Sempre é um importante dizer que todo o conhecimento humano é como uma gora d'água em um profuso oceano. Muitas vezes o que pensamos saber, em um momento, se transforma em um grande equívoco em um tempo posterior. Por isso, em virtude das incertezas que regem o tema que explanaremos a seguir, exporemos a visão esotérica sobre a vida inteligente em outros orbes, assim como o seu possível contato com o nosso mundo.
Se disséssemos que a possibilidade da existência de vida extraterrestre é remota, estaríamos deixando de compreender que, em um universo infinito, também existirão infinitas possibilidades, assim como também estaríamos menosprezando aquilo que o universo é o grande especialista: as transformações — e todo o seu equacionamento gerador de um fenômeno que, por uma pobreza linguística, chamamos "vida".
Estudos sugerem que poderá existir por volta de 200 bilhões de planetas apenas na nossa galáxia, a Via Láctea; assim como também centenas de bilhões de estrelas. Isto sem contar a possibilidade de existir de outras galáxias semelhantes à nossa, o que pessoalmente acredito que esse número seja infinito — tão infinito quanto é o próprio universo.
Estima-se que existam incontáveis estrelas com planetas em sua órbita aqui na Via Láctea; assim como também incontáveis números de planetas potencialmente habitantes na Via Láctea, tanto que seria difícil conjecturá-los em forma numérica. Seriam quase nulas as chances de não existir vida nesses milhões de planetas potencialmente habitáveis.
Alpha Centauri é o sistema mais próximo da Terra (há a Centauri A, a B e a C) — 4,37 anos-luz do nosso Sol. Existe a possibilidade de planetas (chamam-se "exoplanetas" aqueles não pertencentes ao Sistema Solar) e orbitando a Centauri A ou B.
O exoplaneta mais próximo da Terra é a Próxima Centauri B1, a 4,224 anos-luz, que orbita a Estrela Anã V7ermelha Próxima Centauri na Constelação Centauri.
O mais próximo exoplaneta com possibilidade de vida, segundo a NASA, vem ser o K2-18B, orbitando a Anã fria K2-18, a 120 anos-luz da Terra.
Duncan Forgan, astrofísico da Universidade de Edimburgo na Escócia, publicou na revista Internacional Journal of Astrobiology que, segundo seus cálculos, poderá haver 361 civilizações inteligentes em nossa galáxia. (É importante notar que, em parágrafos anteriores falamos em vida, e Duncan Forgan fala de civilizações inteligentes).
Anos-Luz
Falamos também em "anos-luz", vamos ver o que significa esse termo tão usado na astronomia.
Vejamos inicialmente a velocidade da luz. No vácuo, a velocidade da luz corresponde a aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja, 1.079.252.847 quilômetros por hora. Um ano-luz corresponde, pois, a 9,46 trilhões de quilômetros.
Vamos dimensionar algumas distâncias mais próximas: o Sol dista da Terra 149,6 milhões de quilômetros. A Lua está a 384.400 quilômetros da Terra.
O exoplaneta LHS-1140b (outro dos exoplanetas mais próximos) está a 50 anos-luz da Terra, ou seja, dista 473 trilhões de quilômetros da Terra — 1 milhão, 230 mil, 490 quilômetros vezes a distância da Terra da Lua.
Para efeito de velocidade, a Apolo 11 viajou a 5.339 quilômetros por hora, em um tempo que durou 3 dias.
Quem já estudou a Teoria da Relatividade de Einstein saberá que, à proporção que um corpo (massa) chega próximo à velocidade da luz, sua massa tende a aumentar. No caso de ser um corpo ou um objeto que, por ventura, se aproxima dessa escala de velocidade, este se tornaria incomensuravelmente pesado, e, tal corpo, iria necessitar de uma quase infinita quando energia para que essa velocidade fosse mantida — está aí a impossibilidade física de que um corpo viajasse por um espaço, ainda que pequeno, nesta velocidade — ou até mesmo em uma velocidade que se aproximasse à da luz.
Um corpo, que se submetesse à aceleração propícia a atingir velocidade a níveis tão elevados, seria instantaneamente esmagado como se 6 mil unidades de forças gravitacionais premessem sobre ele — a força gravitacional do Planeta Terra corresponde a 9,8 m/s². Outro detalhe a ser observado é que, no vácuo, o tempo de aceleração necessário para que seja atingida a velocidade da luz, por um organismo vivo, seria estimado a um período próximo a 12 meses.
