RONDAS
CÓSMICAS E CADEIAS PLANETÁRIAS
Lancemos nossas redes às águas mais
profundas; conosco está a consciência que nos concede o entendimento, na eterna
novidade da existência.
Esta talvez seja a área do ocultismo na
qual os neófitos sentem maior dificuldade de entendimento, e, mesmo entre os
grandes autores, não existe uma unanimidade em seus conceitos.
Disse certa vez um velho mestre:
"Todo assunto, por maior complexidade que lhe seja pertinente, se tornará
fácil, desde que explanado de maneira simples por alguém que o tenha
compreendido, e saiba compartilhar esta compreensão".
Muitos são aqueles que têm grande
conhecimento, porém, desejando ostentar erudição, não se deixam entender. Um
texto que trata de assuntos tão vastos e complexos quanto às rondas cósmicas e
as cadeias planetárias, deverá se estabelecer através de palavras simples, sem as
linguagens abstrusas da maioria dos livros esotéricos.
Este conhecimento nós chegou através da
Teosofia, das obras de Blsvatsky, mais precisamente no volume um da Doutrina
Secreta, a Cosmogênese. Um velho mestre teosofista também disse certa vez:
"Nunca se prenda totalmente à doutrina de uma determinada escola
esotérica; prenda-se à concepção da consciência de um eterno buscador da verdade, um aprendiz do
infinito conhecimento e da eterna sabedoria. Aquele que se prende a conceitos e
dogmas imutáveis fecha seus olhos para os horizontes expandidos e impõe limites
à sua consciência. O maior dos mestres está dentro de cada um de nós".
Sejamos, pois, gratos aos antigos
mestres do conhecimento, sem esquecer que, se estes fossem presos a antigos
dogmas, tais conhecimentos não chegariam até nós. Sejamos gratos também à
abertura de suas mentes às novas ideias e às novas concepções.
O LADO
ESPIRITUAL DO SISTEMA SOLAR.
Existe um lado espiritual sobre todos os
planetas e sistemas, o universo em si. Nada existe isoladamente, tudo se
conecta, se interage dentro de sistemas em diferentes níveis de complexidade.
O sistema solar consiste no Sol e seu
conjunto de planetas que orbitam em torno de sua esfera. Surgiu esta palavra:
"esfera", e não foi por acaso. Nada é por acaso no universo. Olhemos
para o Sol, para a Lua, satélite único do planeta Terra; observemos os
planetas... E qual o formato que nossos olhos captam?
Certamente o formato esférico. E a razão
desta disposição vem ser o fato de que a esfera é a forma que a matéria assume mantendo a
equanimidade das forças agentes no dinamismo cósmico. Vejamos na Lei das
Correspondências, as esferas existem desde a formação das pequenas bolinhas de
sabão, desde as disposições atômicas até
os níveis de planetas e estrelas, pois toda a dinâmica universal se
equaciona através de ciclos. Os astros tendem à conformação esférica seguindo
este padrão celeste sob a pressão que provém deste dinamismo. Tudo no universo
se manifesta em ciclos: translação e
a rotação de planetas e estrelas; o dia,
a noite, as estações, a vida física manifestada e sua dissolução, seu contínuo
ciclo de manifestação e repouso, os Manvântaras e os Pralayas. (Manifestação e
Repouso, do sânscrito).
Todas as coisas estão inseridas em um
sistema infinito, resguardados por uma Consciência Suprema que rege desde as
mais distantes galáxias, até a mais profunda da intimidade atômica.
Assim como o universo é infinito em suas
distâncias incomensuráveis, o mundo microscópico é infinito em sua
divisibilidade.
Há uma eternidade a partir do hoje, e há
também uma eternidade anterior ao momento presente. Estamos entre duas
eternidades entre dois infinitos. A divindade é imanente, e somos parte dessa
sublime imanência.
