

        Anareta vem ser o planeta pressagiador de aspectos funestos como a morte e a flagelação. Diferentemente do Hyleg que traz a saúde e a força de vida, este reserva em sua bagagem todos os prospectos de negatividade, advindos na energia presente nos planetas maléficos.

        Os planetas maléficos da astrologia tradicional são Marte e Saturno, assim como o astro regente da casa de número 8. Na astrologia moderna se incluem Urano e Netuno, e, muitas vezes Plutão, que nem mesmo na astronomia se considera como um legítimo planeta.

 

 

 

 

                                                             Almúten Figuris.

 

        Está designação provém do árabe "Al Mutazz", cujo significado é "vencedor".

 

        O Almúten Figuris vem ser o ponto de maior profundidade espiritual dentro da astrologia tradicional. Fez-se uma "eleição" para se designar qual planeta elencará o propósito de vida mais intrínseco da meta existencial da pessoa, o vencedor desta "eleição" será o Almúten configurando-se como o direcionador de sua vida. Tal configuração se expressa no seu segundo nome em latim, "Figuris", o vencedor da eleição configurado como indicador de sua condução de propósitos essenciais — o Guardião da Natividade.

        A identificação deste astro vem ser de grande complexidade, baseando-se nos apontamentos do grande astrólogo medieval Abraão Ibn Ezra, do século XI.

        Nesta identificação ocorrerá muitas vezes dois astros em condições iguais de serem estabelecidos como Almúten. Quando ocorrer tal situação, deve dar preferência àquele que tiver regências mais significativas, como do Asc, por exemplo, assim como maior número de dignidades essenciais, ou também posição de maior destaque na carta natal.

        Na busca do Almúten deveremos observar os pontos de hylegia:

        Grau do signo do Asc, grau do signo solar, grau do signo lunar, grau do signo da parte da fortuna, grau do signo da lunação antes do dia do nascimento.

 

        Análise do componente celeste:

        O Regente de cada um dos locais ganha 5 pontos.

        O Regente da exaltação destes locais ganha 4 pontos.

        Os senhores da triplicidade destes cinco locais acima ganham 3 pontos.

        Dos termos ganham 2 pontos.

        Das faces 1 ponto.

 

        Todas estas dignidades essenciais e secundárias já foram descritas e estudadas nos textos anteriores.

 

        Análise dos componentes terrestres:

        Conforme o lugar em que se dispõem nas casas os astros ganham diferentes números de pontos.

 

        Casa de número 1 — 12 pontos.

        Casa de número 10 — 11 pontos.

        Cada de número 7 — 10 pontos.

        Casa de número 4 — 9 pontos.

        Casa de número 11 — 8 pontos.

        Casa de número 5 — 7 pontos.

        Casa de número 2 — 6 pontos.

        Casa de número 8 — 5 pontos.

        Casa de número 9 — 4 pontos.

        Casa de número 3 — 3 pontos.

        Casa de número 12 — 2 pontos.

        Casa de número 6 — 1 ponto.

 

        Análise do elemento do dia e da hora.

 

        O astro que for o regente do dia no qual a pessoa nasceu (astro do dia da semana) terá 7 pontos.

        Já o astro referente à hora planetária na qual o indivíduo nasceu receberá 6 pontos.

 

        Vamos fazer agora uma simulação com os 7 astros do zodíaco, atribuindo números para cada um deles, seguindo a sequência na Ordem Caldaica, número 1, Saturno até o número 7 que será a Lua.

 

        A) Asc — domicílio de 1 — terá 7 pontos.

        Exaltação de 3 — 4 pontos.

        Triplicidade de 3, 4 e 6 — 3 pontos.

        Termos de 5 — 2 pontos.

        Face de 2 — 1 ponto.

 

        B) o Sol no signo de Z — domicílio de 2 — 5 pontos.

        Exaltação de 4 — 4 pontos.

        Triplicidade de 3, 4 e 6 — 3 pontos.

        Termos de 4 — 2 pontos.

        Face de 1 — 1 ponto.

 

       C) a Lua no signo de X — domicílio de 4 — 5 pontos.

        Exaltação de 1 — 4 pontos.

        Triplicidade de 5, 2 e 1 — 3 pontos.

        Termos de 2 — 2 pontos.

        Face de 1 — 1 ponto.

 

        D) Parte da Fortuna no signo W — domicílio de 4 — 5 pontos.

        Exaltação de 6 — 4 pontos.

       Triplicidade de 6, 4 e 3 — 3 pontos.

       Termos de 2 — 2 pontos.

       Face de 6 — 1 ponto.

 

        Fase da Lua anterior ao nascimento de X:

        Domicílio de 7 — 5 pontos.

        Exaltação de 6 — 4 pontos.

       Triplicidade de 2, 7 e 1 — 3 pontos.

        Termos de 4 — 2 pontos.

        Face de 2 — 1 ponto.

 

         Centros vitais terrestres.

         2 — casa de número 1 — 12 pontos.

         6 — casa de número 11 — 8 pontos.

        3 — casa de número 10 — 11 pontos.

        1 — casa de número 2 — 6 pontos.

       5 — casa de número 12 — 2 pontos.

        7 — casa de número 3 — 3 pontos.

        4 — casa de número 6 — 1 ponto.

 

        Regente do dia 7 — 7 pontos.

        Regente da hora — 1 — 6 pontos.