Outro "porém" em relação à velocidade da luz é que, qualquer corpo, ainda que contrariasse toda base física e biológica, ao alcançar tal velocidade, estaria adentrando em uma "relatividade temporal", na qual o tempo transcorre de uma forma muito mais lenta que o tempo normal compatível com a vida — tal fenômeno também foi enunciado por Albert Einstein no início do século XX — ao qual foi denominado como "dilatação temporal", o de sua dimensão temporal, após determinado período, passa por um efeito de contração (Teoria da Relatividade Restrita).
Em condições normais, um organismo vivo mantém 22 mm Hg de pressão interna, e esse nível é fundamental para que seja mantida sua circulação sanguínea dentro dos padrões compatíveis com a própria vida — submetido a uma pressão gravitacional de 9,8 m/s². A partir de uma pressão 4 vezes superior a esta, a circulação sanguínea entra em colapso, e o corpo desfalece por carência de oxigenação.
Uma viagem especial relativa a uma aceleração de 3 gravidades, o corpo teria seu peso multiplicado por 3. Imaginemos agora uma aceleração para que fosse atingida uma velocidade de, aproximadamente, 300 milhões de metros por segundo!
Lembremo-nos da Equação da Equivalência massa/energia: E = m.c², onde E corresponde à energia; m à massa; e c a velocidade da luz, onde as quantificações de massa e energia diferem apenas pela constante multiplicativa c². Tal equação sugere que a massa é a energia em uma dada condição de momento — a "massa relativística". A massa, pois, é absolutamente passível de ser convertida em energia — a energia de qualquer sistema físico é numericamente igual à multiplicação de sua massa com a velocidade/luz ao quadrado. E, é bastante simples de se concluir que a transformação de massa em energia sugere explicitamente a sua desintegração.
Vamos lembrar aqui que a velocidade, mas rápida alcançada por um veículo de fabricação humana foi da Voyager 1, em sua missão através do espaço, a 1/18.000 anos luz, cuja velocidade seria suficiente para chegar à Próxima Centauri, sistema mais próximo da Terra ao qual nos referimos no início do texto, em 80 mil anos. Enquanto que, a maior velocidade atingida por uma nave tripulada, foi de 39.897 km/h, da Apolo 10, em seu retorno à Terra em maio de 1969 — consagrando-se no “Guiness Book of Records”.
É importante dizer que entre acreditar e afirmar há uma grande diferença. Por exemplo: muita gente acreditava há mais de um século atrás, que o celacanto, um peixe fóssil de pedúnculos musculados, teria sido extinto no Cretáceo Superior, até serem encontrados no fundo do oceano próximo à África do Sul, no ano de 1938. A partir de então foi possível afirmar a sua existência confirmando as antigas suposições. Tomemos também o exemplo do continente americano: na Europa, já no início do século XV pressupunham-no a existência, ocorrendo a sua comprovação no final desse mesmo século. Algo que se acreditava passou a ser comprovado (existiu, muito tempo antes o mapa de um almirante turco chamado Piri Reis, com o delineamento quase que preciso das bordas orientais deste continente). Descoberto em 1498, este continente não era mais passível de crença, haja vista sua constatação. Mesma coisa os extraterrestres, na existência dos quais particularmente acreditamos, logicamente, e, embora a chance de que existam beirem os 100%, só poderemos confirmar no primeiro momento em que seja provada essa existência de maneira concreta. Sabemos também que a imaginação humana voa e apresentam hoje, até mesmo tipos humanoides diversos, raças, e origem para os extraterrestres, como os grey, pleideanos, arcturianos, reptilianos, entre tantos. Posso dizer que essas classificações não existem, que nada mais são que frutos da fértil imaginação humana? De maneira alguma. Seria incoerente e até mesmo temerário negar ou afirmar algo que se encontra além dos lindes do desconhecimento.
O esoterismo sempre acreditou na existência de vida altamente inteligente além dos limites de nosso orbe. A pluralidade dos mundos habitáveis em nossa galáxia sempre foi uma crença comum na grande maioria das escolas esotéricas. No entanto essa crença está além da concretude física da vida como a conhecemos.
Como dissemos anteriormente, a vida, dentro da nossa concepção humana, é incompatível com o deslocamento espacial mesmo nos exoplanetas mais próximos. Dessa forma, acreditamos nas viagens interestelares, mas não de maneira física, como explanaremos a seguir.
Seres Energéticos.
