terça-feira, 30 de julho de 2024

OS MANTRAS DE FREQUÊNCIAS NEGATIVAS

 


 

       Mantras , como sabemos , são sons que produzem fortes vibrações cósmicas. Cada um deles carregados de diferentes frequências vibratórias. Do verbo sânscrito "man”, cujo significado é pensar; e o substantivo "tra", que significa instrumento; Mantra significa, pois, "instrumento de pensar”.

       A palavra proferida em si, embora toda palavra possua efeito vibratório, não é capaz de produzir o efeito quando não é canalizada através do efeito volitivo do pensamento. Quando o mantra é proferido e canalizado através do pensamento e da vontade, produz deus efeitos, sejam benéficos ou maléficos. Apesar de que muitos mantras, pela sua simples entonação, mesmo sem ser direcionados através do pensamento, poderiam causar efeitos muitas vezes indesejáveis. Existem mantras que, para ser efetuado deus propósitos necessitam também da entonação musical. Por isso alguns mantras tornam-se poderosíssimos quando entoados em cânticos, seguindo a "lei das oitavas". Sabemos que a tônica atual de nosso planeta situa-se na frequência de "fá" maior. Dispondo o cântico, acima desta frequência, promoverá uma transformação neste "alento" próprio de nosso mundo, o qual, canalizado pela força volitiva disporá de efeitos, podendo ser estes positivos ou negativos.

 


 

       Alguns idiomas possuem maior pureza na formação de suas palavras, principalmente aqueles que são raízes dos idiomas atuais, caracterizando sua herança Atlântica, lemuriana, ou Indo-ariana.

       Do tronco linguístico Indo-europeu poderemos citar o sânscrito, mais antigo formado com disposições que seguem as variantes vibratórias de cada sentido em suas palavras, e o latim, de entonações fortíssimas, raiz de inúmeras outras línguas e dialetos que dele se derivaram. No tronco semita, o hebraico é a língua numericamente perfeita, incorporando em si toda a mística e o ocultismo da magia criativa, onde se encontra a chave de todo o conhecimento cabalístico. Entre o tronco sino-tibetano, de herança atlante, poderemos citar o tibetano clássico, ou antigo, onde suas entonações possuem intenso poder vibratório e transcendente.

 


 

       Os mantras negativos, ou maléficos, são conhecidos desde as impensáveis e remotas antiguidades, entre os atlantes e Lemurianos.

       No próprio Tanak hebraico , quando da destruição das muralhas da cidade Cananeia de Jericó, não foram os sons das trombetas que desfizeram a constituição do bloco de suas muralhas, mas os mantras pronunciados pelos sacerdotes levitas, conhecedores e guardiões dos segredos da Cabala.

       Os feiticeiros e praticantes da goécia, tanto antigos, quanto da idade média e, até mesmo atuais, utilizam-se de palavras, aparentemente sem sentido ou nexo, para efetivação de seus trabalhos, para a invocação de entidades malignas, e para a "consagração" de seus filtros nefastos de magia negra.

 


       Por esta razão, muitas pessoas que entabulam palavras sem nexo, muitas vezes estão pronunciando mantras invocatórios; pôde-se verificar isso em algumas seitas onde, sob a auto hipnose do "êxtase" mediúnico, pronunciam palavras sem sentido algum, que só não possuem efeitos altamente perniciosos, porque não possuem a canalização volitiva do pensamento.

       No livro "Tratado Elementar de Magia Prática”, mestre Papus (Gérard Anaclet Vincent Encausse) ensina através de algumas "palavras mágicas" (mantras, na verdade), a fazer a invocação de determinada casta de espíritos maléficos, para que se possa dominá-los. (Frisar aqui que Papus não era um mago das trevas).

       A seita tibetana dos Bon-pa, praticantes da mais secreta magia negativa, possuem os únicos mosteiros que o governo comunista da República Popular da China não fechou. Pois até mesmo os temíveis guerrilheiros de Mao Tse Tung , temiam a magia mântrica dos Bon-pa, e preferiram tê-los antes como aliados , do que como inimigos .

       Os Bon-pa são conhecedores de mantras que atuam no próprio livre arbítrio humano. É sabido que, mesmo em estado hipnótico, jamais o hipnotizador consegue interferir no livre arbítrio do indivíduo passível de hipnotismo. Tal seita, porém, através de mantras secretos, conseguem direcionar indivíduos para o cumprimento de determinadas missões. Citá-las aqui não vem ao caso.


 

       Aqueles que conhecem os segredos fundamentais da alta magia sabem que, em festas de aniversário, nos países latinos, é pronunciado um mantra negativo, que só não surte efeito pelo fato de não ocorrer canalização do pensamento, e se neutraliza pela alegria natural do festejo sempre eivado de boas e propícias energias.