O ser humano, e todos os demais seres
que existem, é engendrado através de uma gama infindável de combinações de
matéria e energia (sem esquecer que a matéria nada mais é que energia
condensada), de todos os níveis de ordem e densificação. E que cada uma dessas combinações e padrões são representativos do mesmo sequenciamento
dos níveis de energia em escala cósmica. O homem é o microcosmo dentro do macrocosmo,
tudo aquilo que lhe é inerente também está presente em toda manifestação
universal.
Através
do estudo das rondas e cadeias planetárias, poderemos enxergar onde estamos, no
longo caminho da evolução, onde a cronologia se perde nas incomensuráveis eras.
O sol é um milhão de vezes maior do que
o Planeta Terra, e representa noventa e nove por cento do sistema solar, e a
nuvem de energia que formou o sol adveio das plêiades, pois as estrelas estão,
como tudo no universo, em conexão umas às outras. Como referi anteriormente, há
o Sol visível e o Sol espiritual, o Logos, o verbo, cujo significado é
vibração. O Sol fecundou todo o sistema, sua essência espiritual modificou o
Mulaprakriti (energia fundamental, do sânscrito: "raiz da matéria”,
advinda do Fohat, a energia pura, que fecunda Koilon, o espaço puro.
Mulaprakriti também pode ser chamada Matéria Essencial). A matéria formadora do
nosso sistema é a condensação gradativa dessa energia, sob a regência do Sol
Espiritual e sua consciência. Consciência esta que está por trás de cada
planeta, que são os Sete Espíritos Planetários, os sete planetas do ocultismo,
os grandes centros de consciência.
O universo visível representa cinco por
cento da totalidade, enquanto que o invisível, noventa e cinco por cento,
portanto, indetectável. A consciência tem a matéria como veículo, e por trás de
cada astro existe uma consciência que lhe é inerente. Os Sete Espíritos
Planetários são representados pelo Menorá judaico, o candelabro com sete velas,
uma no centro e três outras para cada lado, o Sol seria a sua luz, e, segundo a
Lei Hermética da Correspondência, são também os sete Chakras. O Menorá era feito originalmente de ouro, o
metal correspondente ao sol, representa as sete primeiras palavras do Sepher
Bereshit (Gênesis), os sete olhos que são os sete espíritos de Deus.
Poderá surgir uma dúvida: se são sete
espíritos Planetários por que há mais de sete planetas no sistema solar?
Um espírito planetário pode animar mais
de um planeta. Na cadeia da Terra existem três planetas físicos: a Terra,
Mercúrio e Marte. Seu centro de consciência anima três planetas. Os autores
Charles Leadbeater e Annie Besant afirmam isso em suas obras. Blavatsky,
entretanto, afirma que há uma consciência para cada planeta. Particularmente
apoio a renovadora ideia de Leadbeater e Annie Besant.
Os planetas, assim como todos os seres,
evoluem através de manifestações periódicas. Sendo que existem planetas
invisíveis no sistema solar. E, para cada planeta físico, existem seis outras contra
partes que o acompanham, como veremos a seguir. São conjuntos de planetas
visíveis e invisíveis em diferentes lugares do espaço.
CADEIA PLANETÁRIA.
Cadeia é o ciclo de evolução de um corpo
cósmico.
Na figura acima temos os globos
manifestados ou Kama-Dathu. Há também nos três planos superiores, os não-manifestados,
os quais denominados em sânscrito como Rapa-Dathu, que serão vistos nos
esquemas adiante, acima do Mental Inferior.
(Parte das ilustrações deste texto foram
tiradas de um antigo caderno de ocultismo, no qual esquematizei, de maneira
simples, aquilo que nos livros parecia muito difícil de assimilar).
Como podemos ver, os planetas não
existem de maneira isolada, eles formam um conjunto de sete globos interligados
que constituem aquilo que convencionou-se chamar "cadeia".
Cada globo, localizado nos planos acima,
não são percebidos pelos que estão abaixo, porém, percebem todos os que estão
localizados nos planos inferiores.
