domingo, 19 de dezembro de 2021

AS FREQUÊNCIAS DO PLANETA NOS DIFERENTES CICLOS CÓSMICOS.

 

 


        É fundamental que se conheça, para o bom entendimento do texto a seguir, aquilo que é elencado na Teosofia como Rondas Cósmicas e Cadeias Planetárias, descrito pormenorizadamente em texto anteriormente postado.

        Na mudança de uma cadeia planetária a outra há uma mudança total nos fluxos de vida e de existência, assemelhando-se a um "Juízo Final", onde os seres, que não completaram seu devido processo evolutivo em uma cadeia, simplesmente deixarão de avançar na próxima cadeia planetária e adentrar em novos patamares na escala ascensional. Em uma Ronda Planetária a outra os seres que não alcançam a evolução esperada para seu sequenciamento evolutivo, afluem para outro orbe na mesma ronda em que estava reiniciando o processo evolutivo. Porém, quando falamos em Rondas Cósmicas, o período ultrapassa a cifra de milhões de anos, e das Cadeias Planetárias, em bilhões, ou até mesmo, segundo alguns autores, trilhões de anos. (Há um grande desacordo entre inúmeros autores e estudantes do esoterismo quanto às cronologias, porém, o essencial não está na mensuração do tempo e sim nas transformações que se sucedem em cada período). Aqui, no entanto, falaremos das mudanças que ocorrem nos períodos entre os adventos de cada uma das Raças Raízes. São sete Raças Raízes que a humanidade atravessa em cada Ronda Planetária, (Falamos das Raças Raízes também em outro texto anterior). Estamos na quinta raça raiz, na quarta ronda planetária. A quinta raça, a Ária, surgiu após a "atlante" e esta se sequenciou da "lemuriana". Uma raça raiz não se extingue após outra se derivar dela. Ela permanece com seu povo que conseguiu acompanhar as novas frequências do novo período. Por exemplo, os povos atlantes deram sequência aos arianos (arianos aqui nada têm a ver com a ilusão de um povo superior como preconizavam monstruosamente os nazistas. A quinta raça ariana surgiu no norte da Índia.), mas continuaram a existir, adaptados à nova frequência que adveio através dos milênios.

        As frequências, de modo algum se modificam de maneira abrupta, elas são a simultânea evolução dos seres com a evolução do planeta. Pois a Terra é um organismo vivo, e, assim como os seres que nela habitam, se transforma em sua, também, jornada evolutiva. A terra, em sua formação, era um globo ardente, composto de lavas e vapores, que foi se resfriando, permitindo, no decorrer de bilhões de anos a formação das formas de vida orgânicas. A evolução se processa sob transformações sincronizadas — terra, e os seres que nela habitam, na perfeita simbiose que promove a vida em seu sentido evolutivo. A evolução de cada ser deve seguir em sintonia com as mudanças da tônica do planeta. Cada ser possui sua própria  tônica  individual, (tanto que o tempo do exercício  do Pranayama deve obedecer essa tônica  própria) e essa tônica está  subordinada à tônica do planeta, conjugada à mesma frequência.

 

 


                             As Transformações de Gaia.

 

        Na mitologia grega Gaia é a Mãe Terra, a essência  telúrica primordial, guardiã  das potencialidades geradoras da geração e da vida. Voltando às Rondas Cósmicas, em seu esquema evolutivo, observamos que está em sua mais densa manifestação, o Globo D. Cada globo é  uma ronda em uma cedia planetária, e o globo D é  a manifestação  física do planeta, sendo que para cada ronda há a formação  de sete raças raízes. Estamos, pois, como citado anteriormente, na quinta raça desta quarta ronda. Em cada ronda há, portanto, sete mudanças de frequências.

Tudo é análogo no universo, assim como os seres humanos passam por transformações ao longo de sua vida física, a Terra passa por transformações em cada ronda que se sucede. Durante uma encarnação os seres humanos seguem uma subsequência de transformações, para o desempenho adequado a cada fase de sua vida. A infância, com seus hormônios de crescimento, a juventude com a descoberta da própria sexualidade, a maturidade com seu equilíbrio. Assim também é a terra que se transforma ao longo de sua ronda. 


 

        A terra é um ser vivo, pulsante, que se movimenta em sua trajetória ao sabor da mecânica celeste, moldando-se no seguimento de sua cronologia juntamente com os seres que a povoam. Assim como nós temos em nosso organismo uma infinidade de seres microscópicos em uma perfeita simbiose, a terra tem seus habitantes entre eles a espécie humana que, somente nesses últimos  tempos, começa  a se despertar para a realidade de um sistema no qual integra, e sem o perfeito equilíbrio, toda a vida estará  comprometida. Quando há um desequilíbrio entre as bactérias presentes no organismo humano, surgem as enfermidades, e o próprio organismo lança mão de seu sistema de defesa, e a febre é um sinal de que o sistema imunológico iniciou sua tarefa essencial. Assim é a Terra, cujo aquecimento global é muito mais que um efeito da agressão efetuada pelo gênero humano. É a febre de todo o contexto global de Gaia, prenunciando um período de transformações. Uma nova tônica se inicia. Estamos terminando o período da quinta raça raiz e iniciando o sexto, penúltimo da nossa quarta ronda de densificações.

 

 

 


                                A Melodia das Esferas.

 

        John Kepler em sua obra "Harmonices Mundi", escrita por volta do ano de 1619, idealiza frequências baseadas em notas musicais, diferentes para cada planeta, em uma melodia baseada no movimento  diário  desses astros, à semelhança da "música  das esferas" preconizada pelos antigos gregos. Segundo Kepler, o planeta Mercúrio, mais próximo ao Sol, e de maior velocidade de translação, se estabeleceria como um soprano, em sua entonação tendendo ao agudo, Vênus e Terra seriam os contraltos, Marte o tenor, e Júpiter e Saturno, os mais lentos, os baixos, cuja entonação se faz mais grave. A Terra, portanto, corresponderia ao intervalo musical de meio tom, o qual fez p astrônomo concluir que a Terra estabelecia em seu curso uma melodia em "mi-fá-mi", algo semelhante àquilo que preconizam os grandes mestres do esoterismo, que, segundo os quais, a frequência atual da terra se dá em um constante "Fá". E, ainda mais precisamente, em um "Fá menor". Porém, existe no momento atual o indício de uma mudança desta frequência. Uma mudança que vem ocorrendo há séculos, mas, que agora se intensifica e é  perceptível às pessoas de maior sensibilidade, como um zumbido emitido pela própria  natureza. Basta ficar em silêncio e "ouvir" uma constante chirriada, um sibilo que não passa despercebido se pararmos alguns instantes atentos ao seu sonido.