       A saudação nazista a seu líder é um mantra, desconhecido até mesmo pelos agentes da SS, exceto, porém à nefasta "Sociedade de Thule", conhecedora profunda do ocultismo.

 


 

      Há uma lenda urbana, que se tornou muito conhecida, que se refere à entonação “Ratimbum” como uma palavra mântrica, extremamente negativa, que, segundo a lenda, seria utilizada pelos magos da Pérsia da era medieval em rituais satânicos. Tal palavra expressaria uma maldição, incidindo especialmente nos aniversariantes, aos quais a palavra era dirigida. Cabe aqui salientar que estas três sílabas nada mais são que uma onomatopeia, ou seja, a grafia do som produzido por instrumentos de percussão; um ensejo alegre e festivo na hora de soprar as velas dispostas sobre o bolo a servir para os convivas.  

 

       O importante é salientar que, mesmo não ocorrendo a "canalização" do pensamento, muitas palavras de evocações causam a aproximação das entidades. Muito embora na maioria das vezes estas não permaneçam onde são chamadas sem o propósito da intencionalidade.

       Seria como se alguém pronunciasse determinado nome em meio a uma multidão, por exemplo: "Sérgio"! E nada mais dissesse. O indivíduo chamado ouviria, procuraria quem o chamou, e não tendo resposta alguma seguiria seu caminho. Um mantra com intencionalidade canalizada pelo pensamento seria como se chamasse: "Fernando, por favor, se aproxime, pois preciso de você”. Neste ponto a circunstância se modifica, pois Fernando viria até a pessoa.

       Intencionalmente não citei quaisquer dos mantras maléficos conhecidos, pois, até mesmo as grafias de tais palavras se fazem prejudiciais tanto àquele que escreve quanto àquele quem as lê.

 


 

        Todos aqueles que já conheceram o nome dos 72 espíritos da Goétia deverão saber que todos estes nomes representam entonações mântricas altamente negativas, e seus símbolos trazem a imagem invocatória que modifica as vibrações no ambiente em que se fazem presentes.  

 


       Temos aqui alguns nomes que, na verdade, se tornam mantras de invocação apenas na sequência da ritualística, associadas a outras palavras de forte poder negativo na formação de vibrações compatíveis com a tônica de cada uma dessas entidades.

    Baal, Gaap, Glasya-Labolas, Balam, Barbatos, Bathin, Malphas, Marbas, Marchosias, Naberius, Samigina, Sitri, Valac, Valefar, Vapula, Vassago, Vepar, entre outros...

       As Clavículas de Salomão é uma obra muito antiga que traz nomes de seres relacionados à invocação, também chamada de Lamegeton (Lemegeton Clavícula Salomonis. A qual contém descrições minuciosas dos Principados Maiores e menores,  e demais Potestades negativas;  seres que Salomão entendeu a maneira própria de se comunicar com todas as conjurações propícias para  que fossem invocados, assim como obtendo a obediência desses seres para a execução de tarefas.

 


        Todos esses trabalhos da mais pesada magia das trevas só se tornam possíveis devido ao conhecimento das inúmeras palavras e entonações mântricas que estabelecem, não apenas a sua chamada, mas também a sua servidão aos desejos do conjurador.

       Deveremos entoar os mantras que trazem consigo as mais elevadas vibrações de energia, dissipadores de toda negatividade e promotores de concórdia, saúde e paz.

       Palavras e pensamentos criam realidades que sempre se realizam. Sejam sempre tais realizações direcionadas à harmonia e à expansão da consciência, jamais o contrário.

 

        Paz e Luz

 


sábado, 29 de junho de 2024

OS EXTRATERRESTRES SOB A ÓTICA MÍSTICA.

 

 


       

 

 

        Sempre é um importante dizer que todo o conhecimento humano é como uma gora d'água em um profuso oceano. Muitas vezes o que pensamos saber, em um momento, se transforma em um grande equívoco em um tempo posterior. Por isso, em virtude das incertezas que regem o tema que explanaremos a seguir, exporemos a visão esotérica sobre a vida inteligente em outros orbes, assim como o seu possível contato com o nosso mundo.

        Se disséssemos que a possibilidade da existência de vida extraterrestre é remota, estaríamos deixando de compreender que, em um universo infinito, também existirão infinitas possibilidades, assim como também estaríamos menosprezando aquilo que o universo é o grande especialista: as transformações — e todo o seu equacionamento gerador de um fenômeno que, por uma pobreza linguística, chamamos "vida".