Observando a figura, notamos a
enumeração de A até G. Para cada letra temos diferentes níveis de sutileza e
densidade, sendo que, do globo A até o globo D ocorre um declive nos níveis
mais densos, e do globo D ao G uma elevação aos níveis de maior sutileza.
O globo D, onde se localiza nosso
Planeta Terra representa o ponto de maior densificação, o fim do mergulho na
densidade material, e por conseguinte, o ponto de retorno para as elevações
mais sutis. O globo D representa, portanto,
equilíbrio das energias descendentes e ascendentes, o campo de batalha
mais violento entre a materialidade e a espiritualidade.
Ronda Planetária.
Quando ocorre a ronda completa do globo
A ao globo G, ocorreu um Kalpa ou Manvântara. A vida gira sete vezes nestes sete
planetas. Cada mudança de globo, isto é, por exemplo, do Globo C para o Globo
D, chama-se Ronda Planetária. A Ronda Completa é o giro completo na cadeia,
isto é, do Globo A ao Globo G.
A Terra, no Globo D, onde estamos,
pulula de vida, porque a tensão do Logos Planetário está sobre ela. Assim que
muda a tensão passa para outro globo. Como podemos ver, antes era Marte, e,
assim que passar para outro nível, será Mercúrio. A vida se manifesta, dessa
forma, em um globo de cada vez, de acordo com a tensão do Logos
Planetário, seguindo a sequência do
globo A ao G da cadeia planetária. A cada tensão do Logos em um globo
denomina-se período global ou mundial.
Para cada ronda planetária existem um
total de sete Raças Raízes. Estamos na quarta ronda e na quinta raça raiz, das
quais falaremos futuramente em um texto específico.
ESQUEMA EVOLUTIVO TERRESTRE.
O Esquema Evolutivo é composto por sete
cadeias.
Ao final de cada ronda que se dá quando
a tensão do Logos atinge o Globo G e termina sua Ronda Planetária, inaugura-se
uma nova ronda com a ativação do globo A em uma nova cadeia, como poderemos
observar na figura acima.
É importante salientar que, após cada
período de cada raça raiz, em uma ronda planetária, existem os seres que não atingem
a frequência da nova tônica do novo ciclo, tornando-se incompatíveis com a
permanência neste globo, os quais terão que reiniciar seu ciclo em outra orbe
compatível com sua frequência vibratória; na mudança para uma nova cadeia
também ocorre o mesmo, os ciclos são como períodos escolares , onde existem os
aprovados, que poderão seguir adiante seu sequenciamento, e os reprovados, que reiniciarão
tudo aquilo que não conseguiram alcançar. A cada final de cadeia, portanto, há
aquilo que as religiões denominam Juízo Final.
As sete cadeias, do Esquema Evolutivo
Terrestre, possuem 49 rondas planetárias, cada ronda planetária com sete Raças
Raízes e cada uma delas com sete sub raças.
Poderemos observar na figura o conjunto das sete cadeias manifestadas sucessivamente,
notando que estamos na quarta ronda da quarta cadeia, dentro de um esquema
evolutivo (= 7 períodos de cadeia = 49 rondas = 343 períodos globais, para cada
raça raiz).
Observemos que, a partir da cadeia I, há
um mergulho gradativo na matéria até a quarta cadeia, onde estamos, e, a partir
desta cadeia, um retorno aos planos de mais elevada sutileza, seguindo a
gradualidade.
Notemos agora a cadeia III, a Cadeia
lunar, que é a cadeia que nos precedeu da qual especificarei seu mistério
relevante no ocultismo.
Cada cadeia é o Manvântara, o período de
manifestação do Logos em sua imanência. Há um Pralaya entre cada uma das
cadeias, que é o período de repouso. Na analogia que fiz anteriormente sobre os
alunos aprovados e reprovados, o Pralaya seria à semelhança das férias
escolares após cada período letivo.