        Essa nova frequência, pronunciada por este som que gradualmente se intensifica, coincide com o nítido advento de uma nova raça, a sexta raça raiz que desponta no mundo, cada vez mais integrado, globalizado, em um dinâmico  intercâmbio entre todas as nações jamais visto na história. Atlantes, lemurianos e arianos, terceira, quarta e quinta raças raízes respectivamente, se integrando na convergência natural que se estabelece rumo a uma unidade, inaugurando a nova era onde todos os caminhos se encontram.

 

 

 

   


               A Incompatibilidade das Frequências.

 

        Os seres seguem o caminho da evolução, está jornada evolutiva, porém, não se assemelha a um curso cuja aprovação é automática. Se assim fosse não necessitaram tantos avatares, mestres, missionários e mártires em sacrifício pela humanidade. Cada ciclo tem sua semeadura inicial assim como, em seu término, a sua colheita — a separação do joio do trigo, onde o joio não terá sua parte na seara subsequente.

        A partir de uma nova frequência, os seres que não atingiram a mesma frequência do globo não encarnam mais no plano físico. Quase a totalidade dos grandes sábios e mestres espirituais têm consciência da realidade astral e dos seres que habitam nesse plano. Existem seres que intercambiam entre o astral e o plano físico, existem seres que vivem exclusivamente no astral sem nunca terem vivido na existência física, e existem seres que viveram no físico, porém, apenas em raríssimos casos conseguem reencarnar neste plano. São estes os Kama-Rajas, (do sânscrito, "Reis do Astral", Kama: astral; Rajas: reis), seres que não atingiram a nova frequência do planeta  no advento da última raça raiz. Estes se evoluem unicamente no astral, onde a evolução se processa muito mais lentamente do que no físico. Aqueles que se evoluem (Existem muitos Kama Rajas que se evoluíram), se confluirão com a humanidade na próxima ronda, os demais, na próxima mudança de frequência, estarão em uma frequência compatível apenas com o mais baixo submundo astral, do qual falaremos a seguir.

        Em certa explicação de um velho mestre ousei perguntar algo que sempre gera inúmeras dúvidas nas escolas de mistério: ..."e os animais? Se os seres humanos não atingem novas frequências, como é  possível seres das escalas zoológicas inferiores atingir os novos, já que estão presentes em todas as eras e períodos do nosso globo?"

A resposta a esta pergunta exige todo um segmento específico.

 

 

 


                        As frequências dos animais.

 

        Cada grupo tem sua frequência similar, cada espécie possui uma vibração compatível com a natureza presente em seu meio e em seus padrões essenciais, cada ser possui sua tônica individual, todo ser, no entanto, deve ter sua tônica, sua frequência compatível com as frequências do globo no qual está  inserido.

Cada espécie tem uma meta evolutiva que deve ser cumprida dentro de um ciclo, toda evolução pressupõe uma série de mudanças, transformações. Existiram espécies que não se adaptaram às mudanças de frequências ao longo das eras geológicas, e se extinguiram. As aves são o exemplo de transformações que ocorreram ao longo dos bilhões de anos da história natural do planeta. Vieram a partir dos répteis, e nem por isso os répteis deixaram de existir, foram extintas espécies de répteis que não acompanharam as transformações, que desencadearam o resfriamento do planeta com o declínio da concentração  do dióxido de carbono na atmosfera. Toda mudança natural no planeta advém das novas frequências que se sucedem ao longo das incontáveis eras.

        Os animais se evoluem, nada se faz estático no dinamismo natural presente em todo universo. Cada animal se evolui conjugado à própria  evolução  do planeta. Cada ser tem uma meta a cumprir, desde os primeiros aminoácidos que precederam as primeiras formas de vida orgânica. Sem a evolução particular de cada ser não existiriam as diversidades, sem as diversidades não existiriam as cadeias e teias interativas que propulsionaram todo o processo evolutivo do qual derivou o próprio homem. Aquele que estaciona ou involui se incompatibiliza com sua própria "missão existencial". O que se faz estacionário ou involutivo não corresponde ao dinamismo essencial do universo, deixando de cumprir o propósito fundamental daquilo que chamamos existência.

        Só contrário do que algumas escolas esotéricas preconizam, a involução existe. Podemos ver isso através da própria história, onde, alguns povos altamente evoluídos, se degeneraram através dos séculos atingindo níveis próximos à barbárie. Como citado anteriormente, se todo o processo fluísse em um contínuo direcionamento evolutivo, não necessitariam tantos sacrifícios dos guias da humanidade.

        Como disse um velho amigo frater Rosacruz: "Aquele que desconsidera a existência do processo involutivo talvez nunca tenha visto um gato feral!”.

 

 

 

 


                              Os Submundos Astrais.

 

          São muito poucos os que tiveram acesso ao conteúdo que segue.

        Os "Reis do Astral" têm este nome obviamente porque vivem no astral e nele adquiriram uma experiência de incontáveis milênios, tenham se evoluído ou não. São os anjos e os demônios de todas as mitologias, os deuses de povos e civilizações. O contato com esses seres nunca deixa de ser tão  fascinante quanto perigoso, pois, ao mesmo tempo que podem passar seus conhecimentos, adquiridos no próprio plano astral ou nas pretéritas civilizações onde viveram, podem também subjugar a alma da pessoa que estabelece o acesso, e seu banimento  requer muito mais tempo, conhecimento e energia que qualquer  expurgo de espíritos  humanos desencarnados.

        Em textos anteriores já dissertamos sobre a origem e características destes seres, aqui cabe acrescentar sobre as mudanças de frequências que baniram tais seres do plano físico. São eles atlantes e lemurianos que não alcançaram a nova frequência que surgiu no início da quinta raça raiz. (A grande maioria dos lemurianos e atlantes, no entanto, alcançou a nova frequência deste início de ciclo atual). São estes os atlantes de todo o período da quarta raça e os lemurianos cuja civilização existiu concomitante à raça atlante. (conforme explanação anterior, uma raça raiz não se extingue ao dar sequenciamento à raça raiz subsequente). Há, porém, os lemurianos que não alcançaram a frequência do advento da quarta raça raiz, a atlante (Os lemurianos pertencem à terceira raça raiz), neste caso estes permanecem duas mudanças de frequências atrás da frequência atual e se distanciam ainda mais da nova realidade do planeta.