 

        O Almúten será o número 1 — Saturno, com 34 pontos na soma total.

 

        Caso ocorresse soma de números iguais entre os dois primeiros colocados, os critérios de desempate seriam o astro de maior dignidade celeste, em seguida o da terrestre, e por fim o regente da carta natal.

 

 

 

 

 

 

                                                               Eclipse Solar e Lunar:

 

        Primeiramente vamos analisar o significado do verbo "eclipsar" no contexto astrológico. Eclipsar seria "fazer sombra", ofuscar, e, até mesmo, ocultar. Um objeto eclipsado seria aquele no qual sua disposição, parcial ou total, perdeu a nitidez, onde não é possível ver plenamente. Eclipse da Lua, pois, é quando há um sombreamento da Lua, em sua parte ou em sua totalidade, deixamos de ver este astro totalmente ou apenas parte de sua estrutura. Da mesma forma o Sol, um eclipse solar é quando parte ou sua integralidade está oculta aos nossos olhos.

        Dentro do contexto astrológico, os eclipses induzem nos seres vivos alguma instabilidade, pois expõe a própria fragilidade inerente à conformação orgânica destes seres. O passado do qual o presente é uma consequência, e o futuro do qual irá se plasma as derivações das circunstâncias do momento, insurge-se sobre o corpo emocional deflagrando as angústias de conflagrações pretéritas e ansiedades às consequências futuras.
 

        O Sol incorpora a segurança, o autodomínio, o poder de decisão determinando todo um cenário de prospecções futuras. Quando a Lua se sobrepõe ao Sol, no Eclipse Solar, há uma forte tendência para eclipsar a visão futura, inaugurando um novo momento no qual se emerge a insegurança e, em muitos casos, o gatilho para o retorno de antigas concepções.

       Os efeitos dos eclipses são de maior intensidade na data de sua ocorrência, no entanto, sua incidência pode se prolongar por vários meses exercendo sua influência estimulando expectações e contingências.

 

       Abaixo o esquema dos eclipses solar e Lunar.

 

 


 

        São os eclipses, pois, os detonadores de novas situações, seu potencial de incidência será diretamente proporcional ao grau dos contextos onde as crises se instalam. Neste sentido, o período de eclipse, especialmente até o primeiro mês após sua ocorrência, deverá ser regrado pelo comedimento, pela prudência, assim como pelo discernimento, essencial requisito para o enfrentamento das imprevistas eventualidades que poderão surgir pelo caminho.

        O eclipse é o momento cósmico em que a ordem natural das coisas atravessa um período de turbulência.

        Quando ocorre o eclipse lunar também se estabelece um período de incertezas, onde as tensões são encrudescidas, provocando, em inúmeras vezes, uma exacerbação das reações em suas intensidades.

        A título de entendimento, Perigeu é o ponto da órbita da Lua, em torno da Terra quando se encontra mais próximo ao nosso planeta.

 

        Eclipse Solar na Astrologia: Se dá quando a Lua, em sua fase nova, passa entre a Terra e o Sol.

 

 


 

 

        Conforme o esquema acima, o Sol e a Lua entram em conjunção, e esta influência permanece incidindo forte influência dentro de um período de 4 semanas, embora seus efeitos perdurem em torno de 4 meses. A Lua se sobrepõe ao Sol aflorando situações que tiveram início ou exacerbação no tempo passado.

 

        Eclipse Lunar na Astrologia: este evento astrológico se expressa exclusivamente no âmbito emocional. Ocorre na lua cheia, em oposição ao Sol.  A Lua fica do lado oposto ao Sol com a Terra entre eles, como demonstra o esquema abaixo.

 

 

 


 

        Neste a ação presente se sobrepõe às influências pretéritas. O eclipse lunar tem o triplo da energia presente na lua cheia. A Terra faz sombra na Lua, aflorando as emoções, sonhos e devaneios. É o momento em que as pessoas tornam-se mais emotivas, mais sentimentais.

 



 

 

 

                                                                       A Sinastria.

 

        É o método que se faz para verificar a compatibilidade entre indivíduos, seja no âmbito do trabalho ou na parte amorosa, ou em qualquer outra circunstância.

        Pode ser feita seguindo o temperamento exposto nos elementos de cada signo e suas compatibilidades correspondentes. Contudo, deveremos observar a compatibilidade existente entre os astros regentes de sua carta natal.

        Inicialmente deveremos nos atentar aos elementos que regem o signo solar, pois o signo solar revela a natureza intrínseca da pessoa, observar os elementos de cada signo. Da mesma forma fazemos em seguida a análise do signo Asc, pois o ascendente mostra como o indivíduo se apresenta ao mundo.

        Verificaremos a compatibilidade existente entre os elementos, e isto não é, de maneira alguma complicado. O Fogo,  por exemplo, combina com o próprio fogo e também com o elemento Ar. A água e a terra se incompatibilizam com o fogo, ao contrário, o fogo interpenetra o ar, assim como a água interpenetra a terra. Portanto, a água e a terra se compatibilizam. A água se compatibiliza com a própria água e com o elemento terra, não se compatibilizando com o elemento Ar e também com o fogo.

        Após analisarmos os signos solares e ascendente, estudaremos o conjunto, traçando uma espécie de "média" entre ambos os contextos. Poderá ocorrer compatibilidade entre ambos os aspectos. Poderá também ocorrer incompatibilidade entre ambos. No entanto poderá ocorrer compatibilidade entre os elementos dos signos Solar e Ascendente, e, neste caso, indica uma possível compatibilidade que será analisada mediante a verificação dos astros regentes de cada signo.