A cadeia número I é aquela que os
ocultistas denominam Cadeia Ancestral, como o próprio nome indica, a mais
antiga. E, seria conjectura tentar
situar cronologicamente seu período. Segundo alguns mestres, cada cadeia teria
duração aproximada de quatro bilhões e meio de anos. A cronologia brâmane é
extremamente complexa, e, como disse muitas vezes um velho mestre, jamais
devemos nos prender às cronologias, pois "até os tempos se deformam nos
caminhos da eternidade". Nesta cadeia os veículos de consciência ainda se
assemelhavam ao reino mineral.
Poderá surgir aqui uma dúvida: por que o
verbo "assemelhar" ao "reino animal" e não
"estar" no "reino animal"?
Observemos: o Globo D da cadeia
ancestral se localiza no plano mental inferior, onde inexiste a matéria; havia
ainda a descida na densificação. Sendo assim não existia o reino mineral. O
veículo de consciência estava em estado de dormência. Pois, segundo um antigo
poema hindu, "a alma dorme na pedra, sonha no vegetal, se agita no animal
e desperta no homem".
Na cadeia Número II, denominada Cadeia
Pré- Lunar, os veículos de manifestação se assemelham aos vegetais, se
processando o caminho da densificação, onde o Globo D já se localiza no astral,
onde são plasmadas todas as coisas que terão existência física.
A Cadeia Número 3 é a chamada Cadeia
Lunar. Nesta cadeia nossos veículos de consciência eram animais. Esta cadeia já
se localiza no plano físico, porém etéreo. A Lua era um planeta muitas vezes
maior que o que restou dela e é agora um satélite terrestre. Hoje a Lua é
apenas um cadáver astral, carregado das energias que não conseguiram evoluir
para a atual cadeia, por isso a Lua Nova, onde não se faz visível, é a lua de
banimento na alta magia.
Na dissolução da cadeia, aquilo que
chamamos como lua, não foi dissolvido, sendo agarrada pela gravidade terrestre,
e está cada vez mais se afastando da Terra, até se perder no espaço e entrar em
dissolução.
Todo este conhecimento adveio dos
grandes mestres, os Yogues Perfeitos da Grande Fraternidade, que conseguiram
acessar o Registro Acáxico, o grande e indelével arquivo cósmico. Buda, ou
precisamente Sidarta Gautama, se lembrava de todas as suas encarnações,
inclusive aquelas quando seus veículos estavam ainda no sequenciamento animal
da escala zoológica inferior.
Poderá surgir outra dúvida: Por que a
utilização da palavra "veículos" no plural?
Aqui está um grande mistério da escalada
evolutiva dos seres, que é a aglutinação. As mônadas não surgem prontas a
partir da efusão do segundo aspecto do Segundo Logos. Tudo no universo segue o
princípio da gradualidade em busca da Unidade. Somos hoje aglutinação de
infindáveis energias, advindas de seres em suas graduais esferas de
complexidades, e assim seremos no futuro. Como gotas d'água que formam os
pequenos cursos, que formam os pequenos rios, que deságuam nas grandes bacias
que desembocam no oceano. Somos hoje os pequenos rios, algum dia seremos o
oceano. Tendemos à unidade. Somos Um.
É fundamental, portanto, todo amor aos
animais, pois são as pequenas chispas divinas que chegarão ao nível de
humanidade nas futuras rondas. São o que já fomos, serão aquilo que somos.
A Cadeia Número IV, chamada Cadeia
Terrestre, onde situamos em nossos atuais veículos de consciência. Aqui há a
onda de vida hominal, o ponto máximo de descida à materialidade, onde se inicia
a evolução para as cadeias do Retorno, a encruzilhada dos tempos e espaços.
Aqui a inteligência material deu formação ao Ego, a mente física que bloqueia a
ação do Espírito. Este é o grande problema da evolução, o Armagedom encarniçado
das consciências. Aqui chegamos cada vez mais próximo da "porta
estreita". Nem todos atingirão a frequência necessária para o
prosseguimento da Caminhada. Somos consciência e não Ego, enquanto separados da
consciência não se conclui a evolução humana. A nova frequência exige o
enfraquecimento do Ego, solidamente constituído nesta quarta ronda, e o fortalecimento
do Espírito, a predominância do "nosso" sobre o "meu", do
"nós" sobre o "eu".