        Detalhadamente: as frequências vão se modificando durante o período correspondente a uma raça raiz, até o momento que a nova frequência torna-se totalmente diferente da anterior. Estamos no período da quinta raça raiz, a Ária. Houve dessa forma, a mudança de frequência  da quarta raça raiz para a quinta raça raiz, assim como da terceira raça raiz para a quarta raça  raiz; desde os lemurianos até o período atual duas mudanças de frequência. Os Kama Rajas são os atlantes e lemurianos banidos no advento da quinta raça. Agora falaremos lemurianos banidos no advento da terceira raça raiz, a atlante. (É essencial ler o texto "As Raças Raízes", escrito anteriormente).

        Os lemurianos, quando banidos no advento da raça atlante, permaneceram evoluindo no astral, assim como são atualmente os Kama Rajas. Contudo, houve mais uma mudança de frequência, no advento da raça ária, e, cada nova frequência não afeta apenas o plano físico, mas também o plano astral. Após duas mudanças de frequências consecutivas, esses espíritos não conseguem manter-se no próprio  plano astral como o conhecemos, e são banidos para outra dimensão evolutiva do astral, na qual têm  acesso apenas os Kama Rajas, ficando os tais inacessíveis às  manifestações do plano físico, como o são os seres do mundo de Kama. Eles são literalmente "rebaixados" ao "Submundo", uma dimensão evolutiva mais baixa, o mundo das Qliphot, conforme o ensinamento cabalístico.

        O acesso a este submundo só é possível através da abertura de portais, na mais baixa magia negra que se tem conhecimento. E esses seres, banidos para este local, têm experiência espiritual ainda maior que os Kama Rajas, e se dispõem em hierarquias. São eles aquilo que se chamam verdadeiramente de demônios do submundo, os Arcontes da filosofia oculta.

        Aqui é importante frisar que não existem seres criados, nem seres eternamente estáticos no universo. Todos têm uma origem e seguem um dinamismo evolutivo, mesmo após sofrerem a tragédia da involução.

        Existe a barreira de duas frequências que nos  separam do submundo, no entanto, conforme referência anterior, existem maneiras de se abrirem portais, que uma vez abertos, trazem infortúnios, dependências e toda espécie de malefícios àqueles que temerariamente se aventuram nesta nefasta acessibilidade. O fechamento destes portais se dá de duas maneiras, através do banimento desses seres por mestres espirituais da mais elevada magnitude, ou da morte daquele que escancarou as portas do submundo pelos próprios seres que trouxe ao seu convívio. Pertencem ao grupo desses seres a casta que Jesus Cristo se referiu dos demônios silenciosos, dos quais preconizou o banimento com orações e jejuns.

        Alguns místicos chamam o Submundo de Cone da Lua, por ser nosso satélite o "cadáver astral" da cadeia planetária anterior à terrestre, a "Cadeia Lunar", mencionada no texto Rondas Cósmica e Cadeias Planetárias.

        Existem seres desses submundos soltos em nosso planeta, libertos do submundo pelos magos trevosos responsáveis pela abertura  desses portais. Apesar de ser número pequeno de entidades, seus efeitos perniciosos estão presentes em inúmeras catástrofes e também na proteção de governantes, ocultos ou não, que visam barrar a obra da regeneração. Esses seres permanecerão na Terra até o advento da nova frequência, da sexta raça raiz, que desponta neste final de ciclo, da qual falaremos a seguir.

 

 

 

 


                       A Nova Frequência de Aquário.

 

        A sexta raça raiz, ainda sem denominação,  será  a mescla das três precedentes, e está  há séculos em formação sobretudo nas Américas. Todas as ocorrências históricas se direcionaram a esse trabalho de renovação da humanidade para o advento de uma nova consciência onde o coletivo irá suplantar o nefasto individualismo que predominou em todo o período de duração do gênero  humano.

        O individualismo é instintivo, o ideal coletivo é consciente. Podemos constatar isso facilmente observando a própria natureza. Na África existem dois tipos de grandes macacos muito semelhantes, os chimpanzés e os bonobos, separados pelo grande Rio Congo. No lado onde vivem os bonobos há uma natureza generosa e farta, oposta à dos chimpanzés, onde se exige maior competitividade para prevalecer à sobrevivência. Os chimpanzés são, efetivamente, dotados de um instinto muito mais agressivo que os bonobos, dóceis e tranquilos. Os recursos humanos, favorecidos pelas descobertas científicas e tecnológicas, gradualmente estarão eliminando o flagelo da fome em nosso planeta. A consciência preponderando sobre a barbárie, futuramente, eliminará o capitalismo selvagem promotor das desigualdades e estratificações sociais, ainda presentes nas sociedades humanas.

        Concluímos que, em toda escala geológica há uma meta, ou um propósito, determinado para cada ser e para cada espécie. Aqueles que não atingem as novas frequências são os que dormem na estagnação da consciência. Os atuais Kama Rajas possuem elevadíssimo conhecimento, por isso seu consequente poder sobre o astral e sobre os homens. "Muito pior que a ignorância é a ilusão do Conhecimento". O ignorante possui todo um campo para a aragem e boa  semeadura. O "pretenso sábio" possui seu chão de concreto, onde será impossível estabelecer a messe. Está fortemente enraizado na antiga frequência que concebeu  como absolutamente essencial e verdadeira. Está fechado para novas concepções, será, portanto, incompatível com a nova frequência da jornada evolutiva de Gaia. ... "E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá" — Disse Jesus. (Lucas, 12, 48). Vinhos novos jamais se conservarão em odres velhos. É necessário que sejam conservados em odres novos, para que juntamente adquiram a boa qualidade exigida com o tempo. Velhas concepções  são odres velhos, mentes lacradas pela arrogância de um falso saber. "Mentes são como paraquedas, só  funcionam quando abertas", disse James Dewar.

        Esses seres, cuja concepção impede a compatibilidade com as novas frequências, uma vez no astral, não mais conseguirão reencarnar no plano físico. Sua evolução será morosa como dos Kama Rajas atuais, e estes, por sua vez, seguirão sua evolução no astral, caso suas frequências sejam compatíveis com as novas frequências do plano astral, uma vez que as mudanças de frequência repercutem também no mundo de Kama. (Kama: astral em sânscrito). Os Kama Rajas que não atingirem a nova frequência, passarão para o Submundo, e, os seres do submundo atual, serão "rebaixados" para um submundo ainda inferior, a menos que atinjam a nova frequência que repercute em todas as dimensões. Cada ser reiniciará sua sequência evolutiva nas próximas cadeias planetárias, seguindo as rondas compatíveis com suas frequências intrínsecas.