        Como já estudamos anteriormente, há os astros predominantemente benéficos, os maléficos e os neutros, e sob esta perspectiva já estudada, deveremos analisar seus aspectos.

        Os planetas maléficos são incompatíveis entre si, pois as características intrínsecas de cada um são, por si só geradoras de atrito, em relação aos neutros há também uma nítida incompatibilidade, pois os neutros assumem, via de regra, a natureza do espaço ou das proximidades em que ocupam, levando em conta os aspectos e o signo em que se inserem. Os benéficos,  por sua vez, tendem a buscar a harmonia, com maior sucesso quando o regente é outro benéfico ou um neutro. Já, com um maléfico, a compatibilidade dependerá de outros fatores, como a correspondência dos elementos, mencionadas anteriormente, ou a essência espiritual do próprio indivíduo em seus níveis de consciência.

 

 

 

 


 

                                                 Os Regentes do Ano e do Ciclo.

 

        Assim como o regente do dia apresenta uma influência genérica e o regente da hora planetária uma influência mais específica, o regente do ano imprime uma energia genérica sobre o ano e o regente do ciclo uma influência mais genérica ainda.

        Cada astro possui sua própria energia intrínseca com as características que lhes são próprias, como já vimos detalhadamente nos textos anteriores.

        Para definir a regência do ano é também a regência dos ciclos fazemos uso da Estrela dos Magos, o Septagrama, que é  uma estrela de seis pontas, como segue o esquema abaixo.

 

 


 

 

        Sete astros seguem o esquema, a partir do vértice superior, começando pelo planeta Saturno, e, em sentido horário, seguindo a Ordem Caldaica, do mais lento ao mais rápido — Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua.

        Já na sequência dos ciclos segue-se diferentemente orientando a ordem através da numeração correspondente: 1, 3, 5, 7, 2, 4 e 6, como podemos ver no esquema. Onde 1 é Saturno, 2 Vênus, 3 Júpiter, 4 Mercúrio, 5 Marte, 6 Lua e 7 o Sol.

        A regência do Grande Ciclo abrange um período de 36 anos.

        Em 1981 o Sol começou a Regência do Grande Ciclo, sendo também o regente do ano. Em 1982, seguindo o esquema da Estrela dos Magos, o regente do ano passou a ser Vênus, seguido de Mercúrio, Lua, Saturno, Júpiter, e assim por diante. Após o período de 36 anos a fila para, assim que o novo regente do ciclo advém em sua colocação. 1981 + 36 anos = 2017, portanto, neste ano o novo regente do ciclo será Saturno. Na sequência do ano, se fôssemos continuar com a fila, seria Vênus. No entanto, como o novo regente do ciclo é Saturno, ele será também o novo regente do ano, iniciando uma nova sequência.

        Em 2018 o regente do ano foi Júpiter, em 2022, Mercúrio, sempre seguindo a ordem até o ano de 2053, onde teremos Vênus como novo regente tanto do ciclo quanto do ano, reiniciando um novo sequenciamento.

 

 

 

 

 

 

                                                          A Precessão dos Equinócios.

 

        Como muitas pessoas sabem, nosso planeta executa no espaço dois tipos de movimentos cíclicos: a rotação, onde a terra gira em torno de seu longo eixo norte-sul, e o de translação, no qual faz seu circuito de 365 em torno do Sol. Há, No entanto, outro movimento que a terra faz em torno de sua própria eclíptica, que é o da Precessão, como na figura que segue.

 

 


 

        Este movimento assemelha-se ao rodar de um pião sob uma inclinação.

        A cada 72 anos e meio, este movimento faz com que ocorra um retrocesso de 1° para trás. E, matematicamente falando, se:

         1° — 72 anos.

        30° — 2.160 anos, correspondendo ao período de um signo do zodíaco.

        Multiplicando por 12 signos este valor, teremos, aproximadamente, 25.900 anos, efetuando uma volta completa. Esta volta veio a ser denominada "O Grande Dia", quando da sua descoberta pelo astrólogo grego Hiparco de Nicéia, na escola de Alexandria, no ano de 130 A.C.

 

 


 

 

 

        A Terra possui uma inclinação constante de 23° 27' em relação ao seu longo eixo. 

 

 


 

        Esquema ilustrativo do movimento de Precessão dos Equinócios:

 

 


 

 

        Esta inclinação de 23° 27', em relação ao plano de sua própria eclíptica, determina o movimento de precessão o movimento de precessão. E, apenas para uma melhor análise de entendimento, se esta inclinação fosse menor, o movimento de precessão seria mais lento, se fosse maior seria mais rápido. Portanto, a inclinação é inversamente proporcional à velocidade de movimento.

 

 

        Vamos observar algumas designações importantes neste estudo.

 

        Ponto Vernal: Vem ser o ponto específico onde a Terra, em seu trajeto de translação, movendo através de sua eclíptica, intercepta o equador celeste. Está intersecção ocorre duas vezes ao ano, cada qual diametralmente oposta uma da outra, como indica a figura, indicando os equinócios, primavera no hemisfério norte — outono no hemisfério sul e vice versa. O equinócio de primavera no hemisfério norte ocorre aproximadamente no dia 21 de março, como primeiro ponto em , neste mesmo período inicia o equinócio de outono no hemisfério sul. Dia 22 de outubro tem início o equinócio de outono no hemisfério norte, início de , e equinócio de primavera no hemisfério sul.