Não há outro caminho.
A V Cadeia é a chamada Cadeia do Futuro
Imediato, ou Cadeia Futura Imediata. É o término da evolução enquanto humanos.
Aqui atingiremos um estágio acima daquilo que hoje consideramos como
humanidade. Quando nos tornamos unos com a nossa consciência expandida, nos
constituímos como Mestres da Sabedoria, por isso a necessidade da amplificação
dos ensinamentos nos dias atuais. A única coisa que levamos do mundo é a
sabedoria. É preciso se libertar das crenças limitantes e retrógradas para que
níveis maiores de consciência possam ser estabelecidos. O ego possui religiões,
a consciência espiritualidade.
A VI Cadeia é a denominada Cadeia Futura
Média, nesta a atual humanidade que não se perdeu no caminho estará em um nível
muito superior àquele que nossa percepção atual pode imaginar.
Na VII Cadeia, ou Cadeia Futura
Longínqua teremos a consciência das mônadas divinas, artífices da criação de
mundos. Unos em essência com a divindade manifesta.
E os atuais grandes seres de luz, onde
estão, visto que as cadeias de retorno ainda serão plasmadas em um tempo
futuro?
Estão fora do Esquema Evolutivo
Terrestre, especialmente no esquema venusiano, que veremos a seguir.
OS DEZ
ESQUEMAS EVOLUTIVOS DO SISTEMA SOLAR
O nosso Logos Solar possui em seu sistema 10 esquemas evolutivos, os quais,
como podemos ver figura acima, se
dispõem sob diversos estágios de evolução, sendo o Planeta Vênus aquele que se
encontra em maior adiantamento, na quinta cadeia, sendo que a Terra e Netuno se
encontram na quarta cadeia. Segundo alguns mestres, Vênus está na sétima ronda
planetária da quinta cadeia, e por esta razão, é impossível detectar vida neste
planeta.
Em escala cósmica, os sete planos do
sistema solar, nos quais dão seguimento os esquemas evolutivos, correspondem só
sub plano físico. E isto permite antever a evolução nos sub planos sutis em
escala cósmica. Dessa forma, quando todos os dez esquemas evolutivos tiverem
sido completados, ou seja, quando todas as sétimas cadeias tiverem passados
pelas suas sétimas e últimas rondas, o logos solar entrará em um período de
repouso, o Pralaya Solar, até que em um novo Manvântara, o Sol ressurja em mais
um diferente nível de consciência. E, segundo vários mestres, esta é a segunda
manifestação do Logos Solar, porém este é um assunto que deverá ser abordado em
um momento oportuno, futuramente, onde poderemos explanar sobre o Maha-manvântara
universal.
Notemos algo mais na figura acima,
consta um planeta, para nós, desconhecido, cujo nome é Vulcano. Longe de ser a
casa do Primeiro Oficial Spock da antiga série Jornada nas Estrelas, este
planeta, o mais próximo do Sol, é fisicamente invisível, impossível de ser
detectado.
Os 10 esquemas evolutivos fazem
correspondência com as 10 Sephiroth da Árvore da Vida da Cabala, mais uma vez
explicitando a Lei Hermética da Correspondência.
Mas o que diremos se, como citado
anteriormente, há sete Logos Planetários e dez esquemas de evolução do Logos
Solar, há então um acréscimo de mais três Logos não mencionados?
Como podemos ver, existem três esquemas
inominados, os quais, segundo antigos mestres, são regidos diretamente pelo
Logos Solar, a Grande Mente que rege cada um dos sete Logos. O mundo é Mental,
segundo outro Princípio Hermético.
NOÇÃO
DO LOGOS EM SEUS TRÊS ASPECTOS.