        Após a sexta raça raiz, decorrendo a incontável cronologia para cada ciclo, teremos a última mudança de frequência da quarta ronda, a sétima e última raça raiz antes do início da quinta ronda, na qual a terra deixará de ser física, tornando-se etérea no futuro globo D, seguindo os caminhos da desdensificação, no grande oceano da convergência, "onde todas as águas se encontram", na sublime fluidez da divindade suprema, e única.

 

Paz e Luz.

 


terça-feira, 23 de novembro de 2021

A INFLUÊNCIA DAS FORÇAS ASTRAIS SOBRE OS SERES FÍSICOS.



 

 

        O que separa o plano físico do plano astral são as próprias limitações dos seres ainda a passos lentos na senda evolutiva. A diferença entre esses dois planos está simplesmente na frequência vibratória. Podemos dizer grosseiramente que o físico se compõe basicamente de "matéria" grosseira e o astral de "matéria" sutil.

        Mas por que coloquei a palavra matéria entre aspas? Simplesmente porque matéria não existe!  Em textos anteriores, nas dissertações sobre a essência da matéria, vimos que ela se estabelece na "condensação" das energias. É o Todo estruturado no "quase nada". Todas as coisas derivam da energia primordial, ou energia essencial. A ciência já comprovou, através da mecânica quântica, que, no mundo subatômico, as partículas se comportam como ondas, e o que são as ondas senão energias?

        O mundo físico, em toda sua densidade e concretude, está alicerçado nos substratos energéticos. O mundo, aparentemente visível, se estrutura no mundo invisível, energético. Troquemos a palavra energético pela palavra espiritual, sem alterar a realidade que nos apresenta, e teremos o mundo espiritual, o plano de "Kama", na linguagem sânscrita, o plano astral onde se estrutura e nasce toda e qualquer "realidade física".

        Podemos concluir, então, que esses dois mundos se interpenetram, e mais ainda, são uma mesma coisa, dentro daquilo que podemos sentir e vivenciar. E, se eu perguntasse: O que é o pensamento? Já que matéria em si é energia densificada, o pensamento vem ser um tipo de energia, cuja frequência se faz altamente sutil. É o mundo espiritual no qual nosso ser nunca deixou de estar inserido, mesmo que estejamos envolvidos na densificação da "matéria" física. Todas as estruturas forjadas pelo homem têm início no pensamento, o que atesta, sem a mínima sombra de dúvida, que tudo aquilo que se vê tem origem naquilo que não de vê. O astral, pois, não é tão longe. Está aqui, em qualquer lugar que estivermos, com toda a sua sutileza de energias, com todos os seus seres, com toda sua intercambialidade com o mundo físico, no qual muitos néscios ainda supõem ser a única realidade.

        Somos seres deste mundo físico-astral, onde as energias se interpenetram e plasmam infindáveis configurações. E, os seres do astral, em suas inúmeras formas e diversidades, comungam conosco esta "realidade" onde as existências se sequenciam. É nesta interação de diferentes frequências que iremos observar as inúmeras influências que se estabelecem, positivas e negativas. Tudo depende da sutil energia emanada de cada ser que atravessa a "realidade" física — à qual fiz menção inicialmente — essa força chamada Pensamento.

 

 

 

 


 

                                                    Como se dão as influências.

 

        Como vimos anteriormente, o pensamento, expressão espiritual dentro da materialidade, é a energia sutil que emana do próprio espírito do ser, refletindo o seu grau evolutivo. E são essas energias sutis que atraem os seres e entidades do mundo de Kama. Assim como o corpo físico se alimenta das energias densas as quais digere em seu organismo, os seres espirituais se alimentam das energias sutis que se propagam através das emanações do próprio pensamento. De acordo com a natureza dos pensamentos são estabelecidas as atrações com as naturezas das entidades, cujos graus de compatibilidade correspondem ao grau da natureza de cada pensamento. Pensamentos elevados atraem seres de maior evolução; pensamentos torpes atraem entidades que se fazem afins. "Aequalis aequalem delectat" — Igual com o igual se apraz. Este é o segredo!

        As influências astrais nos seres vivos encarnados se processa a todos os instantes sob diferentes formas e diferentes intensidades. Vamos citar as diferentes formas com as quais se estabelecem as influências:

 

 


                                       Influência por laços afetivos:

 

        É muito comum espíritos desencarnados se aproximarem daqueles que estabeleceram laços afetivos durante sua vida terrena. Tais entidades não são de maior evolução, pois se assim fossem não estariam ligadas ao plano físico, do qual cumpriram seu desenlace; e normalmente prejudicam aqueles que se aproximam, pois inconscientemente sugam-lhes as energias e normalmente nada lhes acrescentam a não ser lembranças que acompanham a sua presença. A agonia da separação é transferida, na forma de energia, às pessoas as quais se apegam, assim como suas dores, suas paixões e frustrações que permaneceram em sua antiga existência. Muitas vezes quando lhes vêm a consciência de que se fazem prejudiciais, por iniciativa própria buscam novos caminhos distanciando-se dos laços físicos que até então estiveram ligados.

 

 


                                     O Vampirismo Astral.

 

        Chama-se Vampirismo Astral a drenagem de energia que alguns seres estabelecem sobre outros. Neste caso os obsessores se alinham na adjacência do duplo etéreo do indivíduo e sugam-lhe as energias. É claro que não precisa ser necessariamente um ser desencarnado para estabelecer este tipo de parasitismo, pode ocorrer, e com relativa frequência ocorre, entre dois seres inseridos no invólucro físico.

        Mas quais as energias que esses seres buscam?

        São inúmeros tipos e diferentes seres, cada qual com suas preferências energéticas. Dos diferentes seres explanaremos mais adiante. Contudo, é importante mencionar que vários seres procuram a força vital existente em outros seres, e esta é a energia sexual, da qual inúmeras entidades mantêm seus corpos astrais, veículos essenciais do mundo kamásico.  A energia sexual possui uma força inimaginável, nela estão presentes as potencialidades co-criadoras. Poderemos vislumbrar esta força no despertar do Kundalini, a "serpente ígnea" presente no Chakra Muladhara, a qual também pode ser ativada através da prática do tantrismo, conferindo ao homem todos os poderes inerentes no alinhamento dos Chakras.

