quarta-feira, 22 de junho de 2022

COMPREENDENDO A ASTROLOGIA segunda parte

 


                                               Aspectos Planetários.

 

        Os aspectos planetários vêm ser as distâncias, na forma de ângulos, as chamadas distâncias angulares entre os planetas, as quais poderão ser harmônicas ou desarmônicas em relação às suas frequências magnéticas. Certos distanciamentos poderão acelerar, aumentar, atrasar e também desviar essas frequências. Tomemos, por exemplo, o trígono, 120°. Este vem ser um bom aspecto.

        Temos alguns aspectos enunciados por Ptolomeu e outros por John Kepler. Do primeiro poderemos citar 6 aspetos a saber:

        1. Paralelo ou Antíscio. V

        2. Conjunção (0°). V

        3. Sextil (60°). B

        4. Quadratura (90°). M

        5. Trígono (120°). B

        6. Oposição (180°). M

 

        Os aspectos possuem três tipos de natureza: a natureza benéfica, a qual sinalizamos com a letra B, após o nome do aspecto; a natureza variável, a qual sinalizamos com a letra V, após cada aspecto, e a natureza maléfica, que sinalizam os com a letra M, após cada aspecto em questão. O importante é o conhecimento dos aspectos essenciais definidos por Ptolomeu.

        A maioria possui símbolos próprios largamente utilizados na literatura astrológica.

        A seguir:

 

 



 

 

        O aspecto definido como Paralelo, P, ocorre quando os astros estão no mesmo lado do Equador Celeste, e o mesmo grau de declinação.

        Já o Contra Paralelo vem ser a mesma declinação dando-se em lados contrários do Equador Celeste, como poderemos ver nos gráficos que se seguem.

 

 

 

 


 

 símbolos respectivos da Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.

        O Paralelo pode ser analisado como um tipo de conjunção tênue, e o Contra Paralelo como uma oposição, ainda que leve. (A conjunção é formada quando possuem a mesma longitude — ou aproximadamente, como veremos no estudo das Orbes, mais adiante).

 

 


 

        Os aspectos preconizados pelo astrônomo John Kepler, são, segundo se conclui, angulações formadas por raios magnéticos de dois astros capazes de encetar virtudes sublunares.

        Teremos, então:

        Vigintil — em torno de 18°.

        Quindecil — 24° (em torno deste ângulo, como todos, aproximadamente a seguir). V

        Semi-sextil — 30°. B

        Decil ou Semi-quintil — 36°. B

         Semi-quadratura — 45°. M

        Tredecil — 108°. V

        Sesquiquadratura — 135°. M

        Biquintil — 144°. B

        Quincúncio — 150°. M

        Quntil — 72°. B

 

        Conjunções e Paralelos de natureza benéfica:

        1. Lua em conjunção ou Paralelo com Júpiter, Mercúrio ou Vênus.

        2. Vênus em conjunção ou Paralelo com Júpiter.

        3. Mercúrio em conjunção ou Paralelo com Vênus ou Júpiter.

        4. Júpiter em conjunção ou Paralelo com Saturno ou Netuno.

        5. Sol em conjunção ou Paralelo com Júpiter.

        É possível notar que, com exceção do quarto item, todos os aspectos não envolvem planetas de natureza maléfica, e, a própria exceção se dá com a forte influência do Grande Benéfico, Júpiter.

 

        Conjunções e Paralelos de natureza maléfica:

        1. Lua em conjunção ou Paralelo com Marte, Saturno ou Urano.

        2. Mercúrio em conjunção ou Paralelo com Marte ou Saturno.

        3. Vênus em conjunção ou Paralelo com Marte ou Saturno.

        4. Sol em conjunção ou Paralelo com Marte ou Saturno.

        5. Marte em conjunção ou Paralelo com Júpiter, Saturno, Urano é Netuno.

        Podemos notar que, em todas as relações, há um planeta maléfico exercendo aspecto.

 

         Conjunções e Paralelos de natureza nem boa nem má:

        1. Lua em conjunção ou Paralelo com Sol ou Netuno.

        2. Mercúrio em conjunção ou Paralelo com Sol, Urano ou Netuno.

        3. Sol em conjunção ou Paralelo com Netuno.

        4. Urano em conjunção ou Paralelo com Netuno.

       Podemos notar aqui que a relação se dá apenas entre astros cuja natureza é variável.

 

 


 

 

 paralelo, oposição, quadratura, sextil, conjunção, trígono, semiquadratura, semisextil, semiquintil, biquintil, sesquiquadratura, quincúncio e quintil.

 

 

                       Órbita do Aspecto:

        É a distância entre os astros do ponto exato da angulação do aspecto em que se dá a influência. Ou seja, a distância mínima entre o aspecto exato e o ângulo em que inicia a sua influência.

 

        O aspecto se forma quando a distância entre dois astros é igual à metade de suas órbitas, o meio de alcance de suas órbitas. Por exemplo: A conjunção entre Lua e Vênus, como veremos no estudo das Orbes a seguir, têm respectivamente 12° para a Lua e 7° para Vênus.

        Somaremos 12 + 7 = 19, onde 19 ÷ 2 = 9° 30'.

        Portanto, quando a distância entre estes dois astros for maior que 9° 30' não maus se configura uma conjunção.

 

 

        As Aplicações e as Separações:

 

        Quando um astro mais veloz se aproxima da conjunção ou de qualquer outro aspecto em relação a outro astro, cuja velocidade se faz mais lenta, o astro de maior ligeireza "se aplica" sobre aquele de maior lentidão. Quando, tal astro, mais rápido, se afasta do aspecto com aquele astro mais lento, ocorre aquilo que se define como "separação" do mais rápido em relação ao mais vagaroso.

        Desta forma, a Lua se aplica sobre todos os demais consequente à sua maior velocidade em que trafega pelo zodíaco.

        Vemos, em seguida, de acordo com a maior rapidez, Mercúrio aplica-se sobre Vênus, sobre o Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Vênus sobre o Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O Sol sobre Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Marte sobre Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Júpiter sobre Saturno, Urano e Netuno. Saturno sobre Urano e Netuno. E, por fim, Urano sobre Netuno.

        Quando ocorre a retrogradacão planetária, o planeta retrógrado pode aplicar-se sobre qualquer outro astro, com a exceção da Lua.

 

                    Os diferentes graus de aplicação:

        1° Grau — O astro com maior rapidez move para o mais lento, se encontrando exatamente na metade das somas de suas duas órbitas, como vimos logo acima.

        2° Grau — O mais célere aplica-se sobre o de maior lentidão se encontrando na metade da órbita deste último.

        3° Grau — Se dá no momento em que o aspecto se encontra em exatidão, em graus e minutos.

        4° Grau — O astro de maior celeridade ultrapassa o grau exato é se encontra afastado metade da órbita do mais lento.

        5° Grau — O mais rápido se distancia do mais lerdo na metade da soma de ambas as órbitas.

        Quanto à influência, é correto afirmar que no 1° e 5° Grau, esta vem a ser de fraca intensidade, no 2° e 4° Grau a influência terá intensidade de moderada a forte, e, no 3° Grau a influência será poderosa.

 

 

 

                      Algumas definições importantes:

        — Via Combusta: parte do zodíaco entre o 13° de e 9° de , onde, os astros que transitam neste segmento, tornam-se deprimidos, isto é, perdem parte significativa de sua força de influência, tendo sua intensidade sobremaneira diminuída.

        — Planeta peregrino: É o planeta que não possui qualquer dignidade no local onde se encontra durante sua trajetória.

        — Aspecto Plástico: Vem ser o aspecto entre dois astros onde o grau está exato.

        Os signos do Fogo estão em um trígono mútuo, da mesma maneira que os signos da Terra, da Água e do Ar. O mesmo acontecendo com os signos comuns e fixos.

        — O aspecto paralelo não é contado diretamente no mapa, sendo o único a não ser especificado diretamente na visualização da carta, e sim através das efemérides.

 

 

 Os Modelos Planetários:

 

 

 

 


 

                                  

        1. A Grande Cruz:

        É formada por uma sequência de quatro quadraturas. Pode sugerir duas interpretações: a) de bloqueio, pela própria simbologia que a cruz representa.

       b) de poder de cumprimento dos propósitos pré-estabelecidos.

        Neste modelo de posicionamento planetário os planetas se comportam como se estivessem em um circuito fechado de circulação energética, o que pode significar um encadeamento de circunstâncias das quais o indivíduo tem dificuldade para se libertar. Isto pode advir das sementes kármicas ainda presentes na senda espiritual da própria pessoa, causando-lhe inquietações e sofrimentos.

        Quando as angulações se fazem em signos cardeais, a cadeia de circunstâncias se refere a assuntos imediatos, exigindo ações mais incisivas para a quebra deste ciclo. Em signos fixos as circunstâncias se estabelecem de forma crônica, persistindo através do tempo, as quais, para serem debeladas necessitam que sejam alcançados níveis de consciência mais elevados, para que a luz possa dissipar todas as trevas da insensatez geradora deste encadeamento. Já nos signos mutáveis, as circunstâncias são o reflexo de eventos passados, geradoras de traumas, complexos e depressões. A simples ideia de viver o agora já será um grande passo para desvanecer todas as funestas marcas de um passado eivado de tribulações.

 

 

 

 


 

                               2. A Cruz:

        Forma-se através de 2 astros em quadratura e um outro em oposição ao centro da própria quadratura. Indica obstáculos a serem sobrepujados, um desafio a ser superado como uma missão a ser transposta na busca dos caminhos da evolução espiritual.

 

 

 


 

 

                      3. O Grande Sextil ou Estrela de Davi:

        Temos aqui a circunferência, 360°, dividida em 6 planetas distantes 60° cada um deles, cuja imagem final é um hexágono inscrito na circunferência. É o indicativo de um dom, uma habilidade, um atributo a serem manifesto e exteriorizados enfocando uma missão ou uma auto realização.

 

 


 

 

 

                     4. Retângulo:

        Vem ser a figura formada no interior do círculo por dois sextis e dois trígonos unidos através de duas oposições que se cruzam interiormente à figura geométrica que se apresenta. Representa a afinidade extra física que deve ser utilizada como um dom — a mística potencialidade a ser doada ao mundo para auxiliar na obra da regeneração.

 

 

 


 

 

                        5. Yod ou o Dedo de Deus:

        É a conformação que se dá através das disposições de um sextil e 2 quincúncios. Vem ser o indício de sensibilidade, um dom intuitivo que necessita ser expresso.

 

 

 

 


 

                      6. Stellium:

        É uma múltipla conjunção, reunindo três ou mais astros em uma conjunção próxima à orbe de até 10°. Um stellium verdadeiro, no entanto, deve reunir mais de quatro astros. O stellium promove as energias e aspectos do signo em que se encontra. E, dependendo da casa em que se evidencia segue as determinações que aquela casa aponta.

 

 

 

 

 

                                       Os 8 Modelos Planetários Comportamentais.

 

        Tais modelos não são muito comuns de aparecerem, pelo menos na forma clássica, na grande maioria dos mapas. Eles se formam em conformidade com a distribuição dos astros pelo zodíaco, e são um excelente fator de interpretação que pode ser acrescentado à leitura convencional do mapa.

        Denotam padrões comportamentais assim como temperamentos específicos delineados nas disposições. Quanto mais próximo do modelo do padrão comportamental, mais forte será a sua significação. Da mesma maneira, quanto mais distante da característica do modelo, mais diminuta a característica que tal modelo determina.