Recomendamos a leitura de um dos nossos textos anteriores: Rondas Cósmicas e Cadeias Planetárias, onde conseguimos simplificar um dos temas mais difíceis da teosofia, de maneira que possa ser entendido com maior facilidade.
Poderemos ver a cadeia planetária esquematizada em duas metades; uma superior denominada "Rupa-Dathu" e uma inferior denominada "Kama-Dathu. Fiquemos nossa atenção apenas à "Kama-Dathu", onde observaremos os globos enumerados de A até G. A atual Ronda do Planeta Terra corresponde ao Globo D, até que se complete o advento das 7 raças raízes (Observar o texto As Raças Raízes) — estamos na quinta raça na quarta Ronda (Globo D). O Globo D é o mais denso de todos, sendo que os globos acima deste são cada vez mais sutis seguindo a gradualidade, até os mais etéreos (A e G).
Acreditamos que os seres que viajam pelo espaço, além de seus sistemas estejam em orbes correspondentes ao Globo G — portanto, etéreos, passíveis de velocidades incomensuráveis, pois se estruturam em formas puramente energéticas, sobrepujando tempos e espaços — por isso suas formas luminosas quando observadas aos olhos humanos, e, muitas vezes oculta à nossa visão, podendo interagir conosco telepaticamente, adentrando em nossos pensamentos, aparentando aquilo que muitos chamam de abdução.
Os seres astrais observam os seres etéreos. Já os seres etéreos dificilmente veem os seres astrais, assim como os seres físicos dificilmente veem tanto os etéreos quanto os astrais.
Tais seres, em conformação etérea, são muito mais evoluídos que nós, seres densos do Globo D, pois já passaram por esta e outras rondas além deste Globo. Muitos mestres acreditam que os seres de exoplanetas que visitam nosso orbe possam estar além do Globo F. Seres de outros exoplanetas correspondentes ao Globo G estariam em um padrão semelhante ao nosso, trilhando caminhos ascensionais, incapazes de cobrir longas distâncias além de seu próprio sistema.
O corpo extremamente sutil desses seres permite que vasculhem praticamente toda a galáxia, estudando os mundos sem interferir significativamente no processo evolutivo de cada civilização. Segundo alguns autores, podem interferir de maneira sutil quando algum orbe está prestes à autodestruição. E, esses mesmos autores asseguram que, inúmeras vezes, já interferiram em nosso planeta, não apenas evitando a autodestruição, como nos últimos tempos, mas também impulsionando a marcha evolutiva, haja vista a dificuldade extrema da raça humana em galgar níveis mais elevados de consciência — pois, como seres altamente evoluídos, sabem quantificar o sofrimento das civilizações nos seus primórdios evolutivos.
Muitos desses autores também mencionam diferentes tipos de seres advindos de diferentes regiões de nossa galáxia — certamente alguns são mais evoluídos que outros, porém, nada que se compare ao nível atual de evolução dos seres humanos.
Não poderia de citar aqui Jacques Bergier, autor de O Despertar dos Mágicos, um dos escritores mais sérios na abordagem do tema sobre extraterrestres. Em seu livro Os Extraterrestres na História enceta não apenas sua opinião sobre relatos e fenômenos, mas também nos convida a repensar inumeráveis possibilidades — isso sem esquecer-se de sua obra ”O Planeta das Infinitas Possibilidades”, entre tantas outras do gênero. Em suas obras, Bergier levanta a possibilidade da existência de seres de compleição quase divinas, não mais restritos a orbes ou sistemas — criadores de mundos e cônscios dos mais recônditos caminhos e segredos, não só da Via Láctea, mas também de todo o universo.
Vimos anteriormente as duas metades do esquema das cadeias planetária, o "Kama-Dathu” e o “Rupa-Dathu", sendo este último composto por cinco globos imanifestados, enquanto que o primeiro os sete globos manifestados. Consideremos, pois, segundo a análise evolutiva de Jacques Bergier, a existência de seres infinitamente superiores — considero que tais seres pertençam aos globos superiores imanifestados. Quem desconsidere a possibilidade de seres de tão variáveis níveis de evolução talvez não compreenda plenamente aquilo que chamamos de infinito, assim como também aquilo que também chamamos de eterno — espaço e tempo. Tempos e espaços se alinham na medida que o dinamismo cósmico consagram seus eflúvios na Grande Consciência Cósmica — na divindade sublime e eterna chamada "Transformação".
Paz e Luz