        Há também outras energias mais singulares que inúmeras entidades buscam nos seres encarnados, muitas delas energias degradantes, cujos corpos físicos são apenas intermediários. São as energias das substâncias, como álcool, drogas e toda essência viciante que causam dependência. Entidades se acoplam no corpo astral dos seres encarnados sugando a energia provinha destas substâncias, saciando-lhes o vício que trouxeram ao astral, mesmo após o desenlace físico. Estes seres encostam-se aos indivíduos com forte dependência, fazendo com que sejam exacerbadas essas sujeições, tornando muito mais difícil qualquer trabalho de livramento.

        Existem seres ainda presos a vários hábitos terrenos que se prolongam no mundo de Kama, e obsediam com compulsões para jogos, glutonarias, apetites diversos e situações conflitivas. Todos os seres, ainda não suficientemente evoluídos, carregam consigo seus vícios, hábitos, erros e defeitos para o plano astral, e, como estão fortemente aprisionados na materialidade, buscam nos seres encarnados, que possuem suas antigas tendências, a satisfação de todas as compulsões que não conseguiram se livrar mesmo após sua partida para outro plano de vibração.

        Existe outra energia que atrai seres particularmente sinistros no mundo de Kama. É a energia da vida contida no sangue. Inúmeros seres astrais, praticamente estacionários (não estáticos porque nada é estático no universo), mas, não pouco poderosos, que nutrem seu corpo astral com a energia do sangue, por isso incitam a violência e pedem sacrifícios nos quais criaturas são imoladas. Tais seres não são humanos, por isso necessitam manter seus corpos kamásicos neste mundo espiritual.

 

 


                                                          Influência Kármica.

 

        Este tipo de influência astral pode ser a mais trágica e mais veemente. Indivíduos que já cometeram crimes, na atual ou em outras vidas pretéritas, muitas vezes atraem para si as vítimas dos acontecimentos, as quais, de alguma forma, buscam saciar sua sede de vingança. As "neuroses de guerra" não são, em inúmeras ocasiões, apenas efeitos traumáticos das inumeráveis atrocidades que presenciam os combatentes. Há severas perturbações de ordem espiritual, especialmente de vítimas cujo conhecimento da espiritualidade tende a ser quase nulo. Mesmo entre aqueles que não foram responsáveis por nenhuma morte, podem ser acometidos por sérias influências astrais apenas por estarem inseridos em tais contextos tão macabros, repletos de todo tipo de energia negativa. Este tipo de influência, no entanto, não se restringe aos homicidas ou aos genocidas, inúmeros seres, que adentram no plano astral, são guiados pelo espírito de vingança contra aqueles que arruinaram ou desgraçaram suas vidas. Toda atrocidade gera terríveis karmas, e entre o choque do retorno sempre está presente o ódio daqueles que foram vitimados por tais atrocidades.

 

 


                                                            As Possessões.

 

        Através das inúmeras obras da indústria cinematográfica que exploram o tema no gênero do terror, passou-se a ideia de que a possessão espiritual por entidades astrais é algo ininterrupto, permanente. Isto, porém, ocorre em raríssimos casos. Embora o agravamento seja gradativo, em inúmeras ocasiões a entidade obsessora tem que ser invocada para se manifestar através do indivíduo no qual exerce influência. Contudo, nas inúmeras vezes em que se teve constatação deste nível de influência, a pessoa obsediada possuía alguma enfermidade de ordem psíquica associada ao problema espiritual. Haja vista que enfermidades, tipo a esquizofrenia, fazem com que as influências astrais sejam fortemente acentuadas. Indivíduos portadores deste tipo de enfermidade possuem uma afinidade extra física elevadíssima, a chamada mediunidade; pois a "Tela Búdhica", da qual já falamos em textos anteriores, se encontra praticamente em estado de rompimento, favorecendo o livre acesso do mundo de Kama no íntimo dessa pessoa.

       Não são, porém, todos os casos de possessão que são necessariamente acompanhados de alguma anormalidade psíquica. Este tipo de influência pode ocorrer sob inúmeros graus assim como em diversas circunstâncias, como ocorre, ainda que raramente, em fortes choques de ordem emocional.

        O que é preciso, em qualquer um dos casos e graus de intensidade, é descobrir a origem de tais perturbações. Existem aquelas originárias de uma auto hipnose, e neste caso é fácil de distinguir, pois a pretensa "entidade" acaba se revelando como sendo a própria pessoa em estado alterado de consciência, um transe facilmente apercebido por qualquer pessoa com experiência nos âmbitos da espiritualidade. O que se torna mais difícil distinguir são as classes de seres ou entidades astrais que estabelecem este tipo de obsessão. Ao contrário do que se pensa, não é o número de entidades que faz difícil um estado de possessão, mas sim a categoria na qual se inserem tais entidades. Entidades humanas desencarnadas tanto o grau de manifestação quanto o expurgo e banimento são, de maneira geral, não causam maiores complicações. Contudo, se forem o que chamamos Kama-Rajas (Reis do Astral em sânscrito — os não evoluídos desta categoria certamente), todo o trabalho se torna mais difícil. São aqueles que as igrejas chamam demônios — se bem que as igrejas chamam todos os seres astrais de demônios — cujas manifestações são quase sempre aterradoras. No diálogo com essas entidades poderemos ver facilmente quando se trata de Kama-Rajas. Diferentemente dos espíritos desencarnados humanos, estes possuem um conhecimento largamente superior à média dos seres humanos, tanto em metafísica, filosofia, detalhes da vida das pessoas que os cercam, e, fundamentalmente as línguas. Pois respondem quando se dirigem a eles em qualquer outro idioma, incluindo o latim e outras línguas mortas.

        A recorrência do estado de total possessão, quando a entidade assume plenamente o controle do corpo físico do indivíduo, pode variar muito. Muitas vezes por um curto período de tempo, mesmo um relance de início, aumentando gradativamente no transcorrer do tempo, mas raramente chegando ao controle ininterrupto. Normalmente o poder de controle obedece ao sequenciamento astrológico e o posicionamento dos planetas, normalmente as quadraturas e oposições aos maléficos, assim como as próprias lunações — aquilo que nós chamamos a "Hora da Mudança", período em que as sub categorias, ou castas, destas entidades ficam mais enfraquecidas, o qual favorece o banimento.

