quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ATLÂNTIDA E LEMÚRIA



                                                     ATLÂNTIDA E LEMÚRIA

    Quase todas as pessoas já ouviram falar algo sobre esses “supostos” continentes desaparecidos; seja em lendas, filmes ou comentários. Porém a maioria das pessoas talvez nunca tenha lido alguma explanação mais séria sobre tão obscuro assunto, seja pela escassa documentação  ao alcance das pessoas leigas, seja pelo desinteresse próprio relegado àquilo que é considerado como algo hipotético ou até mesmo fantasioso.  O que torna magnífico adentrar neste estudo é justamente a aura de mistério que envolve toda essa temática. Mesmo tendo em vista que uma simples explanação é absolutamente incapaz de abrangerão vasto conteúdo, contextualizado em livros tratando apenas desse tema.
   Quando algumas escolas esotéricas fazem referência a número de anos extremamente incompatíveis com aquilo que a história oficial preconiza, deveremos ter em mente que há infindáveis mistérios que fogem à compreensão da própria história e até mesmo da ciência contemporânea. Para que seja iniciado o estudo de assuntos místicos torna-se necessário que haja um desprendimento do “espírito cartesiano” que fundamenta uma pressuposta base lógica e cética diante daquilo que não esteja condicionado ao convencionalismo acadêmico. Lembremos da mecânica quântica, cuja análise foge a todos os postulados científicos conhecidos até então.
   Em 1921 na Rodésia, hoje Zimbabwe, fora encontrado um crânio com um orifício provocado por um projétil balístico. Algo até normal neste mundo violento até se constatar que, tanto o crânio, quanto o orifício em questão, possuir, no mínimo, 200.000 anos de idade comprovada. Peça esta que ficou conhecida como o “Crânio de Broken Hill”, pertencente à espécie hominídea “Homo Heidelbergensis”.
   Jaques Bergier, o ilustre escritor francês, autor do célebre “Despertar dos Mágicos”, em sua obra “O livro do Inexplicável (A Volta dos Mágicos)”, descreve o , famoso mundialmente, “Objeto de Coso”, uma espécie de vela de ignição no interior de uma massa rochosa de 500.000 a 1.000.000 de anos. Isso sem contar a pilha exposta no museu de Bagdá, cuja antiguidade remonta a época do povo sumério, entre tantos outros mistérios que rondam antiguíssimas construções e monumentos, os quais jamais poderiam ter sido concluídos sem o auxílio de tecnologia incompatível com aquela conhecida na época.
    Quase a totalidade dos místicos, das mais diversas ordens, reconhecem como realidade a existência, em remotíssima antiguidade, dos continentes desaparecidos da Atlântida e da Lemúria. E, lembremos, a existência dos gigantescos monstros pré-históricos foi um dia taxada de ridícula perante a classe científica , assim como a possibilidade da construção de uma máquina que pudesse fazer o homem voar, ou de pisar na lua. Todas essas ideias já foram consideradas um dia por demais fantasiosas.
   Existem muitos mistérios que ainda vão ser constatados pela ciência, talvez em um futuro não muito distante.
  
                                                             A LEMÚRIA


    Relatos de que um continente teria existido no Oceano Índico ou no Pacífico começaram a ser apresentados ao mundo no século XIX. Porém antigos relatos do povo Tamil , no sul da Índia sempre se referiram a um imenso continente tragado pelas águas do oceano.
    Também conhecido como a “Terra de Um” (nome original do continente), a Lemúria, tanto da lenda tâmil, quanto dos ensinamentos ocultistas quase que da costa ocidental do que hoje é América até a costa oriental da África.
    Um militar britânico J. Churchward, relatou que um sacerdote hindu lhe ensinara a língua “nagamaia”, morta a incalculáveis anos, o qual também teria lhe mostrado algumas tábuas, conhecidas como “Tábuas de Naacal”, que falavam da formação do mundo e da primeira colonização da terra, efetuada pelos habitantes de Um, de onde teria se originado a humanidade , até que, após um longo período de decadência teria submergido nas águas.