 

 

 


 

 

        Modelo Espalhado: os astros ocupam as 10 casas, um astro para cada uma das casas. Há uma dispersão de energias, onde o espírito se faz agitado, com interesses desfocados, dificultando a concentração em um propósito específico. É um lembrete, ou um sinal astrológico para maior concentração é melhor direcionamento. O lado positivo denota uma polivalência do indivíduo, caso consiga administrar inúmeras e variadas atribuições.

 

 

 

 


 

        Feixe: O feixe é o modelo planetário onde os astros se dispõem em 4 casas do mapa    perfazendo 1/3 de toda a circunferência , posicionando dentro de aproximados 120° do mapa.

        Este padrão define a existência de atenção focada em determinada área, assim como o desinteresse a outras áreas e situações. Geralmente denota o tipo de pessoa concentrada em tópicos específicos de interesses, podendo ser algo positivo caso a energia seja positiva obtendo resultado que se deseja. O ponto médio do feixe indica a área em que se realiza tal intento. O lado negativo do feixe é justamente as consequentes limitações.

 

 

 


 

        Locomotiva: Os planetas se acomodam na circunferência tomando 2/3 de sua extensão, sobrando um espaço que corresponde a 120°, ou seja, um trígono. Há um espaço preenchido e um espaço vazio contíguo, indicando a necessidade de um maior preenchimento, uma missão a ser cumprida, uma meta a ser buscada, dentro de uma expectativa de concluir alguma tarefa. À semelhança de uma locomotiva e sua composição, temos esta que traciona os demais vagões, que, em sentido horário se processa como a energia ativa — sendo o último vagão, a energia passiva, tracionado pelos demais.

 

 

 


 

        Tigela: Os astros se dispõem na metade do círculo. A metade se agrupa de maneira organizada, estabelecendo um padrão dentro de uma simetria — a "ordem". Esta ordem tem à sua adjacência o vazio, se apresentando como um ideal a ser conquistado através da ordem e da elaboração consciente. O domínio de inúmeras áreas na busca da concretização de um prospecto. O vazio é, acima de qualquer coisa, um desafio, algo que escapa à ordem que almeja propagar.

 

 


 

        Balde: É a situação em que os astros estão todos de um lado da circunferência, com exceção de um astro focal do lado oposto. Este astro determina o aspecto comportamental do indivíduo em três diferentes situações: quando o astro focal estiver na direção do meio dos astros do outro lado, este tende à cautela, ao comedimento ; quando, em sentido anti-horário, o astro focal estiver antes desse ponto médio, o indivíduo tende a ser hesitante, temeroso em suas ações; já quando o astro focal ultrapassa tal ponto médio, denota um comportamento eivado de impulsividade. A alça, portanto, vem ser a saída das energias contidas na aglomeração dos demais astros. O astro isolado, dessa forma, em ângulo reto com o centro do balde, tem consciência daquilo que elabora e executa, foca as energias precisamente; inclinado para a esquerda desperdiça as energias; para a inclinação à direita (sentindo anti-horário), despende excessivamente as energias.

 

 

 


 

        Balança: Também conhecida como ampulheta ou gangorra por inúmeros autores, tem os astros divididos em dois grupos opostos um do outro na circunferência, deixando dois lados extensos de espaço vazio. Sua forma clássica, que seria também a forma ideal, tem sua disposição formando uma nítida simétrica oposição entre os grupos de astros. Indivíduos cujo mapa se explicita dessa maneira, possuem pontos de vistas conflitivos, uma indecisão inerente aos próprios princípios, uma batalha interior. Para os tais existem dois caminhos: estabelecer uma conciliação entre as diferentes ideias, formulando um direcionamento eclético e harmoniosa, ou oscila entre as vertentes conflitivas em si mesmo, fazendo-as irreconciliáveis.

 

 

 


 

        Funil ou Tripé: vem ser três grupos separados dentro da circunferência, cuja forma ideal possui 120° de distanciamento. Denota um ser renitente em seus próprios propósitos, ensimesmado no individualismo que lhe é próprio. Têm, no entanto, uma visão panorâmica dos contextos e circunstâncias que surgem em sua vida, pois integram três segmentos distintos do mapa astral, os quais domina e faz com que se harmonizem. Têm também o equilíbrio em suas decisões e perspectivas, pois possuem três pilares ou sustentáculos onde estão apoiados seus princípios.

 

 


 

 

        Ventilador: É muito semelhante ao modelo planetário do Balde. A diferença, no entanto, se dá na concentração dos astros do lado oposto ao astro focal, onde se conforma como um feixe de 120° e não um feixe de 180° como no Balde, tendo vários astros dentro de uma mesma casa. Também diferentemente do Balde, o astro focal (a alça) não se configura como um canal de saída de energias, mas sim como entrada das mesmas. A alça, portanto, é a causa e não o efeito — a interpretação, dessa forma, é oposta à do Balde.

 

 

                            Algumas observações suplementares:

        Planeta Cortante: vem ser aquele que, no mapa astral, tem à sua frente maior espaços, na direção dos ponteiros de um relógio.

        Planeta Anarético: Aquele que se localiza no último grau (29°)de em determinado signo.

        Declinação: É a distância de um astro do equador celeste, no sentido norte ou no sentido sul.

        Signos interceptados: Também chamado por diversos de signos intercalados. Ocorre quando a cúspide de uma determinada casa se encontra nos ângulos finais de um signo, e tal casa abrange um signo inteiro em sua extensão terminando no início de um terceiro signo. Casas assim, portanto, terão mais que 30°, dependendo da técnica utilizada para a determinação das casas como veremos a seguir.

 

 

 

                                                  A Relação da Extensão das Casas:

 

        É comum, na disposição das casas em todo o mapa, uma dimensão de 30° cada uma, formando uma distribuição igualada pelo zodíaco, semelhante aos signos.

        A extensão das casas pode variar de acordo com o método de cálculo que é utilizado, como os sistemas de Plácidus, de Koch, Morinus, etc.  No Sistema de Plácidus, por exemplo, para a determinação das casas, há uma diferença na extensão das mesmas. Neste, após a determinação do Ascendente e o MC, as casas que se dispõem entre estes dois pontos, são divididas de acordo com o período de tempo que leva para se chegar, do Asc até o MC. Conhecendo esse tempo, transforma-os em graus. Semelhantemente, faz o mesmo do MC até a Casa 7. É este um sistema de quadrantes, onde, por exemplo, as casas 5 e 6, opostas às casas 11 e 12, com as mesmas dimensões (número de graus), estabelecendo uma simetria. Da mesma maneira as casas 2 e 3 que se opõem às casas 8 e 9.

        Quanto mais longe do trópico do equador, maior a alteração nas extensões das casas. E, conforme citado acima, a extensão de uma casa é sempre igual à extensão da sua casa oposta no mapa astral.

        Segundo os sistemas em que há a diferença da extensão das casas, é possível a existência dos signos interceptados, mencionados anteriormente. Isso, no entanto, não significa que o indivíduo, em que tal evento ocorra, terá alguma habilidade reprimida, ou uma deficiência em alguma área, pois todas suas características peculiares dependerão do conjunto de informações reveladas na análise geral do mapa, como veremos, mais adiante, na Interpretação dos Mapas. O que pode eventualmente ocorrer são algumas dificuldades, caso esteja presente algum astro dentro do signo em interceptação.

 

 

 

                                                 Os Orbes dos Aspectos

 

        Como já vimos na explanação anterior, os aspectos são as relações entre os astros, sendo que, o planeta que possui velocidade maior, faz aspecto com aquele que anda mais lentamente. (Existem também aspectos formados entre os astros e determinados pontos do mapa astral).

        Devido à forte influência árabe nas astrologia, advindos do período da idade média, a precisão dos graus que se dá nos aspectos começaram a ter fundamental importância, pois quanto mais exatidão, ou maior proximidade de exatidão, maior e mais forte será o aspecto, sendo também, mais fortes os aspectos aplicativos (onde o mais rápido de aplica sobre o mais lento em sua aproximação), que os separativos, onde o mais rápido se distancia do mais lento.

        Dá-se o nome de "Partil" quando um aspecto se estabelece com exatidão. Ao aspecto distanciado da exatidão dá-se o nome de "Plastic".

        Orbe vem ser os graus que a energia de um planeta atinge em sua influência, de acordo com sua magnitude e também com a velocidade com que percorre o zodíaco.

        Passaremos aqui os Orbes correspondentes aos astros essenciais do zodíaco, aceitos por eminentes astrólogos estudiosos da área.

        Lua — tem seu orbe abrangendo 24°, sendo 12° antes e 12° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Mercúrio — tem seu orbe abrangendo 14°, sendo 7° antes e 7° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Vênus — tem também orbe abrangendo 14°, sendo 7° antes e 7° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Sol — tem seu orbe abrangendo 30°, sendo 15° antes e 15° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Marte — tem seu orbe abrangendo 16°, sendo 8° antes e 8° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Júpiter — tem seu orbe abrangendo 18°, 9° antes e 9° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Saturno — tem seu orbe abrangendo 18°, 9° antes e 9° depois nos caminhos de sua trajetória.

        Dessa forma, na abrangência destes Orbes, os aspectos são manifestos. Vamos citar um exemplo, no qual o planeta Mercúrio se encontra a 15° de ; o seu orbe abrange de 8° a 22° deste mesmo signo, faz, portanto, oposição a qualquer outro astro que se encontra no signo de escorpião nestes mesmos graus. Também faz aspecto de trígono a algum outro astro que se encontre transitando pelos signos de ou , dentro dos mesmos graus, assim como o sextil a um eventual astro em ou , dentro, também, dos mesmos graus acima citados. Caso o aspecto ocorra exatamente no 13° de qualquer um destes signos mencionados, teremos o "partil".

        Existem alguns aspectos que se fazem menos acentuados, e isto ocorre quando o aspecto é feito pela abrangência de um único astro. Por exemplo vamos citar o Sol, o qual tem o maior orbe entre os demais, ele poderá atingir o planeta Vênus com seus 15° antes ou depois, mesmo que esteja distante dos 7° antes ou depois deste planeta. Seu orbe tocaria Vênus sem que o orbe de Vênus venha a lhe tocar.

 


        Moites: É outro cálculo dos Orbes também muito utilizado por inúmeros astrólogos. Surgiu a partir do século XVIII definindo os Orbes através da soma entre dois astros, dividindo por 2. A média resultante definiria o número de graus a serem considerados como aspecto. "Moites" vem ter o significado de metade, como veremos a seguir. Tomemos o mesmo exemplo acima do Sol e de Vênus, onde se assomam os 15° do Sol em um de seus lados, com os 7° de Vênus também de um de seus lados. A somatória terá como resultado 22°, donde a "moites", a metade, será 11°. Dentro desta distância, portanto, segundo este cálculo, ocorreriam os aspectos.

        Seja qual for o cálculo que se dê a preferência, segundo grandes mestres da astrologia, não será um ou dois graus a mais ou a menos que vai modificar a interpretação da carta do indivíduo. Esta área, muitas vezes exige a ausência de qualquer radicalismo, onde o bom senso vale mais que pequenas diferenças matemáticas.

 

 

 

 

                           O Sistema de Dignidades e Debilidades Essenciais.

 

        Dignidades essenciais são as regências e exaltação, como principais, e a triplicidade, decanato e termo como secundárias.

