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DESEJO DA ALMA
Que meu olhar percorra todas as direções, e redescubra cada ângulo de visão a cada momento do dia, em cada instante da noite, em todos períodos do ano, em seus variantes aspectos, em suas oscilações de tempos, em seus diferentes espaços.
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Que eu jamais seja um homem de um só livro, de uma pétrea opinião, de uma convicção imutável. Antes possa seguir o caminho do erro daquele que descobre que está errado, e erra constantemente, buscando compreender a multiplicidade das concepções.
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Que eu jamais utilize um único mapa. Seguindo sempre um mesmo caminho, vendo sempre as mesmas paisagens, a mesma trilha e as mesmas pessoas. Quero antes me perder em caminhos desconhecidos, redesenhar trajetórias, reconhecer atalhos, veredas, itinerários...
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Que jamais tenha amigos de um só pensamento, de uma mesma origem, de idéias semelhantes. Quero conversar com ateus e crentes, mergulhar na grandeza das diversidades, abraçar as diferenças, assassinar preconceitos, temores e intolerâncias.
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Que jamais eu fale as mesmas palavras, que conjugue os mesmos verbos, que cante as mesmas canções. Seja uma dádiva sagrada da expansão da consciência, que clareie meus olhos, destampe meus ouvidos e incite minha voz, para entoar cânticos novos, gostar, desgostar, gostar de novo; para nunca tentar ser permanente dentro do mundo de transitoriedade.
Om Tat Sat
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S. Pandit
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