 


 

        Estudos sugerem que poderá existir por volta de 200 bilhões de planetas apenas na nossa galáxia, a Via Láctea; assim como também centenas de bilhões de estrelas. Isto sem contar a possibilidade de existir de outras galáxias semelhantes à nossa, o que pessoalmente acredito que esse número seja infinito — tão infinito quanto é o próprio universo.

        Estima-se que existam incontáveis estrelas com planetas em sua órbita aqui na Via Láctea; assim como também incontáveis números de planetas potencialmente habitantes na Via Láctea, tanto que seria difícil conjecturá-los em forma numérica. Seriam quase nulas as chances de não existir vida nesses milhões de planetas potencialmente habitáveis.

 


 

        Alpha Centauri é o sistema mais próximo da Terra (há a Centauri A, a B e a C) — 4,37 anos-luz do nosso Sol. Existe a possibilidade de planetas (chamam-se "exoplanetas" aqueles não pertencentes ao Sistema Solar) e orbitando a Centauri A ou B.

        O exoplaneta mais próximo da Terra é a Próxima Centauri B1, a 4,224 anos-luz, que orbita a Estrela Anã V7ermelha Próxima Centauri na Constelação Centauri.

        O mais próximo exoplaneta com possibilidade de vida, segundo a NASA, vem ser o K2-18B, orbitando a Anã fria K2-18, a 120 anos-luz da Terra.

        Duncan Forgan, astrofísico da Universidade de Edimburgo na Escócia, publicou na revista Internacional Journal of Astrobiology que, segundo seus cálculos, poderá haver 361 civilizações inteligentes em nossa galáxia. (É importante notar que, em parágrafos anteriores falamos em vida, e Duncan Forgan fala de civilizações inteligentes).

 

 

 


 

                                          Anos-Luz

 

        Falamos também em "anos-luz", vamos ver o que significa esse termo tão usado na astronomia.

        Vejamos inicialmente a velocidade da luz. No vácuo, a velocidade da luz corresponde a aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja, 1.079.252.847 quilômetros por hora. Um ano-luz corresponde, pois, a 9,46 trilhões de quilômetros.

        Vamos dimensionar algumas distâncias mais próximas: o Sol dista da Terra 149,6 milhões de quilômetros. A Lua está a 384.400 quilômetros da Terra.

        O exoplaneta LHS-1140b (outro dos exoplanetas mais próximos) está a 50 anos-luz da Terra, ou seja, dista 473 trilhões de quilômetros da Terra — 1 milhão, 230 mil, 490 quilômetros vezes a distância da Terra da Lua.

        Para efeito de velocidade, a Apolo 11 viajou a 5.339 quilômetros por hora, em um tempo que durou 3 dias.

        Quem já estudou a Teoria da Relatividade de Einstein saberá que, à proporção que um corpo (massa) chega próximo à velocidade da luz, sua massa tende a aumentar. No caso de ser um corpo ou um objeto que, por ventura, se aproxima dessa escala de velocidade, este se tornaria incomensuravelmente pesado, e, tal corpo, iria necessitar de uma quase infinita quando energia para que essa velocidade fosse mantida — está aí a impossibilidade física de que um corpo viajasse por um espaço, ainda que pequeno, nesta velocidade — ou até mesmo em uma velocidade que se aproximasse à da luz.

 


 

        Um corpo, que se submetesse à aceleração propícia a atingir velocidade a níveis tão elevados, seria instantaneamente esmagado como se 6 mil unidades de forças gravitacionais premessem sobre ele — a força gravitacional do Planeta Terra corresponde a 9,8 m/s². Outro detalhe a ser observado é que, no vácuo, o tempo de aceleração necessário para que seja atingida a velocidade da luz, por um organismo vivo, seria estimado a um período próximo a 12 meses.

        Outro "porém" em relação à velocidade da luz é que, qualquer corpo, ainda que contrariasse toda base física e biológica, ao alcançar tal velocidade, estaria adentrando em uma "relatividade temporal", na qual o tempo transcorre de uma forma muito mais lenta que o tempo normal compatível com a vida — tal fenômeno também foi enunciado por Albert Einstein no início do século XX — ao qual foi denominado como "dilatação temporal", o de sua dimensão temporal, após determinado período, passa por um efeito de contração (Teoria da Relatividade Restrita).

        Em condições normais, um organismo vivo mantém 22 mm Hg de pressão interna, e esse nível é fundamental para que seja mantida sua circulação sanguínea dentro dos padrões compatíveis com a própria vida — submetido a uma pressão gravitacional de 9,8 m/s². A partir de uma pressão 4 vezes superior a esta, a circulação sanguínea entra em colapso, e o corpo desfalece por carência de oxigenação.