        Já as debilidades vêm ser o exílio e a queda.

        Há também as dignidades acidentais as quais veremos futuramente.

        Todo astro expressa sua natureza onde trafega no círculo do zodíaco. Porém essa natureza pode ser exacerbada ou minguada dependendo do local, ou do signo em que se encontra. Em um determinado signo um astro pode ter maior facilidade em expressar a natureza que lhe é própria, tornando este mais estável e mais potente. Em outro signo o mesmo planeta pode se tornar extenuado, expressando sua natureza de maneira fraca. No local onde sua natureza está mais fortalecida pode-se afirmar que está dignificado, no outro caso ele estará debilitado  — daí o nome de dignidades e Debilidades.

        Há 5 categorias de dignidades e 2 de debilidades, sendo que entre as dignidades há aquelas principais e também as secundárias.

        As principais também chamadas dignidades maiores são a regência, a qual alguns autores chamam também de tronos, e a exaltação, o inverso dessas dignidades são, respectivamente, o exílio e a queda. As dignidades maiores são as chamadas completas, pois possuem suas debilidades correspondentes. Já as dignidades menores são denominadas incompletas por não possuírem uma debilidade correspondente.

 



        A Regência: É a mais importante das dignidades, e vem ser como um rei em seu país, e vem ser como um portal onde o signo expressa suas características intrínsecas.

        Os signos regidos pela Lua possuem uma natureza instável e abstraída; os regidos por Mercúrio possuem uma natureza adaptável às circunstâncias; por Vênus uma natureza sensual e agradável; pelo Sol uma natureza expressiva e impactante; por Marte uma natureza impetuosa e beligerante; por Júpiter uma natureza ardorosa e jovial; por Saturno uma natureza ríspida e circunspecta. Há, todavia, a influência dos elementos a serem consideradas. Tomemos o planeta Marte, como exemplo, que faz regência em áries, signo do elemento fogo e escorpião, signo do elemento água. Em áries possui a impulsividade o destemor, própria do elemento correspondente; já em escorpião possui a tenacidade e a determinação, onde as características próprias do planeta recebem o "tempero" próprio do elemento água.

 

                Como é determinada a regência: 

        A determinação das regências se faz de duas formas: as características das estações do ano correspondente a cada signo e a ordem dos astros segundo a própria velocidade peculiar a cada um, a chamada Ordem Caldaica.

        Vejamos aqui a Ordem Caldaica expressa na cronologia referente à volta completa no círculo do zodíaco:

        Do mais lento ao mais célere:

        Saturno — aproximados 29 anos.

        Júpiter — aproximados 12 anos.

        Marte — 2 anos e meio.

        Sol — 1 ano.

        Vênus — por volta de 1 ano.

        Mercúrio — também por volta de 1 ano.

        Lua — 1 mês aproximadamente.

        Quanto às estações (no hemisfério norte), os signos de e de demarcam o clímax do verão, o período de maus ampla luminosidade tendo,  dessa maneira a regência, não de dois planetas, mas doa dois luminares, a Lua e o Sol respectivamente. O Sol, masculino e diurno regendo , também masculino e diurno, Lua, que preside a noite, astro feminino, regendo , feminino e noturno. Saturno, planeta frio e seco, distante do Sol, rege e , signo do inverno no hemisfério setentrional de menor índice de luminosidade e calor. A regência dos demais signos segue a posição nas esferas celestes, segundo a Ordem Caldaica, onde Júpiter, por sua proximidade com Saturno, irá reger os dois signos adjacentes aos signos regidos por Saturno, e . Marte ser a o regente dos dois signos adjacentes aos regidos por Júpiter, e ; Vênus, da mesma maneira, e ; e, por fim, Mercúrio, com os signos e .

        A distribuição das regências no círculo zodiacal determina várias formas de simetria, entre as quais poderemos citar os signos lunares e os signos solares. Os lunares vêm ser , , , , e , como podemos ver no próprio sequenciamento do gráfico que segue.

 

 




 

 

 

        Há também os signos femininos, de polaridade negativa, noturnos, também chamados signos pares, dispostos segundo seus elementos correspondentes, a Terra e a Água. Os signos correspondentes aos elementos Fogo e Ar são os ímpares, positivos, masculinos e diurnos.         Com exceção do Sol e da Lua, que são os luminares, cada qual com sua polaridade se eximindo da duplicidade; cada um dos demais planetas terão uma regência diurna e outra noturna, uma de tendência extrovertida, outra introvertida, respectivamente. Como exemplo, voltemos ao planeta Marte, que possui a regência diurna em e a regência noturna em , cada qual com suas características intrínsecas diversas como vimos anteriormente.

 

 

 

 

 


 

                                                               Exílio:

        Também chamado por alguns autores de detrimento, é o estado inverso da regência, onde a expressão própria do planeta se encontra enfraquecida. Normalmente as virtudes próprias dos astros acabam se distorcendo, transformando-se nas imperfeições contrárias às qualidades intrínsecas. Assim, a ponderação e a atenção de Júpiter se derivam em imprudência e temeridade. A intrepidez e o arrojo de Marte se transformam em ódio é agressividade; sensualidade e a harmonia de Vênus em lascívia e desacordos;  a astúcia e o interesse de Mercúrio em desleixo e lassidão; a adaptabilidade da Lua em dissonância e indolência, a exuberância do Sol em exiguidade.

 

 

 

 


 

                                              Júbilo dos astros:

        Considero importante o conhecimento daquilo que vem a se caracterizar júbilo na astrologia. Júbilo é onde o astro sente-se maior conforto, tanto que o significado da palavra júbilo é alegria, regozijo, satisfação. (O júbilo, no entanto, é uma dignidade acidental, como veremos também futuramente)

        Vamos ver o júbilo dos astros em relação aos signos: os planetas possuem dois signos onde exercem a regência, diferentes dos luminares que têm apenas um signo cada qual, há um signo, no entanto, em que o astro possui maior conforto que o signo da outra regência. Neste signo ele estará na condição jubilosa, este será o signo de seu júbilo.

        Saturno é masculino, frio e diurno, assim como , também masculino, frio e diurno signo onde este planeta estará em júbilo. Júpiter é masculino, quente e diurno, tendo seu júbilo em , também quente signo do elemento Fogo masculino e diurno. Com Marte já ocorre diferentemente. Este planeta é noturno e masculino, quente e seco, e terá seu júbilo em , noturno também, porém feminino, frio e úmido, neutralizando a natureza quente e seca de Marte. Vênus é feminino e noturna, tendo seu júbilo em Touro, feminino e também noturno. Já Mercúrio, essencialmente seco, terá seu júbilo em , um signo frio e seco.

 

 


 

 

 

                                               Exaltação:

        Fazendo a analogia da regência a um reinado cujo soberano é um determinado planeta, na exaltação, o planeta assim elevado, seria como um líder do parlamento, o qual possui distinção e poderio.

        Assim como a regência, a exaltação dignifica o planeta na plena expressão de sua natureza e seu equilíbrio. Em oposição existe a queda, onde a instabilidade dificulta a expressão do próprio astro.

 

 

 

 


 

                                Determinação da exaltação e da queda:

        Baseia-se essencialmente nos ciclos existentes na natureza, onde um determinado astro faz sua correspondência com o período sazonal próprio do signo.

        O Sol exalta-se no signo de , no início da primavera no hemisfério norte, onde os dias se fazem maus longos e se inicia um período de luminosidade e calor. Temos neste signo a natureza quente e seca, a mesma que o Sol. A Lua exalta-se em , signo primaveril, feminino à sua semelhança, adjacente a , signo da exaltação do Sol, o luminar ao qual a Lua se posiciona lado a lado.

        Do outro lado, vemos Saturno, que se exalta em , do lado contrário à exaltação do Sol, que dá início ao outono, período frio no hemisfério norte, onde os dias começam a diminuir assim como o calor, próprio a um planeta frio como Saturno. Júpiter é o planeta da fecundidade e da fartura, e ter a sua exaltação em , signo do verão e das messes. Marte tem seu júbilo em , onde seu calor extremado é amenizado pela frieza de . Vênus é úmido e feminino, e exalta-se em , signo essencialmente da umidade que pressagia a primavera. Mercúrio de natureza seca tem sua exaltação no também seco signo de , onde também exerce regência. A queda, em todos os astros, tem seu local na oposição ao signo onde fazem suas exaltações.

 

        Os Graus da Exaltação: O conhecimento de tais localizações a advém da tradição astrológica, possivelmente do cálculo matemático efetuado pelos antigos sábios detentores do conhecimento das pretéritas civilizações. Estas localizações assinalam graus onde ocorre o clímax da exaltação do astro dentro do signo em questão, o ponto específico de maior amplitude de força.

        Teremos, então, a exaltação do Sol no grau 19° de ; da Lua 3° de ; de Saturno 21°; de Júpiter 15° ; Marte 28° de ; Vênus 16° de , e Mercúrio 16° de .

 

 

                                        As Dignidades Secundárias:

        Além da regência e da exaltação, que são as dignidades maiores ou completas, temia as dignidades menores ou incompletas, que têm este nome justamente por não possuírem uma debilidade correspondente. Estas são a Triplicidade, o Termo e a Face, e fazem uma avaliação da expressão do astro nas inúmeras localizações do círculo do zodíaco.

 

                                  As triplicidades:

        São dignidades menores que seguem o elemento correspondente à cada signo. Para cada um dos elementos são dispostos três astros, um diurno, outro noturno e um terceiro astro como participante. Os signos, portanto, se estabelecem em um grupo de três correspondendo a um mesmo elemento.

        Vejamos:

        Do fogo , e .

        Do ar , e .

        Da água , e .

        Da terra , é .

        O fogo tem a triplicidade diurna o Sol, a noturna Júpiter e a participante Saturno.

        O ar tem como diurna Saturno, noturna Mercúrio e a participante Júpiter.

       A água tem como diurna Vênus, noturna Marte e participante a Lua.

       A terra tem como diurna Vênus, noturna Lua e participante Marte.

        Podemos constatar que os elementos diurnos têm astros diurnos, os elementos noturnos astros noturnos. (Fogo e Ar — masculinos; Terra e a Água femininos).

        Observamos a tabela a seguir:

 

 


 

 

 

        Na triplicidade o astro não está no seu reino, como na regência, nem em sua chefia de parlamento como na exaltação, mas tem a sua relevância, ainda que pequena na similitude de uma liderança grupal.

        Alguns autores afirmam que, em um mapa diurno a triplicidade diurna tenderá a maior intensificação, assim como nos mapas noturnos a triplicidade noturna terá também maior intensidade.

        Os regentes da triplicidade recebem também o nome de primeira triplicidade, segunda triplicidade e terceira triplicidade, e este sequenciamento estará na dependência do mapa, se ele é diurno ou noturno (Recordando: um mapa diurno é quando o Sol está acima da linha do horizonte, um noturno quando abaixo desta). Segue a tabela abaixo para maior esclarecimento.

 

 


 

 

 

        Existem algumas variações na atribuição das triplicidades, alterando a sequência dos astros, algumas onde não há o terceiro participante. Porém, aqui frisamos a forma clássica de maior e mais ampla utilização.

 

        Os Termos:

        Os termos são a divisão do signo em 5 partes de diferentes tamanhos, onde em cada uma delas é colocado um dos 5 planetas da astrologia tradicional. Cada um dos signos é dividido de uma maneira diferente do outro. Tal divisão e o critério com que foi elaborada perde-se no grande período de tempo em que se conhece esta dignidade secundária.