    O cientista Slater, em meados do século XIX , descobriu que um grupo de primatas, os lêmures, habitavam a ilha de Madagascar , no leste da África, assim como também na Malásia, península ao sul da Ásia, separados pela imensidão do oceano Índico, sugerindo que, ambas as regiões, em um passado remoto, estiveram unidas. Mu então foi rebatizada com o nome de Lemúria, em homenagem a esses belíssimos e singulares animais.
    Também é notável a semelhança entre os povos africanos com os nativos da Austrália , os melanésios e os papuas, também separados pela vastidão do Oceano Índico.
    Segundo Helena Petrovna Blavatsky , fundadora da Sociedade Teosófica e autora da clássica obra do ocultismo, a “Doutrina Secreta”, a Lemúria era o berço da terceira raça raiz ( segunda ronda), a qual , inicialmente, era muito diferente dos povos que conhecemos, com formação óssea peculiar, e a glândula pituitária, hoje conhecida como hipófise, altamente desenvolvida (Chakra Ajnan) , que hoje é atrofiada nos seres humanos atuais. Tal raça, além de possuir magníficos poderes paranormais, seria também dotada de um significativo desenvolvimento intelectual, porém extremamente belicista. Segundo Blavatsky, na Doutrina Secreta, era uma raça inicialmente hermafrodita, de elevadíssima estatura e força física descomunal.
    A raça lemuriana é a primeira raça raiz considerada propriamente manifesta (as anteriores eram etéreas). Possuíam tonalidade escura de pele, consequência do clima predominantemente tropical do continente, e, como este era infestado de animais predadores, aprenderam a se integrar uns aos outros para conferir uma melhor e mais efetiva segurança. Cultuavam o planeta Mercúrio, símbolo do conhecimento, iniciando a geração de uma indústria elementar, especificamente a manufatura.  
     Ainda segundo Blavatsky, os lemurianos, dotados inicialmente de grandes poderes, sentiam-se em si mesmo o Deus interno, e cada um sentia que era um Deus-Homem em sua natureza, embora um animal em seu físico. E a luta entre a natureza divina e a natureza animal teve início quando provaram “o fruto do conhecimento”. Os que dominaram os princípios inferiores subjugando o corpo, uniram-se aqueles que na teosofia são chamados “os filhos da luz”, aqueles que caíram vitimas de sua natureza inferior  converteram-se em escravos da matéria. Esta foi a chamada “queda do Homem”. Caíram na batalha da vida morta contra a vida imortal, e os que assim caíram deram início às futuras gerações atlantes.
    W. S. Cervé, um grande estudioso ocultista, escreveu a magnífico livro “Lemúria, o Continente perdido do Pacífico”, em cuja obra relata toda a peculiaridade dos aspectos geográficos da Califórnia, afirmando que esta região era uma parte do território da Lemúria que se agregou ao continente americano logo que este se formou.
    O poder da vontade que os primeiros habitantes da Lemúria possuíam (kriyashakty) era suficiente para plasmar suas moradas dispensando a utilização de engenharia. Já nas últimas sub-raças (o termo sub-raça na teosofia é utilizado para designar as ramificações que a raça inicial propagou ao longo dos milênios )os lemurianos se degeneraram substancialmente. Sua estatura reduziu-se e foram gradativamente perdendo seus inomináveis poderes psíquicos. Colonizaram a África e a Oceania, dando origem posteriormente a todo o resto da humanidade.
    Acompanhando a perspectiva teosofista de Blavatsky, os lemurianos teriam surgido há cerca de 18.000.000 de anos  advindos da segunda raça raiz, a dos Hiperbóreos, chamados na teosofia de “nascidos pelo suor”, pois eram ainda seres de natureza semi-divina.
    W. S. Cervé, em seu livro “Lemúria, o Continente Perdido do Pacífico”, o continente lemuriano foi submergindo lentamente ao sabor das incontáveis eras, sendo que nem todo o continente submergiu, permitindo a ocorrência de resíduos , como terras agregadas a outros continentes assim como também ilhas isoladas.