 



 

        Uma viagem especial relativa a uma aceleração de 3 gravidades, o corpo teria seu peso multiplicado por 3. Imaginemos agora uma aceleração para que fosse atingida uma velocidade de, aproximadamente, 300 milhões de metros por segundo!

        Lembremo-nos da Equação da Equivalência massa/energia: E = m.c², onde E corresponde à energia; m à massa; e c a velocidade da luz, onde as quantificações de massa e energia diferem apenas pela constante multiplicativa c². Tal equação sugere que a massa é a energia em uma dada condição de momento — a "massa relativística". A massa, pois, é absolutamente passível de ser convertida em energia — a energia de qualquer sistema físico é numericamente igual à multiplicação de sua massa com a velocidade/luz ao quadrado. E, é bastante simples de se concluir que a transformação de massa em energia sugere explicitamente a sua desintegração.

 


 

         Vamos lembrar aqui que a velocidade, mas rápida alcançada por um veículo de fabricação humana foi da Voyager 1, em sua missão através do espaço, a 1/18.000 anos luz, cuja velocidade seria suficiente para chegar à Próxima Centauri, sistema mais próximo da Terra ao qual nos referimos no início do texto, em 80 mil anos. Enquanto que, a maior velocidade atingida por uma nave tripulada, foi de 39.897 km/h, da Apolo 10, em seu retorno à Terra em maio de 1969 — consagrando-se no “Guiness Book of Records”.

 

         É importante dizer que entre acreditar e afirmar há uma grande diferença. Por exemplo: muita gente acreditava há mais de um século atrás, que o celacanto, um peixe fóssil de pedúnculos musculados, teria sido extinto no Cretáceo Superior, até serem encontrados no fundo do oceano próximo à África do Sul, no ano de 1938. A partir de então foi possível afirmar a sua existência confirmando as antigas suposições. Tomemos também o exemplo do continente americano: na Europa, já no início do século XV pressupunham-no a existência, ocorrendo a sua comprovação no final desse mesmo século. Algo que se acreditava passou a ser comprovado (existiu, muito tempo antes o mapa de um almirante turco chamado Piri Reis, com o delineamento quase que preciso das bordas orientais deste continente). Descoberto em 1498, este continente não era mais passível de crença, haja vista sua constatação. Mesma coisa os extraterrestres, na existência dos quais particularmente acreditamos, logicamente, e, embora a chance de que existam beirem os 100%, só poderemos confirmar no primeiro momento em que seja provada essa existência de maneira concreta. Sabemos também que a imaginação humana voa e apresentam hoje, até mesmo tipos humanoides diversos, raças, e origem para os extraterrestres, como os grey, pleideanos, arcturianos, reptilianos, entre tantos. Posso dizer que essas classificações não existem, que nada mais são que frutos da fértil imaginação humana? De maneira alguma. Seria incoerente e até mesmo temerário negar ou afirmar algo que  se encontra além dos lindes do desconhecimento.

 


 

        O esoterismo sempre acreditou na existência de vida altamente inteligente além dos limites de nosso orbe. A pluralidade dos mundos habitáveis em nossa galáxia sempre foi uma crença comum na grande maioria das escolas esotéricas. No entanto essa crença está além da concretude física da vida como a conhecemos.

        Como dissemos anteriormente, a vida, dentro da nossa concepção humana, é incompatível com o deslocamento espacial mesmo nos exoplanetas mais próximos. Dessa forma, acreditamos nas viagens interestelares, mas não de maneira física, como explanaremos a seguir.

 

 

 


 

                                           Seres Energéticos.

 

        Recomendamos a leitura de um dos nossos textos anteriores: Rondas Cósmicas e Cadeias Planetárias, onde conseguimos simplificar um dos temas mais difíceis da teosofia, de maneira que possa ser entendido com maior facilidade.

        Poderemos ver a cadeia planetária esquematizada em duas metades; uma superior denominada "Rupa-Dathu" e uma inferior denominada "Kama-Dathu. Fiquemos nossa atenção apenas à "Kama-Dathu", onde observaremos os globos enumerados de A até G. A atual Ronda do Planeta Terra corresponde ao Globo D, até que se complete o advento das 7 raças raízes (Observar o texto As Raças Raízes) — estamos na quinta raça na quarta Ronda (Globo D). O Globo D é o mais denso de todos, sendo que os globos acima deste são cada vez mais sutis seguindo a gradualidade, até os mais etéreos (A e G).