        Observando na tabela que segue, podemos constatar que, na maioria dos casos, os planetas considerados maléficos, como Marte e Saturno, regem os últimos segmentos, e os essencialmente benéficos, como Vênus é Júpiter, na maioria dos casos, regem os segmentos iniciais.

        Seguindo a analogia que fizemos no início do texto, regência seria o rei, o monarca, exaltação o primeiro ministro, o chefe do parlamento, a triplicidade líder grupal, os termos seriam, nesta comparação alegórica, os chefes do clã familiar.

        Os termos egípcios são os mais conhecidos e de maior utilização, sendo este que também apresentamos no nosso estudo das dignidades menores, como se configura na tabela. Há, portanto, outras variações de alguns autores, como por exemplo os de Ptolomeu. Preferimos nos deter exclusivamente nos termos egípcios para que sejam os parâmetros essenciais desta dignidade.

 

 


 

 

 

                                                  As Faces:

        Muitos autores preferem a denominação de "decanatos", e, seguindo esta nomenclatura, poderemos ver que se trata da divisão em 3 partes de 10° dos 30° correspondentes a cada signo. Cada um destes 3 segmentos é chamado face, ou, o próprio nome de decanato. Cada uma destas faces possui um astro regente, segundo a Ordem Caldaica, onde a sequência se dá a partir do astro mais lento ao astro de maior rapidez no circuito do zodíaco.

        Saturno 25 anos.

        Júpiter 12, Marte 2,5; Sol 1, Vênus 1, Mercúrio também 1 e a Lua 1 mês.

 


 

        As Faces são as dignidades mais fracas, que tem origem na astrologia oriental, que vem reforçar relativamente a natureza do astro. Seguem os gráficos:

 

 


 

 

        Abordagem analítica dos Signos, dos Planetas, das Casas e dos Elementos no Contexto Astrológico.

 

                                     Os signos:

        — signo inicial onde se denota começos e recomeços, determinação, arrojo e disposição. Sob frequências negativas suas peculiaridades podem traduzir-se em individualismo, temeridade e precipitação. Aqui os astros podem se manifestar de maneira arrojada ou temerária.

        — boas frequências neste signo expressam ânimo e persistência, a longanimidade, a funcionabilidade. Já em frequências mais baixas pode expressar indolência, renitência e forte apego às coisas transitórias. Aqui os astros podem ter sua manifestação expressa de maneira estável ou oscilante.

        — as vibrações elevadas deste signo são a intelectualidade, civilidade, a expressividade, a resiliência e o afinco. Em baixas frequências estarão expostas a displicência, a leviandade assim como os excessos. Aqui os astros poderão se manifestar de forma multifuncional ou vacilante.

        — Nas frequências vibratórias mais sutis este signo inspira receptividade, empatia e afeição, em situações inversas pode expressar insegurança, introversão e apatia. Aqui os astros tendem a se manifestar de forma afável ou insensível.

        — Em elevadas vibrações este signo inspira a expressão de generosidade, otimismo e engenhosidade. Em vibrações mais densas podem encetar o orgulho, o individualismo e a altivez. Aqui os astros poderão se manifestar de maneira benevolente ou opressora.

        — as frequências mais elevadas inspiram empenho, diligência e disciplina. Nas frequências negativas poderão ocorrer expressões de desorganização, displicência e ociosidade. Os astros aqui poderão ter sua manifestação de praticidade ou debilidade.

        — em vibrações positivas este signo inspira o equilíbrio, a afabilidade e o apreço pela cultura. Em frequências negativas denota a apatia, o individualismo e a inconstância. Aqui os astros poderão se manifestar de forma harmônica ou eivados de indecisão.

         — as frequências mais elevadas denotam intensidade, percepção, caráter inovador. As baixas frequências denotam caráter possessivo, rancor e irritabilidade.

Aqui os astros podem ser expressivos ou ressentidos.

        — as vibrações energéticas de maior sutileza suscitam positividade, abrangência, espírito filosófico. As vibrações contrárias encetam o fanatismo, a arrogância e a irresponsabilidade. Aqui os astros poderão se configurar de forma expansiva ou excessiva.

        — as vibrações elevadas denotam responsabilidade, ordenamento e empenho nas atividades. Baixas vibrações encetam o materialismo, a obstinação e a avareza. Aqui os astros poderão se manifestar de maneira disciplinada ou imprudentes, conforme o aspecto.

        — altas vibrações incitam a fecundidade, a empatia e a originalidade. Em vibrações desconexas encetam a contumácia, a excentricidade e as obsessões. Aqui os astros poderão se manifestar de maneira inovadora ou obstinada.

        — as vibrações elevadas encetam a espiritualidade, os devaneios e a percepção. As mais densas frequências denotam inconstâncias, vacilação e falta de interação com o mundo exterior. Aqui os astros podem ser ligados à mística ou envoltos em fantasias.

 

        Signo Solar — "É a essência!" Determina os ângulos essenciais da personalidade de um indivíduo — aquilo que a pessoa é. Vem ser a posição que o Sol se coloca em relação às constelações no momento que a pessoa nasce.

 

        Signo Ascendente — "É a aparência!" Determina os dons presentes na pessoa em realizar suas ações perante o mundo — como a pessoa mostra-se e deseja que o mundo a veja. Corresponde à constelação que ascende no horizonte no momento exato de seu nascimento.

 

        Signo Lunar — Determina os aspectos relacionados à intuição, à emotividade àquilo que se traduz em sentimentos, refletindo os padrões da natureza íntima. É o posicionamento da Lua em relação às constelações (signos) no instante em que o indivíduo nasce.

 

                                              Os Planetas:

        1. Os Planetas Pessoais:

 

        Sol — Regente de : o Sol vai representar o ego do indivíduo, o ego que deseja algo, onde a pessoa tenha a oportunidade de crescer, mais especificamente relacionado ao astro rei, brilhar. Doador da vida, este astro representa a própria vida. É, portanto, o poder, a criação. Onde o Sol se localiza indica as características essenciais do indivíduo, toda sua natureza intrínseca.

 

        Lua — Regente de : traz em si os efeitos emocionais, a forma que a pessoa sente e os sentimentos que aderem em sua personalidade, em relação às circunstâncias, como o meio em que vive, seus desejos e aspirações, seus ideais e seus devaneios, e também às pessoas de seu entorno, os pais, avós, filhos, irmãos, seus relacionamentos afetivos.

 

        Mercúrio — Regente de e : É o astro do contato, do intercâmbio e da comunicação. Traz em si a maneira como a pessoa pensa, assimila e se interage ao meio.

 

        Vênus — Regente de e : relaciona-se com aquilo que o indivíduo ama, valoriza e tem atração, e à maneira com a qual estabelece tais sentimentos.

 

        Marte — Regente de e : É o astro que determina o destemor, a determinação e a impulsividade, e como tais características são manifestas. Diferente de Vênus, onde se coloca o amor, Marte é onde se coloca a paixão, muitas vezes instintiva, eivada de temeridade.

 

        2. Os Planetas Sociais:

 

        Júpiter — Regente de e : Como grande benéfico, da maior dimensão, representa onde o indivíduo tem a sua expansão, suas ideias, tarefas e empreitadas que visam o crescimento e a busca de prosperidade.

 

        Saturno — Regente de e : É o astro da austeridade, da sobriedade. Traz a prudência e a sensatez, onde o indivíduo permanece e disciplina suas ações.

 

        3. Planetas Transpessoais: (aqui mencionaremos os planetas não incluídos na astrologia clássica).

 

        Urano — Considerado co-regente de : Denota a criatividade, as transformações, onde são esperados mudanças e rompimento com antigas concepções.

 

        Netuno — Considerado como co-regente de : traz uma afinidade com o invisível, o celeste, o espiritual. Liga-se, portanto, à intuição, às revelações, à sensibilidade artística e suas inspirações.

 

 

                                 Casas do Zodíaco:

                                (Resumidamente)

        Casa 1. A identidade. Como o mundo vê o indivíduo. Suas características extrínsecas.

       Casa 2. Aquilo que o indivíduo possui, seus valores, seus bens materiais.

        Casa 3. Os estudos, a interação com o meio, seus parentes próximos, irmãos, primos, laços de primeiro grau.

        Casa 4. Local onde faz residência, onde mora, onde tem sua segurança. Refere também à mãe e sua ancestralidade, ascendência genética.

       Casa 5. Os divertimentos, o lazer, folguedos. Refere também aos filhos.

        Casa 6. Refere à profissão, ao emprego, ao trabalho e o dia a dia na labuta, assim como a saúde para cumprir seu desempenho.

        Casa 7. Relacionamentos, afinidades, parcerias, sociedade, casamento.

        Casa 8. Herança, desenlaces, atrações físicas (sexualidade), mudanças, tudo aquilo que tende a transformações.

        Casa 9. Aspectos filosóficos e religiosos — a crença e a fé, ensino superior. Deslocamentos.

Casa 10. Carreira do indivíduo, status na sociedade, o porvir. Aquilo que se refere ao pai.

        Casa 11. Intelectualidade, relacionamentos de amizade e coleguismo.

        Casa 12. O inconsciente, aquilo que deve ser enfrentado no cumprimento da missão, os sonhos e as reclusões.

 

                                     Os Elementos e suas Naturezas:

        Os Elementos denotam os aspectos que se estabelecem mediante as variadas circunstâncias.

        O elemento Fogo traz em si a realidade abstrata da intuição, onde se inspira. O elemento Terra traz em si a sensação onde a inspiração do elemento Fogo se materializa. O elemento Ar traz em si a razão, onde a materialização do elemento Terra se dispersa. O elemento Água traz em si a emoção, onde a dispersão do elemento Ar se dilui.

        O elemento Fogo é a energia e a motivação pela vida, ele é o impulso que enceta os projetos, que incita a busca para a realização dos anseios.

       O elemento Terra é o que plasma a materialização, que dá forma às prospecções, que dá concretude àquilo que foi projetado.

        O elemento Ar concebe o discernimento e a consciência para a compreensão da sequência impulso e concretização.

        O Elemento Água é que transmite a subjetividade, o sentimento essencial para a adaptabilidade.

        A natureza do elemento Fogo confere a energia, o ímpeto e a vontade, explicitando a engenhosidade e o amor próprio. Seus signos — , e .

        A natureza do elemento Terra confere a praticidade, e a atividade e a aplicação, explicitando o domínio e aptidão para as operações no plano material. Seus signos — , e .

        A natureza do elemento Ar confere a compreensão, o discernimento e o juízo,  explicitando a percepção cognitiva e a acessibilidade. Seus signos — , e .

        A natureza do elemento Água traz em si as impressões emocionais e a tomada de sentimento, explicitando os encadeamentos, a unidade, os vínculos necessários à convergência nos caminhos evolutivos : o oceano onde os rios acabam por afluir. Seus signos — , e .

 

        Conhecendo as sequências explanadas acima, poderemos compreender a formação dos pares na conexão com os elementos contrários: o Fogo com a o Ar; a Água com a Terra. Casa qual com seu elemento complementar.

        Vemos nestas conexões a intensidade intrínseca do elemento Fogo se harmonizar com a afabilidade do Ar. Assim como a materialidade da Terra se harmonizar com a sensibilidade da Água.