        O planeta Terra é, na verdade, uma esfera irregular, com um maior achatamento ao norte. Por esta razão, tem o movimento precessional à semelhança de um peão quando atirado a girar no chão.

 


 


 

 

 


        Imaginemos uma linha traçada interligando o polo sul ao polo Norte, formando seu eixo. Prolongando este longo eixo terrestre, acima, veremos que aponta para as constelações zodiacais, como segue na figura abaixo. Isto será significado para compreendermos as Eras Astrológicas.

 

 

 

 


 

 

 

 


 

 

        Eclíptica: Vem ser o caminho ou o trajeto que o Sol, em seu movimento aparente (porque na verdade é a Terra que gira em torno do Sol), transita completando o ciclo do zodíaco, onde estão dispostos os 12 signos que se inserem neste circuito. Esta eclíptica se enceta sob, como já mencionamos, a angulação de 23° 27' em relação ao equador celeste.

 

 


 

 

 

 

        O efeito principal da Precessão dos Equinócios é justamente aquele que seu próprio nome indica, a antecipação dos equinócios, que é o período em que o planeta, em ambos os hemisférios, possui o mesmo número de horas dos dias e das noites. Antigamente os solstícios ocorriam em no hemisfério norte, e no hemisfério sul. Hoje isso se dá em no hemisfério norte, é , no hemisfério sul, devido às alterações ocasionadas pela Precessão dos Equinócios.

 

 


 

 

 

 

        As Eras Astrológicas:

        O aparente movimento do eixo retoma seu ponto de origem após um ciclo de quase 26 mil anos, este número dividido por 12 resulta no tempo de aproximados 2.150 anos, tempo correspondente a uma era astrológica.

        Este movimento se dá em sentido contrário do zodíaco, pois o movimento de rotação do nosso planeta se faz em sentido anti-horário. Teremos, pois, a sequência , , , , , , , , , , e , determinando cada uma das Eras Astrológicas, e com elas, os eventos históricos que configuram a aventura da humanidade neste planeta.

        No momento este eixo está sendo deslocado da constelação de para a constelação de , inaugurando um período de transição para que sejam descortinados os horizontes da Nova Era de Aquário.

 

 


 

 

 

 

        Sabendo que cada uma das Eras Astrológicas abraçam um período de aproximados 2.150 anos, poderemos delimitar as seguintes eras:

        De 150 A.C. a 2.000 — era de .

        De 2.300 A.C. a 150 A.C. — era de .

        De 4.450 A.C. a 2.300 A.C. — era de .

       De 6.600 A.C. a 4.450 A.C. — era de .

        De 8.750 A.C. a 6.600 A.C. — era de .

 

        Era de signo lunar correspondendo ao feminino, ao lar à fixação da residência. Vem ser a passagem do período mesolítico para o neolítico, onde o homem começa a habitar os primeiros conglomerados humanos formando as primeiras cidades. É o período das divindades lunares.

 

        Era de seu regente é Mercúrio, associado a Hermes, o símbolo da comunicação, do comércio, do estudo e, consequentemente, das letras. Neste período surge a escrita cuneiforme e também a hieroglífica; intensificam-se as rotas comerciais nos caminhos do Oriente, do Crescente Fértil à Índia, da Índia ao extremo oriente.

 

        Era de signo da terra, encetando o crescimento contínuo, a disciplina, o enfoque e a paciência, tendo a regência de Vênus que inaugura um período da expressão artística, da beleza e da inspiração, onde a arquitetura desponta com seus monumentos colossais, tanto na Índia, Mesopotâmia e Egito, formando também maior complexidade na estruturação social.

 

        Era de tem a regência de Marte, associada ao elemento fogo. Nesta era o patriarcalismo suplanta o matriarcado. Temos a formação dos grandes exércitos e os severos códigos de leis, como o de Hamurabi. As deusas e deuses lunares são substituídos pelos solares como podemos ver, neste período, o faraó Akenaton instituir o monoteísmo do deus solar Aton no antigo Egito. Fato que influenciou grandemente o povo hebreu que, através de Moisés, instituiu culto a Yahweh, com toda a severidade de suas leis, mandamentos e decretos.

 

        Era de tem ligação intrínseca com a espiritualidade, a consciência da relação entre todas as coisas. Regido por Júpiter, senhor dos sonhos, da expansão e da produtividade, ampla a espiritualidade, tendo em Jesus Cristo a personificação desta propagação de amor e de luz. Este, por sua vez, tem como símbolo o peixe, pois seus principais discípulos eram pescadores. A expansão, correspondente às peculiaridades de Júpiter, se explicita na formação de inúmeros reinos, na expansão marítima, na descoberta de novos continentes, no fortalecimento do mercantilismo e no surgimento das filosofias e novas ideologias.