        O que causa mais espanto, mesmo aos místicos mais versados em demonologia, é que as possessões são mais comuns do que se possa supor, pois, como citei anteriormente, o controle total do corpo pode se dar em um relance, em uma questão de segundos, sem que o próprio indivíduo obsediado se dê conta. Nos demais momentos, em que não há a tomada total do corpo, poderão ocorrer longos intervalos de mal estar, inquietações, sonhos confusos e agonizantes e pensamentos difusos, afetando diretamente o comportamento, o que faz, em muitas vezes, explicitar um quadro de demência. Muitos são aqueles diagnosticados como loucos cujo problema reside nestas situações e circunstâncias. Podemos observar no evangelho de Mateus, mais precisamente no capítulo oito, versículos  vinte e oito a trinta e quatro, os endemoninhados gergesenos, tidos como loucos devido ao modo de vida e à ferocidade.

        Mas qual a razão de certas entidades se apossarem do corpo físico de certos indivíduos?

        Uma das razões é a afinidade com tais seres, advindas de antigos pactos em vidas anteriores, especialmente nos antigos rituais onde existiam os sacrifícios humanos a essas entidades. Outra razão, também de raiz kármica, vem ser atrocidades cometidas em existências pretéritas que despertaram o apetite da "energia do sangue" desses seres, servindo-se do sadismo e ímpetos diabólicos de seis executores, os quais propiciaram este "acompanhamento" nas vidas que sucederam. Há uma terceira e mais rara causa: pessoas acometidas pelo mais baixo tipo de magia, suscetíveis a estas devido a inúmeras particularidades intrínsecas.

 

 

 


                                                          Os desavisados.

 

        Muitas pessoas, por arrojo, desconhecimento ou total ignorância, buscam sistemas mágicos e outras formas de magia buscando contato com seres que desconhecem absolutamente, e, sem preparo algum, através de inúmeras ritualísticas e invocações entram em contato com forças que não conseguem definitivamente controlar. E, ao invés de tornarem senhores, tornam-se escravos de tais seres, recebendo destes as influências mais nefastas, cujas consequências são sempre as mais sombrias.

 

 


                                                         Ataques dos Elementais.

 

        Em algumas ocasiões a obsessão se dá através dos espíritos elementais. E esta se dá de duas diferentes maneiras. Uma delas é quando, através de procedimentos incorretos, tenta-se o controle e o domínio dessas entidades, especialmente os elementos da terra, os mais zelosos de seus domínios.

        A segunda forma da obsessão destes seres está no caráter destruidor do gênero humano. A grande maioria dos verdadeiros místicos reconhecem a afinidade que esses seres dinamizadores da natureza têm com os índios, pois estes, em sua grande maioria, estão harmonizados com a natureza e preservam o ambiente no qual estão inseridos e de onde vem sua própria cultura. Aqueles que destroem a natureza provocam um turbilhão efusivo no mundo Elemental, e a energia destrutiva de suas intenções mesquinhas atrai a fúria dos elementos. Podemos ver que a natureza agredida se traduz no dano ambiental, sempre acompanhado de desequilíbrios dos quais derivam as catástrofes. Essas energias desprendidas não são apenas as forças aparentemente cegas que irradiam sob as perspectivas geográficas, mas também da energia desses seres direcionadas àqueles que promovem o dano. É fácil observar o que ocorre com aqueles que deliberadamente destroem o meio ambiente. A destruição da vida tem um preço, e este é cobrado com os "altos juros" de um pesadíssimo karma.

        "Uma vez cortei uma grande árvore que havia no quintal de casa, pois esta fazia muita sujeira com as folhas que lhe caíam. Depois olhei o vazio que ela deixou, e pensei nos anos que levaria para atingir o tamanho no qual estava. Isso me dói até hoje profundamente, pois os anos que me restam seriam insuficientes para ver uma árvore como aquela atingir aquele tamanho. Pois as árvores crescem devagar e a vida passa depressa". — Disse-me alguém certa vez.

 

 


                                                             Os Seres.

 

        São inúmeros os seres astrais que podem exercer influência sobre os seres humanos encarnados no plano físico. Segundo o grande mestre de Yoga, Caio Miranda, em seu magnífico livro A Libertação pelo Yoga, até mesmo os animais, no plano astral, podem atacar os seres humanos, notadamente aqueles que fizeram matança indiscriminada desses seres no mundo físico. Contudo, os ataques e influências comumente se dão por aqueles seres que já possuem o corpo mental concreto desenvolvido, o Manas Inferior, dos quais vamos citar cada um deles, com exceção dos Elementais e dos Kama-Rupa, que descreveremos separadamente.

        As mais comuns influências se dão pelos espíritos humanos desencarnados, muitos dos quais permanecem no astral em estado de torpor desconhecendo sua própria condição quanto ser vivendo no mundo espiritual. São os de mais fácil trabalho de expurgo, pois, assim como os humanos no mundo físico, possuem suas limitações, seus traumas, seus medos e também seu respeito, ou pelo menos temor às hierarquias existentes nos dois mundos. Os banimentos como se estabelecem veremos mais adiante.

        Os Kama-Rajas, como fizemos referência em parágrafos anteriores, são seres de pretéritas civilizações que já não existem, cujos seres eram maiores e diferentes dos humanos atuais, sendo que a maioria não acompanhou as transformações do gênero humano, tornando-se incompatíveis com o "DNA astral" do homem moderno, tornando quase impossível que reencarnem nos seres humanos do presente. Dessa maneira, vivem exclusivamente no plano astral há muitos milhares de anos; e, através dessa experiência exclusiva neste mundo, adquiram notáveis poderes de adaptação alheia ao mundo físico, por isso são chamados kama      Rajas, reis do astral.

        Assim como os humanos, possuem graus diferentes de evolução, alguns extremamente evoluídos, outros estacionários, todos, no entanto, dotados de poderes muito superior à maioria dos humanos, entre os quais adquirirem a forma astral que desejarem assim como as peculiaridades que desejarem se apresentar aos humanos, pois desde a antiguidade, se apresentam como deuses, anjos e demônios, respondendo a chamados individuais ou em grupos. Como exemplo de sua atuação grupal, poderemos citar o deus Baal, divindade Cananéia e fenícia do ar atmosférico. Poderia ser invocado desde Israel até os confins da Assíria, pois um enorme grupo desses seres personificava o deus, como executivos atuais que falam em nome de uma grande empresa, como se está fosse um ser provido de realidade. Os Kama-Rajas se adaptavam, ou ainda se adaptam em todas as culturas, desde orixás da cultura africana até deuses ou divindades xamânicas do leste siberiano, formando correntes espirituais, de todas as ordens e níveis evolutivos. Aqueles, de graus inferiores no processo evolutivo, necessitam da energia do sangue para manterem seus corpos astrais, presentes nos rituais onde são exigidos imolações. São os seres de mais trabalhoso expurgo e banimento.