        Na complementação que se dá entre os elementos poderemos caracterizar a dinâmica de suas convergências, o equilíbrio em sua interação, e os excessos em seus descomedimentos.

 

 

                                          As Lunações no Mapa Astral.

 

        É muito simples observar as Lunações que se fazem presentes nos mapas astrais, basta encontrar a posição do Sol, e, seguindo seu ponto exato, traça-se uma reta de 180°, como poderemos observar na figura anexa, dividindo o círculo do zodíaco em duas metades. No centro do círculo, então, traça-se uma perpendicular, a partir da qual teremos o círculo dividido em 4 quadrantes iguais.

        Observamos em seguida qual a posição da Lua no Mapa. Se estiver entre o Sol até o ângulo formado de 90°, estará na fase de lua nova; se estiver além dos 90° até 180°, estará na fase crescente; se estiver além do ângulo de 180° até 270°, estará na fase da lua cheia; e, por fim, se estiver além dos 270° até a posição do Sol, o indivíduo ao qual o mapa pertence, terá nascido no período da fase minguante.

 

 

 


 

 

 

        Vejamos agora os elementos correspondentes aos quatro segmentos da esfera sublunar e seus humores (suas naturezas):

        A lua minguante terá as características correspondentes ao elemento Ar, cuja natureza será a sanguínea, quente e úmida.

        A lua nova terá as características correspondentes ao elemento Fogo, cuja natureza será a colérica, quente e seca.

        A lua cheia terá as características correspondentes ao elemento Água, cuja natureza será a fleumática, frio e úmido.

        A lua crescente terá as características ao elemento Terra, cuja natureza será a melancólica, fria e seca.

       A lua nova acumula o calor, a crescente ganha a motivação, calor e umidade. A cheia esfria, mantendo a umidade, ganhando a secura gradualmente, a minguante mantém a frieza e ganha a secura.

        Alguns autores estabelecem uma correspondência diferente em tais correspondências.    

       A Lua vem ser um elemento flutuante no circuito do zodíaco, pois trafega rapidamente em todo seu trajeto, se reconfigurando na sequência de cada uma de suas fases, em sua correspondência com o posicionamento do Sol.

        Na lua nova, onde se estabelece uma conjunção com o Sol em seu clímax, há uma impulsão energética, preparando o despertar de uma nova fase onde se desponta a visibilidade, o momento de se dsr início a qualquer iniciativa — o passo inicial de uma empreitada. A lua crescente se estabelece a partir do ângulo de 90° com o Sol, vem ser o momento de dar sequência àquilo que foi iniciado na perspectiva da nova dirimindo dúvidas e superando obstáculos. A fase cheia se inicia a partir do ângulo de 180° com o Sol, e vem ser o momento no qual se vivencia os efeitos daquilo que foi elaborado nas fases anteriores, onde se defronta com o êxito ou o fracasso — alegria ou desilusão. A fase minguante tem início a partir do ângulo de 180° que se faz com o Sol. É o período em que se faz a avaliação de tudo aquilo que foi feito, reavaliado o que deve ser mantido e o que, por sua vez, deverá ser modificado, pois a fase seguinte será de um novo recomeço.

        Nas configurações a lua nova é representada por um círculo vazio, normalmente escuro. Na cheia é desenhado um círculo cheio, normalmente claro. A lua crescente se representa pela Lua no formato da letra C invertida. A minguante é representada pela Lua no formato da letra C na forma correta.

        Como já vimos anteriormente, a Lua em seus movimentos, é análoga ao ponteiro maior de um relógio, ao passo que o Sol o ponteiro menor. Quando a Lua faz seu contorno completo, assim como o ponteiro maior, o Sol anda um signo, como o ponteiro menor,  ou seja, para cada 360° da trajetória da Lua, teremos 30° de trajetória do Sol.

        Conhecendo as Lunações, conseguiremos com maior facilidade estabelecer uma coordenação mais precisa das 12 casas zodiacais, compreendendo-as com maior clareza.

 

 

                                    Astros Ocidentais e Orientais no Mapa Astral.

        Antes de adentrarmos na análise e interpretação dos horóscopos se faz necessário compreender um relevante assunto básico, que é o posicionamento dos astros no zodíaco conforme os dois hemisférios, no ocidente ou oriente do mapa.

        O astro quando presente nas casas 1, 2 e 3 ou nas casas 7, 8 e 9, eles se encontram no ocidente do mapa, serão, portanto, astros ocidentais.

        Os astros quando presentes nas casas 4, 5 e 6 ou nas casas 10, 11 e 12, se encontram no oriente do mapa, serão, portanto, astros orientais.

        Para saber se um astro está oriental ou ocidental ao Sol segue-se algumas disposições: Vênus e Mercúrio são orientais ao Sol quando suas longitudes são menores do que as do Sol, tais longitudes contando a partir do 0° de .

        A Lua é oriental a partir do seu grau preciso de oposição ao Sol, e ocidental a partir do seu grau preciso de conjunção ao Sol, ou seja, de sua conjunção à sua oposição. Já os demais planetas, a partir de Marte, serão orientais ao Sol desde o grau preciso de suas conjunções até o grau preciso de suas oposições; serão ocidentais, dessa forma, desde o preciso grau de suas oposições até o preciso grau de suas conjunções.

 


 

 

                                        Partes Árabes:

        Também chamadas Lotes Árabes, na verdade não tiveram início no período árabe. Manillus, Doroteus, Valens e outros autores já utilizavam tais lotes anteriormente aos árabes. A partir do século VIII, os árabes se aprofundaram, ampliaram e difundiram os lotes, por esta razão tiveram o nome de seu povo.

        As partes árabes, na astrologia, participam como significadores, isto é, auxiliam nas interpretações em temáticas mais específica, complementando os dados já colhidos em interpretações convencionais.

        Podem, desta forma, dar importantes informações sobre a saúde do indivíduo, sucesso na vida, casamento, assim como tragédias e outras especificações.

        Vamos ater, no entanto, nas partes ou lotes principais, que são a Parte da Fortuna e a Parte do Espírito.

        A Parte da Fortuna especifica a oportunidade, a sorte, sintetizando tudo aquilo que se faz importante para o êxito do indivíduo. Já a parte do espírito especifica os ambientes sociais do indivíduo, seja o ambiente familiar, seja o coletivo, mostrando como o indivíduo será dentro da sociedade.

 

                                  Cálculo da Parte da Fortuna:

        Nascimentos mapa diurno — Ascendente + Lua - Sol — Longitudes absolutas (apenas em graus, desprezando minutos e segundos) a partir de 0° de .

Nascimentos mapa noturno — Ascendente + Sol - Lua — Longitudes absolutas a partir de 0° de .

 

        Cálculo da Parte do Espírito:

Nascimentos mapa diurno: Ascendente + Sol - Lua — Longitudes absolutas a partir de 0° de .

Nascimentos mapa noturno: Ascendente + Lua ‐ Sol — Longitudes absolutas a partir de 0° de .

 

        Longitudes absolutas: 0°; 30°; 60°; 90°; 130°; 150°; 180°; 210°; 240°; 270°; 300°; 330°.

 

        O signo no qual estiver inserida a Parte da Fortuna ou a Parte do Espírito tem um número de anos que se dá pelos anos conferidos ao seu astro regente.

        Saturno terá a atribuição de 27 anos quando a regência se dá em , e 30 anos quando se dá em . Júpiter terá 12 anos tanto em , quanto em . Marte terá 15 em e . Sol terá 19 em . Vênus 8 em e . Mercúrio 20 em e . Lua 25 em .

        Vejamos, se a Parte da Fortuna estiver em , o primeiro regente do período, Marte, regerá o mapa astral durante o período dos 15 anos a partir do nascimento do indivíduo. Para sabermos os tempos seguintes após os 15 anos deveremos seguir a ordem do zodíaco, neste caso, segundo a ordem dos signos do zodíaco, será o planeta Vênus, regente de , regendo por 8 anos seguintes a vida do indivíduo, em seguida o regente de , que será Mercúrio, regendo por 20 anos, e assim sucessivamente.

        Como existem alguns períodos planetários muito longos, 30, 27, 25, 20 anos... Ocorrem variações dentro desse tempo estendido, às quais damos o nome de subperíodos — Muitos astrólogos, em suas interpretações, acabam dando maior relevância aos subperíodos que aos próprios períodos devido às tais variações.

        Para encontrar, portanto, os subperíodos, deveremos tomar o regente do período em si e reduzir seu número de anos para o número de meses. Vejamos no caso, o Sol, regente de . O Astro Rei tem seu período compreendido em 19 anos seu subperíodo inicial terá a duração cronológica de 19 meses. Deveremos seguir a ordem do zodíaco, neste caso o regente do próximo subperíodo será Mercúrio, regente do signo seguinte , que regerá, segundo a descrição no parágrafo anterior, 20 meses. Depois de Mercúrio será Vênus, regente de , seguindo a mesma ordem dos signos 8 meses; em seguida Júpiter, regente de 12 meses, e assim por diante, sempre seguindo sempre a ordem do zodíaco.

 

 

 

 

                                     Análise e Interpretação da Carta Natal.

 

 

                Conceitos Gerais:

 

        Logo que visualizamos o mapa deveremos ater no astro que rege o ascendente.

        Observar em seguida as casas angulares, que representam a faceta do indivíduo.  Tomemos a casa 1 — é a faceta de sua personalidade.

        A casa 4 — a faceta de seu mundo familiar.

        A casa 7 — a faceta dos relacionamentos com as outras pessoas.

        A casa 10 — a faceta de sua carreira profissional, seus negócios e empreitadas.

        Dentro destas casas há um incremento energético, e, os astros que nela se inserem, exercerá fortemente sua influência. Assim como a análise de qualquer astro que por vento da se encontra dentro destas casas angulares, deveremos observar o regente do signo análogo a tais focando sua natureza e seus aspectos.

 


 

 

 

 

        A energia nas casas sucedentes, embora não tão fortes quanto nas angulares, ainda se fazem relevantes.

        As sucedentes serão as subsequentes às angulares: casa 2, casa 5, casa 8 e casa 11.

        Muitos astros nestas casas denotam contumácia, resistência, determinismo e obstinação.

       Seguidas às sucedentes estão as cadentes. Os astros inseridos nestas casas já perderam a sua força essencial. Aqui se aguardam as transformações que seguem o sequenciamento de retorno às angulares. Pessoas com muitos astros nas casas cadentes tendem a buscar novas perspectivas — sejam filosofias, ambientes, ideias e parâmetros.

        Os astros em domicílio e exaltação terão grande influência na trajetória de vida do indivíduo, especialmente quando inseridos nas casas angulares e sucedentes, como citamos acima, onde suas energias estão em evidência.

 


 

 

        No mapa faz-se a análise acerca dos assuntos explicitados em cada casa. Portanto, deveremos perguntar ao mapa acerca de assuntos específicos a cada casa.

        1. Observa-se a casa cuja temática queremos investigar.

       2. Veremos em seguida o astro regente do signo ao qual a casa é análoga.

        3. Vemos depois os astros que com tal fazem aspecto. Os benéficos e os bons aspectos trazem uma perspectiva favorável. Os maléficos e os maus aspectos representam os embaraços e as indisposições.

       Quando surgem elementos contraditórios, como condições favoráveis e desfavoráveis ao mesmo tempo, deve-se analisar quais são as mais caracterizadas,  que exercem maior predominância.