 

       Era de Estamos na transição pata o advento deste novo período cósmico.  Aquário é um signo do elemento ar, onde a espiritualidade ganha maior realce vencendo a resistência das retrógradas concepções. O esoterismo ganhará maior espaço, pois a letra morta será suplantada de vez pelo "espírito vivificante" já pronunciado na era de . O elemento ar simboliza p pensamento, p eflúvio das ideias consubstanciadas no discernimento. Este novo período cíclico, como já podemos antever, na dissolução das fronteiras, no intercâmbio e miscigenação dos povos, na criação de moedas únicas e no rompimento da barreira dos idiomas. (Não esqueçamos do fenômeno da Internet rompendo barreiras de culturas e distâncias).

 

        * O Sol, em sua ronda pelo caminho da eclíptica, cruza o equador celeste no equinócio verbal, no sentido contrário à direção das estrelas fixas, na velocidade de 1°, como já dissemos, a cada período de aproximadamente 72 anos. A vagarosa oscilação do longo eixo terrestre faz com que um dos polos, como observamos nas ilustrações dos esquemas anteriores, desenhe um círculo imaginário no céu, cujo raio vem ser da própria angulação de nosso planeta em relação ao seu longo eixo — 23° 37'. Este movimento faz com que, diretamente sobre os polos, estrelas diferentes se projetem — as circumpolares — durante o período de quase 26 mil anos.

 

 


 

 

        A ilustração acima dá-nos uma melhor compreensão deste movimento.

 

 

 


 

 

 

 

                                                   A Lua Mensal no Mapa Astral.

 

        Na verdade, a Lua não se modifica em sua essência. As mudanças que podemos observar São decorrentes do relacionamento da Lua com o Sol. Observamos cada uma das fases anteriormente no texto sobre as libações.

        Veremos agora a interpretação dessas lunações no Mapa Astral.

        A cada mês a lua nova e a Lua cheia dinamizam a casa onde se inserem, onde a nova funciona como um desencadeador, acionando aquilo que é projetado. A cheia, 14 dias depois, culmina com os objetivos que derivaram do desencadeamento efetuado pela nova, que, pela velocidade da lua, ocorrerá na cada diametralmente oposta.

        — a nova, que se dá no encontro da Lua com o Sol no mesmo signo, descortina o início de algo.

        — a cheia, que é a Lua e o Sol em signos opostos, explicita concretizações.

        A Lua traz em si a simbologia do momento pretérito, o Sol do momento presente. A Lua, como vimos no tópico "Rondas Cósmicas e Cadeias Planetárias", é o remanescente da cadeia lunar, e o Sol o astro que dá vida e também preside todas as cadeias planetárias.

        No eclipse solar A Lua e o Sol estão no mesmo signo : A Lua obscurece o Sol portanto o passado vai obscurecer o presente. Já no eclipse lunar o Sol e a Lua estão em signos diametralmente opostos — O sol irá obscurecer a Lua neste caso,  o presente obscurece o passado. Quando corre um eclipse solar anteriormente à lunar, enceta-se uma tendência de fracassos de assuntos relacionados a casa do zodíaco onde se encontram. Quando o Sol está mais fraco e a Lua mais forte ao predomínio das emoções dos sentimentos dos instintos subjetivos; quando a Lua se torna receptiva e o Sol mais forte, predomina a força de vontade, o ímpeto, o ego, e isto acontece em virtude das proximidades com os nodos lunares os quais já vimos anteriormente.

 

        Mapa da Lunação: calculamos o mapa da lunação através do posicionamento do Sol e da lua no local da análise. Teremos aí uma visão de 28 dias aproximadamente.

        No hemisfério leste temos a casa 10, 11, 12, 1, 2, e 3 — nestas casas indicam o controle pessoal do indivíduo.

       No hemisfério Oeste temos as casas 4, 5, 6, 7, 8 e 9 — nestas casas são indicadas a interdependência das pessoas neste período.

        No hemisfério norte, casas 1, 2, 3, 4, 5 e 6 — são os locais de introspecção, no caráter privativo, na busca de proteção. No hemisfério Sul, casas 7, 8, 9, 10, 11 e 12 — é o local onde ocorre a maior evidenciação, onde se destacam os propósitos e ações. 

        Na casa do mapa astral onde está a Lua Nova será o local onde se exige investimento para que não ocorram problemas na casa oposta, quando as situações se concretizaram na lua cheia. Essas são áreas importantes e ficarão em foco, a pessoa, pois, deve aprimorar trabalhos e métodos, regrar saúde e hábitos, dispensar maior atenção às pessoas e ao ambiente no qual está inserido, assim evitará suas consequências na casa de número 12.

        O ascendente da lunação traz as qualidades do signo e a posição do regente do ascendente e todos seus aspectos nos próximos 28 dias. Vamos tomar um exemplo do signo de virgem, que exalta precisão e atenção ao que precisa ser feito, o regente virgem é Mercúrio que, passando pelo signo de escorpião, faz necessário o estabelecimento contatos, melhorar o intercâmbio, atenção às palavras.

        Para saber como a lunação vai atuar no mapa deve se sobrepor o mapa da lunação sobre o mapa astral.

        A casa que terá o ascendente da lunação irá indicar os principais focos do período mostrando as ações mais importante. Se o ascendente da lunação cai na casa 4, por exemplo, que é o do ambiente familiar, esta área estará em evidência — se ocorre nos primeiros graus dessa casa, indica o princípio de alguma circunstância, se ocorre nos últimos graus a finalização de alguma circunstância.

        A lunação mobiliza um eixo no Mapa astral, tendo de um lado a lua nova e do outro a lua cheia. A nova representa o início de algo, com as circunstâncias que engendraram determinado prospecto. O reflexo dessas circunstâncias e prospecções serão expressos na casa oposta, quando a fase será o plenilúnio, a lua cheia.