Terceiro Aspecto do Logos:
A formação da Cadeia.
É a primeira efusão, onde se processa a
formação da vida-energia, ou a vida atômica do universo. Sua efusão engendra os
sete planos de diferentes energias. Sua força atuante é o Fohat, advinda de
Brahman, que os mestres hindus também denominam Ishwara.
Segundo Aspecto do Logos:
A
Descida, onde transcorrerá a conformação biológica, a conformação da materialidade. É a etapa da
densificação, da condensação das energias; é a energia se densificando e
vivificando os planos e sub-planos; a energia densificada é aquilo que se
convencionou chamar "matéria". Na verdade não existe esta dicotomia
matéria-energia, todas as coisas provêm de uma mesma energia essencial ou
primordial. A força do Segundo Aspecto é o Prana, e a deidade representativa é
Vishnu.
Primeiro Aspecto do Logos:
É o Retorno. Onde tem ocorrência a
formação da humanidade e seu
"retorno a Deus". A força efetiva desta etapa é a Kundalini, a força
telúrica que impulsiona a evolução pelo "fogo serpentino", o Espírito
da florescência na Centelha Divina presente na mais recôndita intimidade de
cada ser. A Kundalini está presente no Chakra Mûlâdhâra, mais conhecido entre
os ocidentais como Chakra Raiz.
No esquema acima poderemos mais
facilmente compreender a ação dos três aspectos do Logos, testificando que tudo
no universo segue o divino sequenciamento da dinâmica universal. Como disse
Helena Petrovna Blavatsky: "Não existe um ponto no universo no qual não
manifeste a Consciência". A Consciência utiliza a matéria como veículo, ou
seja, as energias sutis utilizam-se das densidades como veículo para o seu
aprimoramento. Nada é por acaso.
Tudo é Divino.
REVISÃO
DA CADEIA PLANETÁRIA.
Na figura acima vemos o esquema
evolutivo da Terra.
Antes de cada Pralaya, entre duas cadeias,
existe aquilo que convencionou-se chamar Juízo Final, na qual os espíritos que
não alcançaram a frequência necessária para a nova cadeia, terão que reiniciar
sua sequência em uma nova orbe que lhes seja compatível.
Tudo é análogo no universo. Manvântara é
o período da manifestação, Pralaya do obscurecimento, como o sono e o
despertar, o repouso necessário para o restabelecimento das forças para uma
nova sequência de dinâmica. O Pralaya pode ser estabelecido na meditação, no
princípio do esvaziamento da mente, no Raja-Yoga chamado de Pratiahara,
fundamental para os subsequentes passos ao caminho do Samadhi.
A cada mudança de ciclo há, portanto, um
selecionamento na humanidade, seguindo as novas tônicas peculiares a cada um desses
ciclos. Aqueles que tiverem as frequências compatíveis prosseguirão nos
caminhos evolutivos.
De um globo a outro é uma cadeia
planetária. De A a G é uma ronda completa, quando a onda de vida passa de A a
G, completando uma cadeia.
No globo D estão hoje trabalhando as
ondas de vida. Estamos na quinta raça, em um total de sete civilizações, ou
raças raízes em um globo.
O conhecimento das rondas e cadeias
planetárias vem ser uma das bases para o entendimento no Ocultismo, pois amplia
nossos horizontes e eleva nossos níveis de consciência para reprogramarmos
nossa concepção da jornada evolutiva, e consequentemente, da própria Vida. Vida
esta que não se restringe ao ciclo físico de um corpo transitório. Tudo no
universo vibra. Toda vibração é vida. Vibramos
seguindo os ciclos da sagrada equação que dinamiza o cosmo; tudo está
conectado; somos as pequenas celulas de um corpo infinito que nos doa a sua eternidade, somos ínfimas
partículas de uma suprema consciência que nos doa sua sabedoria; somos o
microcosmo inserido no macrocosmo na sublime imanência que nos doa a sua
divindade.
Namastê
Om Tat Sat.