 


                   O Regente do Ascendente:

        O Regente do Ascendente vem ser o astro que rege todo o mapa astral de um indivíduo, e, consequentemente, toda a sua vida. Juntamente com os dois luminares, o Sol e a Lua, formam a tríade de relevância maior na carta Natal da pessoa. Como já observamos, o ascendente representa a imagem da pessoa que se apresenta ao mundo exterior, e seu regente representa seu destino pessoal, no qual seu ego e suas características pessoais se enquadram em todo o contexto energético presente no sequenciamento zodiacal. O signo solar, também exposto anteriormente, nos revela a natureza intrínseca do indivíduo, enquanto o ascendente a natureza que o indivíduo se apresenta para o mundo ante os contextos e circunstâncias que se dispõem na sua trajetória de existência.

 

        Vejamos as questões que a análise do mapa natal nos oferece à resolução:

 

        1. Todas as potencialidades essenciais do indivíduo expressas em suas faculdades e qualidades intrínsecas, tanto físicas quanto mentais.

        Das quais poderemos citar as essencialidades físicas a seguir:

        A) o caráter e a estrutura física.

        B) sua disposição orgânica e sua resistência às enfermidades, assim como suas fraquezas.

        C) seu tempo de vida.

        Suas essencialidades mentais:

        A) capacidade de assimilação.

        B) seu raciocínio, entendimento e discernimento.

        C) a forma com a qual expressa sua própria cognição.

 

        2. Seu relacionamento com o ambiente onde está inserido.

        A) seu primeiro núcleo familiar: seus pais e irmãos e parentes de maior intimidade.

        B) as características de sua vida neste meio.

       C) seu segundo núcleo familiar: casamento e prole.

 

        3. Seus relacionamentos sociais e todo seu contexto.

       A) seu ofício, sua vocação e sua atividade profissional.

       B) suas posses, seus bens, seu potencial econômico, suas finanças.

      C) suas viagens, seu lazer, seus hábitos recreativos.

     D) si as associações, seus vínculos e amizades.

     E) reclusões, internações, seus afastamentos do âmbito social.

     D) seu desligamento do mundo físico, o tipo de desenlace da concretude material.

 

                               Iniciando a análise:

 

        — Caráter e estrutura física:

 

         Os indicadores que serão os determinantes para a indicar a forma do corpo característica do indivíduo serão o signo ascendente e seu astro regente, e os astros que fazem aspecto com este regente. O signo ascendente também indicará a base da natureza psíquica da pessoa. (As características que os astros imprimem no corpo físico serão amplamente vistas no tópico referente aos Assinalamentos Astrais). Todas as características essenciais e suas particularidades serão conferidas pela influência energética dos astros, assim como da forma em que tais influências serão expressas através dos signos em que tais astros, de grande importância na carta natal, estiverem inseridos.

        O Sol, luminar que preside o dia, governa a primeira metade dos signos masculinos , , , , e , conferindo tonalidades mais claras. A Lua, que governa a segunda metade dos signos femininos, , , , , e , e confere uma tendência de matiz menos clara.

 

       — A disposição orgânica, a resistência às enfermidades e os pontos mais sensíveis.

 

        Quando se analisa um mapa de um indivíduo do sexo masculino:

         No mapa natal quando o Sol se encontra aflito por Saturno (aflito = algum aspecto desfavorável), é um indicador de que a saúde tende a ter algum prejuízo.

      Deve-se considerar, portanto, o Sol, representante da saúde,  a casa 6 onde se analisa a saúde física e emocional,  a casa 12, do medo e do isolamento, e o próprio ascendente.

       Deveremos ver os aspectos positivos e negativos também de Marte que aponta a constituição assim como as enfermidades agudas e os acidentes.

      Vejamos os aspectos do Sol em sua relação negativa com os demais planetas:

      Aflito por Júpiter — tendência às enfermidades do sangue e do fígado.

      Aflito pela Lua — constituição em enfraquecimento, fragilidade na saúde.

        Aflito conjuntamente por Marte e Saturno — pode significar a tendência para males súbitos, porém, o Sol quando aflito apenas pelo planeta Saturno, tende a ser de maior tendência à gravidade das doenças.

        Na casa 6, quando dentro desta está o Sol ou Saturno, é uma indicação de tendência a graves enfermidades, em especial as crônicas e degenerativas. Tendência fortemente exacerbada quando na presença destes dois astros concomitantemente.

        O Sol em bons aspectos com Júpiter, Marte ou Lua, exceto quando um dos astros estiver localizados nas casas 6, 8 e 12, há uma perspectiva favorável a uma excelente constituição.

 

        Quando se analisa o mapa de uma pessoa do sexo feminino:

Deveremos tomar a Lua no lugar do Sol como indicador de saúde.

Quando a Lua estiver afligindo o benéfico planeta Vênus, indica uma sai de frágil, um constante grau de debilidade tornando a pessoa notadamente enfermiça.

        A Lua aflita por um dos dois planetas maléficos, Marte ou Saturno — é um indicador altamente negativo à condição de saúde feminina.

        Assim como Saturno é o pior influenciador ao Sol para a saúde do homem, Marte se faz o     pior influenciador à saúde da mulher, e, assim como Saturno para o homem é pior mesmo quando o Sol é aflito por ambos os maléficos, Marte da mesma forma é pior que ambos em relação à Lua. O Sol, porém, quando aflito pelos dois maléficos, quando oriental, indica a tendência à mulher para graves acidentes.

        Saturno, quando oriental, aflito pela Lua, é um indicador da tendência de quedas.

        Marte, nas mesmas circunstâncias, revela a tendência a acidentes pelo fogo, seja através de queimaduras,  ou de armas.

        A característica da doença, a qual acomete o indivíduo, é indicada pela análise do signo que vem ocupar a casa de número 6, e também o signo que ocupa a casa de número 12.

 

        — A Mentalidade e seus atributos:

        Aqui, as indicações terão seus apontamentos através do exame particular do Signo Ascendente, da Casa de número 3, do Sol, da Lua, e de Mercúrio, indicador essencial do intelecto, do raciocínio e da comunicação — quando este planeta se insere em alguns signos ligados aos processos mentais e cognitivos, amplifica estas qualidades, evidenciando e exacerbando alguns aspectos das qualidades e virtudes ligadas à inteligência e a própria mentalidade.

        O ascendente quando representado pelos signos , , e confere uma tendência para afinidade científica, expressada pela alta capacidade cognitiva assim como pelo excelente dote criativo. Nestes 4 signos quando contém em suas extensões o planeta Mercúrio, favorece amplamente a criatividade e também a originalidade nas ideias, sendo estas essencialmente eivadas de nítido brilhantismo.

, e são indicativos de raciocínio rápido e célere assimilação dos temas a serem focados. , quando nele está inserido Mercúrio, explicita extrema rapidez nos pareceres e conclusões. Mercúrio em , favorece as conclusões desde que sejam estas meditadas e repensada. Em , traz a intuição aliada à racionalidade, imprimindo a elevada capacidade de discernimento.

        e indicadores de senso prático, dinamismo intelectual, assim como a visão essencial para as aplicações daquilo que foi concebido teoricamente. O planeta Mercúrio quando inserido em confere a precisão em todas as análises e observações. Já em , favorece uma memória singular.

        desperta a afinidade para os estudos estruturais, como a bioquímica, a evolução, algumas vezes, a mística por trás da ciência e da própria filosofia. Quando o planeta Mercúrio estiver dentro deste signo, amplifica a capacidade de memorização,  assim como a prudência na elaboração de ideias, planos e metas.

        traz a mente como um grande arquivo de dados e conhecimento, e, mesmo com mais morosa capacidade de cognição, traz a tendência inata pelas áreas da ciência natural. Quando Mercúrio se localiza dentro das angulações deste signo, há uma nítida tendência para a afinidade aos estudos de temas onde o elemento Terra rege a essencialidade.

 

        — O primeiro núcleo familiar e a interação neste contexto.

        A figura paterna: possui 4 significadores essenciais, que serão a casa de número 4 quando mulher, a casa de número 12 quando homem, o regente desta casa, o Sol, e por fim os astros inseridos nas duas casas acima mencionadas.

        Todos estes indicadores deverão ser analisados, observando seus aspectos e disposições dentro do próprio mapa.

        A figura materna: possui também 4 indicadores fundamentais, que vem ser a casa de número 10, quando mulher, a casa de número 4 quando homem, o astro regente desta casa; a Lua como significadora desta área da vida, assim como os astros que ocupam as casas acima citadas.

        Relação existentes entre os pais — verifica-se o Sol e Lua, em bons aspectos prevalecerá concórdia e harmonia; em maus aspectos ou desprovidos de qualquer aspecto, denota a tendência à desequilíbrios, a desarmonia e discordâncias.

        Relações existentes entre os pais e os filhos — deve ser tomado como indicador o regente do mapa, que confere toda a essência explícita do indivíduo. Em bons aspectos do regente do Ascendente com os significadores do pai (Sol) há a tendência de harmonia e concórdia, em maus aspectos há a tendência inversa. Em bons aspectos, o regente do Ascendente com os significadores da mãe (Vênus), revela uma tendência harmônica e positiva; em maus aspectos ocorrerá uma tendência contrária.

 

Irmãos e irmãs: há 3 indicadores — a casa de número 5, excluindo seus últimos 5° e incluindo os 5 últimos graus da casa que a precede; o regente desta casa de número 3, Marte com o significador dos irmãos e Vênus das irmãs, e, por fim, os astros presentes nesta 3° casa.

        Um aspecto benéfico entre o regente do Ascendente com os significadores e também com o regente da terceira casa é indicativo de harmonia e paz, aspecto negativo representa uma tendência inversa.

 

        — A vida do indivíduo no lar:  a casa de número 4 é a qual aborda o tema, assim como seu astro regente, os astros que nela possam estar inseridos e os aspectos correspondentes.

        Quando está casa de número 4 estiver vazia, sem nenhum astro inserido em sua extensão, observa-se o seu regente e os aspectos que com ele se estabelecem.

Saturno nesta casa indica uma tendência à desarmonia e instabilidades. Sendo um planeta estéril pode sugerir a possível esterilidade, e, quando aflito, exacerba a desarmonia e as propensões mais funestas. Contrariamente ao grande maléfico, Júpiter e Vênus nesta casa denotam a harmonia e as boas energias na vida doméstica. O Sol, quando em boa posição ou em bom aspecto indica positividade; quando, porém, em um mau posicionamento (Ausência de qualquer dignidade ou em situações de debilidade), prediz uma tendência à negatividade. Já o planeta Marte inserido nesta casa, denota uma tendência altamente negativa, pressagiando acidentes e enfermidades de natureza aguda, e, quanto mais fortalecido estiver, mais exacerbada serão estas propensões. Mercúrio, por sua vez, dependerá de seus aspectos — positivo quando bem influenciado e negativo quando aflito.

 

        — O Casamento ou a união civil.

        Irá depender de 4 astros significadores, a Lua e Vênus na carta natal masculina, e o Sol e Marte na carta natal feminina.

        Sinalização de casamento — Marte em bom aspecto com Vênus; Lua em bom aspecto em signo fecundo; Júpiter ou Vênus na casa de número 7; signos fecundos na casa de número 7; Lua em um signo fecundo na casa de número 5, casa de número 1, casa de número 10 e casa de número 11 — Vênus, da mesma forma, em signo fecundo nas casas 1, 5, 10 e 11.