 

        Eixo casa 1 / casa 7 — "Eu e outrem":

        Casa 1 — nosso relacionamento com o mundo.

        Casa 7 — Qualidades alheias, relações pessoais e sociais.

 

        Eixo casa 2 / casa 8 — ganhos e perdas.

        Casa 2 — posses; segurança material.

        Casa 8 — posses coligadas, bens conjuntos.

 

        Eixo casa 3 / casa 9 — aquilo que se pensa.

        Casa 3 — aprendizagens; entendimento e compreensão das coisas.

        Casa 9 — experiências acumuladas; expansão do saber, avanço no conhecimento.

 

        Eixo casa 4 / casa 10 — origem e destino.

        Casa 4 — família, lar, base da segurança.

        Casa 10 — carreira, emprego, status e ambição.

 

        Eixo casa 5 / casa 11 — destino das criações.

        Casa 5 – filhos, concepção artística, capacidade criativa.

        Casa 11 — sociedades, relações sociais.

 

         Eixo casa 6 / casa 12 — conexões.

        Casa 6 — contratos, deveres, contribuições.

        Casa 12 — válvula de escape; espiritualidade, compaixão.

 

        A Lua Nova nas casas:

        Desperta uma potencialidade renovadora.

        Ocorrendo em diferentes grupos de signos explicita diferentes aspectos circunstanciais.

        Nos signos cardinais, que são , , e , aponta inícios e planos de curto prazo, rápidas transformações.

        Nos signos fixos, , , e , representa um período maior para que apareçam os resultados, são as empreitadas de maior tempo de duração,  porém, mais perduráveis.

        Nos signos móveis, , , e , representa mudanças inexoráveis.

 

        Na casa de número 1 — período de se dedicar à apresentação pessoal, readequar concepções e extinguir velhos hábitos inúteis. Momento de buscar a própria independência alicerçado na determinação e no arrojo.

 

        Na casa de número 2 — período de se procurar segurança, aquisições, de se buscar novos meios de vencer e alcançar melhoria de vida. É o momento do empenho e da persistência.

 

        Na casa de número 3 — Boa fase para uma amplificação dos relacionamentos, dos contatos, das conexões. Momento especial para exercer o raciocínio da melhor forma possível, seja na aquisição de conhecimentos, seja nos testes em que o raciocínio é exigido.

 

        Na casa de número 4 — é a fase em que o foco é dirigido à família, às raízes, à própria intimidade. Momento de reorganização, de reconciliação, do afloramento de emoções e sentimentos que geram empatia, convergência e reaproximações.

 

        Na casa de número 5 — é a fase onde a auto confiança se reacende, encetando um momento de realizações, de criatividade e novas sensações. Evidencia-se o amor, a ligação com os filhos e pessoas da proximidade, do laser e do reconhecimento.

 

        Na casa de número 6 — é o período da purificação, seja do físico, da mente e do espírito. É a fase propícia ao abandono dos hábitos nocivos, dos vícios e dos defeitos que subjugam o ser às vicissitudes da vida. É, acima de tudo, um momento de cura, propício à renovação interior, ao saneamento e à ordem que deriva do próprio regramento.

 

        Na casa de número 7 — é o momento de direcionar, selecionar e valorizar a união, seja ela expressa em sociedades, compromissos ou parcerias. É a fase do compartilhamento, do aprimoramento da diplomacia, da conciliação e da harmonia, essenciais ao bom andamento dos projetos e da vida como um todo.

 

        Na casa de número 8 — é o momento de intensificação das trocas emocionais, do aprimoramento das habilidades e da consolidação de negócios no aproveitamento das oportunidades que poderão surgir. É um período em que se tornam propícias as resoluções de problemas, as finalizações e o entendimento recíproco.

 

        Na casa de número 9 — é a fase das descobertas, da exploração, da atitude da visão e da expansão da consciência. É a fase onde o conhecimento se descortina e as verdades se afloram.  Momento ideal para o contato com novas culturas e perspectivas, na busca de novos horizontes e na prospecção de tudo aquilo que edifica o templo interior do saber e da concepção.

 

        Na casa de número 10 — é onde se evidencia a priorização das metas, propósitos e objetivos para a realização pessoal. Mostra as responsabilidades, os verdadeiros objetivos e a capacitação para que possam ser concretizadas as ideias e programações elaboradas diligentemente.

 

        Na casa de número 11 — é a fase na qual entram em evidência o coletivismo, os interesses comunitários, a assistência mútua e a participação grupal. É o momento em que as aspirações e projetos coletivos se tornam passíveis de realização e concretização. Aqui se evidenciam as tendências de sucesso dos trabalhos em equipe e as conexões entre grande número de pessoas.

 

        Na casa de número 12 — é o momento em que a sensibilidade e os assuntos espirituais vêm à tona. É o período em que a compaixão se evidencia, a reflexão se manifesta e a paz interior se torna uma necessidade. É o momento de retiro, de introspecção do encontro da paz interior.

 

 

 

 


 

                                                                       O Signo Lunar.