                                                             
                                                            A ATLÂNTIDA



    A designação “Atlântida” provém do grego, cujo significado literal é “a filha de Atlas”.( Atlas que, na mitologia grega, era o Titã condenado por Zeus para sustentar os céus por toda a eternidade).
    Existem dois ângulos nos quais a Atlântida pode ser visualizada : sob o ponto de vista lendário, e sob o ponto de vista oculto . Segundo os antigos gregos, sua localização de estendia além das “Colunas de Hércules”, significando que se situava além do Estreito de Gibraltar, que separa o Mar Mediterrâneo, até então muito conhecido pelas civilizações circunvizinhas, do Oceano Atlântico, que leva o nome do antigo continente, na época desconhecido, adornado por mistérios e lendas.
    A visão, que a história oficial classificou como lendária, teve sua origem nas obras de Platão (428 a.c. – 347 a.c.) , “Timeu e Crítias”.  Conta o insigne filósofo que Sólon (638 a.c. - - 558 a.c., um dos sete grandes sábios da Grécia antiga), em uma de suas viagens ao Egito, encontrou-se com um eminente sacerdote de Saís, no Delta do Nilo, o qual lhe relatou a existência desta ilha, muito além do mar por eles conhecido, e que teria submergida há vários milhares de anos.
    Segundo a obra de Platão, era a Atlântida uma grande ilha dividida em 10 áreas circulares, 10 anéis concêntricos. E que, nos primórdios de sua existência,  havia uma jovem órfão chamada Clito, que habitava nas montanhas centrais da ilha, pela qual o deus Poseidon se apaixonou. Tiveram, conforme o texto de Platão, cinco pares de gêmeos, dos quais o primogênito fora Atlas, que herdou a porção central da ilha, de onde irradiava forte energia, advinda de seu próprio poder quase divino, para todas as outras 9 sessões da ilha, presididas por seus irmãos. A cada ano se reuniam na região central, no palácio onde se localizava o grande templo de Poseidon, cujos muros eram inteiramente recobertos com ouro puro reluzente. Haviam pontes e canais interligando cada um dos cinturões de terra que constituíam o inusitado aspecto geográfico da grande ilha.
    Prosseguindo na narrativa de Platão, a virtuosidade dos habitantes de Atlântida começaram a sucumbir, dando lugar à ganância e ao individualismo, e a natureza altruística de adoração a Deus passou a dar lugar ao egocentrismo , que de tão avassalador constituiu-se deuses os reis do passado, exigindo-se a adoração de suas imagens esculpidas.
    A obra de Platão não pode ser classificada como uma história mítica, oriunda da oralidade como toda a mitologia grega, pois os dados que Platão utilizou para compor sua narrativa como registro histórico, local, nomes, datas, população, organização social e política, e o respaldo filosófico que remonta o decorrer de seu contexto, descaracteriza toda e qualquer semelhança com as lendas, nas quais os gregos eram versados. Ele intenta demonstrar uma realidade factível, como se delineasse um aspecto real de algum outro país adjacente à Grécia antiga.
   Na “Doutrina Secreta”, Helena Petrovna Blavatsky nos apresenta a Atlântida visível através do prisma do ocultismo. Ela descreve a raça atlante em detalhes. Segundo sua própria concepção teosófica, Atlântida foi um continente que existiu foi civilizado por mais de 1.000.000 de anos, destruído por sucessivos eventos cataclísmicos, até que se restasse a grande ilha descrita por Platão como o último resíduo, cujo desaparecimento teria ocorrido no ano de 9564 a.c.
    O apogeu desta insólita civilização ocorreu entre o longo período de 1.000.000 a.c. a 900.000 a.c.  Possuíam um elevado conhecimento mágico baseado no conhecimento e domínio de uma energia psíquica chamada “Vril”, que entre suas inumeráveis aplicações permitia o controle gravitacional (vemos na citação deste tipo de energia a explicação das megalíticas edificações da antiguidade, constituídas por enormes blocos, impossíveis de serem justapostos , como nas pirâmides de Gizé, os Moais da ilha de Páscoa, Stonehenge, etc), a transmutação dos metais simples em ouro, e na medicina formidável que era possuidora.
    A Atlântida descrita por Platão é essencialmente plana, excetuando o centro. A teosófica dispunha de amplas elevações. A capital era chamada “A Cidade dos Portais de Ouro”, descrita em inúmeras obras e artigos como uma cidade fascinante, repleta de magníficas edificações, onde a beleza e a ordem reinavam absolutas.
    Blavatsky obteve seus conhecimentos através do auxílio de grandes mestres secretosdo oriente. W. Scott Elliot, Annie Besant, C. W. Leadbeater, todos pertencentes à Sociedade Teosófica, também descrevem a Atlântida em suas obras, ilustrando ainda mais os aspectos peculiares deste continente desaparecido que até hoje desafia o conhecimento e a imaginação da humanidade.