        (Os signos fecundos são , e ).

        Lua e Vênus sem aspecto com Saturno, em conjunção ou bons aspectos com os regentes  da casa 1 e 7 também denota a possibilidade de casamento.

        Indicações negativas de casamento — Lua junto com Marte nos signos , , , e , em casas cadentes ou em aflição por Saturno: denotam dificuldade para se concretizar o casamento. Lua ocidental em conjunção, quadratura ou oposição ao Sol denota empecilhos e embaraços na realização do casamento.

 

        Harmonia ou desarmonia no meio conjugal afetivo — os planetas benéficos Júpiter ou Vênus na casa de número 7 em bons aspectos, juntos significa uma chance amplificada de um excelente convívio. Em circunferência onde estiverem aflitos é um indicativo as possíveis tendências a situações angustiantes. Se o planeta Marte estiver inserido na casa de número 7 denota uma tendência a agressividade neste meio — na incidência de maus aspectos tal tendência é exacerbada. Nesta mesma casa, 7°, quando Mercúrio, ou a Lua, ou o Sol nela estiverem inseridos, seja individualmente ou em conjunto, sem a incidência de aspectos ruins, denota uma tendência de harmonia e concórdia — caso ocorra a incidência de algum aspecto negativo, ocorrerá uma tendência contrária. Sol e a Lua em bom s aspectos também é um indicativo de harmonia, porém, ocorrerá o contrário quando os aspectos forem prejudiciais. Os planetas benéficos, Júpiter e Vênus, quando em aspectos positivos, são fortes indicativos de concórdia e entendimento mútuo. Se observarmos a Lua aflita pelo grande maléfico, Saturno, especialmente se o aspecto se enquadrar em oposição, há uma nítida predisposição a conflitos e instabilidades — tal tendência se agiganta quando um destes astros se insere dentro da casa de número 7. No caso de Vênus estiver em aflição por Saturno,  também é um indicativo potencial de instabilidades, se o aspecto, porém, for positivo, a tendência será inversa. Ocorrerá predisposição negativa quando a Lua estiver em oposição ou quadratura com os benéficos, encetando privações e possíveis transtornos.

        São infindáveis as combinações que podem ocorrer entre planetas, casas com seus possíveis aspectos positivos ou negativos, os exemplos, aqui explicitados, servem para que tenhamos a noção de estabelecer uma análise interpretativa de cada situação.

        Muitos autores especificam a duração do casamento e as disposições astrológicas que permitem uma leitura na elaboração de um determinado prognóstico. No entanto, é essencial observar as "tendências", que jamais se traduzirão em "fatalidades", simplesmente porque a própria razão da vida implica em transformações, e qualquer transformação presente tende alterar as consequências futuras.

 

 

        — Os Filhos:

        Neste quesito um importante significador vem ser a Lua, pois em si, traduz as inclinações próprias do sexo masculino e a potencialidade feminina.

        A Lua quando inserida nos signos de , , , ou inspira uma natureza fecunda, haja vista serem fecundos tais signos. Já nos signos de , , ou tende a uma natureza parcialmente fecunda, o que já não ocorre em, e , considerados dignos estéreis.

        A Lua nos ângulos (angular) das casas de número 1,7 ou 10 há uma potencial tendência para elevado número de filhos — cabe aqui dizer que potencialidade expressa uma capacidade, e não uma explicitação. Já nos signos de , , , signos, portanto, estéreis, se faz como indicativo de uma tendência para um número de filhos potencialmente exíguo, que, se estiver aflita por Saturno ou Marte, exacerba ainda mais tal tendência, até mesmo à probabilidade de não ter filho algum. A Lua nos signos férteis e também em aspectos positivos com Júpiter e Vênus exacerba a tendência de um potencial maior de número de filhos.

         A Lua sem aspectos negativos na casa de número 5 ou 11, também traz a expectativa de uma prole mais numerosa.

        Marte ou Saturno ou também o Sol, quando colocados na casa de número 5 ou casa de número 11, trazem uma tendência de enfraquecimento da prole, contrário aos benefícios ou a Lua nestas casas, que tendem a aumentar o vigor dos filhos.

         Os maléficos quando em signos fecundos e tais signos estiverem nas cúspides das casas de número 5 e 11, ou a Lua nestas casas aflita por Marte ou Saturno, há a tendência para um exacerbado enfraquecimento dos filhos, aumentando significativamente a vulnerabilidade às moléstias. Os maléficos, porém, nas casas de número 5 e 7, bem expectados por Júpiter ou Vênus, atenua as más influências, tendendo à recuperação do vigor da prole.

 

        — As finanças. O potencial econômico do indivíduo:

        Seus indicadores essenciais serão — A casa de número 2, tomando em consideração os 5 graus finais da casa de número 1 até seu 25°; o astro regente desta casa, e, caso exista, o signo interceptado por esta casa; a Parte da Fortuna; O grande benéfico, Júpiter, significador da abundância e da prosperidade; e por fim, os astros que possam estar inseridos na casa de número 2.

        As questões básicas sobre as finanças sempre se referem à possibilidade do indivíduo adquirir ou não considerável soma de valores de bens materiais. Assim como a maneira pela qual ter a adquirido estes bens, assim como se tais riquezas permanecerão sob sua posse ou perderá ao longo da vida.

        Os significadores, citados no início deste tópico, poderão ser fortalecidos ou enfraquecidos na carta natal. No primeiro caso, denotará uma tendência a ser possuidor de boa quantidade de bens. No segundo caso a indicação será contrária.

        Deve-se levar em consideração o regente da casa de número 2, observando sua localização no mapa assim como seus aspectos positivos ou negativos.

        Caso o astro regente esteja inserido na casa número 1, os bens será o adquiridos pelo empenho do próprio indivíduo, como se tipifica essência da própria casa, onde o verbo chave é Eu "Sou". Já na segunda, segundo sua essência primordial , a fortuna, ou seus bens, poderão advir derivando daquilo que a própria pessoa já possuía. Na casa de número 3 terá a origem em terceiros, parentes, negócios, amigos, parcerias. Na casa de número 4 através de atividades intimamente ligadas ao elemento Terra, como prospecções, negócios com imóveis, tesouros, etc. Na casa de número 5 os bens poderão advir através de sua prole ou através de negócios à distância, como viagens bem sucedidas em intercambialidade. Na casa de número 6, com a criação de animais e seu comércio. Na casa de número 7, através do casamento e outras formas de associações. Na casa de número 8 através de herança. Na casa de número 9 poderá advir através de demandas na justiça. Na casa de número 10 através de cargos, empregos ou influência de amigos em notável evidência. Na casa de número 11 através de projetos e empreitadas de risco. Na casa de número 12 através da utilização da tecnologia.

        Todas estas perspectivas deverão ser analisadas considerando os aspectos com os planetas maléficos e benéficos, especialmente com Júpiter, o guardião da abundância e da prosperidade. Aquele pois que tem o planeta Júpiter como senhor de seu ascendente, terá a forte tendência a ser um privilegiado no âmbito financeiro.

        Um planeta benéfico, ocupando a casa de número 2, sem estar em conjunção com o Sol, é um forte indicador de abastança e de prosperidade. No entanto, se houver nesta mesma casa um planeta maléfico, há uma propensão à perda ou dissipação de bens. Um planeta peregrino em maus aspectos, indica uma tendência a roubos de seus bens. (Um planeta peregrino é aquele que transita sobre um determinado local em que não existe nenhuma dignidade, maior ou menor).

        A Roda da Fortuna, quando ocupa a casa de número 4, é fortíssimo indicativo de prosperidade e fortuna duradoura. O mesmo ocorrerá com o Almúten do Ascendente na mesma casa (o significado de Almúten será explanado mais adiante).

        Júpiter na casa de número 5, também é um indicador de prosperidade e fortuna estável. O regente do Ascendente em conjunção com um astro em um ângulo de sua casa, ou também em exaltação indica grande bem patrimonial advindo através de um trabalho extenuante, de muita luta e determinação (casos excepcionalmente raros). Quando os luminares (Sol ou Lua) estiverem em ângulo em bons aspectos com outros astros também posicionados em ângulo, excetuando os ângulos em casas cadentes — O indivíduo já provém de uma família abastada e conservará aquilo que possui ao longo da vida. Já nas casas cadentes ocorrerá a tendência de perda ou dissipação de seu patrimônio.

 

 

        — Viagens, expedições e intercâmbios: as viagens, expedições e intercâmbios têm como prospecção a casa de número 3 e os astros que ali possam estar inseridos.

Se um signo móvel se posicionar na cúspide desta casa de número 3 há um indicativo de muitas viagens e intercâmbios. Astros benéficos e com aspectos positivos nesta casa denotam lucro e boas perspectivas. Caso contrário embaraços, atrasos e desventuras.

 

 

        — Amizades e inimizades:

        Os amigos:

        Deveremos observar a casa de número 11, seu planeta regente, assim como os luminares, Sol e Lua, e o planeta Mercúrio.

        Se planetas benéficos ou Mercúrio se encontram sob influência de aspectos positivos dentro da casa de número 11, extenso e bom rol de amizades. Caso se encontrem mal expectados denotam um panorama inverso. Maléficos nesta casa pressagiam falsas e dissimuladas amizades.

        Quando o regente do Ascendente estiver inserido na casa de número 12, denota um isolamento, um retraimento considerável da pessoa. Muitos planetas em um mesmo signo, denotam grande número de amigos, e, caso estejam em bom aspecto com os luminares, serão amizades positivas e fiéis. O regente do Ascendente na casa de número 11, ou o regente da casa de número 11 na casa ascendente, ou os governantes de ambas as casas em aspectos favoráveis indicam grandes amizades favorecidas pelo auxílio mútuo entre os tais.

        As datas especificadas pela posição dos planetas benéficos no mapa astral indicam a data do natalício das pessoas amigas, bem chegadas que trarão positividade ao nato. Já a posição dos maléficos indica a data do nascimento dos falsos amigos, próximos, potencialmente prejudiciais ao nato.

 

        Os inimigos: Deverão ser tomados em consideração os regentes das casas de número 12, 8, 7 e 4 — tais casas são justamente inversas às casas de número 1, 2, 6 e 10, indicativas da potencialidade naturais do indivíduo. Nas casas de número 4, 7, 8 e 12, devem-se observar os astros nelas inseridos.

        Quando existe algum planeta maléfico na casa de número 7, a casa oposta ao ascendente, denota a tendência de disputas e confrontos ao longo da vida. Especificamente Saturno, predispõe a fraude e engodos para sobrepujar o indivíduo. Quando o maléfico é Marte existe uma tendência a práticas e métodos violentos.

                Qualquer planeta que esteja encetando maus aspectos com os luminares, Sol e Lua na carta natal é a indicação de algum tipo de inimizade, e a análise específica de tais contendas deve ser feita seguindo a casa em que os luminares se encontram. Maléficos na casa 12 indica a tendência a inimigos ocultos, dissimulados. Inimigos potencialmente perigosos pode ser indicado pela presença de um dos maléficos nas casas de número 4, 7, 8 ou 12, quando este planeta maléfico está em um signo de sua queda ou detrimento ou também afligindo um dos luminares.

        Mercúrio quando em maus aspectos é também indicativo da presença de inimizades, e a natureza da inimizade é especificada pela natureza do planeta que o aflige.