 



 

        Acreditamos que os seres que viajam pelo espaço, além de seus sistemas estejam em orbes correspondentes ao Globo G — portanto, etéreos, passíveis de velocidades incomensuráveis, pois se estruturam em formas puramente energéticas, sobrepujando tempos e espaços — por isso suas formas luminosas quando observadas aos olhos humanos, e, muitas vezes oculta à nossa visão, podendo interagir conosco telepaticamente, adentrando em nossos pensamentos, aparentando aquilo que muitos chamam de abdução.

        Os seres astrais observam os seres etéreos. Já os seres etéreos dificilmente veem os seres astrais, assim como os seres físicos dificilmente veem tanto os etéreos quanto os astrais.

 


 

        Tais seres, em conformação etérea, são muito mais evoluídos que nós, seres densos do Globo D, pois já passaram por esta e outras rondas além deste Globo. Muitos mestres acreditam que os seres de exoplanetas que visitam nosso orbe possam estar além do Globo F. Seres de outros exoplanetas correspondentes ao Globo G estariam em um padrão semelhante ao nosso, trilhando caminhos ascensionais, incapazes de cobrir longas distâncias além de seu próprio sistema.

 

        O corpo extremamente sutil desses seres permite que vasculhem praticamente toda a galáxia, estudando os mundos sem interferir significativamente no processo evolutivo de cada civilização. Segundo alguns autores, podem interferir de maneira sutil quando algum orbe está prestes à autodestruição. E, esses mesmos autores asseguram que, inúmeras vezes, já interferiram em nosso planeta, não apenas evitando a autodestruição, como nos últimos tempos, mas também impulsionando a marcha evolutiva, haja vista a dificuldade extrema da raça humana em galgar níveis mais elevados de consciência — pois, como seres altamente evoluídos, sabem quantificar o sofrimento das civilizações nos seus primórdios evolutivos.

 


 

        Muitos desses autores também mencionam diferentes tipos de seres advindos de diferentes regiões de nossa galáxia — certamente alguns são mais evoluídos que outros, porém, nada que se compare ao nível atual de evolução dos seres humanos.

        Não poderia de citar aqui Jacques Bergier, autor de O Despertar dos Mágicos, um dos escritores mais sérios na abordagem do tema sobre extraterrestres. Em seu livro Os Extraterrestres na História enceta não apenas sua opinião sobre relatos e fenômenos, mas também nos convida a repensar inumeráveis possibilidades — isso sem esquecer-se de sua obra ”O Planeta das Infinitas Possibilidades”, entre tantas outras do gênero. Em suas obras, Bergier levanta a possibilidade da existência de seres de compleição quase divinas, não mais restritos a orbes ou sistemas — criadores de mundos e cônscios dos mais recônditos caminhos e segredos, não só da Via Láctea, mas também de todo o universo.

        Vimos anteriormente as duas metades do esquema das cadeias planetária, o "Kama-Dathu” e o “Rupa-Dathu", sendo este último composto por cinco globos imanifestados, enquanto que o primeiro os sete globos manifestados. Consideremos, pois, segundo a análise evolutiva de Jacques Bergier, a existência de seres infinitamente superiores — considero que tais seres pertençam aos globos superiores imanifestados. Quem desconsidere a possibilidade de seres de tão variáveis níveis de evolução talvez não compreenda plenamente aquilo que chamamos de infinito, assim como também aquilo que também chamamos de eterno — espaço e tempo. Tempos e espaços se alinham na medida que o dinamismo cósmico consagram seus eflúvios na Grande Consciência Cósmica — na divindade sublime e eterna chamada "Transformação".

 

Paz e Luz

 


 

sexta-feira, 31 de maio de 2024

MENTALIZAÇÃO — A CHAVE DOS PODERES INTRÍNSECOS

 

 

   



 

        É impossível falar da mentalização sem que nos recorramos às Leis de Hermes, especialmente a primeira de suas sete leis, a Lei ou o Princípio do Mentalismo, a qual reza: "O Todo é mente — o universo é mental".

        Observemos: a Lei do Mentalismo

explicita que o cosmo se assemelha a uma configuração mentalista — uma projeção mental. Mas, poderemos indagar: Uma projeção de que mente? Da consciência cósmica, aonde se convergem todas as mentes, a manifestação mentalizada que molda tudo aquilo que supomos como realidade.

        Hermes jamais falaria de uma mente restrita, limitada a um ser exclusivo, mas sim a mente suprema, da qual todas as mentes derivam e para a qual se convergem, seguindo seus demais princípios eivados de atemporalidade, assim como também aquilatados de aplicabilidade em todo o dinamismo cósmico.

        Para que qualquer evento possa ser passível de execução ou elaboração é necessário que tenha sua origem, ou princípio, no estado mental, formatada em PENSAMENTO.