        Existem as influências dos seres encarnados em trabalhos no plano astral, geralmente são magos ou feiticeiros com elevado poder de desdobramento e projeção.

        Quando se fala em elementais logo se imaginam os correspondentes dos quatro elementos, os clássicos e "estáticos" na concepção da maioria das pessoas: os gnomos, os ondinos, os ígneos e os silvanos, terra, água, fogo e ar, respectivamente. Porém, nada é estático no universo, os elementais situam-se na escala evolutiva entre os homens e os animais, e há uma infinidade de subgrupos dentro de cada correspondência aos elementos. Existem algumas castas de elementais que muito de aproxima dos humanos. Neste universo das inúmeras possibilidades, poderemos até supor que muitos seres presentes nas lendas humanas podem não ser apenas frutos das férteis imaginações das mentes mais sugestionáveis. Simplesmente porque, em todas as culturas e povos, existe uma semelhança destes seres presentes em suas narrativas, e tais entidades sempre se indispõem contra aqueles que inadvertidamente invadem seus domínios.

        Outra categoria a parte vem ser os kama Rupas, também chamados elementares. Estes seres são criados por magos e mestres do ocultismo, assim como as "formas-pensamento”, criadas pela própria pessoa através do poder volitivo de sua imaginação. Alguns deles podem durar por tempo indefinido no astral, especialmente quando recebem parte da consciência de seu criador. Magos trevosos e feiticeiros, dotados de grande conhecimento, criam tais seres com duas finalidades: uma quando desejam criar um guardião para determinado local que deve permanecer livre de interferências externas; outra quando desejam assombrar ou atormentar algum desafeto, podendo aparecer-lhes em sonhos ou mesmo em momentos de vigília, por um tempo previamente estabelecido. Muitas vezes esta prática abominável pode levar inúmeras pessoas à loucura, pois normalmente estes seres são propositalmente idealizados sob a forma mais horripilante possível.

        As formas pensando são criadas involuntariamente por pessoas com elevado poder volitivo, o que, em muitas vezes causa espanto e terror quando surgem diante de seus próprios criadores, que desconhecem que eles mesmos os criaram através de seus pensamentos co-criadores. Tanto uma categoria quanto a outra são facilmente dissipadas por algum conhecedor das práticas esotéricas, pois carecem de qualquer realidade, não se configurando como seres dotados de livre árbitro e de existência concreta. Na obra Tibete Magia e Mistério de Alexandra David-Neel, é descrito todo o processo da criação destas "formas-pensamento, uma excelente obra para adentrar profundamente neste assunto por demais inusitado.

 

 

 


                                                            Os Entrantes.

 

        Na escassez de outro nome para este tipo insólito de manifestação astral, chamarei de "entrante" os seres astrais que adentram em corpos físicos não humanos. Os animais da escala zoológica superior possuem, além do corpo astral, um rudimento do mental concreto (Manas Inferior), variando de acordo com a espécie. Dessa maneira não é difícil, para magos e ocultistas poderosos, entrar no corpo de determinados animais. Este fenômeno não é tão raro entre os verdadeiros xamãs. No livro Isis sem Véu, de Helena Petrovna Blavatsky, ela descreve um mestre tibetano entrando no corpo de uma criança. Contudo, seres astrais também são capazes de assumir a condição de entrantes, e, devido à facilidade que existe no corpo dos animais, podem até mesmo utilizá-los para inúmeras tarefas no plano físico.

        Este fenômeno, contudo, é algo comum e até natural entre os próprios animais. A familiaridade e as energias do ambiente, e do próprio território, confere um fluxo de energia ao animal que vive ou viveu em determinada localidade, isso tem muito a ver com a energia dos campos mórficos ou morfogenéticos, já reconhecidos pela ciência oficial. Alguns animais para retornar ao próprio meio podem entrar, literalmente "roubar o corpo" de um filhote para retornar ao local que lhe é próprio (de forma permanente). Inúmeras são as pessoas que observam em seu novo cachorro ou gato, as mesmas características de seus animais anteriores já falecidos. Isso não é um mero acaso ou uma simples coincidência.

 

 


                                  Exorcismos, expurgos ou banimentos.

 

        Certamente que bons pensamentos, uma boa dosagem de amor incondicional, e um ego não demasiadamente inflado podem ser excelentes escudos contra influências astrais negativas, porém, quando tais condições se fazem insuficientes, são necessários os banimentos. Os expurgos desses seres que parasitam todo o campo biopsicoenergético dos seres em sua jornada pelo plano de vibração física.

       Existem inúmeras formas de banimentos, exorcismos e expurgos, cada qual incrustrado com os preceitos das religiões ou escolas de seus executores. Aqueles que conhecem as práticas esotéricas mais profundamente sabem que todo ritual, regras e liturgias, nada mais são que ancoragens para que a força volitiva possa ser potencializada e canalizada, para que todo o impulso das entidades seja minimizado, e, a própria pessoa envolvida estabeleça o domínio pleno de seu corpo, atributo facultado pela própria natureza essencial, mais forte que qualquer legião de seres abissais.

        São necessários, além do próprio sistema de ancoragem designado, alguns fundamentos chave, um deles é a "hora astral da mudança", outro é o "nome astral da entidade", e, finalmente, a "negação" de poder e de realidade.