    Segundo a teosofia, este continente serviu ao desenvolvimento  da 4ª raça raiz (3ª ronda), que , assim como a lemuriana, subdividiu-se também em 7 sub-raças, das quais os descendentes que herdaram as características mais fundamentais são a raça amarela e a vermelha. Embora existam ramos diretos também da raça branca como os povos semitas (é interessante notar que a língua semita não faz parte do ramo hindo-uropeu, que engloba os povos da 5ª raça a ariana que incluem os indianos do norte da ìndia e a grande maioria dos europeus e iranianos). O povo que mais se assemelhava com os atlantes originais foram os toltecas, muito mais antigos do que estima a história oficial , grandes edificadores da América central.  Os atlantes originais segundo Helena P. Blavatsky eram de elevada estatura, pele avermelhada e olhos oblíquos. Sua religião era o culto de Manu, o governante divino.
   A tecnologia dos atlantes, segundo W. Scott Elliot. Erigiam construções e construíam veículos que desafiava a gravidade, que os antigos textos hindus denominam “Vimaanas”. Sua escrita muito se assemelhavam aos antigos hieróglifos egípcios, e possuíam também o dom da telepatia, como um dos meios mais eficientes de comunicação â distancia. Seus templos eram magníficos, onde um único disco solar de ouro representava o único emblema apropriado para representação simbólica de seu “Governante Divino”, disco este que captava os primeiros raios de sol do equinócio de primavera e o solstício de verão. A medicina estava baseada na magnetização, herbalismo, alinhamento dos chakras e no profundo conhecimento dos meridianos energéticos (nadis). Eram versados na astrologia , utilizando este conhecimento na própria medicina. Possuíam também grande poder na utilização da força dos chakras, através dos quais obtinham acesso à energia do “Vril”. As mulheres possuíam condições de igualdade com os homens, e poderiam até gozar de um status superior, no caso daquelas que possuíam a capacidade de canalizar o “Vril” mais profundamente.
    Posteriormente se iniciou um período de decadência, com a representação e adoração de figuras humanas, escravização dos atlantes do sul, e abusos egocêntricos das potencialidades energéticas, e passaram então a efetuar a magia negra, voltando toda a força sutil conhecida ao auxílio do “ego”. Começaram surgir as classes dominantes monopolizando o ensino avançado e corrompendo todo o sistema governamental. Os rituais se degeneraram, incluindo sacrifícios de sangue, e o advento da magia negra possibilitou o gradativo acúmulo de energias densificadas, iniciando um período de total depravação moral e degradação social.
    Cerca de 50 mil anos antes da primeira grande catástrofe, os seguidores da magia negra sublevaram-se e elegeram um imperador rival, forçando o grande imperador a deixar a capital, assumindo o total controle do poder vigente no país.
    Há 800 mil anos a primeira catástrofe reduziu a Atlântida, pondo término à dinastia dos imperadores ligados à magia negra. Aos poucos levas de atlantes foram emigrando , formando  núcleos em outros continentes, inicialmente a América e extremo oriente asiático, depois novas levas que deram origem aos proto-arianos, os quais iriam , no norte da Índia dar inicio à 5ª raça dos Arianos (Arianos, na concepção exata, nada tem a ver com o arianismo absurdo da sociedade Thule da Alemanha. Arianos surgiram ao norte Índia, a qual dominaram após sucessivas invasões, , e jamais no norte da Europa). Outro povo, cuja origem é ainda hoje desconhecida, cuja língua não se aparenta com nenhuma outra , que são os povos bascos, oriundos das pouquíssimas levas de atlantes à Europa, assim como também os etruscos. A última leva de atlantes, que constituíam a “grande loja branca”, transferiu-se para o Egito, fundando a 1ª dinastia divina. É, pois, da Atlântida pois a ascendência do antigo  povo egípcio, cuja civilização herdou a grande sabedoria que os atlantes eram detentores. É muito importante deixar claro que a civilização egípcia possui mais de 10 mil anos, diferentemente daquilo que preconiza a historia oficial. 



Nota: O “Vril” mencionado inúmeras vezes na dissertação, é a energia dinâmica que mantém a estrutura do universo. Na física quântica a “Teoria das Cordas” revela que as partículas-onda são conglomerados de energia que se diferenciam através de sua própria sequencia vibratória. Sequência esta que em teosofia são classificadas sob a denominação de “as três gunas”, sattva, rajas e tamas. Dominando essa energia é possível operar a matéria através da energia que a compõe. Através do desenvolvimento do chakra coronal, o “Bramaranda ou Sahashara”, tal energia pode ser captada, e, dominada, promovendo materializações, transmutações, curar todo tipo de enfermidade, inversão do eixo gravitacional de elementos materiais. Essa energia é a essência primordial de tudo aquilo que existe, à qual podemos até dizer que é a imanência do Grande Arquiteto, plasmando universos e descortinando a sabedoria.


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