        "Tudo é pensamento" — já disse um antigo sábio. Somos pensamento. O que é a alma senão pensamentos em profusão? O que é o Espírito senão o pensamento harmonizado com o próprio Todo?

        O Todo poderemos chamar de Deus. O universo é a manifestação em concretude da própria divindade — sejam quais forem as concepções que são ilustradas pela palavra "divindade" — na qual vivemos, movemos e percebemos a existência nos eflúvios dos aeons. Podemos assim afirmar que o universo é uma manifestação da mente divina — o Pensamento de "Deus" na sublime equação das eternidades e dos infinitos.

        Essa lei hermética, portanto, vem ser o princípio existencial — por isso o primeiro de todos os demais princípios, pois nela está o sequenciamento de ser, estar e existir, assim como todo o poder de engendrar circunstâncias e alterar destinos.

 


 

       Como dissemos anteriormente, tudo se inicia na mente, no Plano Mental, para que depois tenha a sua plasmação no Plano Físico de existência. Imaginemos agora a construção da grande pirâmide, que se ergue até hoje, no Planalto de Gizé há mais de quatro mil anos.

        Antes de se erguer imponente sobre as areias do deserto, era uma perspectiva delineada em rolos de papiro. Antes, porém, de ser uma planta desenhada nas mãos de arquitetos egípcios, nada mais era senão o pensamento idealizado por um dos faraós da quarta dinastia.

        Assim todas as coisas visíveis — têm sua origem no mundo das ideias, visíveis somente na ideação, projetada pela imaginação da mente humana. Uma perspectiva de existência anterior à concretização de um pensamento.

        E não estaremos restringindo apenas às plasmações palpáveis, mas prospectos sociais, filosofias, obras que carregam configurações abstratas, ideários, crenças... enfim, tudo aquilo que existe dentro da perspectiva humana de elaboração e desenvolvimento.

        Vamos seguir aqui toda a perspectiva mística, esotérica e metafísica cuja chave mestra reside nesse primeiro princípio hermético tanto de aplicabilidade quanto de abordagem holística.

 

        A mente humana é, por si só, poderosíssima. E tal superlativo tem sua mais pena razão de ser — já disse o poeta grego Teócrito (310 A.C.): “Vigie seus pensamentos, porque eles serão suas palavras. Vigie suas palavras, porque elas serão seus atos. Vigie seus atos, porque eles serão seus hábitos. Vigie seus hábitos, porque eles serão o seu destino".

 


        Existe um eficiente exercício prático de desdobramento astral que usa a mentalização como ferramenta especial para que tal poder seja desenvolvido.

        Esta técnica milenar consiste em entrar em meditação em um determinado aposento. Primeiramente o indivíduo memoriza cada objeto do cômodo no qual está inserido — para esta concentração sugiro a magnífica obra "O Raja Yoga", de Yogue Ramancharaka — em seguida o indivíduo se acomoda de maneira confortável fechando seus olhos, passando a mentalizar cada detalhe do aposento, como se estivesse se levantando, em corpo astral, voltando a observar, em uma sequência pré determinada, cada um dos detalhes previamente observados.

        Após algum tempo de treino, começa a observar detalhes de outros cômodos adjacentes ao aposento, de toda a casa, passeando pelos cômodos em pensamento, como se assim estivesse em corpo físico.

        O que ele estará mentalizando irá ser evidenciado em seu corpo mental — que já estudamos em textos anteriores — e assim condicionando o veículo astral, sempre submisso ao adestramento do corpo mental concreto, favorecendo assim uma primeira disposição ao objetivo de suplantar o invólucro físico em suas experiências extra corpóreas.

 


 

        Os seguintes exercícios consistem, cada vez mais, em uma mentalização mais prolongada, ampliando as distâncias. O indivíduo vai além da casa, observa  a quadra, a redondeza, cada vez mais ampliando seu trajeto mental até adentrar em outro local previamente observado. Ao longo de alguns meses, com mais pleno domínio da concentração e da meditação, estará iniciando seus primeiros passos de desdobramento.

        É claro que há pessoas com maior dom inato para experiências extra físicas — temos um longo sequenciamento de vidas pretéritas no qual nenhuma experiência é definitivamente perdida.

        É bom deixar claro que mentalização difere da imaginação, pois a primeira se baseia na concretude, sem que ocorra divagação mental. Por isso que o primeiro passo é a observação atenta de todo detalhe existente, e não perspectivas imagináveis.

 


        O mesmo ocorre nos processos de cura — Já explanamos tal assunto na mentalização das cores — em textos anteriores — em que, cada uma das quais, se relaciona mentalmente com a saúde ou com a enfermidade.