 

        A Hora da Mudança: vem ser o momento em que as forças astrais decaem. Sabemos que na lua minguante e nova ocorre um distanciamento entre as frequências das energias físicas das astrais, e isso faz com que todos os rituais de expurgo e banimento se deem nestas lunações, preferencialmente na minguante onde as forças kamásicas sentem o definhamento de suas potencialidades em relação às densidades físicas. Acrescentando a esta particularidade astrológica, temos as horas planetárias, nas quais as entidades (os Kama-Rajas no caso) entram em um estado de torpor absorvidas pela influência dos Espíritos Planetários, algumas dessas entidades, sob o efeito da lua minguante, revelam essa hora durante os trabalhos de banimento, especialmente as categorias menos poderosas desses seres. Assim como os planetas têm a exaltação e o exílio em determinados graus de determinados signos do zodíaco, tais entidades possuem as horas nas quais se fortalecem ou se enfraquecem no movimento de rotação da Terra. Caso não sejam reveladas essas horas de enfraquecimento, devemos fazer o cálculo exato das horas planetárias, sabendo que a hora da mudança sempre ocorre nas respectivas aos planetas benéficos, Vênus e Júpiter. (A hora da mudança, quando revelada, é uma hora específica de um desses dois planetas, na qual o enfraquecimento atinge seu ponto de maior fragilidade). O expurgo deve ser efetuado ou na hora revelada, ou nas horas relativas a esses dois planetas benéficos.

 

        O Nome Astral: Quem conhece a Numerologia Cabalística, a Guematria, sabe da importância do nome em nosso destino e em nossas vidas. O domínio desses espíritos, os Reis do Astral, se baseia no poder que reside em cada nome. No livro O Grande Arcano, do mestre Eliphas Levi, há uma parte dedicada inteiramente na arte de se servir destes seres. O que desejamos, no entanto, não é o domínio desses seres, mas sua momentânea obediência para que o banimento seja efetuado.

        O nome astral de um Kama-Raja possui todo o esquadrinhamento energético de suas próprias frequências. Seu nome proferido pelo operador funciona à semelhança de uma patente superior de um militar exposta para o batalhão de soldados. É onde reside a essência espiritual daquele ser. É o nome "escrito na pedra branca, o qual conhece apenas aquele que o recebe" e aqueles a quem o quiser revelar. Este nome é revelado na hora da mudança, e sob sua pronúncia as entidades guardam obediência. Quando são várias entidades é revelado o nome grupal, normalmente formado com as primeiras sílabas de seus líderes.

 

        A Negação do Poder: Aqui está a mais importante chave de toda e qualquer batalha astral, para qualquer categoria ou casta de entidades, para a qual nem se faz fundamental importância a hora da mudança nem mesmo o nome astral.

        Todo banimento,  muito mais que o expurgo, deve criar as condições, como disse anteriormente, do indivíduo reassumir seu corpo, seu templo. Seu Templo é um "presente" divino, um sequenciamento sagrado do Todo, por isso há a necessidade de que se ordene ao indivíduo que assuma aquilo que lhe é próprio. E, ao contrário de muitos trabalhos que se veem nas instituições, na fantasia e na própria literatura, não deve explicitar aquela atmosfera de tensão e seriedade. O segredo é a negação do poder da entidade, ou a negação de sua própria existência, dissipando o medo, pois uma das energias que mais fortalecem tais seres é justamente o medo; tanto que esses seres assumem formas aterrorizantes para gerar toda essa energia de terror e apavoramento.

        A primeira coisa que um operador deverá ter em mente é que, tal ser, nada mais é que um sugador de energias. Um ser relés, que, se fosse o contrário não estaria ali, atormentando o corpo de uma pessoa simples e sem qualquer poder temporal. Os piores e mais poderosos seres estão na cúpula dos "grandes impérios", nas superpotências, de onde derivam todo ímpeto de transformações, e não em um corpo de algum jovem sem nenhuma relevância dentro da sociedade humana.

        O importante é negar a existência de seres que, por definição poderemos constatar sua mediocridade; não apenas nos casos de possessões, mas em qualquer outra situação de banimentos espirituais, e poderemos ir até um pouco mais longe: não são apenas seres astrais que atormentam a vida dos seres humanos, na maioria das vezes os seres humanos são atormentados por outros seres humanos nas mesmas condições que ele; como seres inseridos no invólucro físico. A estes também a negação da existência resulta em excelentes resultados. O desprezo total é sempre mais humilhante que qualquer tipo de reação ou enfrentamento. Um ser astral, quando sua existência é negada, deixa de absorver a energia do medo. O indivíduo, através de seu poder volitivo, acentuado pela negação, reassume sua condição de único senhor de seu corpo, de seu meio e de seu próprio destino, pois em sua mente crê, com toda convicção que nenhum obstáculo se entrelaça em seus caminhos, e nada é mais forte que o poder da fé. ¬ (sabemos disso perfeitamente). Na excelente obra de Antônio O. Rodrigues, Curso de Iniciação Esotérica é exaltado o grande poder inerente às negações e às afirmações; sabemos que o universo sempre responde positivamente às convicções, e o Todo é infinitamente mais poderoso que qualquer uma de suas partes.

        Em certa ocasião, dois operadores foram chamados para verificar um caso extraordinário de obsessão. Antes de serem iniciadas as práticas que envolviam a hora da mudança e o nome astral, assim como as demais ancoragens da ritualística que lhes era própria, instruíram a família da pessoa e a própria pessoa quanto a negar qualquer importância ao obsessor até mesmo a própria existência. A mãe da pessoa obsediada então, disse que tentaria negar a existência de qualquer entidade espiritual. À qual respondeu um dos operadores que, se condicionasse a negação a uma “tentativa” já estaria fracassando desde o início, pois não caberia tentar negar a existência de tais seres, mas ter a certeza de sua inexistência.  Foi através da total negação juntamente com os demais procedimentos que houve o sucesso pleno no trabalho de banimento. Tentar pressupõe a incerteza, e o que repele toda e qualquer energia negativa é a fé, e esta é consubstanciada na certeza da realização, “chamando as coisas que ainda não são como se já fossem”.

 

 

 


        Os verdadeiros operadores quase ninguém os conhece, simplesmente porque o autêntico mestre nunca revela seu êxito, diferentemente de muitos que, teatralmente, expõem suas obras, dissimuladas e eivadas de pretensões falaciosas.  Sabemos que, o maior operador de cura e banimento, descrito nos evangelhos, pedia o silêncio após efetuar qualquer obra, e condenava todo tipo de hipocrisia. Que “a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”; esta prescrição, quanto à caridade, deve ser seguida em todas as considerações.

        O conhecimento nos é dado como um favor do universo, uma oportunidade de compartilhar, expandir e vivenciar tudo aquilo que dele se deriva para o bem da humanidade.  O ego é sempre um obstrutor das potencialidades inerentes ao gênero humano. O essencial é que seja alcançada a sublimidade do ser, no despertar do Eu Superior que canaliza todas as virtudes, no fluxo sagrado que aflui das moradas celestes. Seremos seu veículo na era da regeneração.

 

        Paz e Luz.