 

        É o terceiro fator de maior relevância no mapa astral, atrás do Asc e do signo solar. A Lua possui sua natureza correspondente ao seco feminino, ao Yin, onde se explicita tudo aquilo ligar o às emoções, ao sentimento, à interiorização que se estrutura no tempo passado, expressando-se na condição intuitiva, além dos lindes da racionalidade — O caráter do signo lunar, portanto, se faz presente na espontaneidade, no emotivo, no entusiasmo que dribla o racional encetando o ímpeto próprio daquilo que não é planejado.

 

        Lua em instintivo, destemido, espontâneo, ardoroso.

        Lua em transparente, verdadeiro, tenso, volúvel.

        Lua em emotivo, minucioso, ressentido, conservador.

        Lua em entusiasmo, elegante, avultado, notável.

        Lua em discreto, exigente, retraído, aguçado.

        Lua em artístico, lírico, conciliador, amistoso.

        Lua em emocional, intenso, temeroso, complexo e impreciso.

        Luz em expansivo, desenvolto, intelectivo e jovial.

        Lua em ganancioso, determinado, estável, circunspecto.

        Lua em natural, sensitivo, renitente, insubmisso.

        Lua em intuitivo, audacioso, autêntico e engenhoso.

 

 

 

 

 

                            Diferença entre o Zodíaco Tropical e o Zodíaco Sideral.

 

        O zodíaco tropical, também chamado de astrologia ocidental (Que compreende a astrologia moderna e a tradicional ou medieval) diferencia-se do zodíaco sideral, ou astrologia oriental, hindu, cujo nome correto é Jyotish.

        A astrologia ocidental é utilizada há mais de dois milênios no ocidente e oriente próximo, e se divide em dois grupos, o moderno e o tradicional, cuja diferença mais acentuada se dá na utilização dos três demais planetas, pela moderna, Urano, Netuno e Plutão, enquanto a tradicional considera apenas os sete astros essenciais — na verdade pode-se perfeitamente harmonizar ambas as formas efetuando algumas considerações, às quais se incluem as co-regências. O sistema ocidental baseia-se na relação que se enceta entre a Terra e o seu Astro Rei, o Sol, no círculo do zodíaco que tem como base os períodos cíclicos que se permutam nos sucessivos solstícios e equinócios, onde o Sol percorre a eclíptica nos 360 graus do círculo, na velocidade de 1° por dia.

        Na entrada da primavera, no hemisfério norte, o Sol reinicia sua jornada a partir do zero grau de o chamado "ponto vernal" 0° de , também no hemisfério norte, anuncia o solstício de verão — em 0° de o equinócio de outono, diametralmente oposto ao equinócio da primavera em e para completar o ciclo, 0° de seguindo o solstício de inverno. No hemisfério sul ocorre o inverso. A astrologia ocidental, portanto, tem sua estruturação no signo solar, auferindo o estado da consciência referente ao ego.

        A astrologia oriental (que também traz a denominação "Védica"), já tem uma perspectiva muito diferente. Processa-se em uma filosofia em que o ser humano tem uma relação com todo o universo no qual está inserido — uma parte do cosmo, tendo como estruturação não apenas o Sol e a Terra, mas todo o conjunto de constelações que esquadrinham o pavilhão celeste, por isso tem, entre suas denominações, a designação de astrologia sideral, em particular consideração à Precessão dos Equinócios, já vista anteriormente.

        Dessa forma, veremos que a Jyotish considera o real posicionamento dos astros, uma vez que a astrologia ocidental não leva em conta o movimento precessional.

        A consideração à Precessão dos Equinócios é a grande diferença entre a astrologia ocidental e a védica. Sabemos que, devido à precessão, a cada 70 anos ocorre um recuo de 1°, e isto faz com que a posição do zodíaco se modifique com o passar do tempo. Vejamos: quando a posição original do zodíaco coincidia com o posicionamento das constelações passaram-se mais de um milênio e meio de anos, e, para que achemos a posição correta atual, teremos que recuar a posição do Sol quase 25°. Esta diferença de longitude existente entre a astrologia ocidental e a védica é denominada "Ayamansa".

        Para calcularmos essa diferença teremos que subtrair 24° das posições estabelecidas no zodíaco tropical ou ocidental — no período por volta do ano de 400 d.C. Os dois zodíacos eram coincidentes, e esta posição em qie ambos ficam iguais ocorrerá somente a cada 25.500 anos, aproximadamente.

        Vemos na configuração abaixo as posições sobrepostas dos zodíacos ocidental e védico.

 

 


 

 

        Aqui poderemos ver que, o zodíaco oriental ou védico, considera as precessões equinociais, tendo seu ponto inicial, não no 0° de , mas na constelação de , já próxima da de , na nova era que está se despontando.

 

 

 

 

 

 

                                                   As Dignidades Acidentais.

 

        As dignidades essenciais nos dão a natureza da ação de um determinado astro, as dignidades acidentais nos mostram a força desta ação. São estas últimas, pois, os auxílios ou as aflições que não fazem parte da natureza dos próprios astros, mas a força ou a dificuldade para estabelecer determinada ação.

 

        A posição nas casas — como já vimos anteriormente, as casas angulares são as que encetam maior realismo no circuito do zodíaco, já as cadentes são aquelas que os astros têm menor força ou potencialidade de ação, as intermediárias são próximas à neutralidade.