        Consiste, como já observamos, em mentalizar algumas cores como a saúde plena — a cor azul, por exemplo, ou qualquer outra que possa se relacionar, na mente do indivíduo, com uma perspectiva de saúde. Assim como outras, como a cinza, a vermelha, ou qualquer outra da preferência do indivíduo, para representar a enfermidade. O indivíduo vai substituindo, mentalmente, as "cores negativas" por "cores positivas", se concentrando sobre a enfermidade da pessoa na qual procura restabelecer a saúde. A mente treinada possui a grande potencialidade que as religiões dão o nome de "fé" — sobre a qual inúmeros mestres já disseram "mover montanhas"

        O treinamento mental é o treinamento espiritual. Como vimos no início deste texto: Tudo é Mente.

 


        Outra perspectiva do treinamento da mentalização é a visão e audição astral. É claro que, para adentrarmos nesta perspectiva extra física, deveremos alinhar e ativar os nossos chakras, essencialmente através do exercício do Nadi Shodana Pranayama  — como já vimos no texto "A Ciência Mística da Respiração" — mas todo processo se desenvolve a partir da mentalização; seja no fluir do Prana através dos Nadis, seja em preparar a mente para uma concentração maior e mais profunda mentalizando nossa relação com a nossa adjacência, com o Todo, no qual estamos plenamente integrados e desconhecemos. A mentalização é este reconhecimento, ou melhor, o redescobrimento dessa perspectiva de correspondência plena — onde vemos o segundo       Princípio de Hermes, o da Correspondência, pressurosamente relacionada com o Princípio do Mentalismo, do qual derivam todos os demais princípios, pois o que mantemos em nosso pensamento torna-se, efetivamente, em realidade, através do qual podemos ter a mais plena certeza de que todos os planos de existência, incluindo primeiramente o mental, assim como as mais altas ou as mais baixas frequências vibracionais, estão plenamente conectados. Não existem barreiras para a nossa mente, e, livres de qualquer limitação — quando nos tornamos conscientes que nada pode nos restringir ou limitar — temos acesso a todos esses planos.

 

        Somos parte dessa mente universal que dinamiza os ciclos cósmicos, e, através desse exercício sagrado da mentalização, poderemos nos integrar à consciência suprema, onde estão guardados todos os mais recônditos arcanos das insondáveis perspectivas.

 

 


 

 

                                            O Kriyashakty

 

 

        Vamos recapitular algumas explanações de um dos nossos antigos textos para encetar a relevância deste magnífico conceito do esoterismo:

 

        "Kriyashakti é uma terminologia sânscrita que provém das palavras 'Kriya', que significa esforço; e da palavra 'Shakti', que se traduz em poder divino (poder imanente, que existe no interior de cada ser)."

       "Disse H. P. Blavatsky: 'Os antigos afirmavam que qualquer ideia será manifestada exteriormente se nossa atenção estiver profundamente concentrada nela. Do mesmo modo uma vontade intensa será seguida do resultado desejado'".

      "Como citou a grande codificadora da Doutrina Secreta, "qualquer ideia", e, é conhecido que ideias podem ser benéficas como também prejudiciais. Alguém que tenha insegurança ou medo, obterá a realização de tudo aquilo que sua mente imprimiu no plano astral, manifestando no plano físico a curto ou longo prazo, dependendo da intensidade (esforço), consciente ou não, com que foi plasmada astralmente".

 

        Como podemos ver, tudo se inicia primeiramente no astral para que depois, em diferentes períodos propícios às manifestações, possa ter a sua plasmação física — logicamente que, anterior ao plano astral, todas as coisas têm início no mental, como vimos no primeiro princípio hermético do Mentalismo.

        As próprias leis do karma não deixam de ser o resultado das mentalizações, pois todas as atitudes, prospectos e ações têm seu início nas energias advindas das ondas mentais que se propagam na adjacência do Corpo Causal (o corpo causal está descrito em um de nossos primeiros textos, do qual é o próprio título). As energias mentais que propulsionam as ações criam situações futuras onde ações semelhantes são deflagradas. É, portanto, um sentido figurado quando dizemos que "o karma é como uma pedra que se joga para cima e cai na própria cabeça" — o karma, nada mais é que o conjunto de mentalizações presentes no próprio indivíduo, que gera uma ação prejudicial ao mundo, assim como recorrentes ações prejudiciais sobre a própria pessoa. É certíssima a afirmação que se diz: "o karma não é o resultado de uma má ação perpetrada pelo indivíduo; o karma é o resultado da própria energia que o indivíduo carrega; a mesma energia que o fez praticar suas ações prejudiciais ao mundo".