        Quando o regente do Ascendente estiver bem posicionado em suas dignidades e também na positividade dos aspectos favoráveis, o nato nunca será sobrepujado pelos inimigos ou adversários. Quando o mesmo regente do Ascendente tiver maior poder que o regente da casa de número 7, isto é, estiver melhor colocado em dignidade e melhores aspectos, será vitorioso sobre todos aqueles que lhe são desafetos; da mesma maneira ocorre quando o regente da casa de número 10 se faz mais poderoso que o regente da casa de número 4.

 

 

        — Reclusões e penalidades.

        Devem ser levados em consideração quanto às reclusões os seguintes especificadores: a posição e a colocação dos luminares, Sol e Lua; os planetas maléficos e seus aspectos; as casas de número 7 e 12 e os astros inseridos em seus domínios. A relação que pode existir entre Saturno e a casa de número 12, assim como Marte e a casa de número 7, o primeiro especifica os aborrecimentos, o segundo a violência advinda através das indisposições e inimizades.

        Os luminares, Sol ou Lua, nestas casas de número 7 ou 12, sofrendo maus aspectos de algum dos planetas maléficos, expressam a tendência de violência, desventura e encarceramento. Dá mesma forma, quando os maléficos, Marte ou Saturno, dispostos em uma destas casas, também sugerem as mesmas sombrias perspectivas.

        Os maus presságios são prospectados também quando ambos os luminares se acham em seus exílios ou queda; Mercúrio nas casas de número 6, 8 ou 12 em mau aspecto com Saturno; e também quando há, no mapa uma quadratura ou oposição entre os dois planetas maléficos, Marte e Saturno.

        Outra situação que enceta uma tendência negativa no mapa astral se aflora quando o senhor, ou regente, do Ascendente é aflito, concomitantemente, pelos dois senhores das casas de número 7 e 12.

        Situações onde existe uma tendência positiva — um planeta benéfico em bom aspecto ou com algum tipo de dignidade dentro da casa de número 12; o regente do mapa (regente do signo ascendente) em boa posição na casa de número 12, ou em bom aspecto com o regente desta casa; o bom posicionamento dos luminares, livres das influências dos planetas maléficos.

 

 

        — O desenlace físico no Mapa Astral:

        O mapa indica a tendência da morte da pessoa, podendo ser natural ou acidental.

        Indicativos de acidental poderão se considerar quando o Sol e a Lua, os dois luminares, são aflitos por um planeta maléfico cada um deles, sem que haja algum aspecto positivo, de algum deles, com Júpiter ou Vênus; da mesma forma, a Lua, quando sofre mau aspecto por ambos os maléficos desde que não possua nenhuma ajuda dos benéficos, isto é, não tenha qualquer aspecto positivo nem com Júpiter, nem com Vênus. Também, existe uma tendência à morte acidental, quando, nos signos violentos — , e houver um mau aspecto dos maléficos sobre o Sol e a Lua, estando cada um destes luminares presentes em um destes signos, cada qual aflito por um planeta maléfico.

 

        Os aspectos de designação da morte ocasionada por violência: enquadra uma tendência de morte violenta quando Marte exerce mais de um aspecto negativo sobre algum dos luminares; ambos os luminares, Sol e Lua aflitos por um planeta maléfico nas casas de número 1, 4, 6, 8 ou 10; maléficos em oposição, deles dentro de signos violentos ou cardeais; luminares aflitos concomitantemente pelos dois maléficos, quando o Sol ou a Lua ou um dos maléficos se encontra em um signo violento; ambos os luminares em maus aspectos com um maléfico, sendo que um dos luminares esteja oriental.

        Há tendência ao suicídio quando Mercúrio, e um dos luminares estiver aflito por Saturno.

        O planeta Marte, por sua natureza, indica morte por queimaduras,  cortes, onde houver lutas, confrontos e perda de sangue. Já Saturno predispõe a fraturas, quedas, afogamentos. A natureza mais precisa das mortes violentas deve ser considerada segundo as casas ocupadas por um dos maléficos.

        O senhor da casa de número 8, também quando aflito pelos planetas maléficos pode pressagia morte por violência.

        Nas mortes naturais deveremos observar a casa de número 6 e a casa de número 8, assim como a posição de seus regentes. Os signos fixos denotam doenças do sangue; Os móveis relacionados à cabeça; os comuns às doenças frias. Saturno na casa de número 8 é o indicativo de tendência a mortes vagarosas; Marte, por sua natureza, pressagia desenlaces mais rápidos. Júpiter na casa de número 8 pressagia desenlaces desprovidos de dores, assim como Vênus, com tranquilidade e sem sofrimento. Os demais astros dependem de seus aspectos mais próximos.

 

                                            Duração da vida:

        Há dois tipos de análise, que se dá através do mapa, sobre este quesito. O primeiro estabelece uma análise geral, exprimindo um tempo de vida sem precisar o número de anos, apenas fazendo um prognóstico para uma longura de tempo ou uma brevidade de existência terrena. O segundo já enceta uma análise específica, onde denota a extensão da vida e sua provável época de desenlace físico. Há, portanto, duas espécies de análises: a geral e a específica.

        Na análise geral buscamos um significador denominado Hyleg — e este vem ser o "doador de vida", ou o Senhor da Vida que é o astro ou ponto específico da carta natal que determina a saúde e o tempo da vida, o qual veremos na sequência.

        Nesta análise os significadores serão: o Hyleg, o regente do Ascendente, o Sol e a Lua, considerados em suas relações com os planetas maléficos, a saber, Saturno e Marte.

        Na análise específica veremos o Alcohoden — que é o astro mais próximo ao Hyleg, com o qual faz aspecto, detentor de dignidade, que, segundo regras específicas, determinará os anos de vida do indivíduo — analisaremos seus aspectos com os outros astros.

        Também através da progressão do Hyleg poderemos observar os possíveis locais da morte do indivíduo — as Direções Astrológicas abordaremos nos próximos textos. As direções apontam o momento no qual o Hyleg sofre as influências, sejam tais por conjunção ou maus aspectos com os planetas maléficos — no ano, no qual se estabelece a projeção direcionada, em um mau aspecto com Saturno ou Marte (também a conjunção), poderá sugerir uma possível enfermidade, e, se o Alcohoden também se dispõem sob aspectos negativos com algum planeta maléfico, há o presságio de morte.

 

        A identificação do Hyleg: os locais de hylegia são as casas de número 1, 7, 9, 10 e 11, como podemos ver no gráfico a seguir. Nas quais devem ser tomados os 5 graus anteriores a estas casas, até o 25° de cada uma delas.

 

 


 

 

 

                           Em uma natividade diurna:

        A) ver se o Sol se encontra inserido em algum desses locais acima descritos — caso estiver, o Sol será o Hyleg.

        B) na ausência do Sol nestes locais, observa a Lua da mesma maneira — caso esta esteja nas posições descritas anteriormente, a Lua será o Hyleg.

        C) se nem o Sol, nem a Lua forem encontrados nos locais de hylegia, verifica-se algum planeta que possua pelo menos três dignidades essenciais — primeiramente junto à conjunção dos luminares que precede o nascimento; o lugar onde está o Sol; o lugar do Ascendente.

        D) não encontrando o planeta em nenhum destes locais toma-se como Hyleg o grau do Ascendente.

 

                           Em uma natividade noturna:

        A) ver se a Lua está em algum dos locais de Hylegia.

        B) ver em seguida o Sol nestes locais.

        C) se nem o Sol nem a Lua, verificar um planeta com várias dignidades essenciais no lugar da Lua, no lugar de oposição dos luminares que precede o nascimento ou no local da Parte da Fortuna.

        D) na falta do planeta torna-se o grau do Ascendente.

        Apósse determinar o Hyleg verifica-se o planeta que com ele faz aspecto e que possua mais dignidades nas suas proximidades — este será o Alcohoden que, conforme a sua posição, irá determinar a duração da vida do indivíduo. Caso ocorra mais de um planeta com aspectos com o Hyleg e possuir dignidades no local do Hyleg, devemos fazer a escolha seguindo os seguintes critérios:

         — ter mais dignidades no local do Hyleg.

         — estiver em casa angular ou sucedente.

         — estiver mais próximo da cúspide da casa angular ou sucedente.

        — tiver mais dignidades em seu próprio grau.

        — Estiver mais próximo do Sol sem ser combusto.

       — estiver oriental.

       — estiver em aspecto mais preciso com o Hyleg.

        Observamos a seguir o Alcohoden. Quando um dos planetas abaixo for o Alcohoden em cada tipo de casa (angular, sucedente, ou cadente) segundo o número de anos aproximado.

 

        Casa angular — Vida longa.

        Casa sucedente — Vida média.

        Casa cadente — Vida breve.

 

        Angular     Sucedente     Cadente

       Saturno  57            44                  33

       Júpiter    79            46                  12

       Marte      66            41                  15

       Sol          120           70                  19

      Vênus       83           45                    8

        Mercúrio  76            48                 20

        Lua          120           67                 25

 

        Observações: há inúmeras regras divergentes para se achar o Hyleg, assim como na identificação do Alcohoden, e isto causa resultados diferentes, números discordantes. O importante é ter em consciência que a astrologia aponta tendências, estabelecendo estimativas baseadas na potencialidade vital inerente ao corpo físico do indivíduo, resultado de todo um sequenciamento kármico. Todos os seres são regidos por uma gama de circunstâncias que se configuram dentro de uma prossecução cíclica, onde o nascimento, o crescimento, o período reprodutivo e o desenlace físico seguem um ritmo natural de frequências é vibrações. O Hyleg e o Alcohoden indicam os caminhos onde esta prossecução se propaga, indicando os segmentos onde há fortalecimento e aumento de vitalidade, assim como debilidades funcionais e perda de vitalidade. Uma pessoa acometida pelo alcoolismo, por exemplo, cujos órgãos já se encontram comprometidos, pode mudar seu destino abandonando o vício. A tendência seria a morte, porém, tendência não é sinônimo de fatalidade. O essencial é saber ler as tendências inscritas nas disposições astrológicas, predispondo novas perspectivas.

        Adentrarmos mais nos assuntos das previsões no estudo das direções astrológicas.

 

 

        A linguagem dos quadrantes:

Há no mapa astral 4 de 90° cada um dentro do círculo do mapa astral, onde os astros estão distribuídos. Esta distribuição e suas disposições nos fornecem informações muito relevantes das características intrínsecas do indivíduo, assim como suas reações ao meio em que vive.

 

 

 


 

 

 

        1° Quadrante — casas de número 1, 2 e 3. Mostram como o indivíduo expressas suas ações instintivas e suas necessidades essenciais. Muitos planetas neste quadrante denotam um indivíduo individualista e também propenso a uma disposição independente.

 

        2° Quadrante — casas de número 4, 5 e 6. Pessoas que tenham grande número de planetas neste segmento se dispõem com maior objetividade, tendo sua própria concepção da vida, centrados no contexto onde estão inseridos, sabendo aquilo que realmente precisam.

 

        3° Quadrante — casas de número 7, 8 e 9. Indivíduos com muitos planetas neste quadrante necessitam de relacionamentos, sem os quais poderão ter grande dificuldade conseguir se realizarem.

 

        4° Quadrante — casas de número 10, 11 e 12. Indivíduos com muitos planetas neste quadrante possuem ambição, forte desejo de realizarem-se. Apreciam o empenho mútuo e as motivações.

 

        Paz e Luz.