 

        Cazimi — assim como a "combustão" e o posicionamento "sob os raios do Sol", é um tipo de conjunção solar. Quando o astro está dentro do espaço de 0° e 17' em relação à proximidade do Sol, ele está em Cazimi. O Sol não o incinera, mas com ele compartilha de sua força — é a intensificação do "eu" da pessoa, representado pelo Sol, com o princípio do astro em envolvimento, a acentuação do brilho e da genialidade do indivíduo, onde o poder natural do astro é emprestado ao espírito da pessoa. É o Cazimi a mais forte das dignidades acidentais.

 

        Combustão — inverso ao Cazimi, é a aflição que se constitui pior de todas as acidentais. Se dá quando o astro se encontra a uma distância de até 8° do Sol, a partir da distância em que se configura o Cazimi. No entanto, cada astro tem uma distância média para que tal aflição nele esteja configurada — a Lua até 12°, Mercúrio 14°(Quando retrógrado até 12°), Vênus 10° — retrógrado 8°, Marte até 17°, Júpiter até 11°, e Saturno até 16°.

 

        Sob os raios do Sol — é uma discreta vitalização, que se dá a partir dos 8° até os 17° de distância do Sol dependendo do astro. O astro, cerca até cerca de 4° A partir de sua saída da área de combustão é aquecido pela força de acao6pisitiva emanada do Sol. É uma revitalização em nossa luz interior.

 

        As estrelas fixas — a conjunção com determinadas constelações pode ser positiva quando em uma estrela benéfica e negativa quando em uma maléfica. É uma importante dignidade acidental que veremos mais adiante em um texto específico.

 

        Velocidade — aqui se diz respeito à velocidade quando acima daquela que é a normal do astro, e não dá velo cidade comum própria de cada planeta. Está dignificado o astro no qual a velocidade se faz mais rápida que a normal,  com exceção de Júpiter quando seu aumento de velocidade é um fator prejudicial.

        Planetas em maior lentidão têm efeitos debilitantes, estacionários a debilidade é grave, quando retrógrado, mais severa ainda.

 

        Júbilo — todos os astros têm seu júbilo em uma determinada casa, onde si As energias fluem com maior desenvoltura, pois a natureza dos mesmos possui correspondência com a atividade da casa. O júbilo da Lua se dá na casa de número 3; do Sol na casa de número 9; Mercúrio na casa de número 1; Vênus na casa 5; Marte na 6; Júpiter na 11 e Saturno na 12.

        Há também o Júbilo nos signos: que se dá segundo às próprias naturezas que lhes conferem: Lua — . Sol . Mercúrio . Vênus . Marte . Júpiter . Saturno .

 

        Aspectos Próximos — aspectos próximos à de astros com fortes dignidades essenciais são benéficos. Já os que são perto de debilidades são maléficos.

 

        Conjunção com os Nodos — conjunção com o Nodo Norte é altamente benéfica; com o Nodo Sul se faz nitidamente maléfica.

 

        Posicionamento oriental ou ocidental — como já vimos anteriormente, estar oriental é nascer antes do Sol, e, ocidental, contrariamente, é estar depois do Sol no movimento primário. Está classificação deriva da visibilidade, pois os astros orientais, como nascem antes do Sol, aparecem ainda quando está escuro, os ocidentais aparecem quando o Sol já despontou, fixando dessa forma, invisíveis, pois durante a claridade do dia não dá para ver os astros no céu.

        Um astro oriental estará dignificado, pois é manifesto aos olhos do mundo, já o ocidental estará debilitado, pois estará oculto.

 

        Halb e Hayz — estas duas designações provém do árabe. Os signos podem ser diurnos e noturnos, como já vimos. Diurnos ficam acima do horizonte, noturnos abaixo do horizonte. Um planeta noturno está em Halb quando fica abaixo do horizonte de dia e acima do horizonte à noite. Em Hayz os diurnos que estejam no mesmo hemisfério que o Sol em signos masculinos, ou quando estão no hemisfério inverso ao Sol em signos femininos — planeta masculino em signo masculino e feminino em signo feminino.

 

 

        Dignidades e debilidades da Lua.

 

        A Lua, por ser um astro que constantemente muda de forma aos olgos humanos, possui algumas dignidades especiais assim como outras debilidades também especiais. Qto mais visível ela estiver se constituirá em uma dignidade, e quanto menos visível maior a debilidade. Estando ela ocidental, pois, se conflagrará em dignidade.

        Há uma faixa do zodíaco que fica entre os 15 ° de e os 15° de que é chamado de "Via Combusta". Neste espaço a Lua estará também debilitada sempre que estiver aí inserida. Este local aparentemente, afeta somente a Lua com maior evidência.

 

        Lua fora de curso — vem do latim: "Luna Vacua Cursa", cuja significação é Lua em caminho vazio. E isto significa que a Lua não tem planeta nenhum em seu trajeto, terminando seu percurso por um determinado signo sem fazer qualquer conjunção.

        A Lua por ser o astro mais próximo a Terra, tem em si a significação geral do fluxo dos acontecimentos que afluem no destino do mundo. Quando está em caminho vazio trás à ideia a nova o de que nada irá ocorrer, sendo um sinal de inércia até que venha a adentrar em um novo signo. É o momento em que toda a as perspectivas não ficam claras, ocorrendo confusões e incertezas. Momento de debilidade geral onde serão temerários todos os encetamentos, decisões e julgamentos. Momento ideal para meditação, avaliação e prosseguimento de assuntos desprovidos de maior relevância.

 

        Paz e Luz. 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

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