        O hábito de perseverar em mentalizações que se estabelecem consubstanciadas no amor, na luz, na fraternidade, promove a "queima das Sementes Kármicas", e não uma sequência de desgraças e infortúnios que se sucedem ao longo das vidas.

        Somos o reflexo daquilo que, mentalmente, emitimos à nossa adjacência e ao próprio universo. Conscientes desta realidade, poderemos iniciar as transformações necessárias para que nossa existência possa se transcorrer sob a égide dos elevados pensamentos.

 

 


 

 

                    Exercício de Comunhão com o Divino

 

        Não podemos nos esquecer que, tanto no exercício de projeção astral, quanto na mentalização de cura através das cores, estamos nos mergulhando em planos existenciais mais próximos da verdadeira realidade, pois tanto o Plano Mental — o Manas — tanto o Plano astral, são frequências de níveis muito maiores de sutileza que a concretude física; o físico, como já explanamos em inúmeros textos anteriores, nada mais é que a densificação das energias, e que, quanto maior a sutileza dos mundos energéticos, mais próximos estarão da verdadeira realidade. Pois a realidade do universo é energia. Aquilo que chamamos matéria está alicerçado na sutileza, em seus incontáveis graus de estruturação. Dessa forma poderemos afirmar que, tudo aquilo que se distancia das densas frequências do mundo físico, mais distantes se tornam de "Maya" — palavra sânscrita que significa "ilusão", "fantasia". Quanto maior densidade for o plano existencial, mais ilusório é o seu sistema de coisas, o seu estado, e não o inverso como tantos pensam.

 

        A verdadeira realidade é que somos parte do Todo, no qual estamos integrados e do qual não existe verdadeiramente a separatividade. A separatividade é uma ilusão. O exercício de Comunhão com o Divino, é, na verdade, um exercício de desprendimento daquilo que se fez ilusório, e a mentalização está consubstanciada em afirmar essa realidade tanto primordial quanto essencial.

 

        Vamos, primeiramente, recapitular algo já visto em textos anteriores: Os Sete Passos do Raja Yoga para atingir o estado de Samadi. Ainda que, resumidamente, é essencial observar esse caminho sagrado de sublimação espiritual. Inicia-se com o yama, seguido pelo niyama, na sequência os assanas, seguido pelo pranayama, pratyahara, dharana,  dhyana e, finalmente o estado de samadhi.

 

        Yama significa as interdições subdivididas em cinco práticas: repúdio à violência (ahinsa); submissão à verdade (satya- vodi); repudiar todo tipo de corrupção, furto ou apropriações indevidas (asteyam); banir da vida todo tipo de promiscuidade sexual — em textos sagrados faz-se referência em "não abastardar o sexo" (brahmachârya); e o desapego às coisas do mundo (aparigrâha).

 

        Niyama seriam as prescrições:

       Sâdhana: pureza espiritual.

        Santosa: alegria.

        Saucham: serenidade.

        Vadhyâya: estudo.

        Iswara Pranidhâna: Submissão ao amor, ou seja, à vontade de Deus.

 

        Assanas são as posturas.

        Pranayama, o domínio do Prâna — essencialmente o exercício da respiração alternada.

        Pratyahara, a atitude mental de desligar a mente dos sentidos.

        O Dharâna, a concentração. O Dhyana, a meditação; até alcançar a identificação com a divindade, que é o estado de Samadi.

 


        Poderemos observar que todos esses passos se consistem em uma mentalização de desprendimento do ego para a integração com o Eu Superior.

         Este desprendimento é alcançado a partir do momento que mentalizamos a verdadeira essência de nosso ser — este é o exercício de Comunhão com o Divino: Não somos  o corpo físico, este é apenas nisso veículo de ação neste plano de vibrações densas. Mentalizamos também que não somos ego. Somos uma parte integrante do Todo. O Todo está em nós e nós estamos no Todo. Não existe separatividade. Tudo é uma unidade. O próprio ar que respiramos nos consagra no mergulho à sublime essência do Ser. Somos esse Ser. Somos o universo. Somos uma forma do próprio universo fazer um auto reconhecimento. Devemos afirmar em nossa mente que somos o universo pensando sobre si próprio.

 

        Exercitando esta integração com o Todo; ou podemos até dizer: exercitando esta integração com Deus, gradativamente iremos aflorando nossa essência divina e todo o poder que esta essência confere.

        A vida é muito mais que uma sequência de nascimento, morte e renascimento: devemos redescobrir a nossa natureza real e divina — e a mentalização é a chave para este portal para a própria divindade intrínseca.

 

        Paz e Luz.